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sexta-feira, 21 de outubro de 2011
Uso medicinal da maconha.
Especialista em psicofarmacologia Elisaldo Carlini diz que já está mais do que na hora de reconhecer as qualidades médicas da droga no Brasil.
O médico Elisaldo Carlini parece ter uma obsessão como especialista em psicofarmacologia, área que ajudou a difundir no Brasil nos anos 1960 depois de uma passagem de quatro anos pelos Estados Unidos, três deles na Universidade Yale. O foco de seu trabalho é procurar entender como a Cannabis sativa – a maconha – age no organismo humano, seu alvo de pesquisa há 50 anos. Herdou esse interesse de José Ribeiro do Valle, seu professor de farmacologia na Escola Paulista de Medicina na década de 1950. Desde então tem trabalhado no sentido de desmitificar o conceito de que a maconha é uma droga maldita, sem utilidade.
Nas décadas de 1970 e 1980 liderou no Brasil um grupo de pesquisa publicando mais de 40 trabalhos em revistas científicas internacionais. Esses resultados, juntamente com as investigações de outros grupos internacionais, possibilitaram o desenvolvimento no exterior de medicamentos à base de Cannabis sativa utilizados atualmente em vários países do mundo para tratamento da náusea e dos vômitos causados pela quimioterapia do câncer, para melhorar a caquexia (enfraquecimento extremo) de doentes com HIV e câncer e para aliviar alguns tipos de dores. Para ele, já está mais do que na hora de reconhecer o uso medicinal da maconha no Brasil.
Em maio deste ano haverá um simpósio internacional em São Paulo especialmente para tratar dessa questão. Carlini vê grande preconceito contra a maconha, mas aposta que se os pesquisadores insistirem na direção correta, com o apoio da ciência, essa aprovação será obtida algum dia. É preciso ressaltar que esse médico de 79 anos é contra o uso dessa e de outras drogas para fins recreativos.
Carlini tem uma atuação social que, por vezes, ofusca o cientista. Ele é o criador do Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas (Cebrid) – um importante fornecedor de informações para a formulação de políticas de educação – e da Sociedade Brasileira de Vigilância de Medicamentos (Sobravime), em 1990. Entre 1995 e 1997 esteve à frente da Secretaria Nacional de Vigilância Sanitária, órgão predecessor da atual Anvisa, onde enfrentou a espinhosa missão de combater a corrupção no setor. Com sucesso, diga-se. Atualmente está no sétimo mandato como membro do Expert Advisory Panel on Drug Dependence and Alcohol Problems, da Organização Mundial da Saúde (OMS). Tem seis filhos e cinco netos. Em dezembro, entre uma reunião e outra, Carlini deu a entrevista abaixo.
Qual será a proposta do simpósio internacional sobre maconha, que ocorrerá em maio em São Paulo?
Vamos propor que a maconha seja aceita para uso médico no Brasil. Meu avô se formou médico no fim do século XIX e naquela época já usava um livro de 1888, que guardo até hoje, com a receita da maconha para vários males. Era uma terapêutica corrente no mundo todo, inclusive no Brasil. O simpósio internacional terá o título “Uma agência brasileira da Cannabis medicinal?”. A Organização das Nações Unidas (ONU) reconhece que a maconha pode ser medicamento – apesar da proibição da Convenção Única de Entorpecentes, de 1961 – desde que os paí-ses oficializem uma agência especial para Cannabis e derivados nos seus ministérios da Saúde. Já há uns 10 países que fazem esse uso: Estados Unidos, Canadá, Reino Unido, Itália, França, Alemanha, Espanha, Suíça, entre outros.
Quando e como o senhor decidiu eleger a maconha como objeto de estudo?
Quando entrei na Escola Paulista de Medicina [a EPM, hoje Universidade Federal de São Paulo (Unifesp)] em 1952. E como aluno do 2º ano comecei a me interessar pela farmacologia e estagiei com o professor José Ribeiro do Valle. Ele foi o primeiro que fez trabalhos verdadeiramente científicos sobre a Cannabis sativa em animais de laboratório no Brasil.
Quais experimentos?
Ele procurava saber os tipos de reação [comportamental] que os animais apresentam quando submetidos aos efeitos da maconha e queria quantificar a potência dos diferentes tipos dessa planta. Naquela época, a psicologia experimental estava pouco desenvolvida no Brasil. Em 1960 fui para os Estados Unidos com a missão de estudar técnicas mais modernas de neuroquímica e psicologia experimental para introduzir aqui. Foi o que fiz quando retornei, em 1964.
O senhor foi logo depois de acabar a graduação?
Não, me formei em 1957 e trabalhei como assistente voluntário da farmacologia até 1960 com bolsa da Fundação Rockefeller. Foi quando ganhei outra bolsa, mas para ir para os Estados Unidos. Fiquei lá quatro anos e fiz o mestrado na Universidade Yale. Quando voltei não consegui lugar na EPM, apesar dos esforços do Ribeiro do Valle. Fui para a Faculdade de Medicina da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, que começava a funcionar.
Por que o senhor não foi contratado pela EPM?
Não havia vagas. Em 1964 eu era casado, tinha três filhos. Fiquei dois meses na EPM e fui para a Santa Casa, de onde saí em 1970. Foi lá que comecei a fazer de fato meus estudos sobre maconha com testes comportamentais.
Como o senhor voltou para a EPM?
Quando me avisaram que não queriam mais pesquisa na Santa Casa. Como não queria apenas dar aula, fui para a EPM e falei com o diretor, professor Horácio Kneese de Mello. Perguntei se ele aceitava que fosse para lá e desse um curso que não existia lá naquele tempo, de psicofarmacologia, junto ao curso de farmacologia do Ribeiro do Valle. Ele aceitou e prometeu que assim que abrisse a primeira vaga eu seria efetivado. Dois anos depois isso ocorreu. Entrei como professor-adjunto, depois me tornei titular.
Lá o senhor continuou os estudos sobre a maconha?
Continuei no assunto. Quando estudamos a história da maconha, é fácil ver que na proibição de seu uso médico não há nada de científico, e sim de ideológico. Até o início do século XX a maconha era considerada um excelente medicamento. Ela era importada da França na forma de cigarros que se chamavam Grimaldi. Depois, dos anos 1930 em diante, a maconha virou uma droga maldita. O governo egípcio chegou a dizer que ela era uma droga totalmente destruidora, que mereceria o ódio dos povos civilizados. O Brasil participou da criminalização da maconha por meio de uma mentira levada pelo representante brasileiro na Liga das Nações, antecessora da ONU. Em 1925, a Liga das Nações fez a segunda conferência internacional sobre o ópio com 44 países presentes, entre os quais o Brasil. Era para discutir como controlar o ópio, mas o Egito entrou com o tema maconha. E o representante brasileiro, Pedro Pernambuco Filho, disse que ela era mais perigosa que o ópio no nosso país. