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sexta-feira, 17 de abril de 2015

Osteoporose 2


Diagnóstico

Em caso de fratura, o diagnóstico de osteoporose baseia-se numa combinação de sintomas, exame físico e radiografias dos ossos; podem ser precisos exames complementares para afastar doenças curáveis que possam provocar osteoporose.

A osteoporose pode ser diagnosticada antes que se verifique uma fratura por meio de exames que medem a densidade dos ossos.

O mais preciso destes exames é a absorciometria de raios X de energia dupla (densitometria óssea).

Este exame é indolor, não apresenta qualquer risco e tem uma duração de 5 a 15 minutos.

É útil para as mulheres com elevado risco de osteoporose e para aquelas em quem o diagnóstico é incerto, ou para avaliar com precisão os resultados do tratamento.

Prevenção e tratamento

A prevenção da osteoporose é mais eficaz que o seu tratamento e consiste em manter ou aumentar a densidade óssea por meio do consumo de uma quantidade adequada de cálcio, da prática de exercícios nos quais se deve suportar o peso corporal e, em alguns casos, da administração de medicamentos.

O consumo de uma quantidade adequada de cálcio é eficaz, sobretudo antes de se atingir a máxima densidade óssea (por volta dos 30 anos), mas também depois dessa idade.

Beber dois copos de leite por dia (alimento rico em cálcio) e tomar um suplemento de vitamina D ajuda a aumentar a densidade óssea em mulheres saudáveis de meia-idade que não receberam a quantidade suficiente destes nutrientes.

Contudo, a maioria das mulheres precisa de tomar comprimidos de cálcio.

Existem muitos preparados diferentes; alguns incluem vitamina D suplementar.

Recomenda-se tomar cerca de 1,5 g de cálcio por dia.

Os exercícios que implicam suportar o peso corporal, como andar e subir escadas, aumentam a densidade óssea.

Pelo contrário, os exercícios como a natação, em que não se suporta o próprio peso, não parecem aumentar a densidade.

Os estrogênios ajudam a manter a densidade óssea nas mulheres e costumam administrar-se juntamente com progesterona.

A terapia de substituição de estrogênios é mais eficaz se começar dentro dos primeiros 4 a 6 anos depois da menopausa; contudo, pode atrasar a perda óssea e reduzir o risco de fraturas mesmo que se inicie mais tarde.

As decisões acerca do uso da terapêutica de substituição de estrogênios depois da menopausa são complexas, dado que o tratamento pode implicar riscos e efeitos secundários.

Há um novo medicamento semelhante aos estrogénios (raloxifeno), que, apesar de poder ser menos eficaz que os estrogénios para prevenir a perda óssea, carece dos efeitos secundários característicos destes sobre as mamas e o útero.

Em contrapartida, os bifosfonatos, como o alendronato (veja-se mais adiante), podem ser administrados sós ou em combinação com a terapia de substituição hormonal para prevenir a osteoporose.

O objetivo do tratamento consiste em aumentar a densidade óssea.

Todas as mulheres, sobretudo as que sofrem de osteoporose, deveriam tomar suplementos de cálcio e vitamina D.

As mulheres pós-menopáusicas que apresentam formas mais graves de osteoporose podem também tomar estrogénios (em geral, combinados com progesterona) ou alendronato, que podem atrasar e inclusive deter a progressão da doença.

Os bifosfonatos também são úteis no tratamento da osteoporose.

O alendronato reduz a velocidade de reabsorção óssea nas mulheres pós-menopáusicas, aumentando a massa óssea na coluna vertebral e nas ancas, e reduzindo a incidência de fracturas.

Não obstante, para assegurar a correcta absorção do alendronato, este deve ser tomado imediatamente depois do despertar juntamente com um copo de água e não se deve ingerir comida ou bebida durante os 30 minutos seguintes.

Considerando que o alendronato irrita o revestimento do trato gastrointestinal superior, a pessoa não deve deitar-se pelo menos durante os 30 minutos seguintes à ingestão da dose e até ingerir algum alimento.

As pessoas que têm dificuldade de deglutição ou certas perturbações do esófago ou do estômago, não devem tomar este medicamento.

Algumas autoridades de saúde recomendam calcitonina, particularmente a pessoas que sofrem de fraturas dolorosas das vértebras.

Este medicamento pode ser administrado por meio de injeções ou sob forma de pulverizador nasal.

Embora os suplementos de fluoretos possam aumentar a densidade óssea, o osso resultante poderá ser anormal e frágil, pelo que a sua administração não é recomendada.

Estão a ser investigadas novas formas de fluoreto, que não produzam reacções adversas sobre a qualidade dos ossos.

Administram-se suplementos de vitamina D e cálcio aos homens que sofrem de osteoporose, especialmente quando os exames mostram que o seu organismo não absorve as quantidades de cálcio adequadas.

Os estrogênios não são eficazes nos homens, mas a testosterona é, no caso de o valor desta se manter baixo.

Devem tratar-se as fraturas que aparecem como resultado da osteoporose.

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