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sábado, 24 de janeiro de 2015
Fascite plantar
A fáscia plantar é uma espessa faixa fibrosa que parte da tuberosidade do osso calcâneo e se estende por toda a sola do pé até se inserir na base dos dedos do pé.
Fascite plantar ou fasceíte plantar é um distúrbio doloroso comum que acomete o calcanhar e a sola do pé, nos locais de inserção dos ligamentos nos ossos.
Embora durante muito tempo se tenha pensado nela como um processo inflamatório simplesmente, hoje se pensa que ela envolve também alterações degenerativas e por isso a denominação "fasciose plantar" parece mais adequada, embora o nome antigo já tenha se consagrado.
As causas da fasceíte plantar ainda não estão totalmente esclarecidas, mas acredita-se que haja a participação de vários fatores.
Ela parece resultar de microtraumas repetitivos.
Geralmente ocorre em pessoas que ficam longos períodos na posição de pé, principalmente nas que têm pé chato ou que não são acostumadas com atividades físicas.
Frequentemente ocorre em atletas, por causa de esforços físicos repetitivos da fáscia plantar e se intensifica com a idade.
Correr, permanecer de pé por longos períodos, pé cavo, pé chato, diferença de tamanho das pernas e obesidade são fatores de risco para a fasceíte plantar.
O exame microscópico da fáscia plantar frequentemente demonstra degeneração mixomatosa, depósito de cálcio no tecido conjuntivo e desorganização das fibras de colágeno.
Os movimentos mecânicos normais da fáscia plantar, estando o indivíduo de pé ou caminhando, exercem tensão sobre o calcâneo e, assim, parecem contribuir para o desenvolvimento da fasceíte plantar.
Alguns estudos sugerem que ela pode se tratar de uma lesão do tendão de Aquiles, envolvendo o músculo flexor curto dos dedos, localizado imediatamente abaixo da fáscia plantar.
Em verdade, indivíduos com fasceíte plantar têm dificuldade de realizar a flexão dorsal (para cima) do pé, porque esse movimento retesa o músculo da panturrilha e o tendão de Aquiles, conectado à fáscia plantar.
Enfim, os sinais e sintomas da fasceíte plantar devem-se à cicatrização, inflamação ou destruição da fáscia plantar.
Um dos sintomas mais frequentes da fasceíte plantar é a dor no calcanhar.
Ela é geralmente sentida na parte de trás do calcanhar e é mais intensa durante os primeiros passos do dia.
A dor da fasceíte plantar é unilateral, de tipo cortante, mais intensa durante os primeiros passos de uma caminhada e piora se o indivíduo carrega peso.
Além disso, pode ocorrer redução da sensibilidade, dormência, inchaço e dor irradiada, mas isso é raro.
Se a fáscia plantar continuar a ser sobrecarregada, ela pode sofrer ruptura.
O diagnóstico da fasceíte plantar é feito a partir da história clínica, dos fatores de risco e do exame físico.
Geralmente há aumento da sensibilidade à palpação da sola do pé e a flexão dorsal do pé está diminuída e é dolorosa.
Raramente são necessários exames de imagens, mas o médico pode solicitar radiografia, ultrassonografia ou ressonância magnética, para excluir outras causas de dor no pé.
Em geral a fasceíte plantar é auto-limitada, ela melhora em seis meses com o tratamento conservador ou em um ano independentemente de qualquer tratamento.
Muitas terapias foram propostas para a fasceíte plantar, mas há poucas evidências quanto à eficácia de qualquer uma delas.
Os tratamentos conservadores incluem repouso, aquecimento antes dos exercícios, gelo após atividades físicas, exercícios para fortalecer a panturrilha, técnicas de alongamento dos músculos da panturrilha, do tendão de Aquiles e da fáscia plantar, perda de peso e anti-inflamatórios. A injeção de corticoides é utilizada em algumas ocasiões, por exemplo nos casos de fasceíte plantar refratária a medidas conservadoras.
Órteses personalizadas têm-se demonstrado um método eficiente para reduzir a dor da fasceíte plantar.
Muitas outras terapias têm sido tentadas, algumas novas e inusitadas.
A cirurgia é vista como último recurso e a disponibilidade dessas técnicas cirúrgicas é limitada.
As complicações possíveis tanto das infiltrações de corticoides como da fasciotomia plantar incluem lesão de nervos, instabilidade do arco longitudinal do pé, fratura do calcâneo, tempo de recuperação prolongado, infecção, ruptura da fáscia plantar e falha no alívio da dor.
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