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quinta-feira, 30 de abril de 2015

Melasma


Melasma é o surgimento de manchas escuras na pele, que afetam principalmente o rosto e outras áreas do corpo expostas ao sol.

Quando essas manchas surgem na gravidez, a condição é chamada cloasma gravídico.

As causas do melasma não são inteiramente conhecidas, mas sabe-se de alguns fatores relacionados a essa condição, como a exposição ao sol e ao calor, o uso de anticoncepcionais, fatores hormonais, predisposição genética, gravidez e algumas doenças como hepatopatias (doenças do fígado).

A maior parte das pessoas com melasma possui um histórico de exposição diária ou intermitente ao sol, embora suspeite-se também que o calor seja um fator subjacente.

As manchas que caracterizam o melasma geralmente têm limites precisos e são irregulares, formando placas que, em seu contorno, apresentam pontilhado pigmentar.

Normalmente elas ocorrem nas maçãs do rosto, têmporas, testa, nariz, lábio superior e também em outras áreas expostas ao sol, como braços, pescoço, etc.

Elas são mais comuns em mulheres, entre os 20 e 50 anos, porém podem afetar os homens. Quando surgem na gravidez, as manchas são chamadas de cloasma gravídico.

As manchas acontecem simetricamente dos dois lados do rosto e são de formatos irregulares. Suas cores variam de acordo com o tom de pele da pessoa acometida, indo do acastanhado ao negro.

O diagnóstico do melasma normalmente é feito pela observação direta das manchas, que são bastante típicas.

A lâmpada de Wood (abaixo), que emite radiação ultravioleta que é captada pelos grânulos de melanina presentes nas manchas, pode ajudar a confirmar o diagnóstico.


Raramente uma biópsia da pele se faz necessária para excluir outras causas de hiperpigmentação no local.

O melasma ainda não tem cura, mas tratando-se corretamente e tomando-se todos os cuidados indicados é possível que os episódios não se repitam.

O tratamento do melasma pode ser feito por meio de cremes clareadores.

Os resultados demoram cerca de dois meses para aparecer e mesmo que apareçam mais rapidamente é necessário observar esse tempo para estabilizar a condição.

O tratamento dever ser constante e contínuo, para que as manchas não retornem. O peeling pode clarear a pele, muitas vezes mais rapidamente que os cremes.

O laser também pode ajudar no processo, mas deve ser adequado para cada caso e aplicado corretamente, senão pode gerar ainda mais manchas na pele.

Todos os tratamentos devem ser indicados por um dermatologista.

É importante usar filtro solar diariamente para evitar o retorno das manchas na pele e não expor a pele tratada ao sol, pois isso pode agravar o problema.

Para a prevenção do melasma é importante que o paciente sempre se proteja contra os raios solares, aplicando um bom protetor solar nas regiões expostas do corpo.

Também deve-se rever o uso de hormônios para controle de natalidade.

O uso de protetor solar diariamente é importante para todas as pessoas, mas para aquelas que sabidamente têm tendência a adquirir o melasma ou se enquadram nos fatores de risco os cuidados devem ser ainda maiores.

O principal da prevenção é evitar a exposição ao sol, se isso for possível. Se possível também, evitar pílulas anticoncepcionais e reposição hormonal.

O prognóstico do melasma é bom, na maior parte dos casos, embora o clareamento tenda a ser muito lento. Contudo, o paciente não deve continuar se expondo ao sol.

quarta-feira, 29 de abril de 2015

Encoprese infantil


Também conhecida como incontinência fecal ou escape fecal, encoprese é o vazamento involuntário das fezes na roupa íntima sem que a criança perceba. Geralmente ocorre em local socialmente inadequado. O diagnostico ocorre após a idade do treino ao toalete (geralmente com mais de 4 anos). Comumente a encoprese é associada à constipação crônica, ou seja, uma vez a criança se torna constipado, torna-se alvo fácil para adquirir encoprese. É importante ressaltar que há a encoprese não orgânica, adquirida após um período estressor, um trauma. Embora encoprese ocorra igualmente em meninos e meninas em idade escolar, é importante ressaltar que é três a seis vezes mais comum em meninos.
Encoprese não é uma doença, mas sim um sintoma que pode ter diferentes causas. Para entender encoprese, é importante também entender a constipação.

Constipação é um problema muito comum entre as crianças. Uma criança é considerada constipada quando ela tem menos de três evacuações por semana, além da dificuldade em ter o movimento de entranhas, ou quando as fezes são duras, secas e invulgarmente grande. Quando a criança experiência pela primeira vez a dolorosa fezes dura, ela em seguida, realizar movimentos com seus esfíncteres (válvula muscular que controla a passagem de fezes para fora do ânus) para impedir sentir a dor novamente. Isso cria um ciclo que faz a constipação continuar e tornar-se pior, que por sua vez, ocorre uma grande impactação fecal.

Quando ocorre a impactação da grande massa de fezes, inicia o vazamento ao redor, sem a criança perceber ou ser capaz de mantê-lo dentro, pois os nervos não estão mais enviando os sinais que regulam a defecação.

Para ocorrer essa impactação, é necessário entendermos melhor porque ocorre o primeiro cocô duro? O que será que aconteceu?

Há diversas formas de responder esta questão como dietas inadequadas, doenças, estilo de vida, diminuição da ingestão de líquido, medo do vaso sanitário durante o ensino do toalete, retirada da fralda precoce, acesso limitado ao banheiro, eventos estressantes da vida, transtorno desafiador opositor. Seja qual for a causa, uma vez que a criança começa a segurar o cocô, este se acumula no cólon e começa um ciclo vicioso. Há casos em que a encoprese não ocorre em decorrência da constipação, é necessário um medo extremo, um trauma que desencadeia a encoprese.

É importante lembrar que o vazamento de fezes ocorre de forma involuntária, a criança não controla os acidentes que normalmente acontecem. Muitas pessoas acreditam erroneamente que é uma questão de comportamento como uma simples falta de autocontrole. Familiares acabam punindo a criança de diferentes formas como meio de conter esta birra.

Há efeitos significativos no desenvolvimento da criança encoprética, por seus efeitos negativos sobre a convivência dela com outras crianças e com a própria família. Muitas crianças acabam sentindo-se envergonhadas perante os outros e consequentemente elas se isolam, ficam irritados com facilidade e ocorre a baixa auto estima. As idas a escola são humilhantes e as atividades extras vão se restringindo cada vez mais. A intervenção de um psicólogo é necessário pois toda a situação de um encoprético causa problemas emocionais ou comportamentais.

Os pais muitas vezes são frustrados pelo fato de que seu filho parece não se incomodar com estes acidentes, que ocorrem durante as horas de vigília ou em momentos de estresse. A negação pode ser uma razão para a indiferença da criança pois elas simplesmente não conseguem enfrentar a vergonha e a culpa associada com a condição (alguns até tentam esconder as suas cuecas sujas de seus pais). Outra razão pode ser mais científica: Porque o cérebro finalmente se acostuma com o cheiro de fezes, a criança pode não notar o odor.

No tratamento a palavra chave é Paciência. O sucesso do tratamento de encoprese depende do apoio que criança recebe. Os pais devem ser solidários e se abster de críticas ou desânimo. Mostrar lotes de amor, apoio e garantir a seu filho que ele não é o único no mundo com este problema. Com o tempo, compreensão e um tratamento adequado, o seu filho pode superar encoprese.

terça-feira, 28 de abril de 2015

Burnout


Síndrome de burnout (ou síndrome do esgotamento profissional) é um estado de esgotamento físico e mental ligada à vida profissional.

O distúrbio foi definido pelo médico psicanalista americano Freudenberger, em 1974, embora a condição já vinha sendo suspeitada desde os anos 60.

A síndrome deriva seu nome da expressão em inglês to burn out, que significa queimar por completo.

A sociedade atual, complexa e altamente competitiva, leva muitas pessoas a exagerar nas atividades profissionais.

Se a isso se aliam determinadas características pessoais favorecedoras estão dadas as condições para se estabelecer a síndrome de burnout.

Ela em geral é resultado de um período de esforço excessivo no trabalho com intervalos muito pequenos para recuperação e inclui também o desejo de ser o melhor entre os pares profissionais e sempre demonstrar alto grau de desempenho.

O desejo de se afirmar e o desejo desmedido de realização profissional se transformam em obstinação e compulsão.

Assim, o paciente sofre, além de problemas de ordem psicológica, desgaste físico que gera fadiga e exaustão.

A principal característica dos que sofrem da síndrome de burnout é o estado crônico de fadiga, estresse emocional e sensação de esgotamento físico e emocional provocados por condições de trabalho desgastantes.

Os principais sintomas físicos da síndrome de burnout são: dores de cabeça, cansaço, sudorese, palpitação, pressão alta, dores musculares, crises de asma, tonturas, tremores e problemas digestivos.

Na esfera psicológica, pode-se ter sensação de falta de ar, oscilações de humor, alterações do sono, dificuldade de concentração, irritabilidade, lapsos de memória, ansiedade, depressão, pessimismo, baixa autoestima, etc.

Do ponto de vista comportamental, tem-se ausências no trabalho, agressividade, isolamento, perda do interesse pelo próprio trabalho e pelo relacionamento interpessoal.

Além disso, para o portador da síndrome de burnout, coisas importantes passam a ser descartadas como inúteis.

Apesar da dificuldade de diferenciar a síndrome de outros males, tem-se registrado o crescimento de ocorrência da síndrome de burnout.

Muitas vezes ela atinge profissionais que lidam direta e intensamente com pessoas e têm influências decisivas em suas vidas, como médicos e outros trabalhadores da área da saúde, estudantes, professores, policiais, agentes penitenciários, bombeiros, taxistas, bancários, controladores de tráfego aéreo, engenheiros, entre outros.

O diagnóstico da síndrome de burnout deve levar em conta a história do paciente, de seu trabalho e dos seus sintomas.

É importante diferenciar a síndrome de burnout e seu traço compulsivo da fadiga normal decorrente de um trabalho desgastante.

O tratamento básico da síndrome de burnout seria uma mudança no estilo de vida, para um modo mais moderado de viver.

Isso inclui cuidar da saúde, dormir e alimentar-se bem, praticar exercícios físicos regularmente e manter uma vida social ativa.

