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quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Medicamentos ou produtos não autorizados para comercialização: cuidado!




Na pressa de ganhar músculos, frequentadores de academias de ginástica recorrem a produtos que são vendidos irregularmente como suplementos alimentares, mas contêm substâncias perigosas e que podem provocar dependência.

Tivemos um caso, desvendado no ano passado, de um "medicamento" que estaria sendo importado da China e que era indicado para auxiliar de emagrecimento. Em sua formulação deveria haver apenas substratos de laranja, mas tinha cerca de 30 mg de cloridrato de sibutramina em sua composição, colocadas sem o conhecimento das Autoridades de Saúde.

O remédio "Divine Shen" realmente tirava a fome, mas pudera, com o DOBRO da dose preconizada habitualmente de sibutramina, não tinha como não fazer isso!

O problema é o risco que esse tipo de medicamento pode gerar para o paciente, pois, por exemplo, nesta dose é previsível que possa acontecer crises hipertensivas em alguns pacientes, deixando-os sob risco de problemas cardiológicos, renais e cerebrais, além de outros.

Mas não é só este o caso, pois nele o medicamento teria passado pelo crivo de Autoridades Sanitárias, que certamente não verificaram adequadamente o produto para liberá-lo para as farmácias. A preocupação maior é com estes produtos que são "importados" sem qualquer análise e vendidos em locais dos mais variados, inclusive por pessoas que, de boa fé ou não, vendem-nos no meio as pessoas que frequentam as academias de ginástica espalhadas pelo País.

Já tive a oportunidade de assistir alguns alunos entregarem cápsulas para outros alunos fazerem um test drive de algo, sem embalagem, sem qualquer discriminação, antes do treino e depois perguntarem se o outro quer adquirir aquele tal produto com ele. Insano! Eu jamais tomaria qualquer medicamento ou produto sem saber o que é, qual a origem e para que serve, além de ter um opinião médica a respeito, claro. Neste caso a minha própria opinião!

Cuidado com o que você tomar para ficar "sarado"! Nem tudo o que reluz é ouro! Os produtos na propaganda são sempre ótimos! Procure um médico, não confie no Dr. Google! Não confie em informações de leigos!

As substâncias que "aparecem" na fórmula do produto podem acelerar as batidas do coração, aumentar o fôlego, relaxar os músculos, ampliar as sensações de prazer e de bem estar. São promessas de efeitos que costumam cobrar um preço alto do organismo. Além do mais, algumas dessas substâncias podem provocar dependência...

Os efeitos colaterais mais frequentes de um desses produtos são:

- sensação de formigamento nos pés e nas mãos
- aslterações de pressão arterial
- taquicardia
- enjoo
- tontura
- desmaio
- dor de cabeça

terça-feira, 30 de agosto de 2011

Transtorno do Espectro Histérico




O termo histeria escapou, há tempos, do âmbito da medicina e passou ao uso popular. Na realidade xinga-se de histérico e não se diagnostica histérico. Essa postura cultural descaracteriza a histeria doença, influindo inclusive no médico não psiquiatra, o qual também acaba vendo o histérico como o “malandro” da medicina.

A maioria dos médicos não psiquiatras costuma adotar duas atitudes diante do paciente histérico; a expressiva maioria deles adota uma atitude de rejeição, achando que os histéricos ... não são doentes de verdade ou são doentes que não têm nada, e uma minoria, infelizmente, podem achar que a ... histeria é uma doença como as outras.

Surpreendo tanto aos médicos quanto aos leigos, essa misteriosa “doença” pode apresentar sintomas sem qualquer substrato físico, sintomas que mudam segundo a época, os costumes e as conveniências, sintomas que podem desaparecer como em um passe de mágica... E se procurarmos os motivos pelos quais os histéricos recorrem a esses sintomas, bem como o sucesso que se consegue com eles, é bem possível nos deparamos com uma inquietante dúvida: “teremos todos somos um quê de histéricos”.

A histeria sempre existiu na história humana, sempre acompanhou o ser humano desde sua introdução na vida gregária. Descrições de quadros de histeria são encontradas nos papiros egípcios que datam de 4 mil anos, como o de “Kahun”. O histórico documento descrevia vários sintomas encontrados em mulheres, normalmente representados por dores em diversos órgãos, variando até a impossibilidade de abrir a boca, caminhar e mexer as mãos. Na antiguidade, todos estes distúrbios eram remetidos a uma causa uterina.

Este órgão, supostamente acometido de inanição por descaso matrimonial ou crueldade do destino, deslocar-se-ia através do corpo feminino, prejudicando ora aqui ora ali o funcionamento dos diversos órgãos. O tratamento consistia em fazer o útero retornar ao seu local de origem. Essa recolocação do útero se fazia mediante a inalação de substâncias fétidas ou através de estranhas estripulias vaginais que o colocariam em seu devido lugar.

Platão (400 aC), diz que “... também nas mulheres e pelas mesmas razões, a chamada matriz ou útero é um animal que vive nelas com o desejo de fazer filhos. Quando fica muito tempo estéril, após o período da puberdade, tem dificuldade em suportá-lo, indigna-se, erra por todo o corpo, bloqueia os condutos do hálito, impede a respiração, causa mal-estar extremo e ocasiona doenças de toda espécie”.

Hipócrates, que foi contemporâneo de Platão, fala da histeria no capítulo reservado às doenças femininas, e corrobora a idéia da movimentação do útero no interior do corpo da mulher também serve como explicação para outras doenças, além da histeria. Por exemplo, a suspensão das regras também era provocada por esta migração uterina. Se a mulher não mantinha relações sexuais e o ventre se encontrava vazio (não grávido), o útero sofria um deslocamento devido ao ressecamento e à leveza, (maiores que o normal), provocados pela ausência do coito.

Hipócrates achava, de fato, que a sufocação da matriz (útero) ocorria, sobretudo, em mulheres que estavam em abstinência sexual e naquelas de maior idade. Em termos fisiológicos, era assim que o processo era descrito;

Naquelas mulheres, os espaços encontrar-se-iam mais vazios que ordinariamente, o útero ressecado e mais leve deslocar-se-ia em direção aos vários órgãos. Quando este se lançava sobre o fígado, causava uma sufocação súbita que interceptava a via respiratória “localizada no ventre”. Nestas ocasiões, os olhos se reviravam, a mulher tornava-se fria e lívida, cerrava os dentes, salivava abundantemente e assemelhava-se aos epilépticos em crise. O prognóstico era bom e o ataque sobrevinha em plena saúde. O útero também podia lançar-se sobre outros órgãos, como o coração, a vesícula, etc. A sintomatologia era variada: vômitos, afonia, dores de cabeça, esfriamento das pernas, etc.

O tratamento hipocrático para histeria, à semelhança dos egípcios, consistia em reconduzir o útero ao seu lugar de origem através de remédios que eram inalados e fumigações de preparados exóticos. A relação entre histeria e, digamos, preenchimento vaginal, era tão marcante que um bom remédio para os casos onde a doente perdia a voz e cerrava os dentes, seria introduzir-lhe na vagina um pessário (consolo) embebido em substâncias perfumadas até que o útero voltasse ao seu lugar. O tratamento preventivo, conseqüentemente, era o casamento para as jovens solteiras e o coito para as casadas.

Descrições do quadro clínico histérico existem em abundância na história universal, como por exemplo, nas palavras de Celso, médico da Roma antiga, que descrevia a enfermidade da matriz dizendo que às vezes, as doentes perdem o conhecimento e caem ao solo como na epilepsia, tendo como diferença das verdadeiras convulsões apenas a sialorréia e um entorpecimento profundo.

Portanto, guardando-se a distância cronológica entre os relatos de Platão e de Celso, vemos que o quadro histriônico atravessava vários séculos. Mas, a trajetória do eloqüente poder dos órgãos sexuais femininos não atravessava apenas séculos, ele se universalizava entre as diversas culturas com, basicamente, a mesma teatralidade. Segundo Marilita Lúcia Calheiros de Castro, os Murias, um antigo povo indígena, tinham uma lenda sobre “as vaginas dentadas” das mulheres que, durante a noite, abandonariam seus corpos para ir roer as colheitas.

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

sábado, 27 de agosto de 2011

Vinho




Esse texto não é meu, mas tem meu endosso,pois penso como o autor descreve:


O vinho parece exercer um papel positivo sobre o sistema cardiovascular, através do seu efeito antioxidante, protegendo nossas artérias e veias da degeneração provocada pelos radicais livres. Além disso, promove modificação no perfil lipídico (colesterol no sangue), promovendo elevação do HDL (colesterol bom) e redução do LDL (colesterol ruim) em alguns indivíduos, além de inibir a agregação plaquetária, efeitos estes que em conjunto protegem o sistema cardiovascular (coração e vasos: artérias e veias), reduzindo a formação de placas de gordura nas artérias (aterosclerose) e evitando a obstrução dessas lesões por coágulos (infarto).

Esses efeitos positivos estão ligados aos flavonóides, substâncias provenientes da uva, que podem também ser adquiridas pelo suco da uva sem a necessidade do álcool presente no vinho para realizar seus efeitos, por conta dos potenciais efeitos positivos dos bioflavonóides, mais especificamente o resveratrol. O álcool ajudaria a reduzir a tensão emocional em função de seus efeitos depressores sobre o sistema nervoso central, reduzindo o estresse do cotidiano com potencial benefício sobre o coração e os vasos.

Assim, em doses moderadas, o vinho pode atuar como relaxante e exercer efeito positivo sobre a saúde e o sistema cardiovascular. Outras paixões nacionais, a cerveja e a caipirinha não apresentam nenhuma comprovação de efeito saudável específico, ainda que permaneçam os efeitos relaxantes.

Todavia, nenhuma bebida alcoólica deve ser ingerida na busca de um efeito saudável específico ou de melhora em alguma característica de desempenho, especialmente em horário próximo à realização de atividade física, até mesmo porque todos os efeitos conhecidos, como o relaxamento, as alterações do colesterol ou a inibição da agregação plaquetária, podem ser suplantados pelos próprios efeitos do treinamento bem orientado, executado de maneira regular, sem o ônus dos efeitos prejudiciais do consumo de álcool.

