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segunda-feira, 20 de abril de 2015

Proteínas para atletas


As proteínas são uma parte essencial da alimentação diária de muitos Atletas Livres – não importa se o propósito deles é queimar gordura, construir músculos ou melhorar a performance. Como Atleta Livre, você tem uma necessidade alta de proteínas, já que seu corpo está submetido a altos níveis de estresse por causa do seu treinamento. Mas a alimentação de um Atleta Livre não depende apenas de selecionar alimentos a partir dos seus ingredientes. É também sobre ganhar um entendimento sólido sobre a sua alimentação diária e desenvolver discernimento e um cuidado com relação aos alimentos. Por essa razão, nós gostaríamos de te fornecer algumas informações sobre a estrutura e função das proteínas.

A proteína é um dos macronutrientes pois fornece energia como gorduras e carboidratos e é ingerida na alimentação. Sua função de fornecimento de energia é de importância secundária. Essa tarefa é cumprida na maior parte das vezes – mas não exclusivamente – pelos carboidratos e ácidos graxos.

A proteína é mais conhecida por construir tecido muscular, mas também repara, protege e melhora todos os tipos de tecido. Outras funções envolvem transporte de substâncias, catalização de reações do organismo, regulação de processos, sinalização celular e combate a patógenos.

Basicamente, as proteínas são formadas por uma série de aminoácidos – componentes orgânicos que, como gordura e carboidratos – são à base de carbono. Existem inúmeros aminoácidos na natureza e no nosso organismo mas, no entanto, nosso organismo só consegue sintetizar proteínas e peptídeos a partir de 20 deles. Daqui em diante, quando nos referirmos a aminoácidos, estaremos falando somente desses aminoácidos preteinogenicos.

Cadeias com menos de 50 aminoácidos são chamadas de peptídeos – mini-proteínas, por assim dizer. A distinção entre peptídeos e proteínas não está totalmente esclarecida, embora alguns falam de proteína quando se referem a cadeias com mais de 100 aminoácidos. Da mesma forma, existem compostos com mais de 100 aminoácidos que são chamados de peptídeos. Os peptídeos também desempenham uma grande quantidade de funções no organismo. Na maior parte, os peptídeos são componentes de hormônios ou enzimas, ou compõe proteínas.

A proteína proveniente da dieta é quebrada em aminoácidos pelas enzimas e são absorvidos pela parede intestinal. Esses aminoácidos serão, então, combinados para formar as proteínas que o organismo necessitar. Imagine que você ganhou uma casa construída a partir de muitos tijolos coloridos. A casa em si não é exatamente o que você imaginava, mas os tijolos combinam perfeitamente com o que você já tem. Então você desfaz a casa, separa os tijolos para construir novas casas, aumentar ou arrumar casas existentes. Outros tijolos são utilizados para construir ferramentas e meios de transporte.

Enquanto o nosso organismo produz a maior parte dos aminoácidos a partir de outras substâncias, existem 9 aminoácidos que o nosso organismo não pode produzir. Estes são chamados “aminoácidos essenciais” e precisam ser obtidos a partir da alimentação.

Para poder desempenhar sua função, as cadeias de aminoácidos precisam primeiro estar em uma estrutura específica. A organização dos aminoácidos na sequência correta é só o primeiro passo. Imagine um cordão multicolorido com faixas horizontais que cai no chão, formando um novelo. Uma coisa semelhante acontece no caso dos aminoácidos se eles precisarem formar uma proteína funcional – exceto pelo fato de que aqui a síntese não acontece ao acaso; eles são arranjados numa estrutura tridimensional, como um novelo de barbante suspenso no ar. No entanto, algumas proteínas ainda não são funcionais nesse estágio e precisam ser combinadas a outros novelos ou partes de novelos, de uma maneira pré-determinada, para que ela seja capaz de desempenhar suas funções. Esse processo é chamado de enovelamento de proteínas.

Se uma proteína perde a sua conformação não é capaz de desempenhar a sua função. Esse processo se chama denaturação. Os aminoácidos, é claro, ainda estão presentes e podem ser usados, mas a proteína é incapaz de funcionar. Normalmente, a denaturação não pode ser revertida, especialmente no caso de grandes proteínas. É igual ao barbante: ele não vai se enovelar de novo da mesma forma, mas a combinação e a sequência das cores continua a mesma.

Uma maneira de denaturar proteínas é expondo-as ao calor. Isso acontece no nosso organismo numa doença, por exemplo, que se manifesta com febre a fim de combater possíveis patógenos proteicos – que geralmente não são resistentes ao calor – enquanto que proteínas com uma maior resistência ao calor fazem parte dos nossos anticorpos. Outro exemplo de denaturação proteica é cozinhar um ovo ou coagular um queijo. Uma vez feito, não pode ser revertido.

Sempre deve haver um equilíbrio entre os diferentes aminoácidos no organismo. Se houver uma escassez de aminoácidos, a maioria das combinações de proteína não vai mais ser feita, o que significa que nem os aminoácidos disponíveis vão poder ser usados de maneira efetiva. Para criar esse balanço, você deve incorporar essa variedade quando seleciona e prepara seus alimentos.

Muitas pessoas focam a atenção em alimentos ricos em proteínas como carnes, peixes e laticínios – principalmente quando querer construir músculos. No entanto, nozes, grãos e vários tipos de vegetais também contém altos níveis de proteína, assim como outros valiosos micronutrientes, sem os quais a proteína não pode ser utilizadas otimamente.

Portanto, a princípio, os shakes de proteína (ou proteína em pó) não são necessários dada a grande gama de alimentos disponíveis atualmente.

Dentro do contexto de uma dieta completa e balanceada, pode ser, no entanto, válido fazer uso dos shakes quando você estiver sem tempo, para oferecer uma solução prática para a ingestão do macronutriente. No entanto, não pode representar uma substituição a uma dieta balanceada, nem pode compensar uma dieta de mão única.

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