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sábado, 31 de janeiro de 2015

Estazolam (Noctal)


Trata-se de um medicamento para o tratamento da insônia ou dos distúrbios variados do sono.

O estazolam é uma medicação com curto tempo de ação sem metabólitos ativos o que permite uma utilização por tempo restrito como se deseja de uma medicação que ajude a dormir sem sedar durante o dia.

Além da indução ao sono (efeito hipnótico) nada mais se desejaria dessa medicação.

Efeitos colaterais: todos os demais efeitos como tonteiras, cansaço ou descoordenação motora.

Pode ser usada para menores de 15 anos de idade, mas não foi suficientemente estudada para idosos embora não haja contra-indicações, desde já, para o uso na terceira idade.

A dose deve ser ajustada de acordo com a necessidade de cada pessoa, iniciando-se pela dose mais baixa, e sendo gradualmente elevada até se obter o resultado desejado; assim a dose de início deve ser 0,5 ou 1mg via oral.

Para pessoas que já fizeram uso de outros hipnóticos sem sucesso a dose de início pode ser maior para não se perder tempo.

sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

Biópsia Renal


Uma biópsia é um procedimento mediante o qual se colhe um fragmento de tecido orgânico ou uma pequena quantidade de células (“amostra”) para posterior determinação da sua natureza, em laboratório.

Como a biópsia analisa apenas uma minúscula parte do tecido em causa, às vezes, por azar, esse pequeno fragmento do parênquima orgânico não apresenta sinais de doença, embora ela exista.

Nesses casos, havendo fortes suspeitas de doença é conveniente repetir a biópsia, na tentativa de se acessar uma região que esteja acometida.

Fala-se em biópsia renal quando essa técnica é aplicada ao rim. A biópsia renal é utilizada pelos nefrologistas sempre que outros exames não são capazes de esclarecer com precisão a doença renal com que estejam às voltas.

Nela retira-se um fragmento do rim, de um a dois centímetros de comprimento, por meio de uma agulha apropriada.

A análise microscópica desse fragmento permite, em muitos casos, estabelecer diagnósticos, tratamentos e prognósticos apropriados.

Antes da biópsia renal deve ser tomada uma história clínica que verifique fatores que favoreçam sangramentos, entre eles, o uso de anticoagulantes, antiagregantes plaquetários ou anti-inflamatórios.

Se o paciente estiver tomando alguma dessas drogas ela deve ser suspensa pelo menos uma semana antes do procedimento.

Podem ser feitas também análises de sangue para avaliar a coagulação e diminuir a incidência de hemorragias e análises de urina para avaliar a presença de infecção urinária, uma das contraindicações para a biópsia.

O paciente deve fazer também uma ultrassonografia renal antes da biópsia, porque ela descarta a presença de rim único, tumores, cistos, rins fibróticos ou atrofiados, outras contraindicações para a biópsia renal percutânea.

A biópsia renal é feita em um ambiente hospitalar. Previamente, deve ser feita limpeza da pele na região em que a agulha de biópsia será introduzida e feita uma anestesia local.

Em crianças ou em pacientes não colaborativos pode-se fazer uma sedação.

Com o paciente deitado em uma maca em decúbito ventral (“de barriga para baixo”) é introduzida em seu flanco, através da pele (biópsia renal percutânea) uma agulha apropriada, especialmente longa para atingir o rim, do qual então é aspirada certa quantidade de células.

Uma ultrassonografia localiza o rim e o ponto a ser biopsiado.

Em geral a agulha é introduzida na região lombar, abaixo da última costela.

Ela tem em sua extremidade um mecanismo automático que ao ser acionado pelo médico retira um fragmento do tecido renal.

O processo é repetido mais de uma vez, para que se obtenha pelo menos duas amostras de locais diferentes do rim.

Quando bem feito, o procedimento é praticamente indolor e a única coisa que o paciente sente é uma pequena dor ou desconforto no local da punção, depois que cessar o efeito da anestesia. Todo o procedimento dura cerca de 20 a 30 minutos.

Após o procedimento, o paciente deve manter-se em observação por pelo menos doze horas, em repouso absoluto, devido ao risco de sangramento.

A biópsia renal deve ser feita nos casos de doenças dos rins cuja natureza não se consiga elucidar simplesmente com avaliação clínica e laboratorial.

Na maioria das vezes, a biópsia renal é indicada quando há proteinúria significativa, hematúria ou insuficiência renal de causas desconhecidas, suspeita de glomerulonefrites, alterações da creatinina com hematúria e proteinúria, sem causa evidente.

A biópsia renal também pode ser utilizada no acompanhamento dos resultados dos transplantes renais, sendo o modo mais preciso para detectar a rejeição.

A biópsia renal não deve ser feita por paciente que:
•Tenha rim único, rins atrofiados ou rins policísticos.
•Tenha alterações da coagulação sanguínea.
•Use drogas que alterem a coagulação.
•Sofram de hipertensão arterial não controlada.
•Apresentem infecção urinária ou hidronefrose.

Não se deve biopsiar o rim quando a causa da lesão renal for óbvia como no diabetes mellitus de longa data, por exemplo, ou de outras enfermidades.

O médico assistente pode indicar outras situações em que a biópsia renal não deva ser feita.

Todos os pacientes sangram, em maior ou menor grau.

Como o rim é um órgão muito vascularizado é praticamente impossível não se atingir um pequeno vaso sanguíneo com a agulha de biópsia.

A maior parte dos pacientes apresenta hematúria (sangue na urina), em alguns casos hematúria visível a olho nu.

Em alguns poucos casos pode ser necessária uma transfusão de sangue e mais raramente pode ser preciso uma cirurgia para controlar a hemorragia e mais raramente ainda pode-se ter que remover o rim.

Como em todo procedimento médico invasivo, existem riscos inerentes ao próprio ato.

Em alguns poucos casos pode ser necessária uma transfusão de sangue, pode ser preciso uma cirurgia para controlar a hemorragia e mais raramente pode-se ter de remover o rim.

Em cerca de dois casos em mil, o paciente pode inclusive vir a óbito em virtude de complicações da biópsia renal.

A complicação mais frequente e geralmente quase única da biópsia renal é o sangramento. É importante que o sistema de coagulação do organismo esteja normal e interrompa o sangramento.

quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

Crise parcial complexa (Epilepsia)


A crise parcial complexa, correspondente mais ou menos ao que anteriormente se chamava epilepsia do lobo temporal, é uma descarga epileptiforme focal que se origina em um dos lobos temporais e que posteriormente se dissemina para os lobos temporais dos dois hemisférios cerebrais.

Ela está na interface entre a neurologia e a psiquiatria, podendo produzir tanto sintomas motores como psíquicos.

As epilepsias do lobo temporal constituem o grupo mais frequente de epilepsias em pacientes adultos.

A diferença entre as crises parciais complexas e as crises parciais simples é que aquelas primeiras são acompanhadas por perturbações da consciência (crises psicomotoras, na denominação clássica), enquanto as simples não são e o paciente conserva a noção do que está acontecendo com ele.

As síndromes epilépticas podem ser causadas por defeitos genéticos, anomalias dos canais iônicos ou lesões específicas do cérebro.

Tipicamente, a crise parcial complexa ocorre devido à esclerose do hipocampo, mas também pode haver outros tipos de lesões, tais como tumores, displasias corticais, hamartomas (tumores benignos que possuem a mesma composição dos tecidos que o cercam), malformações vasculares, etc.

A maioria das crises epilépticas no idoso é parcial e é secundária a uma causa isquêmica ou hemorrágica.

Para cada paciente a crise parcial complexa tem um quadro clínico distinto e uma história natural diferente, mas relativamente estereotipada.

Em geral, duram de trinta segundos até um a dois minutos e só excepcionalmente um tempo mais longo.

É frequente o relato de convulsão febril na infância, antecedente familiar de convulsão febril ou mesmo de epilepsia.

O quadro normalmente é dominado por auras que antecedem as crises parciais complexas, sendo frequente haver sinais motores associados, os quais têm, aos olhos do neurologista, um valor localizatório da lesão causal.

É comum que ao episódio inicial na infância se suceda um longo período sem sintomas e que as crises parciais complexas só retornem na adolescência.

As crises às vezes provocam alucinações de grande nitidez que dão ao paciente a impressão de serem verdadeiras memórias e podem também gerar experiências de déjà vu ou jamais vu.

Outras vezes podem ocorrer estados mentais altamente elaborados, experiências parecidas a sonhos, misturados ao pensamento atual e um sentimento de “estar em algum outro lugar".

Além destes sintomas também pode ocorrer uma forma peculiar de desconforto abdominal, associado à perda de contato com os arredores e automatismos envolvendo a boca e o trato gastrointestinal (lamber, contrair os lábios, grunhir ou fazer outros ruídos).

Na dependência do tipo de crise que o paciente tenha, podem ocorrer ainda mais alguns dos seguintes sintomas: movimentos musculares tônico-clônicos, principalmente na face, pescoço e/ou extremidades; alucinações dos sentidos; formigamentos, adormecimento e queimação; sensação de dor, frio ou movimento de qualquer parte do corpo; crises autonômicas com palidez, ruborização, vômitos, sudorese, piloereção, taquicardia e midríase (dilatação das pupilas) e sentimentos tais como irrealidade, medo, prazer, etc.

Alguns pacientes descrevem experiências "mais reais que o real", que parecem de natureza mística ou paranormal, das quais brotam sentimentos extremamente intensos.

Padrões incomuns automáticos de comportamento podem afetar a esfera alimentar, deambulatória, gestual, da mímica, verbal e mesmo gritos e risos.

Num resumo de utilidade diagnóstica prática pode-se dizer que a pessoa pode parecer consciente, mas não responde durante um curto período, podendo verificar-se um olhar vazio, movimentos repetitivos de mastigação ou de estalar os lábios ou a mão e comportamentos fora do habitual.

Depois da crise, a pessoa não tem memória do episódio ocorrido.

O diagnóstico inicial da crise parcial complexa se baseia no quadro clínico relatado pelo paciente ou seus familiares e deve ser confirmado por exames laboratoriais, especialmente exames de imagens do cérebro e eletroencefalograma.

O tratamento medicamentoso da crise parcial complexa é feito com antiepilépticos (carbamazepina, oxcarbazepina, fenitoína, entre outros), mas costuma ser pouco eficaz.