Durante a realização de esforço físico existe a perda de água e eletrólitos (principalmente sódio e potássio) através do suor produzido dentro de um importante processo conhecido como termorregulação, que consiste na redução da temperatura corporal através da evaporação do suor pela pele.

Além disso, existe um aumento no consumo de carboidratos durante o exercício, utilizado na produção de energia necessária à contração muscular. A bebida ideal para hidratação em esforços menos intensos e curtos é a própria água. Para esforços mais intensos e mais prolongados o acréscimo de eletrólitos é recomendado (os chamados isotônicos), ficando aos esforços sustentados por mais de uma hora a recomendação de acrescentar carboidratos na bebida de rehidratação, fornecendo energia para a manutenção do esforço.

O álcool presente no vinho apresenta dois efeitos que vão na contramão desses objetivos, pois exerce função depressora sobre uma área do cérebro responsável pela produção de hormônio antidiurético, fazendo com que aumente a perda de água e eletrólitos pela urina, prejudicando os processos regulatórios do organismo e podendo até mesmo piorar o grau de hidratação de um atleta.

Além disso, pode promover desequilíbrio no balanço eletrolítico com efeito catastrófico sobre a função neuromuscular, já que o processo de controle da contração muscular depende da manutenção dos eletrólitos (sódio, potássio, cálcio e magnésio, entre outros) dentro de limites restritos. No que se refere ao metabolismo energético, o álcool promove um distúrbio na função hepática capaz de impedir a liberação de glicose para o sangue, função essencial para a manutenção da glicemia após algumas horas de jejum ou sob esforço físico intenso.

Assim, o álcool, apesar de ser uma potencial fonte de energia, acaba por perder a quase totalidade dessa energia sob a forma de calor, sendo considerada uma fonte de calorias não aproveitáveis, além de privar nosso organismo do mais importante reservatório de carboidratos, o fígado, que também poderia produzir glicose a partir de outras fontes de energia quando necessário (como gordura e proteína), mas que perde sua função na presença de álcool acima de determinados níveis.

Existem ainda os efeitos crônicos deletérios do consumo regular de quantidades elevadas de álcool, como a cirrose hepática, a depressão cardíaca, a degeneração do sistema nervoso, a falta de coordenação motora e de equilíbrio e a desnutrição, todos altamente prejudiciais à saúde e ao desempenho físico.

Resumindo, o vinho deve limitar-se a eventos festivos e comemorações, apenas com a função de celebrar após a correta hidratação do atleta com água, isotônicos ou carboidratos, conforme a necessidade de cada caso. Talvez por isso o clássico champanhe da celebração da vitória seja usado para molhar os corpos, e não a boca! Bebam aqueles que gostam, mas que sejam moderados e prudentes! Nada é proibido. . .

Por Luiz Augusto Riani Costa

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Tratamento de Incontinência Urinária





O Food and Drug Administration (FDA), nos EUA, aprovou o uso da injeção de Botox (toxina botulínica) para tratar a incontinência urinária decorrente de patologias neurológicas, como lesões medulares e esclerose múltipla.

Algumas doenças neurológicas podem levar à incapacidade para armazenar a urina na bexiga, uma condição conhecida como hiperatividade da bexiga. Atualmente, o tratamento desta condição inclui a prescrição de medicamentos para relaxar a bexiga ou o uso de um cateter para esvaziar a bexiga regularmente.

O FDA aprovou o uso do Botox agora para a incontinência urinária. O tratamento consiste em injetar a toxina botulínica na bexiga, resultando em um relaxamento deste órgão, um aumento da sua capacidade de armazenamento e uma diminuição da incontinência urinária.

A injeção de Botox na bexiga é realizada através da cistoscopia, um procedimento que permite ao médico visualizar o interior da bexiga. A duração do efeito do Botox na incontinência urinária em pacientes com hiperatividade da bexiga associada a uma condição neurológica é de até 10 meses.

A eficácia de Botox para tratar este tipo de incontinência foi demonstrada em dois estudos clínicos envolvendo 691 pacientes. Os pacientes tinham incontinência urinária resultantes de lesão medular ou de esclerose múltipla. Ambos os estudos mostraram uma diminuição estatisticamente significativa na frequência semanal de episódios de incontinência no grupo do Botox em comparação ao grupo que recebeu placebo.

Além de seu uso para melhorar a aparência de linhas de expressão facial, o Botox também é aprovado pelo FDA para o tratamento de enxaqueca crônica, certos tipos de rigidez ou contratura muscular, transpiração excessiva nas axilas e contração anormal da pálpebra.

As reações adversas mais comuns observadas após a injeção de Botox na bexiga foram infecção do trato urinário e retenção urinária. Aqueles que desenvolvem retenção urinária após o tratamento de Botox podem fazer um auto-cateterismo para esvaziar a bexiga.

Fonte: FDA

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

DHEA




A sigla DHEA refere-se à Dehidro-Epi-Androsterona, também denominada dehidro-iso-androsterona. Trata-se de um esteróide natural produzido na glândula supra-renal e nas gônadas, cuja estrutura é precursora dos hormônios testosterona e estradiol. Alguns autores chamam a DHEA de hormônio, outros de esteróide. De qualquer forma ele é o esteróide ou hormônio mais abundante na corrente sangüínea dos seres humanos.

A DHEA é o esteróide precursor quase direto (mas não o mais importante) da testosterona e do estradiol, entretanto, ele próprio possui fraca ação androgênica. Em maior quantidade, os principais precursores da testosterona são a pregnenolona, progesterona e hidroxiprogesterona.

Pela definição, hormônios são substâncias que ativam, inibem ou modulam a atividade de outras células alvo, em órgãos distantes de seu local de origem. Isto faz com que a DHEA seja, por enquanto, um hormônio apenas no nome, uma vez que, nas atuais circunstâncias, é desconhecido o que ele realmente faz no corpo. O que se sabe é que ele é facilmente convertido em outros hormônios, em especial na testosterona ou em estrógeno.

DHEA e Longevidade

Sobre a mortalidade, em geral, num extenso trabalho realizado durante 12 anos pela Dra Elizabeth Barret Conner na Universidade da California, com 240 homens, com idades variando de 50 a 79 anos (New England Journal of Medicine, 315:1519-24), demonstrou-se uma nítida relação entre baixos níveis de DHEA e motalidade aumentada. Outro interessante estudo realizado com ratos, aos quais se administrou DMBA (uma potente substância indutora de câncer de mama), demonstrou que 95% dos ratos que não receberam DHEA desenvolveram câncer, enquanto apenas 27% dos ratos com suplementação de DHEA desenvolveram o tumor neoplásico (Dermival Pansera).

O declínio de DHEA

À medida que envelhecemos a produção de cortisol pela supra-renal aumenta e, inversamente, a DHEA, a Melatonina e o Hormônio do Crescimento (HGH) declinam diminuem.
Durante os primeiros cinco anos de vida as adrenais produzem muito pouca DHEA. Por volta dos 6 ou 7 anos de idade começamos a presenciar uma elevação dos níveis deste hormônio, de forma que aos 20 anos é o hormônio mais abundante no sangue em circulação.

Por volta dos 30-40 anos começa a ocorrer uma queda nos níveis deste hormônio e por volta dos 70 anos temos apenas 25% ou menos, da quantidade que tínhamos aos 20 anos.

Possíveis Efeitos Terapêuticos

Memória

Ainda são contraditórios os resultados científicos sobre as influências da DHEA sobre a melhora da memória ou sobre a prevenção do declínio cognitivo. Alguns autores mostram resultados promissores (Markowski 2001; Mathis, 1999), enquanto outros afirmam nulidade ou resultados nada expressivos (Moffat, 2000; Almeida, 2001; Carlson, 1999; Huppert, 2000).

Imunidade

As primeiras pesquisas relacionando os níveis de DHEA foram feitas em pacientes com doenças crônicas, AIDS, sífilis congênita e queimados. Também os pacientes sob cuidados intensivos mostraram baixos níveis desse precursor hormonal, com uma redução significante da relação DHEA/cortisol. As pesquisas nessa área têm sido mais concordantes entre vários autores.

Uma boa parte dos trabalhos conclui que nas doenças graves os níveis de cortisol sobem às custas de outros esteróides, inclusive DHEA. A ação imunoestimulante da DHEA pode ser motivada por bloqueio dos corticóides ou por modulação da síntese das chamadas linfocinas (Morfin, 2000; Christeff, 2000; Clerici, 2000; Padgett, 2000; Cutolo, 2000).

Obesidade

Alguns autores têm pesquisado as relações da DHEA com a obesidade, notadamente com a obesidade que o envelhecimento predispõe. Alguns estudos realizados com camundongos (Richards, 1999), onde foi verificado que a DHEA evitou o desenvolvimento da obesidade. Também em idosos humanos procurou-se estabelecer as relações DHEA/obesidade com resultados muito promissores (Jankowska, 2000).

A DHEA parece ser um agente estimulante da termogênese (geração de calor), fazendo com que o corpo gaste mais energia mobilizando assim as gorduras, ao mesmo tempo em que aumentaria a massa muscular. Também a enzima G6PD, formadora de grande quantidade de radicais livres, é inibida pela DHEA, a qual, atuando como verdadeiro anti-radical livre, protege a integridade celular.

Sistema nervoso

Há anos a DHEA vem sendo relacionada com a melhora da inteligência, cognição e sensibilidade. Os resultados ainda são acanhados, contraditórios mas, não obstante, algo esperançosos.

Os presumíveis efeitos antidemenciais ou antienvelhecimento da DHEA ganharam destaque através do livro de Eugene Roberts, Smart Drugs e Nutrients. O termo Smart Drugs ganhou espaço na mídia, mais que nos meios científicos, a partir de linhas de pesquisa estabelecidas nas universidades americanas de Nova Iorque e da Califórnia, onde vários pesquisadores iniciaram estudos sobre como melhorar o desempenho da mente humana. As drogas ou substâncias capazes de melhorar aspectos do desempenho mental, seja na memória, entendimento, concentração, vigília, etc, foram apelidadas Smart Drugs ou, em português, Drogas da Esperteza (Dermival Pansera).