Num sentido terapêutico ele consiste em psicoterapia, coadjuvada por tranquilizantes, antidepressivos e exercícios de relaxamento, sempre que eles sejam necessários.

O apoio de um psicólogo e de um psiquiatra pode ajudar muito.

A pessoa acometida por esta condição pode se tornar progressivamente mais arredia, isolada, passa a ser irônica e sua produtividade no trabalho diminui bastante.

A repetição do mal-estar causado pela síndrome de burnout pode levar ao alcoolismo, ao uso de drogas e até mesmo ao suicídio.

segunda-feira, 27 de abril de 2015

Artroscopia de joelho


O joelho é a maior e uma das mais importantes articulações do corpo.

Nela convergem ossos, cartilagens, meniscos, ligamentos, músculos, tendões e cápsulas articulares.

A integração desses vários elementos faz desta articulação uma estrutura muito complexa e de grande mobilidade.

Por tudo isso, além de suportar o peso quase total do corpo e estar exposta a todo tipo de traumatismos, acidentes e doenças, o joelho sofre lesões com muita frequência.

É muito difícil encontrar-se alguém de idade avançada que em algum momento da vida não tenha tido problemas com os joelhos.

A artroscopia do joelho é um procedimento cirúrgico minimamente invasivo, utilizado para diagnosticar e/ou tratar doenças dessa articulação.

Ela permite ao médico ver o interior da articulação e os seus vários elementos.

É possível que o médico solicite uma artroscospia se o paciente tem um edema (aumento de líquido no joelho), dor persistente, travamento, falseio ou perda de confiança no joelho.

Assim, ele poderá diagnosticar e tratar, sempre que outros tratamentos não tenham tido efeito.

A artroscopia tanto pode ajudar a diagnosticar como tratar situações, como rompimento de meniscos, rotura de ligamentos, inflamações, problemas patelares, etc.

Geralmente a artroscopia do joelho é realizada com anestesia raqui ou peridural (ou mesmo local), num regime de Day Clinic (hospital dia) e o paciente pode ter alta no mesmo dia.

A cirurgia durará de 45 minutos a 1 hora e, se o paciente tiver recebido um desses tipos de anestesia, que o deixam lúcido, poderá assistir ao procedimento no monitor de TV, ou dormir, se desejar.

Na artroscopia são feitos dois pequenos furos na articulação, um para introduzir o artroscópio e outro para os instrumentos necessários para operar, se for o caso.

O artroscópio é um tipo de endoscópio, um aparelho constituído de um fino tubo cilíndrico, rígido, do tamanho de um lápis, que tem na ponta uma microcâmera portando fibras óticas, a qual transmite imagens para um monitor de TV e assim permite que se veja dentro da articulação.

Em geral insere-se certa quantidade de soro fisiológico dentro do interior da articulação, para que ela seja inflada e se torne mais clara, permitindo assim uma melhor visualização.

A recuperação do exame/intervenção é rápida, pois não há cortes e as cicatrizes são muito pequenas.

As complicações da artroscopia do joelho são pouco frequentes e reversíveis e se resumem em trombose venosa e acúmulo de líquido sanguíneo na articulação.

A artroscopia do joelho possibilita um diagnóstico mais preciso do que está ocorrendo no interior da articulação e permite certas intervenções terapêuticas.

Possivelmente, antes de sugerir uma artroscopia o médico terá procedido a uma história clínica e exame físico detido e pedido radiografias ou ressonância magnética para avaliar os ossos e demais estruturas do joelho.

Com a artroscopia ele pode realizar alguns procedimentos terapêuticos como remoção, reconstrução ou reparo de meniscos ou ligamentos, remoção de fragmentos ósseos ou de cartilagem soltos no interior de uma articulação ou de tecido sinovial inflamado, etc.

Após a cirurgia, o paciente sairá do hospital somente com um curativo no joelho, que pode ser removido no dia seguinte.

O paciente pode tomar banho normalmente evitando, no entanto, que a água caia com força diretamente sobre as incisões.

O paciente deve procurar elevar o máximo possível sua perna nos dias seguintes à cirurgia, para minimizar o edema.

O paciente deve aplicar gelo na articulação, 3 a 4 vezes ao dia. A pele deve ser protegida com um tecido fino para que o gelo não a queime.

Após a maioria das cirurgias artroscópicas, o paciente pode caminhar sem bengalas ou muletas, mas em alguns casos o médico pode aconselhar que elas sejam usadas durante algum período.

O paciente deve exercitar seu joelho regularmente, para fortalecer os músculos de sua perna e da articulação. Sempre com orientação médica.

Se necessário, o paciente deve usar medicações analgésicas.

A evolução de uma artroscopia do joelho será frequentemente determinada pela gravidade da lesão pré-existente.

Conforme o caso, o paciente poderá apresentar alguma limitação duradoura ou permanente de atividades, mesmo após um período de recuperação.

Na maioria dos casos, em seis a oito semanas o paciente será capaz de realizar a maior parte das atividades físicas que está acostumado a fazer, desde que elas não envolvam demasiado impacto.

sábado, 25 de abril de 2015

Luxação de patela


A patela (ou rótula) é um osso de formato triangular que fica localizado na frente do joelho, cobrindo e protegendo a superfície dessa articulação.

Chama-se luxação da patela a situação em que ela, por qualquer motivo, sofre um deslocamento de sua posição normal, geralmente lateral, com grande prejuízo funcional.

Ocorre, então, a perda da relação anatômica normal entre o sulco femoral distal e esse osso, normalmente relacionados. A luxação da patela é uma ocorrência pouco frequente.

São muitos os motivos para que a patela sofra luxação.

Pode acontecer, por exemplo, em virtude de traumatismos, torções do joelho, genovalgo (pernas em "X"), alterações ósseas do fêmur ou da própria patela, distúrbios musculares que afetem a patela, etc.

Este deslocamento pode ser facilitado por fatores como patologias do joelho, idade, sexo (as luxações não traumáticas de patela são mais comuns nas mulheres), tipo de atividades rotineiras, etc.

Quase sempre a etiologia é traumática — apesar de que, às vezes, o trauma é mínimo ou apenas uma torção do joelho, mas pode também dever-se a um trauma violento, em pacientes com estruturas óssea, capsular e ligamentar íntegras. É o que costuma acontecer a atletas.

Nesses casos, geralmente ocorre ruptura do ligamento patelo-femoral medial, que estabiliza a articulação e a patela desliza para um dos lados do joelho.

O episódio agudo de luxação da patela pode gerar grande dor, inchaço, presença de sangue na articulação, incapacidade de andar e intenso desconforto.

A dor é proveniente do contato entre a patela e o fêmur, na denominada síndrome fêmoro-patelar, mais comum nas mulheres, tanto como consequência de um desequilíbrio muscular quanto da própria anatomia constitucional do membro inferior.

Após um primeiro episódio, o paciente se sente inseguro para realizar determinadas atividades, pode sentir um falseio ao andar e ter medo de que a patela "saia novamente do lugar", o que eventualmente pode ocorrer, gerando uma luxação recorrente.

Com o passar do tempo, atividades e movimentos simples que envolvam o joelho, como dançar, por exemplo, podem causar uma nova luxação.

Uma subluxação, com traumas mínimos e com redução espontânea, pode ocorrer com frequência e gera grande insegurança para o paciente.

Nelas, os pacientes geralmente já apresentavam alterações articulares pré-existentes como, por exemplo, joelho em X, torção tibial externa, malformação da rótula etc.

O diagnóstico da luxação da patela é eminentemente clínico.

A história médica é típica e no exame físico há manobras que confirmam o diagnóstico.

Além disso, os exames radiológicos ajudam a identificar a etiologia traumática ou não traumática e se há ou não fraturas associadas.

A ressonância magnética ajuda a estudar as demais estruturas da articulação.

As luxações da patela inicialmente são tratadas com recolocação da patela em seu devido lugar e imobilização temporária com a perna esticada.

Em seguida, deve-se promover um reforço da musculatura em torno, visando estabilizar a patela.

Quando não se consegue um bom efeito só com exercícios pode-se usar também um aparelho ortopédico, ou seja, uma joelheira especial.

Se for necessária cirurgia, as luxações da patela podem ser tratadas por meio de técnicas de artroscopia minimamente invasivas.

Nos casos de luxações que recidivam (patelas que luxam com frequência), a cirurgia se torna imperativa.

Medicações analgésicas e anti-inflamatórias podem ser usadas na medida das necessidades.

A assistência de um fisioterapeuta durante todo o processo de recuperação é essencial.

É difícil prevenir-se completamente as luxações de patela, mas as pessoas sob risco devem cuidar de fortificar a musculatura da articulação do joelho.

Em geral, a patela luxada retorna ao lugar sem problemas, mas uma vez ocorrida uma luxação, a possibilidade dela se tornar recidivante é muito grande.

Quanto mais a patela é luxada, maior é também a chance de sofrer fraturas ou de que o paciente já tivesse outras alterações ósseas prévias.

sexta-feira, 24 de abril de 2015

Luxação de ombro


De modo geral, uma luxação é a perda do contato entre os ossos articulares que normalmente estão em contato por meio de cartilagens.

Quando isso acontece no ombro, temos a luxação do ombro.

De acordo com a direção em que o úmero se desloca, a luxação pode ser anterior (80% ou mais dos casos), posterior, superior, inferior ou torácica (em fraturas de costela).

A luxação do ombro é uma das luxações mais frequentes das grandes articulações.

A luxação do ombro ocorre quando uma força externa desloca a cabeça do úmero para fora da fossa glenoidal (cavidade articular localizada numa das extremidades da escápula), ou quando isso acontece por forças mínimas, em virtude de fragilidades ou patologias dos mecanismos estabilizadores da articulação.

A luxação pode ser traumática ou não traumática/habitual. Na luxação traumática, a articulação é deslocada por um forte abalo exercido diretamente sobre o ombro ou sobre o úmero.

Após o primeiro episódio, podem surgir luxações recidivantes, devido a lesões articulares remanescentes ou à fraqueza do aparelho articular.

Na luxação não traumática ou habitual, existem fatores predisponentes que podem ser, entre outros, anomalias da cápsula articular, malformação do soquete articular, fraqueza dos tecidos conjuntivos ou falha na inervação da musculatura.

Na maioria das vezes, a primeira luxação ocorre em pacientes jovens.