O tratamento cirúrgico consiste na ablação parcial do lobo temporal e apresenta resultados superiores ao tratamento clínico.

O prognóstico da crise parcial complexa em geral é bom, porém alguns casos cursam com crises refratárias ao tratamento farmacológico.

A cirurgia oferece resultados favoráveis, comprovadamente superiores aos tratamentos medicamentosos.

quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

Hepatite A


A hepatite A é uma infecção virótica aguda do fígado que evolui para uma cura espontânea em mais de 90% dos casos.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) são registrados 1,4 milhão de novos casos da doença no mundo, todos os anos.

No Brasil, entre 2000 e 2011, foram diagnosticados mais de 138 mil casos de hepatite A.

Sua incidência é maior nos locais com saneamento básico precário, por isso a região nordeste do Brasil concentra o maior número de casos de hepatite A, seguida pela região norte.

A hepatite A é causada pela ingestão de água ou alimentos contaminados com matéria fecal contendo o vírus da hepatite A (VHA).

Esse vírus pode sobreviver fora do corpo por até quatro horas e resiste a temperaturas de até 20ºC negativos.

Outra forma de transmissão do vírus decorre do fato de alguém infectado com o vírus manipular alimentos sem lavar as mãos após usar o banheiro e entre crianças que levam os brinquedos e as mãos à boca, podendo, dessa forma, ingerir o vírus.

O período de incubação (entre o contato e o início das manifestações da enfermidade) do vírus da hepatite A é de duas a quatro semanas.

As pessoas com hepatite A podem ser sintomáticas ou assintomáticas.

Os sintomas podem ainda ser tão leves que passam despercebidos ou são confundidos com os de outras viroses.

Os principais sinais e sintomas notáveis da hepatite A são: fadiga, náuseas e vômitos, dor abdominal, perda de apetite, febre baixa, urina escura, dores musculares e icterícia (pele e olhos amarelados).

No entanto, apenas uma minoria de pacientes apresenta esses sintomas.

A suspeita diagnóstica de hepatite A deve partir dos sinais e sintomas e a confirmação do diagnóstico deve ser feita por meio da detecção de anticorpos contra o vírus no sangue ou pela presença de seus fragmentos nas fezes.

Não existe um tratamento específico para a hepatite A, mas o manejo adequado dos sintomas, por meio de medicamentos e de outros recursos, pode acelerar a recuperação.

O paciente deve fazer repouso relativo, comer pequenas quantidades de alimentos leves, várias vezes por dia, que aliviem o fígado de um trabalho pesado.

O eventual consumo de álcool deve ser totalmente abolido, pelo menos até três meses após a doença.

Existe uma vacina contra hepatite A que protege contra a infecção do vírus.

As pessoas que residem na mesma casa que o paciente infectado devem ser vacinadas.

O paciente que saiba ser portador da hepatite A deve evitar transmiti-la a outras pessoas, evitando contatos sexuais, higienizando bem as mãos e evitando cozinhar.

A pessoa que tenha sido infectada desenvolve imunidade contra a doença por toda a vida.

Quase sempre a doença dura dois meses ou menos, mas em casos mais raros pode persistir por até seis meses.

Mais raramente ainda a hepatite A pode apresentar uma forma grave, fulminante, que pode levar ao óbito.

No entanto, a maioria dos casos cura-se espontaneamente, sem deixar sequelas.

Os sintomas da hepatite podem reaparecer depois de terem desaparecido.

Em raros casos a hepatite A pode causar insuficiência hepática aguda.

Embora em geral seja de curso benigno, a hepatite A é potencialmente grave.

Uma das formas que pode assumir é a de uma hepatite fulminante.

terça-feira, 27 de janeiro de 2015

Ebola: atualidades


O hospedeiro primário do "Ebola" é um tipo de morcego frutívoro.

O homem se infecta ao comer a carne desse animal ou ao ter contato com outros animais que interagem com ele, como os macacos, os antílopes e porcos-espinhos.

A partir daí a transmissão acontece de pessoa para pessoa.

Lesões minúsculas na pele são a principal porta de entrada para o virus.

Uma vez dentro da circulação sanguínea, ele é "englobado" por macrófagos (um dos tipos de glóbulos brancos), mas os macrófagos não conseguem conter a infecção.

Dentro da célula branca o ebola vai até os gânglios linfáticos do pescoço, axilas e virilhas.

O vírus pode permanecer em multiplicação por cerca de 21 dias e depois rompe a parede dos macrófagos para se espalhar por todo o organismo.

No fígado, por exemplo, impede a produção dos fatores de coagulação e pode causar a falência do órgão.

Em resposta à invasão maciça o corpo produz substâncias que tentam trabalhar como uma espécie de "sinal de alerta", mas estas substâncias em excesso (as chamadas "citocinas") rompem células e tecidos, provocando sangramento progressivamente maciço.

Ainda não há um tratamento para esta enfermidade!

Os métodos utilizados são os de tentar "manter a vida" com medidas de suporte, hidratação, transfusão de sangue, etc e tal.

Vacina? Ainda não...

Mais de treze mil pessoas foram infectadas na África, EEUU e Espanha.

Desses, quase cinco mil morreram...

A cada hora cinco pessoas são diagnosticadas com a doença em território africano.

Há estimativas de que cerca de um milhão e meio de pessoas possam ter ebola já nos primeiros meses de 2015.

Pelos estudos dos cientistas, o micróbio permanece vivo no sangue de pessoas mortas, podendo ser transmitidos por período ainda não identificado.

segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

Óleo de Peixe


Nomes conhecidos:

Óleo de Peixe, Óleo de arenque, Óleo de Salmão, Óleo de Atum, Óleo de Fígado de Bacalhau; Óleos Marinhos, Concentrado Lipídico Marinho, Trigicerídeos Marinhos, Lípideos Marinhos; Ácidos Graxos poliinsaturados Omega 3, ACPI, , EPA / DHA , Éster Etílico Omega-3, Éster Etílico EPA / DHA, PUFA

Uma grande parte do benefício do óleo de peixe parece vir a partir dos ácidos graxos ômega-3 que contém. Curiosamente, o corpo não produz seus próprios ácidos graxos ômega-3. Nem o corpo pode fazer ômega-3 e os ácidos graxos ômega-6, que são comuns na dieta ocidental.

Dois dos mais importantes ácidos graxos ômega-3 contidos no óleo de peixe são:

O ácido eicosapentaenóico (EPA)
O ácido docosahexaenóico (DHA).

Os peixes que são especialmente ricos em óleos benéficos conhecidos como ômega-3 ("os ácidos graxos") incluem: Cavala, Atum, Salmão, Esturjão, Tainha, Anchova, Anchova, Sardinha, Arenque, Truta e Savelha. Eles fornecem cerca de 1 g a 3,5g de ácido graxos ômega-3.

Suplementos de óleo de peixe são normalmente feitos de cavala, arenque, atum, linguado, salmão, fígado de bacalhau, gordura de baleia.Suplementos de óleo de peixe contêm frequentemente pequenas quantidades de vitamina E para evitar a deterioração.

Eles também podem ser combinadas com cálcio , ferro, ou as vitaminas A, B1, B2, B3, C ou D.

Quando o óleo de peixe é obtida pela ingestão de peixe, a forma como o peixe é preparado parece fazer a diferença.

Comer peixe grelhado ou cozido parece reduzir o risco de doença cardíaca, mas comer peixe frito ou sanduíches de peixe, não só anula os benefícios do óleo de peixe, mas pode aumentar o risco de doença cardíaca.

BENEFÍCIOS DOS ÁCIDOS GRAXOS ÔMEGA-3

- reduzem a dor e inchaço - isso pode explicar por que o óleo de peixe é provável eficaz para a psoríase e os olhos secos.
- impedem a coagulação do sangue com facilidade - isso pode fazer óleo de peixe útil para algumas doenças do coração.

O óleo de peixe é utilizado para uma vasta gama de condições.

Peixe pode ter ganhado sua reputação de "alimento do cérebro", porque algumas pessoas comem peixe para ajudar com depressão, psicose, déficit de atenção e hiperatividade (TDAH), doença de Alzheimer e outros distúrbios de pensamento;

Mais alguns quadros são beneficiados pela ingestão de peixe:

- Diabetes;
- Asma;
- Desordens de coordenação de desenvolvimento;
- Distúrbios do movimento;
- Dislexia;
- Obesidade;
- Doença de rim;
- Ossos fracos ( osteoporose );
- Determinadas doenças relacionadas com a dor e inchaço, tais como psoríase , e impedindo a perda de peso causada por alguns drogas cancerosas.
- Mulheres - devem tomar para evitar períodos dolorosos, dor no peito, e as complicações associadas com a gravidez, tais como aborto, pressão alta no final da gravidez e parto prematuro.
- Doença da Visão - olhos secos, glaucoma , e doenças relacionadas com a idade, como degeneração macular (DMRI), uma condição muito comum em pessoas mais velhas, que pode levar a problemas de visão graves.

sábado, 24 de janeiro de 2015

Fascite plantar


A fáscia plantar é uma espessa faixa fibrosa que parte da tuberosidade do osso calcâneo e se estende por toda a sola do pé até se inserir na base dos dedos do pé.

Fascite plantar ou fasceíte plantar é um distúrbio doloroso comum que acomete o calcanhar e a sola do pé, nos locais de inserção dos ligamentos nos ossos.

Embora durante muito tempo se tenha pensado nela como um processo inflamatório simplesmente, hoje se pensa que ela envolve também alterações degenerativas e por isso a denominação "fasciose plantar" parece mais adequada, embora o nome antigo já tenha se consagrado.

As causas da fasceíte plantar ainda não estão totalmente esclarecidas, mas acredita-se que haja a participação de vários fatores.

Ela parece resultar de microtraumas repetitivos.

Geralmente ocorre em pessoas que ficam longos períodos na posição de pé, principalmente nas que têm pé chato ou que não são acostumadas com atividades físicas.

Frequentemente ocorre em atletas, por causa de esforços físicos repetitivos da fáscia plantar e se intensifica com a idade.

Correr, permanecer de pé por longos períodos, pé cavo, pé chato, diferença de tamanho das pernas e obesidade são fatores de risco para a fasceíte plantar.

O exame microscópico da fáscia plantar frequentemente demonstra degeneração mixomatosa, depósito de cálcio no tecido conjuntivo e desorganização das fibras de colágeno.

