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segunda-feira, 27 de abril de 2015

Artroscopia de joelho


O joelho é a maior e uma das mais importantes articulações do corpo.

Nela convergem ossos, cartilagens, meniscos, ligamentos, músculos, tendões e cápsulas articulares.

A integração desses vários elementos faz desta articulação uma estrutura muito complexa e de grande mobilidade.

Por tudo isso, além de suportar o peso quase total do corpo e estar exposta a todo tipo de traumatismos, acidentes e doenças, o joelho sofre lesões com muita frequência.

É muito difícil encontrar-se alguém de idade avançada que em algum momento da vida não tenha tido problemas com os joelhos.

A artroscopia do joelho é um procedimento cirúrgico minimamente invasivo, utilizado para diagnosticar e/ou tratar doenças dessa articulação.

Ela permite ao médico ver o interior da articulação e os seus vários elementos.

É possível que o médico solicite uma artroscospia se o paciente tem um edema (aumento de líquido no joelho), dor persistente, travamento, falseio ou perda de confiança no joelho.

Assim, ele poderá diagnosticar e tratar, sempre que outros tratamentos não tenham tido efeito.

A artroscopia tanto pode ajudar a diagnosticar como tratar situações, como rompimento de meniscos, rotura de ligamentos, inflamações, problemas patelares, etc.

Geralmente a artroscopia do joelho é realizada com anestesia raqui ou peridural (ou mesmo local), num regime de Day Clinic (hospital dia) e o paciente pode ter alta no mesmo dia.

A cirurgia durará de 45 minutos a 1 hora e, se o paciente tiver recebido um desses tipos de anestesia, que o deixam lúcido, poderá assistir ao procedimento no monitor de TV, ou dormir, se desejar.

Na artroscopia são feitos dois pequenos furos na articulação, um para introduzir o artroscópio e outro para os instrumentos necessários para operar, se for o caso.

O artroscópio é um tipo de endoscópio, um aparelho constituído de um fino tubo cilíndrico, rígido, do tamanho de um lápis, que tem na ponta uma microcâmera portando fibras óticas, a qual transmite imagens para um monitor de TV e assim permite que se veja dentro da articulação.

Em geral insere-se certa quantidade de soro fisiológico dentro do interior da articulação, para que ela seja inflada e se torne mais clara, permitindo assim uma melhor visualização.

A recuperação do exame/intervenção é rápida, pois não há cortes e as cicatrizes são muito pequenas.

As complicações da artroscopia do joelho são pouco frequentes e reversíveis e se resumem em trombose venosa e acúmulo de líquido sanguíneo na articulação.

A artroscopia do joelho possibilita um diagnóstico mais preciso do que está ocorrendo no interior da articulação e permite certas intervenções terapêuticas.

Possivelmente, antes de sugerir uma artroscopia o médico terá procedido a uma história clínica e exame físico detido e pedido radiografias ou ressonância magnética para avaliar os ossos e demais estruturas do joelho.

Com a artroscopia ele pode realizar alguns procedimentos terapêuticos como remoção, reconstrução ou reparo de meniscos ou ligamentos, remoção de fragmentos ósseos ou de cartilagem soltos no interior de uma articulação ou de tecido sinovial inflamado, etc.

Após a cirurgia, o paciente sairá do hospital somente com um curativo no joelho, que pode ser removido no dia seguinte.

O paciente pode tomar banho normalmente evitando, no entanto, que a água caia com força diretamente sobre as incisões.

O paciente deve procurar elevar o máximo possível sua perna nos dias seguintes à cirurgia, para minimizar o edema.

O paciente deve aplicar gelo na articulação, 3 a 4 vezes ao dia. A pele deve ser protegida com um tecido fino para que o gelo não a queime.

Após a maioria das cirurgias artroscópicas, o paciente pode caminhar sem bengalas ou muletas, mas em alguns casos o médico pode aconselhar que elas sejam usadas durante algum período.

O paciente deve exercitar seu joelho regularmente, para fortalecer os músculos de sua perna e da articulação. Sempre com orientação médica.

Se necessário, o paciente deve usar medicações analgésicas.

A evolução de uma artroscopia do joelho será frequentemente determinada pela gravidade da lesão pré-existente.

Conforme o caso, o paciente poderá apresentar alguma limitação duradoura ou permanente de atividades, mesmo após um período de recuperação.

Na maioria dos casos, em seis a oito semanas o paciente será capaz de realizar a maior parte das atividades físicas que está acostumado a fazer, desde que elas não envolvam demasiado impacto.

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