Os sinais físicos e os sintomas da luxação no ombro dependem de seu tipo, mas geralmente há dor, restrição da mobilidade da articulação e alteração do formato do ombro.

Se houver lesões da artéria axilar ou de algum nervo, podem surgir distúrbios circulatórios, motores ou da sensibilidade do braço.

O diagnóstico da luxação do ombro deve partir do histórico médico e do exame físico.

A aparência da luxação é facilmente reconhecida pelo especialista treinado.

Os possíveis danos aos vasos sanguíneos e nervos devem ser cuidadosamente detectados e reparados, se for o caso.

O diagnóstico pode ser confirmado através de radiografias que também podem descartar eventuais fraturas.

Uma ressonância magnética pode ser necessária para um estudo mais apurado das alterações nas demais estruturas articulares envolvidas, além dos ossos.

O tratamento da luxação do ombro em que não tenha havido uma fratura concomitante baseia-se na reposição da articulação em seu devido lugar por meio de manobras especiais que devem ser executadas pelo especialista.

Esta reposição, extremamente dolorosa, chama-se “redução da luxação” e deve ser realizada o mais prontamente possível.

Algumas pessoas necessitam de uma sedação ou mesmo anestesia antes da redução ou, pelo menos, analgésicos e infiltrações.

Se houver inchaço, pode-se aplicar gelo para diminuir o processo inflamatório.

Dependendo do grau de gravidade da luxação, a articulação deve ser mantida em repouso numa tipoia de uma a três semanas.

Em pacientes idosos, devido ao risco de um enrijecimento do ombro, o repouso e, sobretudo, a imobilização podem ser dispensados.

Nas luxações complicadas ou recidivantes, a terapia tem de ser cirúrgica, podendo ser realizada por artroscopia ou cirurgia aberta, conforme o caso.

Depois da redução, deve ser realizada uma nova radiografia para certificar-se de que a articulação foi corretamente colocada no lugar.

A participação de um fisioterapeuta é essencial durante o período de recuperação.

As luxações de ombro normalmente retornam ao normal com as terapias adequadas, mas podem deixar pequenas sequelas se estruturas importantes forem lesadas.

Em casos de complicações e de luxações repetidas, é necessária uma terapia cirúrgica.

As complicações das luxações dos ombros variam de acordo com a gravidade, idade do paciente, número de episódios, tempo em que o ombro permaneceu luxado e se houve ou não lesão de estruturas conexas.

Dentre elas encontram-se as luxações recidivantes, fraturas ósseas, lesões dos tendões e nervos e artrose.

quinta-feira, 23 de abril de 2015

Informações sobre a vacinação para HPV


Em março iniciou-se o 2° ano da campanha de vacinação contra o papilomavírus humano (HPV) no Sistema Único de Saúde.

Apesar de todas as ações preventivas hoje existentes, a vacinação continua sendo o maior avanço na luta contra as doenças e os cânceres associados ao HPV, que foram responsáveis por aproximadamente 100 mil mortes nos últimos 10 anos no Brasil.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) ressalta que a vacinação contra HPV é a melhor ferramenta de saúde pública para a prevenção da infecção pelo vírus em jovens de 9 a 13 anos.

Nessa faixa etária, a resposta imunológica à vacina é maior. 2 O impacto dessa ação nas futuras gerações será garantido apenas com taxas altas de cobertura vacinal.

Ressaltamos o seu papel fundamental como pediatra na promoção da saúde de crianças e adolescentes e na orientação aos pais sobre a importância de vacinar seus filhos o mais precocemente possível, a partir dos 9 anos de idade.

A vacina papilomavírus humano 6, 11, 16 e 18 (recombinante), conhecida internacionalmente como GARDASIL, faz parte do Programa Nacional de Imunizações (PNI) do Brasil. Mais de 160 milhões de doses da vacina já foram distribuídas em todo o mundo.

A sua eficácia e o seu perfil de segurança são respaldados por boletins periódicos da Organização Mundial da Saúde (OMS) e por sistemas de acompanhamento e farmacovigilância de diversos países e da própria MSD em parceria com o Ministério da Saúde.

Seguem informações importantes sobre a estratégia de vacinação do Ministério da Saúde que poderão ser úteis para esclarecer possíveis dúvidas de seus pacientes.

Meninas
de 9 a 11 anos + resgate / até 13 anos* => 3 doses: 0, 6 e 60 meses => Unidades Básicas de Saúde e, dependendo do município, também em escolas públicas e privadas.

Meninas e mulheres de 9 a 26 anos vivendo com HIV** => 3 doses: 0, 2 e 6 meses => Unidades Básicas de Saúde, Centros de Referência para Imunobiológicos Especiais (CRIE) e Serviço de Assistência Especializada (SAE).

*Meninas com 14 anos que iniciaram o esquema vacinal em 2014 devem receber a segunda dose neste ano. **Mulheres com HIV que completarem 27 anos e já tiverem iniciado a vacinação aos 26 anos devem completar o esquema.

A vacina papilomavírus humano 6, 11, 16 e 18 (recombinante) permanece disponível em clínicas e canais de imunização privados para homens e mulheres de 9 a 26 anos de idade.5

Para mais informações, pedimos que entre em contato com nosso serviço de atendimento ao cliente, o MSD online, por telefone 0800 709 5260 ou e-mail online@merck.com.

quarta-feira, 22 de abril de 2015

Ptose palpebral


A ptose palpebral é a queda uni ou bilateral da pálpebra superior a partir de sua posição normal.

Com isso, a pálpebra superior encontra-se constantemente cobrindo o olho mais do que o normal. Além do comprometimento estético, a ptose palpebral pode diminuir o campo de visão.

A ptose palpebral pode ser congênita ou adquirida.

A ptose palpebral congênita, em que a criança já nasce com ela, é, em geral, a uma distrofia do músculo elevador da pálpebra ou a uma paralisia do nervo.

A ptose palpebral adquirida, em que a queda da pálpebra ocorre após o nascimento, pode dever-se a um processo evolucional ou senil, a miopatias diversas, inclusive miastenia gravis ou, ainda, ter origem neurogênica, traumática ou mecânica.

A causa mais comum da ptose palpebral é a desinserção do tendão do músculo elevador da pálpebra da calha tarsal. Isso faz com que toda a pálpebra caia, mas o movimento da pálpebra fica preservado.

A ptose pode também resultar de uma atividade reduzida dos músculos que elevam as pálpebras.

Os sinais e sintomas da ptose palpebral dependem da intensidade da queda da pálpebra e ela tanto pode ser assintomática como causar dificuldades visuais, peso sobre os olhos e ambliopia (olho preguiçoso).

Frequentemente o paciente é levado a adotar uma posição anômala da cabeça na tentativa de enxergar melhor e muitas vezes tenta compensar a queda da pálpebra por meio da contração da musculatura frontal, elevando os supercílios e produzindo sulcos horizontais na fronte e/ou testa.

Quando a pálpebra fica abaixo da pupila, a ptose palpebral pode impedir a integridade da visão. A ptose involucional ou senil ocorre principalmente a partir dos 60 anos de idade.

Muitos casos de ptose podem ser diagnosticados clinicamente. Vários sinais e manobras são utilizados pelo especialista para reconhecer o tipo de ptose.

Contudo, os exames de imagens são importantes para detectar patologias que possam estar associadas ao quadro, como aneurismas, tumores ou outras anormalidades estruturais.

Exames de sangue ou biópsias musculares podem ser úteis, dependendo dos sintomas adicionais.

Deve-se avaliar também o tipo de evolução, já que ela pode ajudar a esclarecer o tipo de ptose.

O tratamento depende da sua causa.

Muitas vezes a ptose melhora com o tratamento das condições subjacentes.

Quando a ptose palpebral não é uma manifestação transitória, o tratamento é cirúrgico e pode ser feito por motivos estéticos, funcionais (quando há interferência na visão do paciente), ou por ambos, o que é mais comum.

A cirurgia palpebral nos adultos é realizada sob anestesia local.

Na ptose palpebral congênita, a cirurgia deve ser realizada precocemente quando existir risco de ambliopia devido à queda acentuada da pálpebra.

Normalmente, o pós-operatório da correção da ptose palpebral é muito simples.

A correção cirúrgica está contraindicada nos casos em que a ptose for transitória, devida a doenças sistêmicas.

As ptoses palpebrais secundárias a enfermidades sistêmicas normalmente cedem quando estas são curadas. As correções cirúrgicas geralmente são bem sucedidas. Outras podem não ter correções.

segunda-feira, 20 de abril de 2015

Duloxetina e as interações medicamentosas


Inibidores da monoaminoxidase (IMAO): Houve relatos de reações graves, às vezes fatais, em pacientes recebendo um inibidor da recaptação de serotonina em combinação com um IMAO. Estes relatos incluíam os seguintes sintomas: hipertermia, rigidez, mioclonia, instabilidade autonômica com possíveis flutuações rápidas dos sinais vitais e alterações do estado mental, incluindo agitação extrema, progredindo para delírio e coma. Estas reações também foram relatadas em pacientes que haviam suspendido há pouco tempo um inibidor de recaptação de serotonina antes de iniciar um IMAO.

Alguns pacientes apresentaram quadro semelhante à síndrome neuroléptica maligna. Os efeitos do uso combinado de duloxetina e IMAOs não foram avaliados em humanos ou em animais. No entanto, em razão de duloxetina ser um inibidor da recaptação de serotonina e noradrenalina, recomenda-se que não seja usado em combinação com um IMAO ou dentro de, no mínimo, 14 dias após a suspensão do tratamento com um IMAO. Com base na meia-vida da duloxetina, devem-se passar, no mínimo, cinco dias da interrupção do duloxetina até o início de um tratamento com um IMAO.

Antidepressivos tricíclicos (ATC): Deve-se ter cuidado com a administração simultânea de antidepressivos tricíclicos (ATC) e duloxetina, pois esta pode inibir o metabolismo dos ATC. Pode haver a necessidade de redução da dose e monitoramento das concentrações plasmáticas do ATC, caso o mesmo seja administrado simultaneamente à duloxetina.

Drogas metabolizadas pela CYP1A2: Em um estudo clínico, a farmacocinética da teofilina, um substrato da CYP1A2, não foi afetada de forma significativa pela coadministração com duloxetina (60 mg duas vezes ao dia). Estes resultados sugerem que é improvável que a duloxetina cause um efeito clinicamente significativo no metabolismo de substratos da CYP1A2.

Inibidores da CYP1A2: Devido ao fato de a CYP1A2 estar envolvida com o metabolismo da duloxetina, o uso concomitante de duloxetina com inibidores potentes da CYP1A2 provavelmente resultará em concentrações mais altas da duloxetina. A fluvoxamina (100 mg, uma vez ao dia), um potente inibidor da CYP1A2, reduziu o clearance plasmático aparente da duloxetina em cerca de 77%. Aconselha-se cautela ao se administrar Cymbalta com inibidores da CYP1A2 (por ex.: alguns antibióticos à base de quinolona) e, nesse caso, uma dose mais baixa de Cymbalta deve ser usada.
Drogas metabolizadas pela CYP2D6: Cymbalta é um inibidor moderado da CYP2D6.

Quando administrado na dose de 60 mg, duas vezes ao dia em associação a uma dose única de desipramina, um substrato da CYP2D6, duloxetina aumentou em três vezes a AUC da desipramina. A coadministração de duloxetina (40 mg, duas vezes ao dia) aumentou em 71% o estado de equilíbrio da AUC da tolterodina (2 mg, duas vezes ao dia), mas não afetou a farmacocinética do metabólito 5-hidroxil. Portanto, deve-se ter cuidado quando se administrar Cymbalta com medicamentos predominantemente metabolizados pela CYP2D6 e com índice terapêutico estreito.

Inibidores da CYP2D6: O uso concomitante de duloxetina com inibidores potentes da CYP2D6 pode resultar em concentrações mais altas de duloxetina, já que a CYP2D6 está envolvida em seu metabolismo. A paroxetina (20 mg, uma vez ao dia) diminuiu em cerca de 37% o clearance plasmático aparente de duloxetina. Aconselha-se cuidado ao se administrar duloxetina com inibidores da CYP2D6 (por ex.: ISRS).

Drogas metabolizadas pela CYP3A: Resultados de estudos in vitro demonstram que a duloxetina não inibe ou induz a atividade catalítica da CYP3A. Desta forma, não se espera um aumento ou diminuição no metabolismo de substratos da CYP3A (por ex.: contraceptivos orais ou outras drogas esteroidais) associado ao tratamento com duloxetina.

No entanto, estudos clínicos ainda não foram realizados para avaliar este parâmetro.

Drogas metabolizadas pela CYP2C9: Resultados de estudos in vitro demonstram que a duloxetina não inibe a atividade enzimática da CYP2C9. Em um estudo clínico, a farmacocinética da S-varfarina, um substrato da CYP2C9, não foi significativamente afetada pela duloxetina.

Álcool: Quando duloxetina e o álcool foram administrados em tempos diferentes, de forma que seus picos de concentração coincidissem, notou-se que duloxetina não aumentou o prejuízo das habilidades mental e motora causado pelo álcool. No banco de dados de estudos clínicos com duloxetina, três pacientes tratados com duloxetina tiveram lesões hepáticas manifestadas através da elevação de ALT e bilirrubina total, com evidência de obstrução. Em todos estes casos, foi descrito uso concomitante significativo de álcool, o que pode ter contribuído para as anormalidades constatadas.

Antiácidos e antagonistas H2: duloxetina tem um revestimento entérico que resiste à dissolução no estômago até alcançar um segmento do trato gastrointestinal onde o pH excede 5,5. Em condições extremamente ácidas, duloxetina, desprotegido pelo revestimento entérico, pode sofrer uma hidrólise, formando naftol. É aconselhável cuidado ao se administrar duloxetina para pacientes que possam apresentar retardo no esvaziamento gástrico (por ex.: alguns pacientes diabéticos).

Medicamentos que aumentam o pH gastrointestinal podem promover uma liberação precoce de duloxetina. Entretanto, a coadministração de duloxetina com antiácidos que contenham alumínio ou magnésio (51 mEq) ou de duloxetina com famotidina não causou efeito significativo nas taxas ou na quantidade absorvida de duloxetina após a administração de uma dosagem de 40 mg. Não há informações se a administração concomitante de inibidores da bomba de prótons afeta a absorção de duloxetina.

Fitoterápicos: A ocorrência de eventos indesejáveis pode ser mais comum durante o uso concomitante de duloxetina com preparações fitoterápicas que contenham a Erva de São João (Hypericum perforatum) (ver ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES).

Drogas do SNC: Devido aos efeitos primários da duloxetina serem sobre o SNC, deve-se tomar cuidado quando o mesmo for usado em combinação com outras drogas que agem no SNC. O uso concomitante de outras drogas com atividade serotoninérgica (por ex.: ISRS e IRSN, triptanos ou tramadol) podem resultar numa síndrome serotoninérgica (ver ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES).

Drogas com altas taxas de ligação a proteínas plasmáticas: duloxetina encontra-se altamente ligado a proteínas plasmáticas (> 90%). Portanto, sua administração a pacientes tomando outra droga que esteja altamente ligada a proteínas plasmáticas pode causar aumentos das concentrações livres da outra droga.

Lorazepam: Sob condições de estado de equilíbrio, duloxetina não teve nenhum efeito sobre a cinética do lorazepam e o lorazepam não teve nenhum efeito sobre a cinética de duloxetina.

Triptanos: Houve raros relatos pós-lançamento de síndrome serotoninérgica com o uso de inibidores seletivos da recaptação de serotonina e um triptano. Se o tratamento concomitante de duloxetina com um triptano for clinicamente indicado, aconselha-se a observação cuidadosa do paciente, particularmente durante o início do tratamento e aumentos na dose.

Exames laboratoriais e não laboratoriais: Em estudos clínicos para o tratamento da dor neuropática diabética, observou-se um pequeno aumento na glicemia de jejum e no colesterol total dos pacientes que usaram duloxetina.

Já em estudos clínicos para transtorno depressivo maior, observou-se pequenos aumentos médios nos exames para dosagem de TGP (ALT), TGO (AST), CK (CPK) e fosfatase alcalina. Foram obtidos eletrocardiogramas de pacientes tratados com duloxetina e de pacientes tratados com placebo em estudos clínicos de até 13 semanas.

Não foram observadas diferenças clinicamente significativas nos intervalos QTC, QT, PR e QRS entre os pacientes tratados com Cymbalta e aqueles tratados com placebo.

Nicotina: A biodisponibilidade de duloxetina parece ser cerca de um terço mais baixa em fumantes do que em não-fumantes. No entanto, não há necessidade de ajuste na dose para fumantes.

Alimentos: duloxetina pode ser administrado independentemente das refeições.

Proteínas para atletas


As proteínas são uma parte essencial da alimentação diária de muitos Atletas Livres – não importa se o propósito deles é queimar gordura, construir músculos ou melhorar a performance. Como Atleta Livre, você tem uma necessidade alta de proteínas, já que seu corpo está submetido a altos níveis de estresse por causa do seu treinamento. Mas a alimentação de um Atleta Livre não depende apenas de selecionar alimentos a partir dos seus ingredientes. É também sobre ganhar um entendimento sólido sobre a sua alimentação diária e desenvolver discernimento e um cuidado com relação aos alimentos. Por essa razão, nós gostaríamos de te fornecer algumas informações sobre a estrutura e função das proteínas.

A proteína é um dos macronutrientes pois fornece energia como gorduras e carboidratos e é ingerida na alimentação. Sua função de fornecimento de energia é de importância secundária. Essa tarefa é cumprida na maior parte das vezes – mas não exclusivamente – pelos carboidratos e ácidos graxos.

A proteína é mais conhecida por construir tecido muscular, mas também repara, protege e melhora todos os tipos de tecido. Outras funções envolvem transporte de substâncias, catalização de reações do organismo, regulação de processos, sinalização celular e combate a patógenos.

Basicamente, as proteínas são formadas por uma série de aminoácidos – componentes orgânicos que, como gordura e carboidratos – são à base de carbono. Existem inúmeros aminoácidos na natureza e no nosso organismo mas, no entanto, nosso organismo só consegue sintetizar proteínas e peptídeos a partir de 20 deles. Daqui em diante, quando nos referirmos a aminoácidos, estaremos falando somente desses aminoácidos preteinogenicos.

Cadeias com menos de 50 aminoácidos são chamadas de peptídeos – mini-proteínas, por assim dizer. A distinção entre peptídeos e proteínas não está totalmente esclarecida, embora alguns falam de proteína quando se referem a cadeias com mais de 100 aminoácidos. Da mesma forma, existem compostos com mais de 100 aminoácidos que são chamados de peptídeos. Os peptídeos também desempenham uma grande quantidade de funções no organismo. Na maior parte, os peptídeos são componentes de hormônios ou enzimas, ou compõe proteínas.

A proteína proveniente da dieta é quebrada em aminoácidos pelas enzimas e são absorvidos pela parede intestinal. Esses aminoácidos serão, então, combinados para formar as proteínas que o organismo necessitar. Imagine que você ganhou uma casa construída a partir de muitos tijolos coloridos. A casa em si não é exatamente o que você imaginava, mas os tijolos combinam perfeitamente com o que você já tem. Então você desfaz a casa, separa os tijolos para construir novas casas, aumentar ou arrumar casas existentes. Outros tijolos são utilizados para construir ferramentas e meios de transporte.

Enquanto o nosso organismo produz a maior parte dos aminoácidos a partir de outras substâncias, existem 9 aminoácidos que o nosso organismo não pode produzir. Estes são chamados “aminoácidos essenciais” e precisam ser obtidos a partir da alimentação.

Para poder desempenhar sua função, as cadeias de aminoácidos precisam primeiro estar em uma estrutura específica. A organização dos aminoácidos na sequência correta é só o primeiro passo. Imagine um cordão multicolorido com faixas horizontais que cai no chão, formando um novelo. Uma coisa semelhante acontece no caso dos aminoácidos se eles precisarem formar uma proteína funcional – exceto pelo fato de que aqui a síntese não acontece ao acaso; eles são arranjados numa estrutura tridimensional, como um novelo de barbante suspenso no ar. No entanto, algumas proteínas ainda não são funcionais nesse estágio e precisam ser combinadas a outros novelos ou partes de novelos, de uma maneira pré-determinada, para que ela seja capaz de desempenhar suas funções. Esse processo é chamado de enovelamento de proteínas.

Se uma proteína perde a sua conformação não é capaz de desempenhar a sua função. Esse processo se chama denaturação. Os aminoácidos, é claro, ainda estão presentes e podem ser usados, mas a proteína é incapaz de funcionar. Normalmente, a denaturação não pode ser revertida, especialmente no caso de grandes proteínas. É igual ao barbante: ele não vai se enovelar de novo da mesma forma, mas a combinação e a sequência das cores continua a mesma.

Uma maneira de denaturar proteínas é expondo-as ao calor. Isso acontece no nosso organismo numa doença, por exemplo, que se manifesta com febre a fim de combater possíveis patógenos proteicos – que geralmente não são resistentes ao calor – enquanto que proteínas com uma maior resistência ao calor fazem parte dos nossos anticorpos. Outro exemplo de denaturação proteica é cozinhar um ovo ou coagular um queijo. Uma vez feito, não pode ser revertido.

Sempre deve haver um equilíbrio entre os diferentes aminoácidos no organismo. Se houver uma escassez de aminoácidos, a maioria das combinações de proteína não vai mais ser feita, o que significa que nem os aminoácidos disponíveis vão poder ser usados de maneira efetiva. Para criar esse balanço, você deve incorporar essa variedade quando seleciona e prepara seus alimentos.

Muitas pessoas focam a atenção em alimentos ricos em proteínas como carnes, peixes e laticínios – principalmente quando querer construir músculos. No entanto, nozes, grãos e vários tipos de vegetais também contém altos níveis de proteína, assim como outros valiosos micronutrientes, sem os quais a proteína não pode ser utilizadas otimamente.

Portanto, a princípio, os shakes de proteína (ou proteína em pó) não são necessários dada a grande gama de alimentos disponíveis atualmente.

Dentro do contexto de uma dieta completa e balanceada, pode ser, no entanto, válido fazer uso dos shakes quando você estiver sem tempo, para oferecer uma solução prática para a ingestão do macronutriente. No entanto, não pode representar uma substituição a uma dieta balanceada, nem pode compensar uma dieta de mão única.

domingo, 19 de abril de 2015

Duloxetina na Fibromialgia e Dor Miofacial


O uso de antidepressivos sempre foi comum em pacientes com fibromialgia, seja para o sono, seja para sintomas de depressão ou como adjuvantes analgésicos.

Mais recentemente, com um melhor entendimento da fisiopatologia da dor crônica e a atuação da noradrenalina e da serotonina como moduladores da dor crônica, o uso de inibidores de recaptação “duais” – de serotonina e noradrenalina, tem sido ressaltado como útil nestes pacientes.

Na edição de setembro do Arthritis and Rheumatism, foi publicado um estudo com uma destas drogas, a duloxetina.

No total, 207 pacientes foram randomizados para receberem placebo ou 60 mg de duloxetina, duas vezes ao dia. O end-points primários eram a melhora do escore total do FIQ (Fibromyalgia Impact Questionnaire) e da sub-escala de dor do mesmo questionário. Vários end-points secundários foram estudados.

A maioria dos pacientes era do sexo feminino (89%) e 38% apresentavam depressão maior.

Os resultados demonstraram uma melhora no FIQ nos pacientes usando duloxetina, em comparação com o placebo, mas não houve significância estatística na sub-escala de dor. Também houve melhoras significativas no questionário breve sobre severidade e interferência da dor (BPI), no número de tender points, no limiar doloroso, na avaliação global do médico e do paciente, e em várias medidas de qualidade de vida.

Curiosamente, não houve nenhum resultado positivo nos pacientes do sexo masculino com fibromialgia. A presença ou não de depressão não afetou os resultados.

Em resumo, o uso da duloxetina parece ser positivo de uma maneira global nos pacientes com fibromialgia, independentemente da presença de depressão.

Deve-se sempre ter em mente que drogas isoladas raramente terão um efeito sobre todos os aspectos desta complexa doença; outros aspectos relevantes como a qualidade do sono, a analgesia adequada e principalmente o grau de atividade física devem sempre ser avaliados em cada visita.

Eduardo S. Paiva
Reumatologista

sábado, 18 de abril de 2015

Problemas peri-anais: pruridos


O prurido anal é uma intensa irritação na região do ânus, acompanhada da necessidade de se coçar.

É uma condição comum, que, quando intensa, gera situações embaraçosas e desconfortáveis.

O prurido anal pode estar relacionado a uma reação a substâncias químicas ingeridas na alimentação e presentes nas fezes, a inflamações na área anal, a fezes diarreicas líquidas, a hemorroidas, a inflamações, a tumores, à constante umidade, a tratamentos com antibióticos, à psoríase, a fístulas anais etc.

O principal sintoma do prurido anal é uma intensa coceira na região do ânus, que pode ser temporária ou persistente, dependendo de sua causa.

A intensidade do prurido aumenta com o fato de se coçar e com a presença de umidade.

O prurido intenso causa um desconforto intolerável, geralmente descrito como irritação ou queimação.

Em alguns casos, o prurido anal pode estar associado a uma doença sistêmica que requeira tratamento.

O prurido é relatado pelo paciente e cabe ao médico verificar se há alguma lesão ou infecção primária ou secundária ao ato de coçar, bem como pesquisar as causas do prurido.

Na maior parte das vezes, o médico será capaz de encontrar essa causa simplesmente pelas perguntas que dirige ao paciente ou com a realização de um simples exame de fezes.

Em poucos casos poderá sentir necessidade de proceder a uma retoscopia (endoscopia do reto).

Mais raramente ainda precisará de uma colonoscopia para examinar o trato digestivo.

Em alguns casos, contudo, a causa exata nunca chega a ser determinada.

Na maioria das vezes, o prurido anal desaparece sem qualquer intervenção médica.

Contudo, o paciente deve providenciar uma consulta se o prurido for intenso e duradouro ou se houver algum sangramento ou infecção retais.

O tratamento médico do prurido anal depende da sua causa e pode incluir medidas de higiene, mudanças na dieta, tratamento de infecções e, eventualmente, cirurgia.

Cremes antipruriginosos e de corticoides podem ser empregados para aliviar os sintomas.

Medicação antiparasitária pode ser usada no combate a parasitas intestinais, quando for o caso.

Com o tratamento apropriado a maioria das pessoas acometidas experimenta alívio dos sintomas dentro de uma semana.

sexta-feira, 17 de abril de 2015

Osteoporose 2


Diagnóstico

Em caso de fratura, o diagnóstico de osteoporose baseia-se numa combinação de sintomas, exame físico e radiografias dos ossos; podem ser precisos exames complementares para afastar doenças curáveis que possam provocar osteoporose.

A osteoporose pode ser diagnosticada antes que se verifique uma fratura por meio de exames que medem a densidade dos ossos.

O mais preciso destes exames é a absorciometria de raios X de energia dupla (densitometria óssea).

Este exame é indolor, não apresenta qualquer risco e tem uma duração de 5 a 15 minutos.

É útil para as mulheres com elevado risco de osteoporose e para aquelas em quem o diagnóstico é incerto, ou para avaliar com precisão os resultados do tratamento.

Prevenção e tratamento

A prevenção da osteoporose é mais eficaz que o seu tratamento e consiste em manter ou aumentar a densidade óssea por meio do consumo de uma quantidade adequada de cálcio, da prática de exercícios nos quais se deve suportar o peso corporal e, em alguns casos, da administração de medicamentos.

O consumo de uma quantidade adequada de cálcio é eficaz, sobretudo antes de se atingir a máxima densidade óssea (por volta dos 30 anos), mas também depois dessa idade.

Beber dois copos de leite por dia (alimento rico em cálcio) e tomar um suplemento de vitamina D ajuda a aumentar a densidade óssea em mulheres saudáveis de meia-idade que não receberam a quantidade suficiente destes nutrientes.

Contudo, a maioria das mulheres precisa de tomar comprimidos de cálcio.

Existem muitos preparados diferentes; alguns incluem vitamina D suplementar.

Recomenda-se tomar cerca de 1,5 g de cálcio por dia.

Os exercícios que implicam suportar o peso corporal, como andar e subir escadas, aumentam a densidade óssea.

Pelo contrário, os exercícios como a natação, em que não se suporta o próprio peso, não parecem aumentar a densidade.

Os estrogênios ajudam a manter a densidade óssea nas mulheres e costumam administrar-se juntamente com progesterona.

A terapia de substituição de estrogênios é mais eficaz se começar dentro dos primeiros 4 a 6 anos depois da menopausa; contudo, pode atrasar a perda óssea e reduzir o risco de fraturas mesmo que se inicie mais tarde.

As decisões acerca do uso da terapêutica de substituição de estrogênios depois da menopausa são complexas, dado que o tratamento pode implicar riscos e efeitos secundários.

Há um novo medicamento semelhante aos estrogénios (raloxifeno), que, apesar de poder ser menos eficaz que os estrogénios para prevenir a perda óssea, carece dos efeitos secundários característicos destes sobre as mamas e o útero.

Em contrapartida, os bifosfonatos, como o alendronato (veja-se mais adiante), podem ser administrados sós ou em combinação com a terapia de substituição hormonal para prevenir a osteoporose.

O objetivo do tratamento consiste em aumentar a densidade óssea.

Todas as mulheres, sobretudo as que sofrem de osteoporose, deveriam tomar suplementos de cálcio e vitamina D.

As mulheres pós-menopáusicas que apresentam formas mais graves de osteoporose podem também tomar estrogénios (em geral, combinados com progesterona) ou alendronato, que podem atrasar e inclusive deter a progressão da doença.

Os bifosfonatos também são úteis no tratamento da osteoporose.

O alendronato reduz a velocidade de reabsorção óssea nas mulheres pós-menopáusicas, aumentando a massa óssea na coluna vertebral e nas ancas, e reduzindo a incidência de fracturas.

Não obstante, para assegurar a correcta absorção do alendronato, este deve ser tomado imediatamente depois do despertar juntamente com um copo de água e não se deve ingerir comida ou bebida durante os 30 minutos seguintes.

Considerando que o alendronato irrita o revestimento do trato gastrointestinal superior, a pessoa não deve deitar-se pelo menos durante os 30 minutos seguintes à ingestão da dose e até ingerir algum alimento.

As pessoas que têm dificuldade de deglutição ou certas perturbações do esófago ou do estômago, não devem tomar este medicamento.

Algumas autoridades de saúde recomendam calcitonina, particularmente a pessoas que sofrem de fraturas dolorosas das vértebras.

Este medicamento pode ser administrado por meio de injeções ou sob forma de pulverizador nasal.

Embora os suplementos de fluoretos possam aumentar a densidade óssea, o osso resultante poderá ser anormal e frágil, pelo que a sua administração não é recomendada.

Estão a ser investigadas novas formas de fluoreto, que não produzam reacções adversas sobre a qualidade dos ossos.

Administram-se suplementos de vitamina D e cálcio aos homens que sofrem de osteoporose, especialmente quando os exames mostram que o seu organismo não absorve as quantidades de cálcio adequadas.

Os estrogênios não são eficazes nos homens, mas a testosterona é, no caso de o valor desta se manter baixo.

Devem tratar-se as fraturas que aparecem como resultado da osteoporose.

quinta-feira, 16 de abril de 2015

Osteoporose


A osteoporose é uma diminuição progressiva da massa óssea, que faz com que os ossos se tornem mais frágeis e propensos às fraturas.

Os minerais como o cálcio e o fósforo dão solidez e densidade aos ossos.

O organismo requer um fornecimento adequado de cálcio e de outros minerais para manter a densidade dos ossos.

Deve, além disso, produzir as quantidades convenientes de hormônios como a paratiróide, a do crescimento, a calcitonina, os estrogênios nas mulheres e a testosterona nos homens.

Também precisa de um fornecimento adequado de vitamina D para absorver o cálcio dos alimentos e incorporá-lo nos ossos.

Estes aumentam a sua densidade até atingir o seu valor máximo por volta dos 30 anos de idade. A partir de então, a densidade diminui lentamente.

Quando o organismo não é capaz de regular o conteúdo mineral dos ossos, estes perdem densidade e tornam-se mais frágeis, provocando osteoporose.

Tipos de osteoporose

Existem diversos tipos de osteoporose.

A causa da osteoporose pós-menopáusica é a falta de estrogênio, o principal hormônio feminino que ajuda a regular o fornecimento de cálcio aos ossos.

Em geral, os sintomas aparecem em mulheres dos 51 aos 75 anos de idade; mas, podem começar antes ou depois dessas idades.

Nem todas as mulheres têm o mesmo risco de desenvolver uma osteoporose pós-menopáusica (as mulheres das etnias branca e oriental são mais propensas a esta doença que as mulheres de etnia negra).

A osteoporose senil é o resultado de uma deficiência de cálcio relacionada com a idade e de um desequilíbrio entre a velocidade de degradação e de regeneração óssea.

«Senil» significa que se manifesta em pessoas de idade avançada.

Afeta, em geral, pessoas com mais de 70 anos e é duas vezes mais frequente nas mulheres que nos homens.

As mulheres, com frequência, sofrem de ambas as formas de osteoporose, a senil e a pós-menopáusica.

Menos de 5 % das pessoas que padecem de osteoporose sofrem de uma osteoporose secundária (induzida por outras perturbações de saúde ou por medicamentos).

Na sequência de certas doenças, como a insuficiência renal crônica e certas perturbações hormonais (especialmente da tiróide, das paratiróides ou das supra-renais) ou da administração de alguns medicamentos, como corticosteróides, barbitúricos, anti-convulsivantes e quantidades excessivas de hormona tiroideia.

O consumo excessivo de álcool e de tabaco agrava a afecção.

A osteoporose juvenil idiopática é uma doença pouco frequente, de causa desconhecida.

Aparece em crianças e adultos jovens, sem perturbações hormonais nem carências de vitaminas, e que não apresentam qualquer razão óbvia para ter ossos débeis.

Sintomas

A osteoporose não produz sintomas num primeiro momento devido à lenta diminuição da densidade óssea, especialmente entre os afetados pela osteoporose senil.

Outras pessoas nunca têm sintomas.

Aparecem dor e deformações quando a redução da densidade óssea é tão importante que os ossos se esmagam ou fraturam.

A dor crónica de costas pode aparecer devido ao esmagamento das vértebras (fracturas por esmagamento vertebral).

As vértebras debilitadas podem partir-se de forma espontânea ou em consequência de uma pequena pancada.

Em geral, a dor começa de maneira súbita, localiza-se numa zona determinada das costas e piora quando se está de pé ou ao andar.

Pode aparecer dor ao tato e, habitualmente, a dor desaparece de forma gradual ao fim de umas semanas ou meses.

No caso de haver fratura de várias vértebras, pode produzir-se uma curvatura anormal da coluna vertebral (corcunda), causando distensão muscular e dor.

Podem-se fraturar outros ossos, com frequência por causa de uma sobrecarga leve ou de uma queda, sendo a fratura lombar, uma das mais graves, e uma das principais causas de invalidez e perda de autonomia em pessoas de idade avançada.

Também é frequente a fratura de um dos ossos do braço (o rádio) no ponto de articulação com o punho (fractura de Colles).

Além disso, as fraturas tendem a curar-se lentamente em indivíduos que sofrem de osteoporose.

quarta-feira, 15 de abril de 2015

Hipoglicemia 2


Sintomas

Perante uma queda nos valores de açúcar no sangue o organismo responde, em primeiro lugar, libertando adrenalina por parte das glândulas supra-renais e de certas terminações nervosas.

Este hormônio estimula a libertação de açúcar contido nas reservas do organismo, mas também causa sintomas semelhantes aos de um ataque de ansiedade: transpiração, nervosismo, tremores, desfalecimento, palpitações e por vezes fome.

Se a hipoglicemia for mais grave, reduz-se o fornecimento de glicose ao cérebro e aparecem vertigens, confusão, esgotamento, fraqueza, dores de cabeça, um comportamento inadequado que pode ser confundido com um estado de embriaguez, incapacidade para se concentrar, anomalias da visão, convulsões semelhantes à epilepsia e coma.

A hipoglicemia prolongada pode lesar o cérebro de forma irreversível.

Tanto os sintomas de ansiedade como a alteração fisiológica cerebral podem ter um início lento ou repentino que progride em poucos minutos desde um mal-estar moderado até uma confusão grave ou mesmo ao pânico.

As mais afetadas são as pessoas que se tratam com insulina ou medicamentos hipoglicemiantes orais para a diabetes.

Num doente com um tumor pancreático secretor de insulina, é mais provável que os sintomas apareçam nas primeiras horas da manhã em jejum, sobretudo se as reservas de açúcar do sangue se tiverem esgotado com o exercício realizado antes do pequeno-almoço.

No princípio, um tumor só causa episódios ocasionais de hipoglicemia, mas com o passar dos meses ou dos anos os episódios tornam-se mais frequentes e graves.

Diagnóstico

Quando um doente não diabético e aparentemente saudável manifesta ansiedade, uma conduta semelhante à embriaguez ou os restantes sintomas de alteração das funções cerebrais (descritos mais acima), os médicos determinam os valores de açúcar no sangue e depois os de insulina.

Os sintomas de hipoglicemia raramente se desenvolvem até os valores de açúcar serem inferiores aos 50 mg/dl de sangue, embora algumas vezes não se manifestem sintomas com valores superiores e em outras não se manifestem até serem muito mais baixos.

As baixas concentrações de açúcar no sangue, juntamente com os sintomas de hipoglicemia, confirmam o diagnóstico.

Se os sintomas melhoram quando os valores aumentam poucos minutos depois de ter ingerido açúcar, o diagnóstico recebe uma confirmação definitiva.

O médico efetua no hospital a determinação do açúcar no sangue de um doente.

Este exame também pode realizar-se no domicílio do doente mediante a obtenção de uma gota de sangue, picando o dedo no momento em que os sintomas se produzem, caso se disponha de um dispositivo para controlar as concentrações de açúcar.

Contudo, a supervisão domiciliária de açúcar no sangue só se recomenda se o doente for diabético.

A prova oral de tolerância à glicose, que se utiliza com frequência para facilitar o diagnóstico da diabetes, é pouco utilizada nestes casos porque os resultados levam muitas vezes a conclusões incorrectas.

O médico consegue quase sempre determinar a origem da hipoglicemia.

A história clínica do doente, um exame físico e uns exames laboratoriais simples são, em geral, tudo o que é necessário para determinar a causa.

Contudo, algumas pessoas requerem exames complementares e para isso devem ser internadas num hospital.

No caso de suspeita de hipoglicemia de causa auto-imune, realizam-se exames para detectar a presença no sangue de anticorpos contra a insulina.

Para determinar se o doente tem um tumor secretor de insulina, podem efectuar-se medições das concentrações de insulina no sangue durante o jejum (por vezes até às 72 horas).

O ideal seria localizar o tumor antes da cirurgia.

Contudo, apesar de alguns tumores pancreáticos secretores de insulina poderem ser visíveis na tomografia axial computadorizada (TAC), na ressonância magnética (RM) ou na ecografia, em geral são tão pequenos que estes exames não os detectam.

Com frequência, é preciso praticar uma cirurgia exploratória para detectar um tumor secretor de insulina.

Tratamento

Os sintomas de hipoglicemia melhoram alguns minutos depois do consumo de açúcar, quer seja na forma de caramelos ou tabletes de glicose, sumo de frutas, água com vários torrões de açúcar ou leite (que contém lactose, um tipo de açúcar).

Os doentes com episódios recorrentes de hipoglicemia, sobretudo os diabéticos, muitas vezes preferem levar consigo tabletes de glicose porque têm um efeito rápido e fornecem uma quantidade suficiente de açúcar.

Tanto os diabéticos como os não diabéticos com hipoglicemia podem melhorar tomando primeiro açúcar e a seguir um alimento que forneça hidratos de carbono de longa duração (como pão ou bolachas).

Quando a hipoglicemia é grave ou prolongada e não é possível ingerir açúcar por via oral, deve administrar-se glicose por via endovenosa para evitar lesões cerebrais graves.

Deverá ter-se glucagina à mão para as urgências, no caso de haver o risco de se sofrer episódios graves de hipoglicemia.

O glucagon é um hormônio proteico, segregado pelas células dos ilhéus do pâncreas, que estimula o fígado a produzir grandes quantidades de glicose a partir das suas reservas de hidratos de carbono.