Os movimentos mecânicos normais da fáscia plantar, estando o indivíduo de pé ou caminhando, exercem tensão sobre o calcâneo e, assim, parecem contribuir para o desenvolvimento da fasceíte plantar.

Alguns estudos sugerem que ela pode se tratar de uma lesão do tendão de Aquiles, envolvendo o músculo flexor curto dos dedos, localizado imediatamente abaixo da fáscia plantar.

Em verdade, indivíduos com fasceíte plantar têm dificuldade de realizar a flexão dorsal (para cima) do pé, porque esse movimento retesa o músculo da panturrilha e o tendão de Aquiles, conectado à fáscia plantar.

Enfim, os sinais e sintomas da fasceíte plantar devem-se à cicatrização, inflamação ou destruição da fáscia plantar.

Um dos sintomas mais frequentes da fasceíte plantar é a dor no calcanhar.

Ela é geralmente sentida na parte de trás do calcanhar e é mais intensa durante os primeiros passos do dia.

A dor da fasceíte plantar é unilateral, de tipo cortante, mais intensa durante os primeiros passos de uma caminhada e piora se o indivíduo carrega peso.

Além disso, pode ocorrer redução da sensibilidade, dormência, inchaço e dor irradiada, mas isso é raro.

Se a fáscia plantar continuar a ser sobrecarregada, ela pode sofrer ruptura.

O diagnóstico da fasceíte plantar é feito a partir da história clínica, dos fatores de risco e do exame físico.

Geralmente há aumento da sensibilidade à palpação da sola do pé e a flexão dorsal do pé está diminuída e é dolorosa.

Raramente são necessários exames de imagens, mas o médico pode solicitar radiografia, ultrassonografia ou ressonância magnética, para excluir outras causas de dor no pé.

Em geral a fasceíte plantar é auto-limitada, ela melhora em seis meses com o tratamento conservador ou em um ano independentemente de qualquer tratamento.

Muitas terapias foram propostas para a fasceíte plantar, mas há poucas evidências quanto à eficácia de qualquer uma delas.

Os tratamentos conservadores incluem repouso, aquecimento antes dos exercícios, gelo após atividades físicas, exercícios para fortalecer a panturrilha, técnicas de alongamento dos músculos da panturrilha, do tendão de Aquiles e da fáscia plantar, perda de peso e anti-inflamatórios. A injeção de corticoides é utilizada em algumas ocasiões, por exemplo nos casos de fasceíte plantar refratária a medidas conservadoras.

Órteses personalizadas têm-se demonstrado um método eficiente para reduzir a dor da fasceíte plantar.

Muitas outras terapias têm sido tentadas, algumas novas e inusitadas.

A cirurgia é vista como último recurso e a disponibilidade dessas técnicas cirúrgicas é limitada.

As complicações possíveis tanto das infiltrações de corticoides como da fasciotomia plantar incluem lesão de nervos, instabilidade do arco longitudinal do pé, fratura do calcâneo, tempo de recuperação prolongado, infecção, ruptura da fáscia plantar e falha no alívio da dor.

sexta-feira, 23 de janeiro de 2015

Spirulina: fantástica!


SPIRULINA (alga marinha)

Proteínas: (85% a 90%), incluindo aminoácidos essenciais

A proteína na Spirulina está entre 85% a 95% digerível, uma das mais altas entre as disponíveis. Aliás, a Spirulina está em segundo lugar, perdendo somente para o ovo.

A Spirulina fornece vitaminas, muitos minerais, amino ácidos essenciais, carbohidratos e enzimas.

Ela é, pelo menos, 60% proteína de vegetal, a qual é pré digerida pela alga, tornando-a um alimento altamente digerível.

Tem mais proteínas do que qualquer outro alimento.

O seu perfil fora de série também inclui os ácidos gordurosos essenciais, os ácidos gordurosos GLA, lípidos, os ácidos do núcleo (RNA e DNA), complexo B, vitamina C e E e os químicos vegetais, tais como os carotenóides, clorofila (purificador do sangue) e ficocianina (um pigmento azul), a qual é uma proteína, que se sabe, evita o cancro.

A spirulina é indicada para quem faz dieta hipocalórica, como uma forma de complementar o consumo de nutrientes.

A spirulina contém uma substância chamada fenilalanina, que estimula a saciedade.

Quando consumida, ela forma uma espécie de gel no estômago, que desacelera o esvaziamento gástrico e diminui a fome.

Para atingir esse objetivo, o consumo deve ser feito antes das refeições.

Quando o corpo recebe uma alimentação correta é menos provável ter um apetite mais ativo, assim que a Spirulina pode ser utilizada com sucesso como parte de um plano de emagrecimento.

Também é excelente para controle de peso e perda de peso, porque tem incrível variedade de nutrientes podendo ajudar a equilibrar o açúcar.

Quando é tomada aumenta os níveis de energia, suprime o apetite e equilibra a química sutil do corpo.

Quando ingerida a longo prazo tem um efeito alcalinizante no corpo, sangue e sistema digestivo, que pode eliminar a vontade de comer açúcar e outras substâncias viciantes.

Ela é rica nos chamados aminoácidos essenciais, que são aqueles que nosso organismo não consegue sintetizar, e portanto temos que buscar na alimentação.

Um artigo europeu publicado na revista científica online Real Raw Food afirma que três gramas de spirulina têm mais antioxidantes e anti-inflamatórios do que cinco porções de frutas e vegetais.

De acordo com os autores, comparando os níveis de fitonutrientes (antioxidantes encontrados em vegetais, também conhecidos como isoflavonas, carotenoides, e flavonoides), a spirulina é 31 vezes mais potente do que o mirtilo, 60 vezes mais potente do que o espinafre e 700 vezes mais potente que a maçã.

Os antioxidantes ajudam a combater os radicais livres e auxiliam nos processos inflamatórios, ajudando a manter a pele jovem e prevenindo doenças como o câncer.

A spirulina tem 180% mais cálcio do que o leite nas mesmas quantidades, segundo comprovou uma pesquisa de 2011 desenvolvida pelos pesquisadores da farmacêutica Cyanotech Corporation, nos Estados Unidos, e publicado na Real Raw Food.

O cálcio é um importante aliado no fortalecimento dos ossos, contribuindo na prevenção da osteoporose.

Entretanto, que as melhores fontes de cálcio são os derivados de leite, justamente porque as quantidades de spirulina que deveriam ser ingeridas para ter os mesmos efeitos estão acima do recomendado.

Avaliando a tabela nutricional, a spirulina tem 10mg de cálcio para cada 3g.

Ela contém ácidos graxos essenciais da família do ômega 6.

O principal deles é o gama-linolênico, que notoriamente ajuda a reduzir e prevenir o acúmulo de colesterol.

Uma revisão de estudos sobre a spirulina publicada em 2011 na revista online Hindawi Publishing Corporation afirma que seu consumo pode ajudar a reduzir o colesterol ruim (LDL).

A análise foi feita por pesquisadores europeus da Liverpool University Hospitals, na Inglaterra, em parceira com o Hippocrateio Hospital e a University of Ioannina, ambos na Grécia.

A spirulina apresenta quantidades significativas de betacaroteno, substância que pode ser convertida em vitamina A, e assim produzir seus efeitos.

A vitamina, por sua vez, ajuda na produção e manutenção dos fios de cabelo, dentes, gengiva, glândulas, membranas, mucosas, olhos e pele.

Ela também é necessária para visão noturna e para podermos diferenciar as cores, além de ser essencial para o sistema imune.

A pesquisa da Cyanotech Corporation afirma que a spirulina tem 3.100% a mais de betacaroteno do que cenouras na mesma quantidade.

Ainda que a spirulina seja uma fonte muito rica deste nutriente, vale ressaltar que não é possível mensurar quanto de betacaroteno será transformado em vitamina A, cuja necessidade diária é de 800mcg.

A mesma pesquisa que fala sobre o cálcio menciona que a spirulina contém cerca de 5.100% mais ferro que o espinafre nas mesmas quantidades.

O ferro atua no transporte de oxigênio no organismo e previne problemas como anemia, dor de cabeça e cansaço.

Uma porção de spirulina contém cerca de 6,5mg de ferro, cuja necessidade diária varia de 11mg a 8mg para homens conforme a idade e de 15mg a 18mg para mulheres conforme a idade.

Estudos afirmam que a spirulina tem cerca de três a 15 vezes mais magnésio do que o arroz e as farinhas de trigo, milho e soja.

Dentre as funções do magnésio, estão atuar no funcionamento dos nervos e músculos, manutenção do ritmo cardíaco e resistência óssea, síntese de proteínas e regulação da pressão arterial. Cada 2g de spirulina contém 10mg de magnésio.

Essencial para o fortalecimento do sistema imunológico e com poder anti-inflamatório, o zinco é outro nutriente presente na spirulina (60mcg para cada 2g).

Seu teor de zinco é de quatro a 24 vezes maior do que as farinhas de trigo, milho e soja.

Nosso corpo precisa de 8mg diariamente.

Está contra indicada nos casos de hiperuricemia (níveis elevados de ácido úrico no sangue).

Pessoas que sofrem de fenilcetonúria não devem usar spirulina.

Um dos aminoácidos encontrados nesta alga é a fenilalanina, e não pode ser metabolizada em pessoas com essa desordem metabólica.

Devido a este facto, o aminoácido se acumula no cérebro levando a efeitos prejudiciais.

A Spirulina também podem representar uma ameaça à saúde para as pessoas que sofrem de doenças renais ou hepáticas.

Quando este suplemento é consumido em grandes quantidades, o alto teor de vitaminas e minerais pode levar a reações tóxicas.

Microcistinas são toxinas que às vezes são encontrados na spirulina.

Mesmo que essas toxinas estejam muito raramente presentes, quando ingeridas, ela criam depósitos no fígado, levando ao câncer de fígado ou outras doenças que afetam este órgão.

quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

Síndrome do intestino irritável


Você pensa que é só você que é irritável, mas não é! Seu intestino também é irritável e, em função disso você pode ter uma série de problemas com ele, como gases (flatos), diarreias seguidas de prisões de ventre, cólicas, distensão abdominal (abdome globoso), sensação de que "ainda falta alguma coisa para ser eliminada" e outros sintomas e sinais menores.