Embora alguns estudos mostrem uma relação significativa entre Doença de Alzheimer e baixas concentrações da DHEA (Murialdo, 2000), ainda faltam pesquisas suficientes para recomendar o tratamento com DHEA para a melhoria no estado de ânimo, para o incremento da inteligência ou da cognição, como querem crer alguns pesquisadores mais intrépidos.

Envelhecimento

O cortisol aumentado induz (ou acompanha?) ao envelhecimento cerebral, o declínio imunológico, etc. Esta diminuição pode ser, juntamente com outros fatores, responsável por algumas características da terceira idade, tais como diminuição da capacidade cognitiva e da imunidade.
É tão estreita a relação baixa de DHEA/envelhecimento, que este esteróide tem sido utilizado como marcador biológico do envelhecimento, pois níveis baixos são equivalentes a um grau mais avançado de aterosclerose, maior incidência de doença cardiovascular, de tumores malignos, resistência à insulina com propensão a diabetes, declínios cognitivos, doença degenerativa cerebral.

Também foram encontrados níveis baixos de DHEA em pacientes com osteoporose, com tumores de mama e em 11 de 13 pacientes com leucemia (Demeter, 1991).

Há uma tendência moderna em crer-se que sua aplicação terapêutica tornaria possível uma menor e mais lenta evolução desses processos degenerativos. Com a reposição hormonal, muitos desses sintomas tenderiam a se retardar.

Precauções e Cuidados

A utilização do DHEA como droga "Anti-envelhecimento" deve ser feita sob estrita observação médica. Nos homens, o DHEA é responsável pelo aumento da testosterona que irá se transformar em Dihidrotestosterona, substância que induz ao crescimento das células prostáticas, tanto as normais quanto as tumorais.

Sendo assim, seu uso é terminantemente contra indicado nas hipertrofias prostáticas severas e no câncer de próstata. É por isso que, para o uso da DHEA, os homens têm que se submeter a um exame da próstata, incluindo a dosagem sanguínea do PSA. É indicado para homens, acima dos 40 anos, o uso concomitante de substâncias inibidoras da "5 alfa redutase" para diminuir a conversão da Testosterona em Dihidrotestosterona.
As mulheres medicadas com DHEA devem se submeter a um exame ginecológico para avaliar o estado das mamas e, se estiverem fazendo uso de reposição hormonal estrogênica, a utilização concomitante com o DHEA deve seguir um controle mais rígido para o ajuste da dose de ambos os hormônios, tendo em vista que o DHEA irá se transformar, em parte, em estrogênio.

Indicações

O DHEA tem sido indicado nos distúrbios da cognição em geral, na perda de concentração, desinteresse sexual e baixa imunidade. Algumas clínicas geriátricas recomendam esse esteróide na osteoporose, exatamente por ser ele um precursor androgênico e estrogênico.
Atualmente os casos de Fadiga Crônica, a par dos outros fatores envolvidos nessa síndrome, tal como as alergias alimentares, candidíase sistêmica, etc, a DHEA propicia melhorias no quadro patológico.

Para a Doença de Alzheimer, a DHEA demonstrou ser capaz de proteger os neurônios e de aumentar a sua capacidade de estabelecer contato (axônios). Embora esses efeitos tenham sido observados in vitro, muitos pesquisadores estão utilizando este esteróide para evitar a progressão da doença.

Doses

Variam de acordo com a via de administração escolhida:
Uso oral : Cápsulas orais - com 50 a 250 mg por cápsula. Posologia: 1 cápsula duas vezes ao dia.
Uso sublingual: Cápsulas sublinguais com 25 a 100 mg por cápsula . Posologia: 1 cápsula duas vezes ao dia.
Está contra indicado o uso do DHEA na displasia mamária severa e nos casos de câncer de mama.

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Homeopatia: mais um medicamento em resumo de matéria médica!

Anacardium orientale


MENTE: as expressões abaixo estão em oprdem progressiva, isto é, da mais simples situação do paciente, para a mais profunda...

- Divisão interna
- Ambiguidade, grande conflito íntimo com intenso sofrimento e confusão.
- Contradição da vontade com luta interior entre ambas. Separação em diversos níveis (VG).
- Esconde sua personalidade real exteriorizando outra.
- Falta de confiança em si mesmo, sentimento de inferioridade.
- Depressão profunda..
- Grande insegurança e FALTA DE AUTO-CONFIANÇA. Irresolução.
- Sente-se INFERIOR. Porém com "dureza" emocional (DD.Bar-c: fraqueza).
- Está em má situação, necessita PROVAR-SE cada vez mais.
- Estudantes antes dos exames: temor de fracassar. Estudantes que pressionam a si mesmos intensamente para agradar aos pais (contra a vontade deles).
- "Eu preciso, eu preciso...... eu posso".
- Queixas por (supostas) humilhações. Ofende-se com facilidade.
- Ilusão de estar numa situação na qual é dominado e reprimido
- Situação de abuso sexual de crianças (RS).
- Memória fraca. Súbita perda de memória. Como se alguma coisa bloqueasse a memória.
- Ansiedade, apreensão, temor e desconfiança do futuro.
- Insegurança, sente como se tudo fosse dar errado.
- Desconfiança.
- Medo da loucura (agregado de VG).
- Irritabilidade, perda do auto-controle.
- Ataque de cólera. Toma tudo pelo lado mau.
- Crianças malévolas.
- Todos tornam-se seus inimigos.
- Prontamente torna-se rancoroso, CRUEL, duro. Falta de sentimento moral.
- Sem sentimento de amor, fervor. Aversão à companhia, a estranhos. Ódio.
- Insensível. Indiferença a violência ou ao prazer.
- Crianças: crueldade para com os animais (Med).
- Xinga (Nit-ac, Hyos, Nux-v).
- Sem sentimento de religiosidade. Pessoas religiosas que desejam blasfemar contra Deus.
- Religiosidade sem ansiedade pela salvação.
- Aparenta ser muito gentil, suave, quando consolado (Staph).
- Expressa tanto inferioridade quanto crueldade.
- Paranóia, sente-se perseguido por inimigos. Esquizofrenia.
- Como se estivesse em um sonho. Ilusão de ser duplo, metade demônio, metade homem.

GENERALIDADES:

- Sintomas melhoram quando come.
- Sensação de um tampão rombudo em qualquer parte.
- Sensação de uma faixa em torno de qualquer parte. (Plat: sensação mais difusa; Tub: anel de ferro em torno da cabeça; Cact: mais dolorosa, de arame; Sulph: em torno da cabeça).
- Fraqueza. Falta de força.
- Uso de LSD (ou outras drogas) é uma das principais causas do estado-Anac hoje em dia (VG). Os pacientes ouvem as cores e vêem as músicas. Podem ouvir vozes, chamando seu nome. Pode escrever qualquer outra coisa que não aquilo que foi ordenado pelo seu cérebro: e.g. pensando "cadeira" escreve "mesa".
- Experiências fora do corpo (Cann-i, Agar - VG).
- Melhora com o frio.
- Melhora Suspirando (no tipo desamparado), movimento lento (Ferr, Puls).

ESTÔMAGO:

- Vazio, as 11 am (Sulph).
- Dispepsia; dor > comendo, mas < novamente após 2-3 horas. - Dor pressiva por esforço mental. RETO:

- Constipação com urgência ineficaz (Nux-v).

EXTREMIDADES:

- Dor pressiva na coxa, rítmica, paroxística.
- Sente os pés amarrados.

SONO:

- Sonhos: vívidos, de assassinato, sendo perseguido, ansiosos, de fogo, de corpos mortos.

terça-feira, 23 de agosto de 2011

Cada um com seus objetivos...





Como diz um ditado que ouvi certa vez: "gosto é como nariz - cada um tem o seu"...

Então: veja bem a foto acima e imagine que você quer alcançar um objetivo. Esse é o dessa moça! Qual é o seu?

Susanne Eman, uma Americana de 32 anos do Arizona nos EUA tem uma meta: se tornar a mulher mais gorda do mundo. Para isso, ela que hoje pesa 330 kg quer chegar aos 730 kg comendo mais de 20 mil calorias por dia. As informações são do tabloide Daily Mail.

'Eu adoraria descobrir se é humanamente possível para chegar a uma tonelada”, disse ao jornal. “A recordista anterior tinha 730 kg, então eu tenho que pesar pelo menos isso”.

"Minha próxima meta é chegar a 362 kg até o final do ano. No meu ritmo atual de crescimento, devo chegar aos 730 kg aos 41 ou 42 anos”, diz.

Susanne diz que quanto maior ela fica, melhor ela se sente. "Eu me sinto mais confiante e sexy. Por que não ir até o limite e ver quão gorda eu consigo ficar e ainda ser saudável?", questiona. Segundo ela, conforme foi engordando ela começou a atrair mais homens, "e isso fez eu me sentir bem", conta.

Sua missão começou depois de perder a briga com a balança mais uma vez e não conseguir parar de engordar. "Há dois anos eu cheguei aos 222 kg"

Ela está atualmente desempregada (não consegue trabalhar por causa do peso) e passa oito horas, um dia por mês no supermercado para encher seis carrinhos, junto a seus filhos Grabriel, 16, e Brendin, 12.

De acordo com ela, seus sinais vitais, pressão arterial e níveis de açúcar no sangue são medidos periodicamente. "Ainda não estou próxima às zonas de perigo. Se eu estivesse pra ficar doente, teria arrumado para minha irmã cuidar dos meus filhos", diz.

Entretanto, o médico que trata a americana diz que ela está fazendo uma roleta-russa com sua vida. Ela diz que quer quebrar o estigma de que ser gordo é ruim.

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Reprodução humana assistida




O desenfreado desenvolvimento tecnológico provoca, no seio da sociedade, fissuras indeléveis e rupturas com a ordem até então vigente, impulsionando-nos à criação de novos conceitos e institutos capazes de promover a adaptação necessária aos tempos modernos.

Diante da realidade vislumbrada, necessário se faz incluir, entre as temáticas que tiveram alterados ou ampliados os seus conceitos e os seus paradigmas, a referente à reprodução, pois tal vocábulo, há bem pouco tempo, poderia indicar, apenas, a capacidade natural de procriação, ou seja, aquela proveniente da conjunção carnal. Porém, na atualidade, o ato ou efeito de reproduzir-se, de gerar, de procriar, de multiplicar, de perpetuar-se pode ser atingido por outros métodos que não o presumível.