Administra-se em injeção e restabelece o açúcar no sangue ao cabo de 5 a 15 minutos.

Os tumores secretores de insulina devem ser extirpados cirurgicamente.

Contudo, como são muito pequenos e difíceis de localizar, a cirurgia deve ser praticada por um especialista experimentado nestes problemas.

Antes da intervenção cirúrgica, deve administrar-se um medicamento como o diazóxido para inibir a secreção de insulina por parte do tumor.

Por vezes há mais de um tumor e, se o cirurgião não os encontra todos ao mesmo tempo, por vezes é necessária uma segunda operação.

Os doentes não diabéticos com predisposição para a hipoglicemia evitam muitas vezes os episódios fazendo pequenas refeições em número superior às três refeições habituais do dia.

Os doentes com tendência para a hipoglicemia deveriam trazer uma identificação ou uma pulseira de alerta médico para informar o pessoal do serviço de urgências sobre a sua doença.

terça-feira, 14 de abril de 2015

Hipoglicemia 1


A hipoglicemia é uma afecção em que as concentrações de açúcar (glicose) no sangue são anormalmente baixas.

O organismo mantém normalmente a concentração de açúcar no sangue dentro de uma margem bastante estreita (por volta de 70 a 110 mg/dl de sangue). Na diabetes, os valores de açúcar no sangue tornam-se demasiado altos; na hipoglicemia, são demasiado baixos.

Os valores baixos de açúcar levam ao incorreto funcionamento de muitos dos sistemas orgânicos.

O cérebro é especialmente sensível aos valores baixos, porque a glicose é a sua principal fonte de energia.

Ele responde aos valores baixos de açúcar no sangue e, através do sistema nervoso, estimula as glândulas supra-renais a libertar adrenalina.

Isto provoca, por sua vez, a libertação de açúcar por parte do fígado para ajustar a sua concentração no sangue.

Se a concentração se situa em valores demasiado baixos, o funcionamento do cérebro pode ver-se prejudicado.

Causas

A hipoglicemia tem várias causas diferentes, a saber, a secreção excessiva de insulina pelo pâncreas, uma dose demasiado elevada de insulina ou de outro medicamento administrado a um diabético para diminuir os valores sanguíneos de açúcar, uma perturbação na hipófise ou nas glândulas supra-renais ou uma anomalia no armazenamento de hidratos de carbono ou na produção de glicose por parte do fígado.

Em geral, há duas formas de hipoglicemia: a induzida por medicamentos e a não relacionada com medicamentos. A maior parte dos casos verifica-se nos diabéticos e relaciona-se com medicamentos.

A hipoglicemia não relacionada com medicamentos subdivide-se, além disso, em hipoglicemia em jejum, que ocorre depois do jejum, e em hipoglicemia reativa, que surge como reacção à ingestão de hidratos de carbono.

Mais frequentemente, a hipoglicemia é causada pela insulina ou outros medicamentos (sulfonilureias) administrados a pessoas com diabetes para diminuir os valores de açúcar no sangue.

Se a dose for excessiva para a quantidade de alimento ingerido, o medicamento diminui demasiadamente os valores de açúcar.

Nos casos de diabetes grave crónica existe uma propensão particular para desenvolver hipoglicemia grave.

Isto acontece porque as células pancreáticas do doente não produzem glucagina e as suas glândulas supra-renais não produzem adrenalina, que são os mecanismos principais imediatos com os quais o organismo neutraliza um valor baixo de açúcar no sangue.

Outros medicamentos também provocam hipoglicemia, como a pentamidina, que se usa para tratar uma forma de pneumonia relacionada com a SIDA.

A hipoglicemia observa-se por vezes em pessoas com perturbações psicológicas que, às escondidas, auto-administram insulina ou medicamentos hipoglicemiantes.

Em geral, trata-se de pessoal da saúde ou parentes dos diabéticos que têm acesso aos medicamentos.

O consumo de álcool, geralmente nas pessoas que bebem grande quantidade sem antes terem ingerido qualquer alimento durante bastante tempo (o que esgota os hidratos de carbono armazenados no fígado), pode produzir uma hipoglicemia suficientemente grave para causar estupor, o que pode ocorrer mesmo quando a concentração de álcool no sangue for inferior ao legalmente permitido para conduzir.

A polícia e o pessoal do serviço de urgência devem ter em conta que um doente com estupor, cujo hálito cheire a álcool, pode ter uma hipoglicemia, e não apenas estar sob os efeitos do álcool.

O exercício extenuante prolongado, em casos raros, provoca hipoglicemia em pessoas de outro modo saudáveis.

O jejum prolongado só causa hipoglicemia se for associado a outra doença, especialmente uma doença da hipófise das glândulas supra-renais, ou a consumo de grandes quantidades de álcool.

As reservas de hidratos de carbono do fígado podem diminuir tanto que o organismo se vê incapaz de manter os valores adequados de açúcar no sangue.

Em certos casos em que existe uma perturbação hepática, bastarão poucas horas de jejum para que apareça hipoglicemia.

Os lactentes e as crianças com uma anomalia num qualquer dos sistemas de enzimas hepáticos que metabolizam os açúcares também podem desenvolver hipoglicemia entre as refeições.

Algumas pessoas que estiveram submetidas a certas intervenções ao estômago desenvolvem uma hipoglicemia alimentar entre as refeições.

Esta perturbação produz-se porque a absorção dos açúcares é muito rápida, estimulando a excessiva produção de insulina, que causa uma queda rápida da concentração de açúcar no sangue.

Em raras ocasiões dá-se em pessoas que não foram submetidas a cirurgia, caso em que a doença se chama hipoglicemia alimentar idiopática.

No passado havia tendência a diagnosticar hipoglicemia reactiva quando se constatavam sintomas semelhantes aos da hipoglicemia ao fim de 2 a 4 horas depois de se ter comido ou inclusive em pessoas com sintomas vagos (sobretudo esgotamento).

Contudo, a medição das concentrações de açúcar no sangue durante um episódio de sintomas não revela uma hipoglicemia verdadeira.

Tentou-se reproduzir a hipoglicemia reactiva com uma prova oral de tolerância à glicose, mas esta prova não reflete minuciosamente o que acontece depois de uma refeição normal.

Um tipo de hipoglicemia reativa que se apresenta em lactentes e crianças é causado por alimentos que contêm os açúcares frutose e galactose ou o aminoácido leucina.

A frutose e a galactose impedem a libertação de glicose do fígado; a leucina estimula a sobreprodução de insulina do pâncreas.

Em qualquer dos casos, o resultado é uma baixa concentração de açúcar no sangue depois de ingerir alimentos que contêm estes nutrientes.

Nos adultos, a ingestão de álcool em combinação com açúcar, por exemplo genebra e água tónica, pode precipitar a hipoglicemia reactiva.

A excessiva produção de insulina também causa alguns valores anormalmente baixos de glicose no sangue.

Esta produção excessiva pode ser consequência de um tumor das células do pâncreas que produzem insulina (insulinoma) ou, em raras ocasiões, de uma proliferação generalizada dessas células.

Embora seja pouco frequente, um tumor originado fora do pâncreas também pode causar esta perturbação ao produzir uma hormona semelhante à insulina.

Uma causa rara de hipoglicemia é uma doença auto-imune em que o organismo produz anticorpos contra a insulina.

Os valores da insulina no sangue flutuam anormalmente, já que o pâncreas segrega uma quantidade excessiva de insulina para fazer frente aos anticorpos.

Esta situação tanto se verifica em pessoas com diabetes como em pessoas sem ela.

Por fim, a hipoglicemia também pode ser o resultado de uma insuficiência cardíaca ou renal, cancro, desnutrição, perturbações da hipófise ou das glândulas supra-renais, choque e infecção grave. Uma doença hepática difusa (por exemplo, hepatite viral, cirrose ou cancro) também pode produzir hipoglicemia.

segunda-feira, 13 de abril de 2015

Avaliação de estresse


Para sua própria avaliação

TESTE DE LIPP - INVENTÁRIO DE SINTOMAS DE ESTRESSE

FASE 1
Assinale os sintomas que tem experimentado nas ÚLTIMAS 24 HORAS

Mãos e/ou pés frios ( )
Boca seca ( )
Nó ou dor no estômago ( )
Aumento de sudorese (muito suor) ( )
Tensão muscular (dores nas costas, pescoço e ombros) ( )
Aperto na mandíbula/ranger de dentes, ou roer unhas ou ponta de caneta ( )
Diarréia passageira ( )
Insônia, dificuldade de dormir ( )
Taquicardia (batimentos acelerados do coração) ( )
Respiração ofegante, entrecortada ( )
Hipertensão súbita e passageira (pressão alta) ( )
Mudança de apetite (comer bastante ou ter falta de apetite) ( )
Aumento súbito de motivação ( )
Entusiasmo súbito ( )
Vontade súbita de iniciar novos projetos ( )
FASE I: Quantos itens assinalados ( )


FASE 2
Assinale os sintomas que tem experimentado no ÚLTIMO MÊS

Problemas com a memória, esquecimento ( )
Mal-estar generalizado, sem causa específica ( )
Formigamento nas extremidades (pés ou mãos) ( )
Sensação de desgaste físico constante ( )
Mudança de apetite ( )
Aparecimento de problemas dermatológicos (pele) ( )
Hipertensão arterial (pressão alta) ( )
Cansaço constante ( )
Aparecimento de gastrite prolongada (queimação no estômago, azia) ( )
Tontura, sensação de estar flutuando ( )
Sensibilidade emotiva excessiva, emociona-se por qualquer coisa ( )
Dúvidas quanto a si próprio ( )
Pensamento constante sobre um só assunto ( )
Irritabilidade excessiva ( )
Diminuição da libido (desejo sexual diminuído) ( )
FASE II: Quantos itens assinalados ( )


FASE 3
Assinale os sintomas que tem experimentado nos ÚLTIMOS TRÊS MESES

Diarréias freqüentes ( )
Dificuldades sexuais ( )
Formigamento nas extremidades (mãos e pés) ( )
Insônia ( )
Tiques nervosos ( )
Hipertensão arterial continuada ( )
Problemas dermatológicos prolongados (pele) ( )
Mudança extrema de apetite ( )
Taquicardia (batimento acelerado do coração) ( )
Tontura freqüente ( )
Úlcera ( )
Infarto ( )
Impossibilidade de trabalhar ( )
Pesadelos ( )
Sensação de incompetência em todas as áreas ( )
Vontade de fugir de tudo ( )
Apatia, vontade de nada fazer, depressão ou raiva prolongada ( )
Cansaço excessivo ( )
Pensamento / fala constante sobre um mesmo assunto ( )
Irritabilidade sem causa aparente ( )
Angústia ou ansiedade diária ( )
Hipersensibilidade emotiva ( )
Perda do senso de humor ( )
FASE III: Quantos itens assinalados ( )


AVALIANDO RESULTADO TOTAL DAS 3 FASES

Pontuação insignificativa em todas as fase. .. .. .( )
Fase I (se 7 ou mais itens)......( ) ALERTA
Fase II (se 4 ou mais itens)............ ( ) RESISTÊNCIA
Fase III (se 9 ou mais itens)...........( ) EXAUSTÃO

sábado, 11 de abril de 2015

Arnica montana em homeopatia


MENTE:

- Transtorno por injúria. Transtorno por perda, lesão superficial ou profunda na sua integridade física, emocional ou psíquica. Dores. Perda pecuniária.
- Pensam que estão bem, mandam o médico embora.
- Medo dos outros se aproximarem dele, de ser tocado, machucado.
- Medo do vento, de morte súbita.