Tudo isso por conta de uma sensibilidade maior que seu intestino pode apresentar em função de uma série de coisas.

Tomando a palavra do Dr. Flavio Steinwurz, temos que "No passado, achava-se que o problema era puramente emocional. Hoje, sabemos que o intestino tem um segundo cérebro representado por mediadores e um sistema nervoso próprio. Sabemos também que a região do hipotálamo no cérebro, entre outras funções, é responsável pelo impulso das emoções e tem ligação direta com o sistema nervoso autônomo simpático e parassimpático. Sabemos, ainda, que o principal nervo do sistema parassimpático, o nervo vago, enerva todo o tubo digestivo. Ele estimula a secreção de ácido, de enzimas, de fatores digestivos e coordena a movimentação do intestino. Além disso, há cerca de cinco anos, descobriu-se que existem hormônios e receptores para esses hormônios localizados no tubo digestivo, similares àqueles encontrados no sistema nervoso central e que são chamados de encefalinas, por analogia a encéfalo (cérebro). Portanto, o tubo digestivo possui enervação própria e hormônios que regulam sua motilidade e capacidade de secretar. Tudo isso nos permite afirmar que existe relação direta entre a emoção integrada no hipotálamo e a motilidade do intestino."

Como se pode ver as circunstâncias que envolvem um dos órgãos mais importantes para o funcionamento de nosso organismo são bastante complexa.

Acho interessante a expressão que afirma que o intestino "tem um segundo cérebro". Ela define a complexidade deste longo tubo que é responsável por grande parte do processo digestório.

Ainda seguindo o Dr. Flacio, temos que "O movimento peristáltico caracteriza-se por um conjunto de contrações musculares dos órgãos ocos e tem por finalidade juntar o bolo fecal e fazer uma varredura no intestino, provocando o avanço do conteúdo ali existente. De forma coordenada, ocorrem contrações e relaxamentos sucessivos da musculatura lisa que empurram o bolo fecal para baixo para que seja expelido. No intestino irritável, essa coordenação está defeituosa e não promove o movimento propulsivo adequado. O esforço que o intestino faz para eliminar o que está retido dentro dele acarreta um estímulo grande em suas paredes e provoca, num primeiro momento, prisão de ventre e, depois, evacuações de fezes fragmentadas, em pedaços, muitas vezes amolecidas, de calibre pequeno pela contração excessiva, assim como alternância das crises de obstipação e diarrea."

Uma das maiores dificuldades nesta situação é a diferenciação entre esta síndrome e outros quadros clínicos que originam sintomas e sinais semelhantes e que podem ter gravidade maior, compromentendo a vida do paciente.

Seu diagnóstico é, na verdade, feito por exclusão de outras enfermidades que necessariamente têm investigação obrigatória, até mesmo como o caso do câncer de cólon.

Para isso a investigação de histórico familiar é importante, pois se houver casos de câncer intestinal na família o médico irá ficar alerta, certamente e aprofundará ainda mais rapidamente a investigação.

É preciso lembrar de outras enfermidades como a intolerância à lactose, a doença celíaca, alergia a determinadas proteínas e por aí vai.

Mundialmente, estima-se que entre quarenta e cinquenta por cento da população é portadora desta síndrome, o que, cá entre nós é um número absurdamente elevado!

Então não é somente você que tem suas dificuldades com relação à evacuação, ao desconforto abdominal e outros problemas relativos a isso!

O tratamento envolve um ajuste alimentar (não é exatamente uma correção!) que envolve a ingestão de alimentos ricos em fibras solúveis e insolúveis, pois favorecem a formação adequada de um único bolo fecal.

Fibras solúveis são as que formam e compactam o bolo fecal. Normalmente, são encontradas em polpas de frutas e em alguns cereais.

Já as insolúveis formam o bolo fecal, mas não têm o poder de compactá-lo. Funcionam mais como laxante e estão presentes nas cascas das frutas e de cereais e em todas as verduras.

Tenho observado no atendimento clínico que muitos pacientes deixam de tomar tanto leite, pois ao fazer isso sentem-se melhores; o que faz sentido, afinal a lactose a própria proteína do leite de vaca podem provocar dificuldades digestórias, seja pela questão de que as pessoas com idade um pouco mais "madura" já apresentam redução da capacidade digestória ou seja pela real intolerância a este alimento, que afinal de contas não é assim tão importante em termos dietéticos.

O Cálcio do leite pode ser ingerido por outras fontes e para isso basta pesquisar um pouco até mesmo na internet, já que este cálcio é fundamental para a formação e manutenção da massa óssea, por exemplo.

Tenho notado, também, que a ingestão de alimentos com trigo (isso mesmo, trigo e não somente o glúten) também é capaz de provocar problemas que podem levar a crer que o trigo seja uma das causas para essa síndrome não grave, mas tão desagradável.

Eu mesmo, de poucas semanas para cá reduzi MUITO a ingestão de alimentos produzidos com trigo e tenho sentido uma melhora substacial dos sintomas desagradáveis de uma digestão difícil.

E melhorei MUITO também na disposição, atenção e concentração, questões cognitivas importantes para meu trabalho!

Tem gente que diz que a carne bovina ou suína podem provocar dificuldades digestórias, mas acredito, por conversar com muitas pessoas e adquirir informações inerentes aos hábitos alimentares e às consequências digestórias, que a carne ingerida sem excessos não só não faz mal como faz bem para o organismo, pois contém nutrientes fundamentais para o adequado funcionamento orgânico.

Temperos "fortes" também são responsáveis por variados problemas para o aparelho digestório. Basta lembrar que as pimentas podem provocar em muitas pessoas hemorróidas e fissuras anais.

Bom, há muitas coisas sobre o intestino irritável que certamente você encontrará na internet, mas cuidado com as informações que conduzam para posições radicais ou restritivas demais em termos alimentares e também com relação aos tratamentos "mágicos" tão comuns espalhados por vários sites.

NADA EM EXCESSO É BOM!

quarta-feira, 21 de janeiro de 2015

Luxações


Uma luxação (veja no RX acima uma luxação de ombro esquerdo) é um deslocamento repentino e duradouro, parcial ou completo de um ou mais ossos de uma das articulações do corpo.

Em geral, uma luxação acontece quando uma força externa atua direta ou indiretamente sobre uma articulação, empurrando o osso para fora da sua posição normal.

É muito comum que isso aconteça nos traumas de certa intensidade. Embora seja possível ocorrer luxação em qualquer articulação, os locais mais comuns são ombros, dedos, joelhos, punhos e cotovelos.

Uma luxação pode ser completa ou incompleta. Chama-se luxação completa àquela em que os segmentos ósseos que constituem a articulação ficam completamente desunidos e luxação incompleta (ou subluxação) àquela em que a união dos segmentos ósseos é reduzida, mas não é completa.

Na maioria das vezes a extremidade do osso deslocado fica no interior da cápsula articular (luxação intracapsular), mas em alguns casos ela fica no exterior da mesma (luxação extracapsular).

Na maioria das vezes, a luxação é provocada por um traumatismo violento incidindo sobre a articulação.

O traumatismo pode também incidir indiretamente como acontece, por exemplo, em caso de luxações da articulação do ombro provocada por uma queda em que o indivíduo se apoia sobre o cotovelo ou a mão.

A luxação pode resultar de um movimento ou torção violento, súbito e intenso como quando uma criança caminha de mão dada com um adulto e tropeça.

Em alguns casos, a luxação é originada pela deterioração dos elementos de sustentação da articulação (ligamentos, cápsula articular, tendões e músculos), consequente de uma doença ou de uma malformação congênita.

A dor aparece imediatamente após o acidente, o que dificulta ou impede qualquer tentativa de movimentar a articulação afetada.

A articulação se apresenta deformada e à palpação nota-se o osso fora do seu lugar habitual.

O deslocamento do segmento ósseo pode impossibilitar a normal realização dos movimentos da articulação lesionada.

Caso a luxação afete uma articulação de um membro, por vezes a extremidade dele fica um pouco mais curta ou mais longa do que o normal.

Caso não se tenha realizado o tratamento adequado, a articulação pode ser fixada numa posição anômala.

Neste caso, a articulação permanecerá deformada e com uma limitação funcional mais ou menos significativa.

A zona afetada deve ser imobilizada após a realização da redução da luxação e os elementos de sustentação da articulação devem ser adequadamente reparados, em caso contrário propiciará certa instabilidade à articulação.

Uma primeira impressão decorre do exame clínico.

Em seguida, as radiografias são necessárias e suficientes para confirmar o diagnóstico.

Além disso, ajudam a detectar possíveis fraturas que possam ter ocorrido no momento da luxação.

A articulação comprometida deve ser “reduzida” (recolocar o osso na sua posição original) rapidamente, já que, quando deslocada, o suprimento sanguíneo normal pode estar comprometido.

Uma articulação luxada só pode ser “reduzida” com sucesso por um médico treinado, uma vez que isso exige uma técnica especializada.

A articulação deve ser adequadamente manipulada de volta para sua posição original, num processo que normalmente exige o emprego de muita força e que é muito doloroso.

Consequentemente, ele deve ser feito sob sedação, em uma sala de cirurgia e sob anestesia geral.

Dependendo da gravidade das luxações elas podem requerer estabilização cirúrgica.

Apenas casos mais leves podem ser reduzidos sob efeito de analgésicos ou anestesia local.

Aquelas luxações em que haja destruição de partes moles ou as que sejam recidivantes podem, também, demandar intervenção cirúrgica.

Para diminuir a dor persistente, normalmente são indicados medicamentos analgésicos e anti-inflamatórios não esteroides.

Antes de chegar a um serviço médico, o paciente ou aqueles que o acompanham devem ter alguns cuidados:

• Providencie socorro médico o quanto antes, já que quando a articulação é deslocada, o suprimento sanguíneo normal pode estar comprometido e, além disso, a reação inflamatória que sobrevém logo em seguida pode fazer com que a redução não possa mais ser realizada através de manobras manuais, sendo necessária a realização de uma intervenção cirúrgica.

• Não tente recolocar o osso no lugar, pois isso pode piorar o quadro, rompendo vasos, comprimindo nervos, etc.

• Imobilize a articulação na posição em que ela tenha ficado, com uma tala ou tipoia, até chegar ao socorro médico.

• O paciente não deve comer até ser atendido pelo médico, já que poderá necessitar de anestesia geral para reduzir a luxação, o que requer jejum.