Afirma-se isto, pois, hoje, técnicas que compreendem a chamada "fertilização artificial, fecundação artificial, fecundação por meios artificiais, impregnação artificial, concepção artificial, semeadura artificial, inseminação artificial, fecundação in vitro ou fertilização matrimonial" são realidade no meio médico e na vida daqueles impossibilitados de reproduzirem-se através do meio convencional.

Em razão da variada nomenclatura citada, deve-se esclarecer que a expressão mais aceita é Reprodução Assistida (RA), em face da denominação dada pelo Conselho Federal de Medicina.

Assim, necessário indicar ser cabível conceituar reprodução humana assistida como o "conjunto de técnicas que favorecem a fecundação humana, a partir da manipulação de gametas e embriões, objetivando principalmente combater a infertilidade e propiciando o nascimento de uma nova vida humana".

Tem muito mais sobre esse assunto, mas pelo menos já temos, para nós, firmado um conceito, quando lermos matérias sobre ele em revistas populares, certo?

domingo, 21 de agosto de 2011

Cogumelos




Conhecidos desde a antigüidade por seus efeitos de cura, essas arvorezinhas exóticas eram consideradas pelos egípcios e chineses uma dádiva dos deuses. Lá, do outro lado do mundo, elas são consumidas há milhares de anos e são tão corriqueiras para esses povos quanto a batata e o arroz para os ocidentais. Mas ainda bem que nós, brasileiros, nos rendemos a esse alimento, apesar de ser tão diferente para nossa cultura — essa afinidade surgiu há pouco mais de 2 décadas. Por sorte, de lá pra cá, conseguimos nos adaptar à consistência e ao sabor (estranhos ao nosso paladar) e lançar mão de suas qualidades nutricionais, que podem ser muito bem aproveitadas nas mais diversas receitas, das mais simples às sofisticadas.

A proteína encontrada no cogumelo, quando comparada à da carne bovina, é quase 2 vezes maior. O que significa uma excelente opção para quem tem uma alimentação que exclui carne vermelha. A quantidade de proteínas que o fungo fornece é compatível com a soja, um dos grãos mais ricos nesse nutriente. O campeão nesse sentido é o shitake, com 34% de sua composição.

Além disso, a maioria das espécies contém aminoácidos essenciais e são fontes de vitaminas, sais minerais, carboidratos e gorduras insaturadas. Resumindo: tudo que faz bem à saúde. E as vantagens não param por aí. Além de extremamente nutritivos, eles são indicados para quem faz dieta, devido ao seu baixo teor calórico. Cem gramas, que equivalem a 4 colheresde sopa cheias, possuem em média 30 calorias e quase nada de gorduras saturadas (que fazem mal ao coração).

Eles são uns dos poucos alimentos onde encontramos os 21 aminoácidos essenciais ao corpo. Para se ter uma idéia, os vegetais contêm 20 deles.

E não é só. Essas iguarias também são riquíssimas em fibras solúveis.

Componentes fundamental para auxiliar o bom funcionamento do intestino, são valiosas para prevenir câncer de cólon e reto, que vêm aumentando assustadoramente a cada ano.

Para completar, os cogumelos fornecem ainda vitaminas B1 e B2, que auxiliam o metabolismo energético e o fortalecimento da musculatura; vitamina C, um poderoso antioxidante que aumenta a resistência do organismo e melhora a absorção de ferro; fósforo, que juntamente com o cálcio ajuda a manter os ossos e dentes saudáveis e ainda é fundamental para absorção e transporte de diversos nutrientes; folato, substância com função regenerativa das atividades cerebrais, estimula a memória e previne contra doenças como o mal de Alzheimer; e lipídios, responsáveis pela produção dos hormônios sexuais e que funcionam como reserva de energia do corpo.

sábado, 20 de agosto de 2011

Serotonina

sistema límbico



De modo geral a Serotonina regula o humor, o sono, a atividade sexual, o apetite, o ritmo circadiano (designa o período de aproximadamente um dia (24 horas) sobre o qual se baseia todo o ciclo biológico do corpo humano e de qualquer outro ser vivo, influenciado pela luz solar), as funções neuroendócrinas, temperatura corporal, sensibilidade à dor, atividade motora e funções cognitivas... UFA!

Para se ter uma noção da influência bioquímica sobre o estado afetivo das pessoas, basta lembrar dos efeitos da cocaína, por exemplo. Trata-se de um produto químico atuando sobre o cérebro e capaz de produzir grande sensação de alegria, ou seja, proporciona um estado emocional através de uma alteração química. Outros produtos químicos, ou a falta deles, também podem proporcionar alterações emocionais.

Pensando nisso, desde a década de 1990, a medicina começou a suspeitar ser muito provável a existência de substâncias químicas atuando no metabolismo cerebral capazes de proporcionar o estado depressivo. Isso resultou, nos conhecimentos atuais dos neurotransmissores e neuroreceptores, muitíssimo relacionados à atividade cerebral.

Alguns neurotransmissores, notadamente a serotonina, noradrenalina e dopamina, estão muito associados ao estado afetivo das pessoas. As pesquisas que inicialmente procuraram embasar a teoria de que a depressão depende (também) de baixos níveis de Serotonina, tomaram como ponto de partida o fato de uma dieta suficientemente livre de Triptofano (que é um aminoácido que é transformado em serotonina no corpo), a ponto de produzir um pico plasmático muito baixo deste aminoácido, resultando em um estado depressivo moderado.

Também foram realizados testes em pacientes gravemente deprimidos, bem como em pacientes suicidas, constatando-se baixíssimos níveis da Serotonina no líquido espinhal dessas pessoas.

Assim sendo, hoje em dia é mais correto acreditar que o deprimido não é apenas uma pessoa triste, aliás, alguns deprimidos nem tristes ficam, sendo mais acertado acreditar que os deprimidos sejam pessoas com um transtorno da afetividade, concomitante ou proporcionado por uma alteração nos neurotransmissores e neuroreceptores.

Por outro lado, os Transtornos da Ansiedade, principalmente o Transtorno Obsessivo-Compulsivo e o Transtorno do Pânico, também estariam relacionados à Serotonina, tanto assim que o tratamento para ambos também é realizado às custas de antidepressivos, os quais aumentam a disponibilidade de Serotonina no Sistema Nervoso Central. Nesses estados ansioso, um outro neurotransmissor, a noradrenalina, também estaria diminuído.

A ação terapêutica das drogas antidepressivas tem lugar no Sistema Límbico (na superfície medial do cérebro dos mamíferos, o sistema límbico é a unidade responsável pelas emoções), que é o principal centro cerebral das emoções. Este efeito terapêutico é conseqüência de um aumento funcional dos neurotransmissores na fenda sináptica (espaço entre um neurônio e outro), principalmente da Norepinefrina (NE) e/ou da Serotonina (5HT) e/ou da Dopamina (DO), bem como alteração no número e sensibilidade dos neuroreceptores.

O aumento de neurotransmissores na fenda sináptica pode se dar através do bloqueio da recaptação desses neurotransmissores (meu Deus, quanta complicação!)no neurônio pré-sináptico (neurônio anterior) ou ainda, através da inibição da enzima responsável pela inativação destes neurotransmissores, a Monoaminaoxidase (MAO). Serão, portanto, os sistemas noradrenérgico, serotoninérgico e dopaminérgico do Sistema Límbico os locais de ação das drogas antidepressivas empregadas na terapia dos transtornos da afetividade.

Mas não é apenas a concentração e quantidade de neurotransmissores as responsáveis pelos transtornos do humor. Cada vez mais se constata o envolvimento dos receptores (quantidade e sensibilidade) desses neurotransmissores na origem da Depressão, assim como na sintomatologia da Ansiedade. Parece ser este um importante ponto de partida para a identificação, diagnóstico e terapêutica desses dois fenômenos psíquicos (ansiedade e depressão).

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Imunologia e Emoções




É no Sistema Límbico que tem início a função psíquica de avaliar a situação, os fatos e eventos de vida. Esse modo de avaliação sempre leva em consideração vários elementos, tais como, a personalidade, a experiência vivida, as circunstâncias atuais, as normas culturais. Acontecem também a partir do Sistema Límbico, as diversas interações entre os sistemas nervoso, endócrino e imunológico, fazendo interagir as percepções córticocerebrais com o hipotálamo.

O Estresse, por sua vez, seja ele de natureza física, psicológica ou social, é um termo que compreende um conjunto de reações fisiológicas, as quais, sendo exageradas em intensidade e duração, acabam por causar desequilíbrio no organismo, freqüentemente com efeitos danosos.

As primeiras constatações do Estresse emocional foram relatadas a partir de 1943, quando então se comprovou um aumento da excreção urinária dos hormônios da suprarenal (cortisol e adrenalina) em pilotos e instrutores aeronáuticos em vôos simulados. Alguns anos antes essas alterações já haviam sido suspeitadas pesquisando competidores de natação momentos antes das provas.

O conceito original de Estresse, entretanto, foi apresentado antes (1936) pelo pesquisador canadense de origem francesa Hans Selye, a partir de experimentos em que animais eram submetidos a situações agressivas diversas (estímulos estressores), e cujos organismos respondiam sempre de forma regular e específica.

Selye descreveu toda ocorrência do Estresse sob o nome de Síndrome Geral de Adaptação, com três fases sucessivas: alarme, resistência e esgotamento. Após a fase de esgotamento, observava o surgimento de algumas doenças, tais como a úlcera péptica, a hipertensão arterial, artrites e lesões miocárdicas.

Mais importantes que os estímulos objetivamente tidos como estressores, são os estímulos estressores avaliados e julgados como tais pelas diferentes pessoas. Existe uma sensibilidade (afetiva) pessoal e particular em cada um de nós, constituindo um conjunto de mecanismos dos quais o organismo lança mão em reação aos agentes particularmente tidos como estressores, caracterizando a forma como cada pessoa avalia e lida com estas situações.

