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quarta-feira, 28 de janeiro de 2015
Hepatite A
A hepatite A é uma infecção virótica aguda do fígado que evolui para uma cura espontânea em mais de 90% dos casos.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) são registrados 1,4 milhão de novos casos da doença no mundo, todos os anos.
No Brasil, entre 2000 e 2011, foram diagnosticados mais de 138 mil casos de hepatite A.
Sua incidência é maior nos locais com saneamento básico precário, por isso a região nordeste do Brasil concentra o maior número de casos de hepatite A, seguida pela região norte.
A hepatite A é causada pela ingestão de água ou alimentos contaminados com matéria fecal contendo o vírus da hepatite A (VHA).
Esse vírus pode sobreviver fora do corpo por até quatro horas e resiste a temperaturas de até 20ºC negativos.
Outra forma de transmissão do vírus decorre do fato de alguém infectado com o vírus manipular alimentos sem lavar as mãos após usar o banheiro e entre crianças que levam os brinquedos e as mãos à boca, podendo, dessa forma, ingerir o vírus.
O período de incubação (entre o contato e o início das manifestações da enfermidade) do vírus da hepatite A é de duas a quatro semanas.
As pessoas com hepatite A podem ser sintomáticas ou assintomáticas.
Os sintomas podem ainda ser tão leves que passam despercebidos ou são confundidos com os de outras viroses.
Os principais sinais e sintomas notáveis da hepatite A são: fadiga, náuseas e vômitos, dor abdominal, perda de apetite, febre baixa, urina escura, dores musculares e icterícia (pele e olhos amarelados).
No entanto, apenas uma minoria de pacientes apresenta esses sintomas.
A suspeita diagnóstica de hepatite A deve partir dos sinais e sintomas e a confirmação do diagnóstico deve ser feita por meio da detecção de anticorpos contra o vírus no sangue ou pela presença de seus fragmentos nas fezes.
Não existe um tratamento específico para a hepatite A, mas o manejo adequado dos sintomas, por meio de medicamentos e de outros recursos, pode acelerar a recuperação.
O paciente deve fazer repouso relativo, comer pequenas quantidades de alimentos leves, várias vezes por dia, que aliviem o fígado de um trabalho pesado.
O eventual consumo de álcool deve ser totalmente abolido, pelo menos até três meses após a doença.
Existe uma vacina contra hepatite A que protege contra a infecção do vírus.
As pessoas que residem na mesma casa que o paciente infectado devem ser vacinadas.
O paciente que saiba ser portador da hepatite A deve evitar transmiti-la a outras pessoas, evitando contatos sexuais, higienizando bem as mãos e evitando cozinhar.
A pessoa que tenha sido infectada desenvolve imunidade contra a doença por toda a vida.
Quase sempre a doença dura dois meses ou menos, mas em casos mais raros pode persistir por até seis meses.
Mais raramente ainda a hepatite A pode apresentar uma forma grave, fulminante, que pode levar ao óbito.
No entanto, a maioria dos casos cura-se espontaneamente, sem deixar sequelas.
Os sintomas da hepatite podem reaparecer depois de terem desaparecido.
Em raros casos a hepatite A pode causar insuficiência hepática aguda.
Embora em geral seja de curso benigno, a hepatite A é potencialmente grave.
Uma das formas que pode assumir é a de uma hepatite fulminante.
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