• As articulações que uma vez tenham sido luxadas ficam mais susceptíveis a sofrer novas luxações, devido ao enfraquecimento dos músculos e ligamentos que mantêm a articulação no lugar habitual.

Para minimizar este problema e recuperar a plenitude funcional da articulação comprometida, toda luxação deve ser acompanhada por fisioterapia.

terça-feira, 20 de janeiro de 2015

Ácido úrico


O ácido úrico é uma substância produzida normalmente pelo organismo.

Ele é um produto que resulta do metabolismo da purina (uma proteína contida em vários alimentos e no próprio organismo) e é eliminado principalmente pela urina e, em menores quantidades, pela bile e pelas fezes.

O nível de ácido úrico no sangue depende do ritmo da sua produção e eliminação, mas a concentração excessiva ou o déficit dele causam sintomas.

Seu excesso provoca o depósito de cristais em vários órgãos do corpo, principalmente articulações, causando gota, e rins, causando cálculos.

Níveis baixos de ácido úrico indicam a possibilidade de doença de Wilson ou câncer, bem como o uso de certos fármacos.

A dosagem sanguínea do ácido úrico é usada também para fornecer uma noção indireta do estado da filtração renal.

O excesso de ácido úrico, por ingestão excessiva ou produção aumentada, ocasiona o depósito de cristais de urato de sódio nas articulações, sob a pele, nos rins e em vários outros órgãos do corpo.

O depósito de ácido úrico nas articulações ocasiona uma artrite dolorosa que pode afetar todas as articulações, mas que predomina nas dos membros inferiores.

O depósito nos rins ocasiona a formação de cálculos renais (litíase renal) ou leva à insuficiência renal aguda ou crônica (nefropatia úrica).

Níveis altos de ácido úrico podem ser indicativos de gota, insuficiência renal, anorexia, leucemias, infecções agudas, eclampsia, choque, cetose diabética, intoxicação por chumbo, acidose metabólica, estresse, alcoolismo, exercício vigoroso, policitemia, psoríase.

Contudo, a enfermidade mais típica do excesso de ácido úrico é a gota (veja imagem acima), em que os cristais de ácido úrico são depositados nas articulações ou nos rins.

Aproximadamente 90% dos pacientes com gota são homens acima dos 40 anos de idade.

A medida da concentração de ácido úrico pode ser feita no sangue e na urina e só deve ser realizada após um jejum prévio de 8 horas.

Os valores normais da concentração de ácido úrico no sangue humano variam entre 2,4 e 6 mg/dl, nas mulheres; e entre 3,4 e 7,0 mg/dl, nos homens.

Na urina, entre 0,24 e 0,75 g/dia. Esses valores podem ser mais baixos nos vegetarianos, que ingerem menos proteína animal.

Como diminuir a concentração sanguínea do ácido úrico?

• Beber bastante água para ajudar o organismo a eliminar o ácido úrico.
• Ingerir bastante leite e derivados, que melhoram a eliminação do ácido úrico.
• Evitar o estresse físico.
• Evitar alimentos industrializados e ter uma dieta rica em frutas e verduras.
• Evitar o consumo de bebidas alcoólicas, especialmente de cerveja, que é rica em purina.
• Evitar o uso de diuréticos e anti-inflamatórios.
• Evitar alimentos ricos em purina (carne vermelha, frutos do mar e miúdos).
• Usar, quando indicado por um médico, medicamentos que inibem a produção ou aumentam a excreção de ácido úrico.

domingo, 18 de janeiro de 2015

O que é HDL?


O HDL colesterol, conhecido como “colesterol bom” ou lipoproteína de alta densidade, é um tipo de colesterol que ajuda a limpar o excesso de colesterol da parede das vasos sanguíneos. Ele leva esta gordura que está sobrando – a qual pode ser usada para formar as placas de gordura que causam doenças coronarianas – de volta ao fígado para ser processada.

Quando os níveis de HDL de uma pessoa são medidos, está sendo verificado como estão seus vasos sanguíneos e o quanto eles estão livres de colesterol.
Quais são as dosagens ideais de HDL no sangue?

Níveis de HDL abaixo de 40 mg/dL resultam em aumento do risco para doenças coronarianas, mesmo naquelas pessoas com níveis normais de colesterol total e de LDL colesterol (“colesterol ruim”). Dosagens entre 40 e 60 mg/dL são consideradas “normais”. Entretanto, níveis de HDL acima de 60 mg/dL podem proteger contra doenças do coração.

Sabe-se, há vários anos, que quanto maiores os níveis de HDL colesterol, melhor a proteção cardíaca.
Como podemos aumentar nossos níveis de HDL?
• Exercícios aeróbicos. As atividades físicas aeróbicas regulares (como caminhadas, corrida, ciclismo) que aumentam o ritmo cardíaco, realizadas por 20 a 30 minutos por vez, podem ser o caminho mais efetivo para aumentar os níveis de HDL colesterol. Evidências recentes sugerem que a duração dos exercícios, mais do que sua intensidade, é o fator mais importante para aumentar os níveis de HDL. Mas qualquer exercício aeróbico já ajuda.
• Perda de peso corporal. A obesidade resulta não apenas em aumento dos níveis de LDL colesterol, mas também na redução do HDL. Se você está acima do peso ideal, perder peso pode resultar em aumento dos níveis de HDL colesterol. Isto é especialmente importante para aquelas pessoas que têm acúmulo de gordura na região abdominal. A medida da relação cintura-quadril é muito importante para dizer em que lugar você deve concentrar a sua perda de peso.
• Parar de fumar. Se você fuma, abandonar este vício pode resultar no aumento dos níveis de HDL.
• Reduzir as gorduras trans da dieta. A gordura trans está presente em muitos alimentos industrializados. A recomendação é evitar ou mesmo eliminar este tipo de gordura da dieta. Estas gorduras aumentam o colesterol ruim e reduzem o colesterol bom. Retirá-las dos alimentos que você ingere certamente vai elevar seus níveis de HDL.
• Álcool. A American Heart Association não encoraja os médicos a falarem para os seus pacientes sobre as vantagens do álcool para o organismo, pois os benefícios não são tão grandes o suficiente para que seu uso seja recomendado. Mas sabe-se que um ou dois drinks ao dia pode aumentar os níveis de HDL. Quantidades maiores do que estas podem elevar substancialmente o risco de vários problemas de saúde, incluindo a insuficiência cardíaca. Existem pessoas que desenvolverão estes problemas mesmo limitando o consumo de álcool a um ou dois drinks ao dia. Converse com o seu médico sobre o assunto.
• Aumentar a ingestão de gorduras monoinsaturadas na dieta. Gorduras monoinsaturadas como óleo de canola, abacate, azeite de oliva extra-virgem e gorduras encontradas em nozes e creme de amendoim podem aumentar o colesterol HDL, sem aumentar o colesterol total.
• Aumentar a ingestão de fibras. Fibras solúveis encontradas em aveia, frutas, vegetais e legumes reduzem o LDL e aumentam o HDL. Para melhores resultados recomenda-se ingerir pelo menos duas porções ao dia destes alimentos ricos em fibras.
Outros alimentos que podem ajudar a aumentar os níveis de HDL são:
• Suco de amora
• Peixes ricos em ômega-3
• Cálcio. Aparentemente a suplementação de cálcio pode aumentar os níveis de HDL (isso foi observado em mulheres na pós-menopausa, mas não em homens ou mulheres na pré-menopausa).

E que tal uma dieta pobre em gorduras?

Limitar a ingestão total de gorduras pode reduzir o colesterol total e ajudar na redução do peso corporal, mas algumas evidências sugerem que uma dieta muito pobre em gorduras pode ser perigosa para o organismo, levando à deficiência de ácidos graxos essenciais para o organismo. Estes ácidos graxos essenciais não são produzidos pelo organismo. Eles precisam ser ingeridos.

A melhor recomendação é:
• Reduzir a ingestão de gorduras a 30-35% do total de calorias ingeridas na dieta – mas não menos do que 25% do total de calorias.
• Tentar eliminar as gorduras saturadas e gorduras trans da dieta substituindo-as por gorduras monoinsaturadas e poliinsaturadas. Isso significa eliminar a gordura da carne vermelha e do leite e substituir por gorduras vegetais não processadas. Este tipo de dieta vai evitar os problemas de uma alimentação muito pobre em gorduras e ajudar a aumentar os níveis de HDL.
• E o uso de medicamentos para aumentar o HDL? Vale a pena?

O tratamento para aumentar o HDL com o uso de medicamentos não é tão efetivo quando comparado ao uso de drogas para reduzir o LDL colesterol. As estatinas, em particular, não são muito efetivas em aumentar os níveis de HDL.

Das medicações usadas para tratar o colesterol, a niacina parece ser a mais efetiva para elevar os níveis de HDL. A niacina é um tipo de vitamina B, mas a quantidade necessária para aumentar o HDL é muito grande. Somente um médico pode orientar o seu uso para este fim.
• Consulte um médico (clínico geral, cardiologista, endocrinologista) para maiores esclarecimentos.

sábado, 17 de janeiro de 2015

Açúcar


O uso de açúcar refinado é recente na história da humanidade.

Há uma população de diabéticos, mais de 6 milhões no Brasil, que poderia ser menor se o uso de açúcar refinado fosse mais restrito.

Intolerância à glicose é situação clínica que se torna cada vez mais freqüente.

• Tente acostumar-se a tomar café sem açúcar (argh!)

• Leia rótulos e observe atentamente a quantidade de açúcar existente no alimento!

• Uma simples lata de refrigerante contém 6 colheres de chá de açúcar => é incrível, mas é verdade!

• Observe a quantidade de açúcar existente nos cereais ingeridos no café da manhã. Muitos são carregados de açúcar. Prefira fibras naturais que contenham outros carboidratos e pouco açúcar.

• Escolha com cuidado o adoçante artificial. Prefira os adoçantes artificiais mais próximos do açúcar natural que, no entanto, não contenham seus componentes maléficos. Provavelmente sucralose e estévia sejam os melhores.

• O uso de adoçantes artificiais não é tão inofensivo quanto parece. Fale com seu médico. Aparentemente sucralose é o mais natural deles porque se constitui da mesma molécula da glicose, mas com imagem especular, quer dizer, como se a glicose fosse vista no espelho, com bom poder adoçante e sem os malefícios da glicose.