Essa sensibilidade pessoal à realidade explica por que avaliamos desta ou daquela forma as situações tidas como desafiadoras, enfrentando-as ou não, e reagindo à elas de maneiras particularidades e muito pessoais, "permitindo" assim que elas exerçam maior ou menor repercussão sobre o organismo.

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Brincadeira!




Isso é sofisma PURO!

Dr. Paulo Ubiratan, de Porto Alegre, RS, em entrevista a uma TV local,foi questionado sobre vários conselhos que sempre nos são dados... Veja abaixo um resumo desta entrevista:

Pergunta: Exercícios cardiovasculares prolongam a vida, é verdade?
Resposta: O seu coração foi feito para bater por uma quantidade de vezes e só... não desperdice essas batidas em exercícios. Tudo gasta-se eventualmente. Acelerar seu coração não vai fazer você viver mais: isso é como dizer que você pode prolongar a vida do seu carro dirigindo mais depressa. Quer viver mais? Tire uma soneca !!!

P: Devo cortar a carne vermelha e comer mais frutas e vegetais?
R: Você precisa entender a logística da eficiência... .O que a vaca come? Feno e milho. O que é isso? Vegetal. Então um bife nada mais é do que um mecanismo eficiente de colocar vegetais no seu sistema. Precisa de grãos? Coma frango.

P:Devo reduzir o consumo de álcool?
R: De jeito nenhum. Vinho é feito de fruta. Brandy é um vinho destilado, o que significa que, eles tiram a água da fruta de modo que vc tire maior proveito dela.
Cerveja também é feita de grãos. Pode entornar!

P: Quais são as vantagens de um programa regular de exercícios?
R: Minha filosofia é: Se não tem dor...tá bom!


P: Frituras são prejudiciais?
R: VOCÊ NÃO ESTÁ ME ESCUTANDO?? ... Hoje em dia a comida é frita em óleo vegetal. Na verdade ficam impregnadas de óleo vegetal. Como pode mais vegetal ser prejudicial para você?

P: Flexões ajudam a reduzir a gordura?
R: Absolutamente não! Exercitar um músculo faz apenas com que ele aumente de tamanho.

P: Chocolate faz mal?
R:Tá maluco? Cacau!!!! Outro vegetal!! É uma comida boa pra se ficar feliz !!!


E lembre-se: A vida não deve ser uma viagem para o túmulo, com a intenção de chegar lá são e salvo,com um corpo atraente e bem preservado.,(boa!)

Melhor enfiar o pé na jaca - Cerveja em uma mão - tira gosto na outra - muito sexo e um corpo completamente gasto, totalmente usado, gritando: VALEU !!! QUE VIAGEM!!!


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P.S.:SE CAMINHAR FOSSE SAUDÁVEL O CARTEIRO SERIA IMORTAL...! BALEIA NADA O DIA INTEIRO, SÓ COME PEIXE, SÓ BEBE ÁGUA E É GORDA....!


LEMBRANDO: COELHO CORRE, PULA E VIVE 15 ANOS, TARTARUGA NÃO CORRE NÃO FAZ NADA E VIVE 450 ANOS !!!!


"Se você não encontrar sua metade da laranja, não desanime,procure suametade do limão, adicione açúcar, pinga e gelo e vá ser feliz!"

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

15 minutos de atividade física moderada ao dia ou 90 minutos por semana podem aumentar a expectativa de vida em até 3 anos!





Estudo prospectivo de coorte publicado no The Lancet concluiu que 15 minutos de atividade física de intensidade moderada ao dia ou 90 minutos por semana já trazem benefícios para o aumento da expectativa de vida, mesmo para os indivíduos em risco de doença cardiovascular.

Os benefícios da atividade física para a saúde já são bem conhecidos, mas ainda não se sabe se fazer menos exercícios do que o recomendado (150 minutos por semana) pode trazer benefícios para o aumento da expectativa de vida.

Neste estudo de coorte prospectivo, 416.175 indivíduos de uma população de Taiwan (199.265 homens e 216.910 mulheres) participaram da avaliação, entre 1996 e 2008, com uma média de seguimento de 8 anos. Com base na quantidade de exercício semanal indicado em um questionário auto-administrado, os participantes foram agrupados em uma das cinco categorias: inativos ou com nível de atividade física baixo, médio, alto ou muito alto. Os riscos de mortalidade para cada grupo foram calculados e comparados ao grupo dos inativos. Também foi calculada a expectativa de vida para cada grupo.

Comparados aos indivíduos do grupo inativo, aqueles no grupo de nível baixo de atividades físicas, os quais se exercitaram em média 92 minutos por semana ou 15 minutos por dia, tiveram 14% de redução de risco para todas as causas de mortalidade e uma expectativa de vida de três anos a mais. A cada 15 minutos adicionais de exercício diário, além da quantidade mínima de 15 minutos por dia, a redução da mortalidade era de 4% e, em relação ao risco de mortalidade para todos os cânceres, era de 1%. Esses benefícios eram aplicáveis a todas as faixas etárias, para ambos os sexos e para aqueles com riscos de desenvolverem doenças cardiovasculares. Indivíduos inativos tiveram 17% de aumento no risco de mortalidade em comparação com indivíduos no grupo de nível baixo.

Concluiu-se que 15 minutos ao dia ou 90 minutos por semana de exercícios de intensidade moderada já podem ser benéficos, mesmo para os indivíduos em risco de doença cardiovascular.

É isso: mexa-se!

Fonte: The Lancet

terça-feira, 16 de agosto de 2011

Enxaquecas




Um estudo australiano com 50 pessoas que sofriam enxaquecas há muito tempo indicou que a ingestão de suplementos de vitamina B e folato podem ajudá-los a amenizar as dores de cabeça e outros sintomas. Segundo pesquisadores da Universidade de Griffith, na Austrália, os participantes do estudo reportaram “uma melhora drástica na frequência das dores de cabeça, na severidade da dor e na incapacidade associada”.

Os testes acompanharam um estudo anterior do Centro de Pesquisa do Genoma da universidade, que identificou um gene – chamado MTHFR – que deixa as pessoas mais suscetíveis à enxaqueca quando apresenta alguma mutação ou disfunção. E isso resultaria em maiores níveis de homocisteína, que pode aumentar a enxaqueca e os riscos de derrame e doenças cardíacas.

Os pesquisadores acreditam que os suplementos de vitamina B e ácido fólico reduzem o nível desse aminoácido, levando a uma melhora nos sintomas da enxaqueca. Agora, estão sendo realizados um teste mais extensivo para descobrir a melhor dose dos suplementos vitamínicos para os indivíduos, pois ela pode variar dependendo do perfil genético do paciente.

Os tratamentos atuais para enxaqueca nem sempre são eficazes, e podem ser caros e causar efeitos adversos, destacando que, se os resultados forem confirmados, as vitaminas podem oferecer uma forma segura e barata de tratar as enxaquecas.

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Mulheres fumantes têm 25% mais chances de sofrer doenças cardíacas do que homens tabagistas.





O tabagismo como fator de risco de doença coronariana para mulheres é pior do que para os homens, revelou uma revisão sistemática de artigos e resumos científicos e uma meta-análise de estudos de coorte prospectivos publicadas no periódico The Lancet.

A revisão teve como objetivo estimar o efeito do fumo sobre a doença coronária nas mulheres em comparação com os homens depois de considerar as diferenças de sexo e outros fatores de risco.

A partir de quatro bases de dados online, uma revisão sistemática e uma meta-análise de estudos de coorte prospectivos (publicados entre 1º de janeiro de 1966 e 31 de dezembro de 2010) foram realizadas nos EUA por especialistas da Universidade de Minnesota e da Johns Hopkins University. Foram incluídos os dados de 3.912.809 indivíduos e 67.075 eventos de doença coronariana2 de 86 estudos prospectivos.

Não ficou claro se os mecanismos subjacentes às diferenças entre os sexos no risco de doença cardíaca coronariana são biológicos ou relacionados a diferenças no comportamento (fumar).

Os programas de controle do tabagismo devem priorizar as mulheres, especialmente aquelas de países onde o fumo entre as jovens está aumentando em prevalência.

Fonte: The Lancet – publicação online de 11 de agosto de 2011

domingo, 14 de agosto de 2011

Terapia Genética para o tratamento do câncer!




Cientistas conseguiram pela primeira vez usar com sucesso terapia genética para destruir tumores de câncer em pacientes com doença avançada - um objetivo que levou 20 anos para ser alcançado.

Pesquisadores da Universidade da Pensilvânia nos EUA usaram células T do próprio paciente para atingir uma molécula encontrada na superfície de células de leucemia. Estas células alteradas foram cultivadas fora do corpo e, então, foram reintroduzidas em pacientes na fase final de leucemia linfocítica crônica, que afeta o sangue e medula óssea e é a forma mais comum de leucemia.

Dois participantes do estudo em fase I tiveram remissão, ou desaparecimento do câncer, por até um ano. Um terceiro teve uma resposta anti-tumoral forte, e seu câncer permanece sob controle. O grupo pretende tratar mais quatro pacientes com leucemia linfocítica crônica antes de avençar para um maior estudo de fase II.

A técnica difere de outras terapias que aproveitam o próprio sistema imunológico do organismo para combater tumores.

O tratamento parece seguro, mas mais estudos são necessários. Para fazer a terapia genética, os pesquisadores usaram um vírus que só pode infectar as células uma vez. Cerca de duas semanas após a terapia genética, os pacientes começaram a experimentar calafrios, náuseas e febre - causada pelos produtos que levam as células do câncer à morte.

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Demências




A Demência não é apenas um tipo de doença, ela é considerada uma síndrome, ou seja, é um grupo de sinais físicos e sintomas que a pessoa apresenta, estando presente em várias doenças diferentes. Assim, como uma síndrome a demência apresenta três características principais:

· Prejuízo da memória. Os problemas de memória podem ser desde um simples esquecimento leve até um prejuízo severo a ponto de não se recordar da própria identidade.

· Problemas de comportamento. Normalmente se caracteriza por agitação, insônia, choro fácil, comportamentos inadequados, perda da inibição social normal, alterações de personalidade

· Perda das habilidades. São as habilidades adquiridas durante a vida, tais como, organizar os compromissos, dirigir, vestir a roupa, cuidar da vida financeira, cozinhar, etc.