AGUDOS:

- Hematomas nas injúrias ou cirurgia.
- Sensação de contusão.
- Sensação dolorosa quando tocado.
- Sensação de que a cama está dura (Bapt, Rhus-t, Pyrog).
- Concussão cerebral.
- Epistaxe por lavar o rosto.
- Torcedura (Bry, Rhus-t)
- Parto: para induzir o trabalho de parto. sensação de machucado após o parto.

GENERALIDADES:

- Queixas depois de cada trauma (Nat-s).
- < Tempo frio úmido.
- < Pancadas.

CABEÇA:

- Cabeça quente e corpo frio.

ESTÔMAGO:

- Eructações com CHEIRO DE OVO PODRE.
- KN: sente como se o estômago pressionasse contra a espinha.

RETO:

- Diarréia com cheiro de ovo podre.

TÓRAX:

- Dor em torno do coração e medo de doença cardíaca < noite.
- Angina pectoris: sensação de machucado no tórax.

EXTREMIDADES

- Artrite < tempo frio úmido.
- Dor articular < pancadas (Bell).

PELE:
- Erupções SIMÉTRICAS (1o remédio).

NOTA:
- Após trauma, se Arn não melhora: pensar em Sulph-ac (GV). Injúrias com hematomas.

sexta-feira, 10 de abril de 2015

Lamotrigina: para epilepsia e para as dores crônicas


A lamotrigina é um novo anticonvulsivante que vem apresentando bons resultados também para a mania.

A dose de manutenção vaira entre 100 e 200mg, podendo quando necessário chegar a 450mg.

A introdução da medicação deve ser gradual, iniciando-se com 25mg e elevando-se de acordo com os resultados, os pacientes mais sensíveis devem ter a dose elevada mais lentamente e os demais podem seguir um ritmo mais rápido até se obter o máximo de efeito antimaníaco com o mínimo de dose.

Eventos adversos, relatados durante a monoterapia com lamictal, incluem cefaléia, cansaço, exantema, náuseas, vertigem, sonolência e insônia.

Outras reações adversas incluem: diplopia, visão turva, conjuntivite, vertigem, sonolência, cefaléia, cansaço, distúrbios gastrintestinais (incluindo vômitos e diarréia), irritabilidade/agressividade, agitação, confusão e alucinações.

quinta-feira, 9 de abril de 2015

Galantamina para o Alzheimer




A galantamina é um inibidor reversível da acetilcolinesterase, o grupo de medicações que vem obtendo sucesso no controle da demência do tipo Alzheimer, principalmente nas leves a moderadas.

A dose terapêutica varia de 8 a 24mg, devendo ser administrada em duas tomadas ao dia, um após o café da manhã e outra após o jantar.

Hà poucos efeitos colaterais provocados pela galantamina, os prncipais são náuseas, vômitos, diarréia e dor abdominal, perda de apetite, tonteiras, dores de cabeça.

Como as medicações deste grupo farmacológico podem levar a perda de peso, deve-se acompanhar o peso do paciente ao longo do tratamento uma vez que a demência de Alzheimer cursa com emagrecimento.

quarta-feira, 8 de abril de 2015

Picadas de mosquitos


Pernilongos são insetos de patas longas, principalmente da família Culicidae, conhecidos pelos nomes mosquito-prego, muriçoca, carapanã, fincão, fincudo, melga, sovela, bicuda, entre outros.

Há várias espécies desses insetos, dentre as quais o pernilongo doméstico, chamado Culex quinquefaciatus ou simplesmente Culex, é o mais conhecido por incomodar o sono das pessoas nas noites de verão e também por transmitir algumas doenças.

Voam à noite porque seus olhos são extremamente sensíveis à luz, possibilitando voos no escuro. Outro tipo muito comum de pernilongo é o Aedes Aegypti, causador da dengue.

Os pernilongos domésticos são como vampiros hematófagos: saem à noite, à procura de sangue.

Os machos se alimentam do açúcar presente no néctar das frutas, mas as fêmeas precisam picar pessoas ou animais (mamíferos e aves) para extrair o sangue com o qual alimentam seus ovos.

Ao entardecer, com a chegada do crepúsculo, os Culex quinquefaciatus entram nas casas e se escondem nos cantos, atrás de cortinas, embaixo das mesas, estantes ou outros lugares onde haja ainda menos claridade, esperando que a luz se apague para atacar as pessoas no escuro.

As fêmeas do Culex são atraídas pelo gás carbônico que as pessoas e os animais eliminam durante a respiração, que elas detectam através de suas antenas e que lhes indica onde há sangue.

Escolhem para picar os locais de pele mais tenra, como a face, os lobos das orelhas, a face interior dos braços e a pele dos bebês. Assim que é fecundada, a fêmea busca por sangue para irrigar os ovários, produzindo até 200 ovos por ninhada.

Para incubar as crias, a barriga suporta três vezes o peso do inseto.

Elas picam por meio do probóscide, uma agulha retrátil que usam para perfurar a pele e sugar o sangue de mamíferos e pássaros, injetando ao mesmo tempo substâncias anestésicas e anticoagulantes, as quais são a causa da irritação e da coceira na pele.

Além de uma tênue sensação despertada pela ferroada, geralmente sentida como uma coceira, os pernilongos produzem um zumbido incômodo causado pelas mais de 300 batidas de asas por segundo, capaz de perturbar ou impedir o sono.

Geralmente as picadas são percebidas no dia seguinte a uma noite mal dormida e podem ser reconhecidas por inúmeras bolinhas vermelhas na pele, espalhadas pelo corpo e predominantes nas áreas preferenciais, as quais coçam muito e podem ser infectadas com bactérias da pele.

Algumas pessoas, crianças principalmente, têm alergia às picadas de pernilongos, que se manifestam por uma lesão conhecida como estrófulo, caracterizada pelo aparecimento de várias bolinhas vermelhas pelo corpo, semelhantes às da picada.

As pequeninas lesões causadas pelas picadas de pernilongos normalmente desaparecem espontaneamente dentro de algumas horas ou, no máximo, em dois ou três dias.

Se o prurido delas incomodar demais, pode-se usar um antialérgico tópico. Se ocorrer infecção, pode-se usar uma pomada local de antibiótico.

As picadas de pernilongos podem ser evitadas através de mosquiteiros que envolvam o berço ou a cama de crianças e adultos, porque o Culex ataca quando a pessoa está dormindo.

As telas de proteção, colocadas em janelas, evitam que os pernilongos entrem em casa. Pode-se usar também repelentes em forma de aerossol, gel ou tomada.

O uso de ventiladores impede o voo dos pernilongos nas áreas cobertas por eles.

terça-feira, 7 de abril de 2015

Medicamentos genéricos


O termo genérico usa-se para descrever as versões mais baratas de produtos de marcas muito conhecidas e muito utilizadas. Para alguns alimentos e produtos domésticos, o termo genérico implica pagar menos, mas também obter um nível inferior de qualidade e de eficácia. De modo geral, isso não acontece com os produtos farmacêuticos.

Os fármacos são conhecidos, muitas vezes, por vários nomes.

Quando se descobre pela primeira vez um fármaco, dá-se-lhe um nome químico, uma versão simplificada do nome químico ou um nome em código criado para facilitar a referência entre os investigadores.

Se os organismos de saúde oficiais (responsáveis por garantir a segurança e a eficácia) aprovarem o fármaco para prescrição geral, atribuem-lhe dois nomes adicionais: um nome genérico (nome oficial) e um nome comercial (também denominado patente ou marca registada), que o identifica como propriedade exclusiva de uma determinada companhia.

O governo, os médicos, os investigadores e aqueles que escrevem sobre o novo composto usam o nome genérico do fármaco porque só se referem ao próprio fármaco e não a uma marca concreta de uma companhia farmacêutica nem de um produto específico. No entanto, nas receitas escreve-se, normalmente, o nome comercial.

Os nomes genéricos são, geralmente, mais complicados e difíceis de lembrar que os comerciais.

Muitos nomes genéricos são uma forma abreviada do nome químico, da estrutura ou da fórmula do fármaco.

A característica mais importante de um nome genérico é a sua individualidade.

Os nomes comerciais também devem ser únicos e são, geralmente, chamativos e relativamente fáceis de recordar.

Eles indicam, frequentemente, uma característica particular do fármaco.

Por exemplo, o Lopressor diminui a pressão arterial, o Vivactil é um antidepressivo que anima o doente, o Glucotrol diminui a concentração elevada de açúcar no sangue (glicose) e o Skelaxin é um relaxante musculoesquelético.

Por outro lado, o nome comercial Minocin é simplesmente uma versão reduzida de minociclina, o nome genérico do fármaco.

Os organismos competentes devem assegurar que os nomes genéricos e comerciais sejam únicos e não possam confundir-se com outros fármacos.

Os nomes demasiado semelhantes podem induzir em erros na prescrição e na distribuição de um fármaco.