• O açúcar é um dos inimigos do funcionamento do intestino, provoca cáries com facilidade e, dizem alguns pesquisadores, "carameliza" as células do corpo, quer dizer, impermeabiliza as células, de tal forma que elas não podem aproveitar a glicose circulante no sangue. A glicose é necessária, mas em quantidades adequadas, quer dizer, pequenas, apropriadas.

sexta-feira, 16 de janeiro de 2015

Sal: o mínimo que é preciso saber.


Você não precisa ingerir mais do que 3 gramas de sal por dia.

A medida mais prática é feita com uma tampa de caneta Bic, que, quando cheia, pode conter um grama de sal.

Dieta pobre em sódio ou sal de cozinha reduz hipertensão.Os hipertensos sentem menos o gosto de sal e por isso mesmo salgam mais a comida.

Evite o sal. Ele não só participa do processo de endurecimento das artérias como também contribui para o aparecimento
da hipertensão arterial. Substitua o sal por pimenta,nas saladas por vinagre e azeite

Se você é hipertenso, faça churrasco sem sal. Use páprika picante.

Os substitutos de sal existentes nos mercados e farmácias sempre contêm uma certa quantidade de sal de cozinha, o cloreto de sódio. Investigue quais são os que têm a menor quantidade. O gosto destes produtos é dado pelo cloreto de potássio, que não tem os efeitos maléficos do sal sobre organismo.

Lembre-se, existe sal até em produtos que você não suspeita, como pão, bolos, biscoitos etc.

Cuidado com os queijos. Alguns deles podem conter meio grama de sal em apenas duas fatias.

O sal pode ser deletério para a sua saúde. O sal refinado é de uso recente na história da humanidade. Os 25 milhões de hipertensos existentes no Brasil talvez fossem muito menos se o uso do sal refinado fosse mais restrito.

Vá devagar com as comidas rápidas, as populares “fast food”. Geralmente têm alto conteúdo de sal ou são ricos em
frituras, como é o caso das batatas fritas. Um único hambúrguer contém 890mg de sal, 30% de todo o sal que necessitamos em um dia.

A aldosterona é às vezes chamado de hormônio de retenção porque regula a quantidade de sal retida pelos rins. A retenção de sal afeta os níveis de fluidos e a pressão arterial.

quinta-feira, 15 de janeiro de 2015

Pranayama: um exercício respiratório


De um ponto de vista (muito) simplificado, poderíamos dizer que pranayama é um prática ou execício respiratório.

Isto é sem dúvida uma definição demasiadamente limitada, mas vamos começar por aí.

A palavra “pranayama” poderia ser interpretada como extensão ou alongamento da energia vital (ayama = extensão / prana = energia vital). Alguns interpretam como sendo o controle do prana, pois yama significa controle.

Controle, extensão… Não importa. Importa o objetivo, a idéia por traz deste conceito.

Respiração, Mente e Prana estão fortemente relacionados.

Você já observou o que acontece quando sua respiração está irregular ou superficial ou rápida demais?

Sua mente, seus pensamentos acompanham o mesmo padrão, e certamente você não deverá estar se sentindo com muito vigor.

Quando estamos ansiosos, agitados ou nervosos nossa respiração tende a fica mais rápida e irregular.

Quando estamos desviltalizados, tristes, depressivos, a respiração fica mais superficial, fraca.

A respiração é um processo vital do corpo, influenciando as atividades de cada célula, e em especial o desempenho do cérebro.

Um ser humano respira em média 15 vezes por minuto, totalizando cerca de 21.600 vezes em um dia!

Então não é difícil perceber a importância e o impacto da respiração em nossas vidas.

Respirar de forma ritmada, lenta e profunda traz vários benefícios como a calma, o contentamento.

A recíproca também é verdadeira.

Quando nos sentimos tranqüilos e felizes, nossa respiração segue o mesmo padrão.

Assim, podemos utilizar a respiração para controlar nossos estados mentais.

Mas isso requer um pouco de prática e dedicação, pois apesar de respirarmos sem parar raramente fazemos isso com consciência.

E uma boa prática começa aí: consciência no ato de respirar, ser o observador da sua respiração.

Por si, isto já traz a mente para o estado presente e disciplina nossos pensamentos.

Existem vários pranayamas, praticados de forma diferente e com objetivos específicos, como kapalabhati, bhastrika, anuloma-viloma (respiração polarizada), dentre outros.

Apesar de parecer simples, pois estamos “apenas respirando”, algumas práticas possuem contra-indicações, e se executadas de modo incorreto podem trazem prejuízos a saúde.

Por isso, é importante procurar sempre pelas instruções e orientações de um profissional com conhecimentos das práticas e do caminho do Yoga.



fonte: Arte do Bem Viver

quarta-feira, 14 de janeiro de 2015

Linhaça


Sua composição é azeite graxo - o azeite de linhaça (30-40%): Composto principalmente por ácidos graxos essenciais poliinsaturados (oleico, linolénico cis-linoleico e alfa-linoleico) e frações do tipo Omega-3.

Outros: ácido mucílago (10%), traz um heterosidio cianogenético: linamarina (1,5%), diglucosidios (linustatina, neolinustatina), apresenta ácido prúsico, fibra solúvel (pectina), provitamina A, vitaminas B, D e E, fitosteroides (estigmasterol, sitosterol, avenasterol, colesterol), lignano (secoisolarici-resinol diglucósido) e a enzima: linamarasa.

As investigações e a experiência clínica, têm demonstrado que o consumo em forma regular de Semente de linhaça, previne ou cura as seguintes doenças :

Câncer: De mama, de próstata, de colon, de pulmão, etc., etc. A Semente de linhaça contém 27 componentes anti-cancerígenos , um deles é a LIGNINA. A Semente de linhaça contém 100 vezes mais Lignina que os melhores grãos integrais. Nenhum outro vegetal conhecido até agora iguala essas propriedades. Protege e evita a formação de tumores. Só no câncer, se recomenda combinar Semente de Linhaça moída com queijo cottage, baixo em calorias.

Baixa de Peso: A Linhaça moída é excelente para baixa de peso, pois elimina o colesterol em forma rápida. Ajuda a controlar a obesidade e a sensação desnecessária de apetite, por conter grandes quantidades de fibra dietética. Tem cinco vezes mais fibra que a aveia. Se você deseja baixar de peso, tome uma colher a mais pelas tardes.

Sistema Digestivo: Previne ou cura o câncer de colon. Ideal para artrite, prisão de ventre, acidez estomacal. Lubrifica e regenera a flora intestinal. Expulsão de gases gástricos. É um laxante por excelência. Previne os divertículos nas paredes do intestino. Elimina toxinas e contaminadores. A linhaça contém em grandes quantidades dos dois tipos de fibras dietéticas solúvel e insolúvel. Contém mais fibras que a maioria dos grãos.

Sistema Nervoso: É um tratamento para a pressão. As pessoas que consomem linhaça sentem uma grande diminuição da tensão nervosa e uma sensação de calma. Ideal para pessoas que trabalham sob pressão. Melhora as funções mentais dos anciãos, melhora os problemas de conduta ( esquizofrenia). A linhaça é uma dose de energia para teu cérebro, porque contém os nutrientes que reduzem mais urotransmissores (reanimações naturais).

Sistema Imunológico: A Linhaça alivia alergias, é efetiva para o LUPUS. A Semente de linhaça por conter os azeites essenciais Ômega 3, 6, 9 e um grande conteúdo de nutrientes que requeremos constantemente, faz com que nosso organismo fique menos doente, por oferecer uma grande resistência às doenças. Contém grandes quantidades de rejuvenescedor, pois retém o envelhecimento. A Linhaça é útil para o tratamento da anemia.

Sistema Cardiovascular: É ideal para tratar a arteriosclerose, elimina o colesterol aderido nas artérias, esclerose múltipla, trombose coronária, alta pressão arterial , arritmia cardíaca , incrementa as plaquetas na prevenção da formação de coágulos sanguíneos. É excelente para regular o colesterol ruim . O uso regular de linhaça, diminui o risco de padecer de doenças cardiovasculares. Uma das características ÚNICAS da Linhaça, é que contém uma substância chamada taglandina, a qual regula a pressão do sangue e a função arterial e exerce um importante papel no metabolismo
de cálcio e energia.

O Dr. J H. Vane, ganhou o Prêmio Nobel de Medicina em 1962, por descobrir o metabolismo dos azeites essenciais Ômega 3 e 6 na prevenção de problemas cardíacos.

Doenças Inflamatórias: O consumo de Linhaça diminui as condições inflamatórias de todo tipo. Refere-se a todas aquelas doenças terminadas em " ite", tais como: gastrite, hepatite , artrite, colite, amidalite, meningite , etc.

Retenção de Líquidos: O consumo regular de Linhaça, ajuda os rins a excretar água e sódio. A retenção de água (Edema) acompanha sempre à inflamação de tornozelos, alguma forma de obesidade, síndrome pré-menstrual, todas as etapas do câncer e as doenças cardiovasculares.

Diabetes: O consumo regular de Linhaça, favorece o controle dos níveis de açúcar no sangre. Esta é uma excelente notícia para os insulina-dependentes.

Vitalidade Física: Um dos mais notáveis indicativos de melhora devido ao consumo de Linhaça, é o incremento progressivo na vitalidade e na energia. A Linhaça aumenta o coeficiente metabólico e a eficácia na produção de energia celular. Os músculos se recuperam da fadiga do exercício.

*Modo de Usar: Duas colheres (de sopa) por dia, batidas no liquidificador. Mistura-se em um copo de suco de fruta, ou sobre a fruta, ou com a aveia, ou iogurte no café da manhã ou no almoço. Podem tomar pessoas de todas as idades (crianças, adolescentes e anciãos). Inclusive mulheres grávidas.

*Outra Receita (Como usar a linhaça): Deixe de molho 1 colher de semente de linhaça em 1/2 copo d'agua à noite. No dia seguinte,pode-se usar em vitaminas com iogurte, leite e frutas, acrescentando também,se quiser, farelo de aveia ou aveia em flocos

terça-feira, 13 de janeiro de 2015

Novo medicamento para o controle do peso.