Os sintomas mais comuns que aparecem nas demências são:
1- déficit de memória
2- dificuldades de executar tarefas domésticas
3- problema com o vocabulário
4- desorientação no tempo e espaço
5- incapacidade de julgar situações
6- problemas com o raciocínio abstrato
7- colocar objetos em lugares equivocados
8- alterações de humor de comportamento
9- alterações de personalidade
10- perda da iniciativa - passividade

Os sintomas iniciais de demência variam, mas a perda de memória em curto prazo costuma ser a característica principal ou única a ser trazida à atenção do médico na primeira consulta. Ainda assim, nem todos os problemas cognitivos nos idosos são devidos à demência. Perguntas cuidadosas aos pacientes e aos familiares podem ajudar a determinar a natureza do comprometimento cognitivo e a estreitar o diagnóstico.

Existem muitas doenças ou alterações orgânicas capazes de levar a um quadro demencial. Muitas dessas causas relacionadas à demência são reversíveis, principalmente o uso prolongado de alguns medicamentos, como por exemplo, drogas usadas para hipertensão arterial, diuréticos, alguns hipnóticos. A depressão também pode esta associada à demência. Muitas vezes, diferenciar a demência da depressão é uma tarefa difícil e que apresenta muitos obstáculos. Outras doenças relacionadas com a demência são: doenças vasculares do sistema nervoso central - SNC, doenças infecciosas, hipotireoidismo, deficiência de vitamina B12, sífilis e HIV no SNC, doenças degenerativas do SNC, etc.

O número de pessoas afetadas por demência vem crescendo significativamente com o envelhecimento da população mundial e estima-se que em 2025 o número de pessoas demenciadas no mundo seja de 34 milhões (hoje existem cerca de 18 milhões de pessoas com Demência). O aumento na incidência da Demência será maior nos países em desenvolvimento, onde a população atual de pessoas com demência (11 milhões hoje) chegará a 24 milhões em 2025 ( Alzheimer`s Disease International. 1999).

A Demência se caracteriza pelo desenvolvimento de múltiplos déficits psico-mentais (cognitivos), incluindo comprometimento da memória, devido aos efeitos fisiológicos de uma condição médica sobre o Sistema Nervoso Central. Essa condição médica pode ser, por exemplo, devida aos efeitos persistentes de uma substância sobre o cérebro, uma doença vascular, uma doença de Alzheimer, etc.

Juntamente com o comprometimento da memória, para o diagnóstico de Demência deve ser somado um comprometimento de pelo menos mais uma função cognitiva, como por exemplo, a afasia, apraxia (ambos, problemas de fala), agnosia e perturbação do funcionamento executivo. Esse prejuízo das funções mentais devem levar a um comprometimento social e/ou ocupacional, portanto, resumindo, a demência é uma síndrome de declínio cognitivo, geralmente progressiva, que apresenta uma variedade de causas (DSM.IV - 1994).

Tipos de Demência

Uma das maneiras de se classificar as Demências é quanto à sua causa. De acordo com Galton, as freqüências relativas das causas de demência diferem dependendo da idade mas, de qualquer forma, a Doença de Alzheimer é a causa mais comum tanto no grupo com idade menor que 65 anos, quanto no grupo etário mais velho (Galton 1999). A causa genética das demências, como por exemplo, a doença de Alzheimer, juntamente com outras causas mais raras, é mais freqüente no grupo etário mais jovem.




quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Sangramentos na segunda metade da gravidez.

Imagem: placenta prévia



Um sangramento tardio, ou seja, na segunda metade da gravidez, pode representar uma ameaça para a saúde da mulher ou do feto. Contate o seu médico se tiver algum tipo de sangramento no segundo ou terceiro trimestres da gravidez.


Quais são as causas de sangramento na segunda metade da gestação?

- Descolamento prematuro da placenta:

O sangramento vaginal pode ser causado pelo descolamento da placenta da parede uterina, que ocorre depois da vigésima semana gestacional e antes do nascimento do concepto. Apenas 0,5 a 3,0% das mulheres grávidas têm este problema. Geralmente ele ocorre durante as últimas 12 semanas de gravidez.

Sinais de descolamento da placenta:

Hemorragia vaginal de início súbito com sangramento vermelho escuro.
Dor repentina, intensa e constante.
Hipertonia uterina (o baixo ventre fica endurecido e muito dolorido).

Mulheres que estão em maior risco para esta condição incluem:

Aquelas que já tiveram filhos.
As que têm 35 anos de idade ou mais.
As com história de descolamento prévio de placenta.
Anemia falciforme.
Hipertensão arterial (pressão alta).
Trauma ou lesão no estômago.
Uso de cocaína.
Tabagismo.
Gestação múltipla ou polidrâmnio.
Esta condição requer hospitalização imediata. O obstetra deve ser prontamente comunicado do sangramento.

- Placenta prévia:

Placenta prévia ocorre quando a implantação da placenta está baixa no útero. Ou seja, ela ocorreu no segmento inferior do útero cobrindo parcial ou completamente o colo do útero. É uma condição grave e que requer cuidados imediatos.

Esta condição ocorre em 0,5% a 1,5% das gestações.

Sinais de placenta prévia:

Sangramento vaginal vermelho vivo, indolor, de início e cessar súbitos.
Sangramento intermitente e progressivo.
Mulheres que estão em maior risco para esta condição incluem:

Idade materna avançada.
Aquelas que já tiveram filhos.
Cesárea anterior.
Outra cirurgia anterior no útero, como curetagens uterinas.
As que estão grávidas de gêmeos ou trigêmeos.
Tabagismo.
Patologias que deformam a cavidade uterina (malformações, miomas).

- Trabalho de parto prematuro:

O sangramento vaginal nesta fase da gravidez pode ser um sinal de trabalho de parto prematuro.

Sinais de parto prematuro incluem os sintomas abaixo quando ocorrem antes da 37ª semana de gravidez:

Aumento do corrimento vaginal (aquoso, mucoso ou sanguinolento).
Sangramento vaginal.
Aumento da pressão na região pélvica.
Saída do tampão mucoso, o qual bloqueia o colo do útero, pela vagina. Lembra uma geléia rosada e ocorre devido ao início da dilatação do colo uterino.
Dor persistente na região lombar.
Contrações uterinas regulares.

Outras condições de sangramento na segunda metade da gravidez que são mais raras do que as apresentadas: rotura de vasa prévia, rotura uterina, rotura de seio marginal, placenta circunvalada.



quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Sangramentos durante a primeira metade da gravidez.





Sangramentos vaginais podem ocorrer com frequência no primeiro trimestre da gravidez e não representarem problemas à gestação. Já um sangramento que ocorre no segundo e terceiro trimestres da gravidez1 pode ser sinal de uma possível complicação. O sangramento na gestação pode ser causado por uma série de razões que precisam ser avaliadas pelo obstetra que está acompanhando o pré-natal da gestante.


Se você está grávida e começa a sangrar, você deve comunicar-se com o seu médico imediatamente.

Ele avaliará a necessidade de uma consulta médica ou da solicitação de exames complementares.

Nesta situação, você deve usar um absorvente íntimo de modo que você possa monitorar o quanto está sangrando e que tipo de sangramento está ocorrendo. Você nunca deve usar um tampão. Duchas vaginais ou relações sexuais também não devem acontecer durante um sangramento ativo.

Nem todos os sangramentos significam que um aborto está acontecendo. Mantenha a calma, mesmo que pareça impossível, e procure orientação médica.

Causas de sangramentos na primeira metade da gravidez:

O sangramento pode ser um sinal de aborto, mas não significa que haja um aborto iminente. Estudos mostram que entre 20-30% das gestantes apresentam algum grau de sangramento no início da gravidez. Cerca de metade das mulheres grávidas que sangram não têm abortos. Aproximadamente 15-20% de todas as gestações resultam em aborto e a maioria ocorre durante as primeiras 12 semanas.

Sinais de aborto incluem:

Sangramento vaginal.
Dor sentida abaixo do estômago (mais forte do que uma cólica menstrual).
Sensação de que “algo” está passando através da vagina.
A maioria dos abortos não pode ser evitada. Eles são muitas vezes a maneira do corpo lidar naturalmente com uma gravidez que não estava se desenvolvendo de modo saudável. Um aborto não significa que você não pode ter uma futura gravidez saudável.


Gravidez ectópica:

Gravidez ectópica é aquela em que o embrião se implanta em algum lugar fora do útero. As trompas de Falópio são o local onde ocorre a maioria das gravidezes ectópicas. Elas são menos comuns do que os abortos, ocorrendo em uma entre 60 gestações.

Sinais de gravidez ectópica:

Dor sentida abaixo do estômago (geralmente mais forte do que uma cólica menstrual).
Dor aguda na região abdominal.
Baixos níveis de beta HCG.
Sangramento vaginal.

As mulheres estão em maior risco de desenvolverem uma gravidez ectópica se tiveram:

Uma infecção nas trompas de Falópio previamente à gravidez atual.
Uma gravidez ectópica anterior.
Cirurgia pélvica anterior.

Gravidez Molar:

Gravidez molar é uma causa rara de sangramento no início da gestação. Ela envolve o crescimento anormal de tecido dentro do útero. É também conhecida como doença trofoblástica gestacional ou mola hidatiforme.

Sinais de uma gravidez molar:

Sangramento vaginal.
Exames de sangue revelam níveis anormalmente elevados de beta HCG.
Ausência de batimentos fetais.

Quais são os motivos mais comuns para sangramentos na primeira metade da gravidez?

Uma vez que o sangramento que ocorre na primeira metade da gravidez é tão comum (20-30%), muitos se perguntam quais são as causas além de algumas das complicações já mencionadas. O sangramento pode ocorrer no início da gravidez, devido aos seguintes fatores, além das complicações acima mencionadas:

Sangramento de implantação: ele pode ocorrer de 6-12 dias após a concepção. Toda gestante apresenta sangramento de implantação, mas de forma diferente. Algumas mulheres nem notam a sua presença, outras apresentam sangramentos por algumas horas ou alguns dias.

