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quinta-feira, 8 de janeiro de 2015
Bruxismo
O bruxismo (do grego βρυχμός = ranger os dentes) é um transtorno funcional (um hábito) que leva o paciente a ranger os dentes de forma rítmica enquanto acordado e ainda mais fortemente durante o sono.
A pressão dos dentes inferiores e superiores, uns sobre os outros, pode ser até dez vezes maior do que a usada para mastigar alimentos duros.
Trata-se de um movimento involuntário dos músculos da mastigação, causando atrito entre os dentes.
O bruxismo pode ser observado em pacientes de todas as idades e apesar de ser mais frequente durante o sono, também pode ocorrer com o indivíduo acordado.
O bruxismo está altamente associado ao estresse, ansiedade, raiva, frustração ou tensão e pode atingir qualquer pessoa, independente da faixa etária.
O bruxismo diurno é uma atividade semi-voluntária de apertar os dentes inferiores contra os superiores e vice-versa e o bruxismo noturno é inconsciente.
Ele pode ainda estar associado à má oclusão dos dentes, a outros problemas do sono, como a apneia, por exemplo, dor de ouvido ou de dente e refluxo gástrico, ou ser efeito colateral incomum de alguns medicamentos e complicação de doenças, tais como a doença de Huntington ou doença de Parkinson, por exemplo.
A idade, uma personalidade agressiva, certas substâncias estimulantes, como cigarro, álcool, cafeína e drogas também podem atuar como fatores precipitadores e aumentar o risco de bruxismo.
Os principais sinais e sintomas do bruxismo são o ranger dos dentes, às vezes tão alto que se torna audível para as outras pessoas; dentes achatados, fraturados, lascados ou soltos; esmalte dental desgastado; dor na face ou na mandíbula; hipertrofia da musculatura da face; dor de cabeça; sensação de calor ou frio nos dentes; dores musculares que podem atingir o pescoço ou mesmo os ombros; fadiga; alinhamento incorreto dos dentes e fechamento inadequado da boca.
Ele geralmente é diagnosticado a partir do relato do paciente e/ou das pessoas que convivem com ele, mas muitas vezes o reconhecimento dele só é feito depois que surgem algumas complicações como desgastes nos dentes, dores na musculatura mastigatória, estalidos nas articulações, perdas ósseas da mandíbula, travamento das articulações temporomandibulares etc.
Como a maioria dos casos de bruxismo acontece durante o sono, a polissonografia (exames do sono) é útil para identificar o grau desses movimentos.
O tratamento do bruxismo deve ser feito preferencialmente pelo dentista, mas os médicos, fisioterapeutas e fonoaudiólogos também podem ajudar com tratamentos de suporte.
Ele deve começar por reconhecer o problema e tentar achar suas causas. A terapia mais empregada atualmente é a utilização de placas interoclusais (férulas).
Trata-se de um recurso paliativo para o alívio dos sinais e sintomas da articulação temporomandibular associada ao bruxismo, as quais protegem os dentes dos desgastes provocados pelo hábito.
A tensão psicológica pode ser tratada por meio de psicoterapia, prática de esportes e exercícios de relaxamento.
Os distúrbios psíquicos devem ser aliviados e medicados.
O bruxismo ocorre em cerca de 15% das crianças e em menos de 5% dos indivíduos adultos, indicando, assim, que à medida que as pessoas envelhecem essa condição se escasseia.
O bruxismo causa desgaste anormal do esmalte dos dentes e das gengivas, causando dor. Pode provocar mesmo quebra e fissuras em dentes mais frágeis.
Ele causa também dores de cabeça tensionais, que surgem por contração excessiva dos músculos da mastigação e que podem atingir rosto, pescoço, ouvido e até ombros.
Outra complicação comum do bruxismo é a dor na articulação temporomandibular.
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