A Food and Drug Administration (FDA), dos EUA, aprovou hoje o Saxenda (liraglutide injetável) como uma opção de tratamento para o controle crônico do peso corporal, associado a uma dieta reduzida em calorias e à prática de atividade física regular. A medicação foi aprovada para uso em adultos com um índice de massa corporal (IMC) de 30 ou superior (obesidade) ou adultos com IMC de 27 ou superior (acima do peso), que têm pelo menos uma condição relacionada, tal como hipertensão arterial, diabetes tipo 2, colesterol alto ou dislipidemia.

O índice de massa corporal (IMC), que mede a gordura corporal com base no peso e na altura do indivíduo, é utilizado para definir a obesidade e o excesso de peso em categorias.

Segundo James Smith, vice-diretor da Division of Metabolism and Endocrinology Products in FDA’s Center for Drug Evaluation and Research, o Saxenda, usado responsavelmente em combinação com um estilo de vida saudável, que inclui uma dieta de baixas calorias e exercícios físicos, oferece uma opção de tratamento adicional para o controle crônico de peso para as pessoas que são obesas ou estão acima do peso e têm pelo menos uma comorbidade relacionada ao aumento do peso corporal associada.

O GLP-1 (Glucagon-like peptide-1) é um hormônio produzido no intestino, na presença de alimentos. Entre outras funções, ele estimula a produção e a secreção do hormônio insulina pelo pâncreas. Nos pacientes diabéticos tipo 2, a atividade do GLP-1 é insatisfatória, o que reduz as taxas de insulina e aumenta os níveis de açúcar no sangue - as duas principais características do diabetes. O Saxenda é um agonista do receptor GLP-1 e não deve ser utilizado em combinação com qualquer outro fármaco que pertença a esta mesma classe, incluindo o Victoza, usado para o tratamento da diabetes tipo 2. Saxenda e Victoza contêm o mesmo princípio ativo (liraglutide) em diferentes doses (3 mg e 1,8 mg; respectivamente). No entanto, Saxenda não é indicado para o tratamento de diabetes tipo 2, pois não foram estabelecidas a segurança e a eficácia de Saxenda para o tratamento de diabetes.

A segurança e eficácia do Saxenda foram avaliadas em três ensaios clínicos que incluíram aproximadamente 4.800 pacientes obesos e com excesso de peso com e sem condições significativas relacionadas ao aumento do peso corporal. Todos os pacientes receberam aconselhamento sobre modificações de estilo de vida que consistia em uma dieta de baixas calorias e a prática regular de atividade física.

Os resultados de um ensaio clínico que envolveu pacientes sem diabetes mostraram que os pacientes tiveram uma perda de peso média de 4,5% da linha de base em relação ao tratamento com placebo (pílula inativa) em um ano. Neste ensaio, 62% dos pacientes tratados com Saxenda perderam, pelo menos, 5% do seu peso corporal, em comparação com 34% dos pacientes tratados com placebo. Os resultados de outro ensaio clínico que envolveu pacientes com diabetes tipo 2 mostrou que os pacientes tiveram uma perda de peso média de 3,7% da linha de base em relação ao tratamento com placebo em um ano. Neste ensaio, 49% dos pacientes tratados com Saxenda perderam, pelo menos, 5% do seu peso corporal, em comparação com 16% dos pacientes tratados com placebo.

As pessoas que utilizam Saxenda devem ser avaliadas após 16 semanas, para determinar se o tratamento está funcionando. Se um paciente não perdeu pelo menos 4% de peso corporal apresentado no início do estudo, o Saxenda deve ser interrompido, uma vez que é pouco provável que o paciente consiga manter uma perda de peso clinicamente significativa com a manutenção do tratamento.

Saxenda tem na sua bula uma advertência informando que tem sido observado em estudos com roedores a presença de tumores da glândula tireoide (tumores de células-C da tireoide), mas que não se sabe se o Saxenda provoca tumores de células-C da tireoide, incluindo um tipo de câncer de tireoide chamado carcinoma medular da tireoide (CMT), em seres humanos. Saxenda não deve ser utilizado em pacientes com história pessoal ou familiar de CMT ou em pacientes com síndrome de neoplasia endócrina múltipla tipo 2 (uma doença em que os pacientes têm tumores em mais de uma glândula do corpo e que predispõe ao CMT).

Os efeitos secundários graves relatados em doentes tratados com Saxenda incluem pancreatite, doença da vesícula biliar, insuficiência renal e pensamentos suicidas. Saxenda também pode aumentar a frequência cardíaca e deve ser interrompido em pacientes que apresentem um aumento sustentado na frequência cardíaca de repouso.

A FDA está exigindo os seguintes estudos pós-comercialização para o Saxenda:


•Ensaios clínicos para avaliar a dose, segurança e eficácia em pacientes pediátricos.
•Estudo para avaliar os potenciais efeitos sobre o crescimento, maturação sexual e desenvolvimento e função do sistema nervoso central em ratos imaturos.
•Registro de caso de CMT, de pelo menos 15 anos de duração, para identificar qualquer aumento na incidência CMT relacionado ao Saxenda.
•Avaliação do risco potencial de câncer de mama com o uso de Saxenda em ensaios clínicos em curso.



Além disso, a segurança cardiovascular da liraglutide está sendo investigada em estudos em curso.

O FDA aprovou Saxenda como uma estratégia Risk Evaluation and Mitigation Strategy (REMS), que consiste em um plano de comunicação para informar os profissionais de saúde sobre os riscos graves associados ao uso de Saxenda.

Saxenda é fabricado pela Novo Nordisk S/A, na Dinamarca, e é distribuído pela Novo Nordisk, em Nova Jersey.

Fonte: FDA News Release, de 23 de dezembro de 2014

segunda-feira, 12 de janeiro de 2015

Gérmen de trigo


O gérmen de trigo é um dos alimentos mais ricos em vitamina E .

Uma dose de 30 gramas por dia já garante a proteção das células.

A Viramina E protege as membranas celulares contra substâncias tóxicas, radiação e os temerosos radicais livres.

Liberados em qualquer reação química do organismo, eles causam sérios danos às estruturas das células, detonando o processo de envelhecimento, por essa razão a vitamina E se incorpora às membranas, impedindo essa degeneração.

O consumo freqüente dela, ajuda nos mecanismos de reparação celular. Revela Morton Scheinberg imunologista do Hospital Albert Einstein.

Apresenta na sua composição Auxonas, substância que induz o crescimento, a multiplicação celular e regeneração dos tecidos.

O consumo de vitamina B1 sem a presença de auxonas conduz a uma degeneração óssea e ao envelhecimento prematuro, daí que a sua presença em quantidade suficiente diminui a duração de estados convalescentes, aumenta o processo de renovação celular e de tecidos, assim conserva a juventude e a saúde geral.

É durante o sono que as propriedades regenerativas do gérmen de trigo são mais ativas, por isso buscar a qualidade deste período de descanso.

É um maravilhoso detergente e rejuvenecedor - ajuda seu corpo a remover toxinas que se acumulam por anos e ajuda a substituir células velhas com células novas. Estes são os dois fatores essenciais que causam doenças em nossos corpos e que o Germe de Trigo recompõe.

Em doenças crônicas, incluindo câncer, pode haver uma tentativa do corpo de se livrar das toxinas acumuladas, o que resulta em diarréia ou vômito.

Ambas as condições são para ser bem-vindas.

Se isto acontecer, reduza à metade a quantidade de suco de Germe de Trigo consumida e use-a mais diluída.

Gradualmente, comece a aumentar a quantidade na medida em que o corpo aprenda a lidar com a remoção das toxinas de forma mais branda.

Excelente fonte de minerais, numerosas enzimas, auxonas e várias vitaminas (em particular E e do grupo B), nomeadamente:

· tiamina (vitamina B1 ou F),
· riboflavina (vitamina B2 ou G),
· niacina (vitamina B3 ou PP),
· ácido pantoténico (vitamina B5),
· adermina ou piridoxina(vitamina B6),
· biotina (vitamina B8 ou H),
· ácido fólico (vitamina B9 ou M),
· filoquinona (vitamina K),
· provitaminas A e D
· tocoferol (vitamina E),
· magnésio,
· fósforo,
· potássio,
· cálcio,
· manganésio,
· selénio,
· cobalto,
· cobre,
· ferro,
· zinco.


Contém também proteínas, fibra (que promove a saúde intestinal, coronária e pode prevenir o peso excessivo) e esteróis vegetais.

É uma boa fonte de ácidos graxos não saturados como ómega 3, gordura saudável que pode ajudar a baixar os níveis de colesterol "ruim", LDL (lipoproteína de baixa densidade).

O gérmen de trigo é benéfico na diabetes, uma vez que a vitamina E reduz os níveis açúcar no sangue e a vitamina
B1 tem efeitos semelhantes aos da insulina, normalizando assim o metabolismo dos diabéticos. As auxonas
identificadas no gérmen são responsáveis pelo crescimento, multiplicação e regeneração dos tecidos e células que
acontece principalmente durante o sono,
O consumo do gérmen é também indicado em casos de doenças nervosas como insônias, esclerose múltipla e
esgotamentos. Já o ácido pantotênico é indicado para as enfermidades da pele, como secura, caspa, acne ou
eczema.

sábado, 10 de janeiro de 2015

Tratamento para Hepatite C


O Daklinza (daclatasvir), medicamento produzido pela Bristol-Myers Squibb, é aprovado pela Anvisa para ser usado no tratamento oral da hepatite C.

O pedido de registro consta no Diário Oficial da União desta terça-feira dia 6 de janeiro. A Agência está avaliando também a segurança e eficácia de outros dois princípios ativos considerados inovadores para o tratamento desta doença: o sofosbuvir e o simeprevir.

O Daklinza (daclatasvir) tem as vantagens de apresentar maior eficácia em relação às terapias já existentes, tempo reduzido de tratamento e os benefícios do uso oral da medicação.

Esta nova medicação é o primeiro inibidor pan-genotípico do complexo NS5A que permite o uso em combinação com outros medicamentos para o tratamento de infecção crônica pelos genótipos 1, 2, 3 e 4 do vírus da hepatite C (HCV) em adultos, possibilitando um menor período de tratamento.

De acordo com o Ministério da Saúde, cerca de 3% da população mundial pode ter tido infecção pelo vírus da hepatite C.

No Brasil, a prevalência na população é em torno de 1,4% a 1,7%, principalmente em adultos com mais de 45 anos.