Infecções na cavidade pélvica ou no trato urinário podem causar sangramento em gestantes.

Após uma relação sexual, algumas mulheres podem sangrar porque o colo do útero fica muito macio e sensível na gestação. Não existem estudos que mostrem que relações sexuais durante a gravidez causam abortos.

Amanhã veremos mais sobre sangramentos na gestação!

terça-feira, 9 de agosto de 2011

Comer Muito Hipóteses das Causas





Os Transtornos Alimentares têm causas múltiplas, envolvendo, como quase sempre na psiquiatria, as predisposições genéticas e constitucionais, as influências socioculturais e as vulnerabilidades psicológicas pessoais. Essas são as condições que poderíamos colocar a Compulsão Alimentar Periódica.

Entre os fatores genéticos predisponentes, destaca-se a história de transtorno alimentar e (ou) transtorno do humor na família (transtorno de ansiedade, depressão). Entre portadores de Compulsão Alimentar Periódica é comum existirem parentes de primeiro grau também com transtorno alimentar ou quadros depressivo-ansiosos.

Os fatores sócio-culturais têm início nos padrões de relacionamento no ambiente familiar. Há em nossa sociedade, e também na maioria dos ambientes familiares, extrema valorização da estética corporal, do corpo magro (veja Tirania do Corpo), atribuindo grande culpa para a pessoa que não se encaixa no modelo estético desejável culturalmente.

A cobrança exagerada para o controle alimentar por parte dos familiares, a vigilância insistente sobre a dieta, críticas pretensamente construtivas, comparações maldosas com pessoas “esbeltas e elegantes” muitas vezes acabam causando efeito contrário do que esperavam esses familiares, ou seja, a pessoa vigiada acaba desenvolvendo algum transtorno alimentar e, entre eles, com muita freqüência a Compulsão Alimentar Periódica.

As vulnerabilidades pessoais dizem respeito a determinados traços de personalidade, à fragilidades emocionais pessoais decorrentes de eventos vitais significativos e, biologicamente, a disfunções no metabolismo das monoaminas centrais, notadamente serotonina, noradrenalina e dopamina. Entre os traços de personalidade destaca-se o tipo de relacionamento sujeito-objeto (sujeito-comida), tais como as características de avidez, de busca continuada de saciedade, da incapacidade de protelação do prazer, entre outros.

Considerações de Classificação

Mais recentemente a psiquiatria preocupou-se, como sempre e mais ou menos indevidamente, com a tarefa de classificar esse sintoma, dando a capciosa idéia de doença. Na descrição dos quadros psiquiátricos oDSM-IV (Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders, 4th. Edition), refere o Episódio de Compulsão Alimentar como um dos componentes principais da Bulimia Nervosa. Este Episódio de Compulsão Alimentar, como vimos, é também a característica principal do denominado Transtorno da Compulsão Alimentar Periódica.

Assim, dentro do espírito classificatório dos manuais de psiquiatria a Compulsão Alimentar Periódica seria um Transtorno Alimentar sem Outra Especificação.

O sintoma de comer exageradamente (hiperfagia) acontece em outros quadros além da Bulimia e da Compulsão Alimentar Periódica. Alguns transtornos depressivos com características atípicas, e normalmente de grau grave, podem determinar o aparecimento de episódios de hiperfagia, resultando em grande variação no peso da pessoa. Chega a 50% a concomitância da Compulsão Alimentar Periódica com depressão (Borges, 2000). Nestes casos também as pessoas não têm o impulso de vomitar depois do ato de comer exageradamente, como acontece na Bulimia.

Por outro lado, também é bastante sensato considerar esse descontrole do impulso de comer como mais um tipo de Transtorno do Controle dos Impulsos.

Os psiquiatras, entretanto, já se acostumaram a ver sintomas psiquiátricos se transformarem em doenças psiquiátricas nas classificações internacionais. Entretanto, até agora, a grande maioria dos diagnósticos psiquiátricos contemporâneos ainda não foi descrita como categorias válidas de doenças, por si mesmas. Seria como, por exemplo, considerar-se a embriaguez como vários estados patológicos; uma doença caracterizada por tontura após a ingestão de álcool, outra por enjôo, outra por euforia, sonolência, irritabilidade, e assim por diante. São todos sintomas particularizados em cada pessoa de um mesmo estado: a embriaguez.

Alguns autores têm, sabiamente, proposto a inclusão da Compulsão Alimentar Periódica dentro do espectro obsessivo-compulsivo (McElroy, 2000 Aqui o sintoma chave seria a preocupação persistente sobre o peso, e o desejo de comer em excesso ocorreria de maneira incontrolável e egodistônica, ou seja, casando absoluta desaprovação e angústia no paciente, tal como acontece Transtorno Obsessivo-Compulasivo (TOC). Com esse raciocínio, o episódio de compulsão alimentar corresponderia ao ato compulsivo do TOC.

Compulsão Alimentar Periódica e a Síndrome do Comer Noturno

Stunkar, na década de 1950 descreveu um transtorno alimentar-comportamental caracterizado por três componentes principais: pouco apetite de manhã, comer excessivamente à tardinha ou à noite e insônia. Stunkard observou também que a Síndrome do Comer Noturno tendia a ser desencadeada pelo estresse e que seus sintomas diminuíam quando o estresse era aliviado.

Em estudos posteriores e muito detalhados (Birketvedt et al, 1999) mostraram que a Síndrome do Comer Noturno aparece em 10% das pessoas que se tratam de obesidade e em 27% daquelas submetidas à cirurgia para obesidade.

Os episódios compulsivos de comer (Binge Eating) aparecem apenas na Compulsão Alimentar Periódica e não na Síndrome do Comer Noturno. Estes episódios de Binge Eating não são motivados apenas uma fome fisicamente determinada, mas por um impulso irrefreável de ingerir comida em grande quantidade. Pode se comer tudo que estiver disponível, durante esses episódios, mesmo sem tomar o paladar como critério, ou seja, são ingeridas comidas frias, alimentos doces misturados com salgados, alimentos vencidos, e assim por diante. O que interessa mesmo é a quantidade.

A Síndrome do Comer Noturno, por sua vez, se manifesta por comer excessivamente à tardinha ou à noite, mas não compulsivamente, apenas por aumento da vontade de comer. Entre as pessoas que sofrem de Compulsão Alimentar Periódica, 15% delas tem, concomitantemente, a Síndrome do Comer Noturno.

Um dado interessante na Síndrome do Comer Noturno é que, em média, esses pacientes consumem 56% de toda sua ingestão calórica diária no período noturno, entre as 22 e 6 horas, ao passo que a população geral consume aproximadamente apenas 15% da ingestão calórica diária nesse período.
Uma das características da Síndrome do Comer Noturno é sua associação com a obesidade, depressão, baixa auto-estima e diminuição da fome diurna. Os pacientes obesos com Síndrome do Comer Noturno têm menos êxito nos programas de redução de peso do que pacientes obesos sem a Síndrome do Comer Noturno.

Prevalência

Na população geral a prevalência de Compulsão Alimentar Periódica é em torno de 1,5%, porém, entre os pacientes obesos essa prevalência é bem maior, até 30%.

Tratamento

O tratamento para a Compulsão Alimentar Periódica é múltiplo, devendo envolver o uso de medicamentos, intervenções psicológicas e nutricionais.

De uma maneira geral, três classes de medicamentos têm sido estudadas em ensaios controlados com placebo em pacientes com Compulsão Alimentar Periódica. Os antidepressivos, particularmente os inibidores seletivos de recaptação da serotonina (ISRS) são uma classe farmacológica bastante estudada para esta condição.

Assim sendo, o tratamento farmacológico para esse transtorno deve começar com um antidepressivo inibidor seletivo da recaptação da serotonina, como por exemplo, a fluoxetina, fluvoxamina, sertralina e o citalopram têm sido capazes de reduzir significativamente o comportamento de compulsão alimentar e o peso.

As doses desses antidepressivos devem ser as mesmas utilizadas no tratamento da bulimia nervosa e da depressão maior, levando-se em consideração que, para pacientes bulímicas, existem diferenças significativas para melhor, sobre a compulsão alimentar, quando se utiliza 60 mg diários ao invés dos tradicionais 20 mg.

Ultimamente a sibutramina, uma substância utilizada em programas de perda de peso por aumentar a sensação de saciedade parece ter importante papel no tratamento da Compulsão Alimentar Periódica , assim como os anti-impulsivos (Estabilizadores do Humor), representados na psiquiatria pelos anticonvulsivantes, tais como oxcarbazepina, topiramatos, lamotrigina, ácido valpróico ou divalproato de sódio que também são bastante úteis neste tratamento.

Uma curiosidade no tratamento da Compulsão Alimentar Periódica observada nos primeiros estudos, foi a forte resposta ao placebo nestes pacientes. Mas esta alta resposta, entretanto, não é um fenômeno exclusivo da Compulsão Alimentar Periódica. Ela é característica de grande parte dos transtornos psiquiátricos, como é o caso, por exemplo, da Fobia Social.

Em relação ao tempo de tratamento, não existem estudos que estabeleçam claramente quando o tratamento deve ser interrompido, mas, de modo geral, é recomendável que se continue o tratamento por, no mínimo, um ano depois do desaparecimento dos sintomas. Mais recentemente, algumas drogas utilizadas para obesidade têm sido tentadas e vêm apresentando alguma eficácia na Compulsão Alimentar Periódica. É o caso da sibutramina, um agente antiobesidade, e o topiramato, um estabilizador do humor.

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Compulsão Alimentar




O Transtorno de Compulsão Alimentar Periódica é uma atitude alimentar caracterizada pela ocorrência de episódios de comer grandes quantidades de comida em intervalos curtos de tempo, sensação de perda de controle sobre o ato de comer e, em seguida, arrependimento de ter comido. Esses episódios de hiperfagia são referidos na literatura internacional com o nome de Binge Eating.

Não se conclui ainda se esta é uma nova doença alimentar emocional ou apenas um sintoma que pode estar associado a algum outro transtorno alimentar ou à outras patologias emocionais, como depressão atípica, ansiedade, transtorno do controle dos impulsos ou algum dos transtornos do espectro impulsivo-compulsivo.