Fonte: Anvisa, de 6 de janeiro de 2014

sexta-feira, 9 de janeiro de 2015

Sudorese excessiva: simpatectomia


O sistema nervoso simpático faz parte do sistema nervoso autônomo, responsável pelo controle involuntário dos músculos lisos e das vísceras.

O sistema nervoso autônomo é constituído por fibras nervosas localizadas perto das vértebras e das costelas e por uma cadeia de 23 pares de gânglios, dos quais partem fibras que se dirigem aos músculos lisos das vísceras e à musculatura do coração.

A outra parte do sistema nervoso autônomo é chamado parassimpático. O sistema nervoso autônomo simpático, de modo geral, estimula ações que mobilizam energia e o sistema nervoso autônomo parassimpático estimula principalmente atividades relaxantes.

A simpatectomia consiste na remoção cirúrgica de partes específicas do nervo simpático principal, geralmente realizada para tratamento da hiperidrose (sudorese excessiva) nas mãos, axilas e/ou planta dos pés, mas também com outros objetivos terapêuticos, como tratar o rubor facial, algumas dores crônicas e a síndrome de Raynaud.

Trata-se de uma cirurgia simples, de médio porte, feita sob anestesia geral.



O nível da cadeia simpática em que a intervenção se dará depende do resultado visado.

Os gânglios que controlam o suor das mãos e axilas estão localizados no tórax, enquanto os que controlam o suor nos pés estão localizados na região lombar.

O efeito da cirurgia é imediato e já pode ser observado ao despertar da anestesia: as mãos, axilas ou pés já se apresentam quentes e secos.

Inicialmente, os pacientes devem ser orientados quanto a qual é a sua probabilidade de sucesso, possíveis complicações, ocorrência de dor pós-operatória e da sudorese compensatória tardia.

O paciente deve informar ao médico sobre todos os medicamentos que esteja tomando e seguir as orientações quanto a dever suspendê-los ou não.

Há várias técnicas cirúrgicas à disposição do cirurgião, mas hoje em dia geralmente a cirurgia é feita por via endoscópica e deve ser realizada sob anestesia geral.

No pós-operatório das cirurgias de simpatectomia torácica deve ser realizada uma radiografia de tórax, pois ela é útil no diagnóstico de possíveis aderências pulmonares.

Normalmente, não havendo complicações, o paciente deixa o hospital dentro de menos de 24 horas após a cirurgia.

Na maioria dos casos, há um pouco de dor pós-operatória que necessita do uso de medicação por alguns dias.

No início, a simpatectomia lombar era utilizada apenas para tratar as alterações isquêmicas e dolorosas dos membros inferiores, porém atualmente tem sido empregada também no tratamento da hiperidrose plantar e na hiperidrose severa das mãos ou das axilas.

A simpatectomia de parte da cadeia simpática é uma terapêutica radical para tratar a hiperidrose, indicada para pessoas que suam excessivamente, sobretudo nas mãos ou nas axilas.

Para esse problema existem terapêuticas não-invasivas, mas o resultado delas não é satisfatório.

Essa cirurgia também pode ser usada para tratar outras situações clínicas, como síndrome dolorosa regional complexa e fenômenos vasculares isquêmicos do membro superior ou inferior, por exemplo, e pode ser feita por via endoscópica com bons resultados e poucas complicações.

A simpatectomia possui eficácia em mais de 95% dos casos. Quanto mais alto se intervir na cadeia ganglionar, maiores serão as chances de ocorrer uma hiperidrose reflexa, compensatória, que é aquela que aparece no pós-operatório e que é muito desagradável.

Além dos riscos implicados em qualquer cirurgia (sangramentos, infecções, dor etc.), a simpatectomia implica em alguns raros riscos específicos, mas se realizada pela técnica adequada e por um cirurgião experiente é um procedimento bastante seguro.

Uma das complicações da simpatectomia é a já citada hiperidrose compensatória, com aumento da sudorese em outras áreas do corpo, como dorso, nádegas e coxas.

No entanto, isso não deve ser creditado a qualquer deficiência do processo porque se trata de um fenômeno fisiológico praticamente inevitável. A razão desta hiperidrose compensatória ainda não está integralmente esclarecida, mas talvez se deva à função termorregulatória que tem o suor.

Contudo, a hiperidrose compensatória costuma ser bem mais leve e menos incomodativa que a original.

Outros problemas que podem ocorrer na simpatectomia torácica, embora sejam raros, é a queda irreversível da pálpebra, o colabamento pulmonar e a perfuração do pulmão.

As complicações pós-operatórias podem ser o pneumotórax ou o hemotórax residual.

quinta-feira, 8 de janeiro de 2015

Bruxismo


O bruxismo (do grego βρυχμός = ranger os dentes) é um transtorno funcional (um hábito) que leva o paciente a ranger os dentes de forma rítmica enquanto acordado e ainda mais fortemente durante o sono.

A pressão dos dentes inferiores e superiores, uns sobre os outros, pode ser até dez vezes maior do que a usada para mastigar alimentos duros.

Trata-se de um movimento involuntário dos músculos da mastigação, causando atrito entre os dentes.

O bruxismo pode ser observado em pacientes de todas as idades e apesar de ser mais frequente durante o sono, também pode ocorrer com o indivíduo acordado.

O bruxismo está altamente associado ao estresse, ansiedade, raiva, frustração ou tensão e pode atingir qualquer pessoa, independente da faixa etária.

O bruxismo diurno é uma atividade semi-voluntária de apertar os dentes inferiores contra os superiores e vice-versa e o bruxismo noturno é inconsciente.

Ele pode ainda estar associado à má oclusão dos dentes, a outros problemas do sono, como a apneia, por exemplo, dor de ouvido ou de dente e refluxo gástrico, ou ser efeito colateral incomum de alguns medicamentos e complicação de doenças, tais como a doença de Huntington ou doença de Parkinson, por exemplo.

A idade, uma personalidade agressiva, certas substâncias estimulantes, como cigarro, álcool, cafeína e drogas também podem atuar como fatores precipitadores e aumentar o risco de bruxismo.

Os principais sinais e sintomas do bruxismo são o ranger dos dentes, às vezes tão alto que se torna audível para as outras pessoas; dentes achatados, fraturados, lascados ou soltos; esmalte dental desgastado; dor na face ou na mandíbula; hipertrofia da musculatura da face; dor de cabeça; sensação de calor ou frio nos dentes; dores musculares que podem atingir o pescoço ou mesmo os ombros; fadiga; alinhamento incorreto dos dentes e fechamento inadequado da boca.

Ele geralmente é diagnosticado a partir do relato do paciente e/ou das pessoas que convivem com ele, mas muitas vezes o reconhecimento dele só é feito depois que surgem algumas complicações como desgastes nos dentes, dores na musculatura mastigatória, estalidos nas articulações, perdas ósseas da mandíbula, travamento das articulações temporomandibulares etc.

Como a maioria dos casos de bruxismo acontece durante o sono, a polissonografia (exames do sono) é útil para identificar o grau desses movimentos.

O tratamento do bruxismo deve ser feito preferencialmente pelo dentista, mas os médicos, fisioterapeutas e fonoaudiólogos também podem ajudar com tratamentos de suporte.

Ele deve começar por reconhecer o problema e tentar achar suas causas. A terapia mais empregada atualmente é a utilização de placas interoclusais (férulas).

Trata-se de um recurso paliativo para o alívio dos sinais e sintomas da articulação temporomandibular associada ao bruxismo, as quais protegem os dentes dos desgastes provocados pelo hábito.

A tensão psicológica pode ser tratada por meio de psicoterapia, prática de esportes e exercícios de relaxamento.

Os distúrbios psíquicos devem ser aliviados e medicados.

O bruxismo ocorre em cerca de 15% das crianças e em menos de 5% dos indivíduos adultos, indicando, assim, que à medida que as pessoas envelhecem essa condição se escasseia.

O bruxismo causa desgaste anormal do esmalte dos dentes e das gengivas, causando dor. Pode provocar mesmo quebra e fissuras em dentes mais frágeis.

Ele causa também dores de cabeça tensionais, que surgem por contração excessiva dos músculos da mastigação e que podem atingir rosto, pescoço, ouvido e até ombros.

Outra complicação comum do bruxismo é a dor na articulação temporomandibular.

segunda-feira, 5 de janeiro de 2015

Cacau


Uma substância exclusiva do cacau pode melhorar o fluxo do sangue no cérebro.

Trata-se de um tipo especial de flavonóide. É o que revela um estudo publicado na revista “Neuropsychiatric Disease and Treatment”. De acordo com os pesquisadores, o composto pode ter impacto positivo nas funções cognitivas do órgão.

Ele poderia ser usado também em futuros tratamentos de casos de demência e derrames, por exemplo.

Presentes também no vinho tinto e em vários alimentos, os flavonóides são antioxidantes que reduzem os riscos das doenças cardiovasculares.No entanto, o flavonóide do cacau parece ser único.

O chocolate amargo, feito do cacau puro e sem a adição das gorduras do leite, contém alto teor de flavonóides. Porém, antes de uma corrida às lojas, vale lembrar que a maioria dos chocolates vendidos no Brasil tem pouquíssimo cacau, substituído
por gordura, açúcar e parafina.

Na pesquisa, realizada por cientistas da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, envolvendo voluntários entre 59 e 83 anos, foi descoberto que aqueles que tomaram uma bebida de cacau, rica em flavonóides, de uma determinada marca, tiveram um aumento de 8% no fluxo de sangue no cérebro depois de uma semana e 10% de aumento depois de duas semanas.

Os pesquisadores encontraram benefícios a curto e longo prazo para o cérebro no consumo de flavonóides do cacau, o que pode abrir novas frentes de tratamento para muitos idosos que sofrem de demência.

Uma das causas da doença entre os idosos é exatamente a diminuição progressiva do fluxo de sangue para o cérebro, causando danos estruturais no órgão. Especula-se que manter ou recuperar esse fluxo poderia retardar o declínio das funções cerebrais.

— Esse trabalho reforça o conhecimento que tínhamos sobre as ligações entre os flavonóides do cacau e o melhor fluxo de sangue no cérebro — diz o pesquisador Harod Schmitz, que conduziu os estudos.

— Embora seja necessário realizar mais estudos, as novas revelações levantam a possibilidade de se desenvolver produtos à base de cacau, ricos em flavonóides, para ajudar no declínio das funções cerebrais de idosos.