De qualquer forma o fenômeno merece toda consideração médica, já que aparece em aproximadamente 2% da população geral e, particularmente, em cerca de 30% dos obesos que procuram tratamento médico.

Por outro lado, arriscamos aqui uma correção: pode não se tratar de uma doença própria, um novo transtorno mas sim, um sintoma novo (e melhor observado) de algum outro estado ansioso-afetivo alterado. Por isso, escreveremos Compulsão Alimentar Periódica, subtraindo propositadamente o termo “transtorno”.

A compulsão alimentar foi descrita por Stunkard, em 1959 estudando pessoas obesas. O quadro é, em parte, muito semelhante à Bulimia. A diferença é que na Compulsão Alimentar Periódica não há a necessidade de vomitar depois de comer bastante, como acontece na Bulimia, onde também existem esses episódios de comer exageradamente.

Aproveitando a descrição no DSM.IV, a Bulimia se caracteriza por:
A. Episódios recorrentes de compulsão periódica. Um episódio de compulsão periódica é caracterizado por ambos os seguintes aspectos:
(1) ingestão, em um período limitado de tempo (por ex., dentro de um período de 2 horas) de uma quantidade de alimentos definitivamente maior do que a maioria das pessoas consumiria durante um período similar e sob circunstâncias similares.
(2) um sentimento de falta de controle sobre o comportamento alimentar durante o episódio (por ex., um sentimento de incapacidade de parar de comer ou de controlar o que ou quanto está comendo).

Como se vê, são tênues os limites entre os sintomas da Compulsão Alimentar Periódica e da Bulimia Nervosa. Mas há fortes argumentos contra tomar-se a Compulsão Alimentar Periódica como um diagnóstico independente. Ele seria, antes, um sintoma de um Transtorno Alimentar ou um sintoma de uma Depressão Atípica.

Constata-se também, em termos psicológicos, que os pacientes com Compulsão Alimentar Periódica possuem auto-estima mais baixa e se preocupam mais com o peso e com a forma física do corpo do que pessoas que também sejam obesas sem a Compulsão Alimentar Periódica (Zwaan, 1996).

Amanhã, falo sobre as causas prováveis destes problemas! Aguarde!

sábado, 6 de agosto de 2011

Dor nas costas? Vamos dar um jeito!




Algumas regras básicas para você evitar dores lombares e dorsais!

1. Tente manter o peso adequado; se não for possível, por questões genéticas, por exemplo, faça o possível para reduzi-lo;

2. Pratique alguma atividade física - exercícios físicos - regularmente: não deixe seu corpo acostumar a ficar parado, pois tudo atrofia quando não trabalha, inclusive a musculatura para-vertebral;

3. Alongue-se com frequência: não basta fortalecer os músculos do corpo: eles precisam de elasticidade também;

4. Mantenha a melhor postura para andar, sentar e deitar: pode não parecer, mas isso é fundamental para evitar dores no corpo - pessoas que não se preocupam com esse detalhe, apresentam mais dores do que aquelas que têm essa preocupação;

5. Relaxe: toda pessoa tensa tem mais dores de coluna, particularmente na região do pescoço e dorsal;

6. Calçados DEVEM ser adequados: cá entre nós, saltos altos são bonitos, mas forçam bastante as articulações - e não só da coluna;

7. Preocupe-se em abastecer o organismo com cálcio, pois é um mineral muito importante para os ossos e para os músculos;

8. Cuidado com o que carrega em seus braços, ombros e costas; não só pela questão do peso, mas também o modo como carrega - levar tudo de um lado só por períodos longos causa problemas nas articulações, nos ossos e nos músculos;

9. RPG e Pilates podem ser boas soluções para quem já tem problemas de coluna;

10. Ioga também, em determinadas situações...

É isso! Ninguém gosta de ter dores e as de coluna algumas vezes são incapacitantes.

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Anvisa proíbe substância similar ao ecstasy!





Efeito é ainda mais poderoso do que o do “original”, podendo causar ansiedade e até mesmo infarto do miocárdio.

O produto se chama mefedrona e é um estimulante sintético conhecido por ser uma droga disfarçada, sendo que a partir dela pode-se criar drogas artificiais com os mesmos efeitos da maconha, da cocaína e outros entorpecentes chamados ilícitos.

Elas vêm disfarçadas como incensos aparentemente inofensivos, por exemplo, como sais de banho ou até mesmo desinfetantes, que podem ser inalados ou mesmo injetados.

Entretanto elas são verdadeiramente devastadoras e podem levar à morte do usuário.

A mefedrona é originada da efedrina, um conhecido medicamento com ação estimulante do sistema nervoso central. Para quem entende de química, não é tão complicado manipular a droga e transformá-la em entorpecentes.

Esses produtos secundários podem ter efeitos até cinco vezes mais intensos no sistema nervoso e causar problemas graves para o organismo todo.

O curioso é que vêm embalados de modo a parecer algo ingênuo, com todas as informações de um produto que não tenha qualquer risco para uso humano; até mesmo certas advertências quanto ao erro no uso.

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Hipoglicemia




Hipoglicemia significa glicose baixa no sangue.

Ela corresponde à "descida" da glicose no sangue abaixo de um valor considerado mínimo, que é de 60mg/dl.

As células do organismo alimentam-se de glicose. A vida das células do cérebro depende, fundamentalmente, do fornecimento de glicose, e por isso, entram em sofrimento quando acontece a hipoglicemia, podendo dar origem a alterações graves.

No entanto, o nosso organismo dispõe de mecanismos de compensação para se proteger dos perigos e para avisar o indivíduo da existência da hipoglicemia e da necessidade de a tratar com urgência. Esses mecanismos incluem a produção de determinadas hormonas como a adrenalina, o glucagon, o cortisol e outras, cujo objectivo é o de forçar o fígado a lançar as suas reservas de glicose’ na corrente sanguínea, compensando em parte a baixa de glicose no sangue.

Como se manifesta a hipoglicemia?

É uma situação que se estabelece rapidamente, em alguns casos sem aviso, mas a maior parte das vezes com sintomas como suores, palpitações, nervosismos, sensação de fome, perda de forças e modificações do comportamento simulando, muitas vezes, situações difíceis de enquadrar (por exemplo, estado de embriaguez, recusa de ingestão de açúcar ou/e de medição da glicemia capilar no sangue obtido por picada no dedo). Se a correcção da hipoglicemia não for feita com urgência, podem surgir dificuldades na fala, perdas de memória, confusão mental e visão desfocada.

Quais são as causas da hipoglicemia?

A baixa de glicose no sangue pode acontecer nos indivíduos portadores de diabetes quando a dose de insulina injectada é excessiva, acontecendo o mesmo com os comprimidos que se toma para baixar a glicose no sangue (antidiabéticos orais) ou por omissão de uma refeição; ou por ingestão insuficiente de hidratos de carbono (os hidratos de carbono são alimentos a que vulgarmente se chama farináceos) na alimentação diária; ou por actividade física intensa e inadequada; ou, ainda, por uma combinação de vários destes factores.

Como se trata a hipoglicemia?

O tratamento pode ser curativo e preventivo. O tratamento curativo deve fazer-se quando aparecem os primeiros sintomas de hipoglicemia e o doente está consciente, tomando açúcar pela boca, dois ou três pacotes ou torrões, ou um copo de alguma bebida que contenha hidratos de carbono de absorção rápida (sumos de frutas). Os sintomas devem desaparecer ao fim de 5 a 10 minutos. Será conveniente seguir a evolução da concentração de glicose no sangue, quando possível, através da medição da mesma em aparelho próprio. Nos casos de hipoglicemia grave, com diminuição de perda de consciência, que implique ajuda de terceiras pessoas, não se deve dar açúcar ou outros alimentos sendo necessário injectar uma ampola de glucagon, por via subcutânea ou intramuscular. Esta hormona vai fazer com que sejam lançadas no: sangue as reservas de glicose do organismo em poucos minutos. A seguir à recuperação da hipoglicemia, deve comer-se hidratos de carbono, como pão, por exemplo. Se a situação não reverter, o doente deve receber assistência médica imediata. Os antidiabéticos orais podem provocar hipoglicemias mais prolongadas. Em qualquer dos casos pode ser necessário o recurso a um serviço de urgência. O tratamento preventivo é constituído por determinadas atitudes que devem ser cumpridas para prevenir a hipoglicemia, como sejam: cumprir os horários das refeições; nunca deixar de fazer uma refeição; ajustar as doses dos medicamentos (insulina e antidiabéticos orais) às necessidades do doente; fazer pequenas refeições constituídas por hidratos de carbono antes de exercícios não programados; fazer o autocontrolo glicémico sempre que tiver dúvidas em relação a uma possível hipoglicemia.


Mais vale prevenir do que remediar. Nunca se esqueça de trazer consigo o “seu amigo e salvador” açúcar.

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Transportando Vidas para o Além.






Uma das maiores causas de morte no Brasil é o trânsito de veículos, sem qualquer dúvida.

Um dos maiores índices de morte por trânsito apontam os estudos estarem nas estradas.

Estradas mal cuidadas, mal sinalizadas, mal planejadas - com exceções, claro.

Corrupção em nível de governo, em nível ministerial: uma vergonha, diria o Bóris Casói e digo eu, imitando!

Outra causa importantíssima de mortes em trânsito é a ingestão de álcool antes de guiar um veículo.

Vende-se bebida alcoólica sem qualquer empecilho em qualquer lugar e a quem quer que seja.

Mais um motivo para alto índice de mortes por trânsito: falta de educação do motorista, do motociclista, do ciclista e do pedestre. Sim, do pedestre também.

Canso de ver gente atravessando avenidas de alto fluxo de veículos em lugares absurdamente perigosos.

Assisto motociclistas fazendo barbaridades entre os carros, os ônibus e os caminhões.

Motoristas - de ambos os gêneros - assaltam a dignidade e o respeito à Vida Humana.

Conversões proibidas, excesso de velocidade, estacionamento proibido, enfim, erros e mais erros voluntários, conscientes e criminosos.

Corrupção de atitudes do povo, que aceita a atitude do erro, como se fosse normal.

Desrespeito à Vida.

Até quando?

Para quê?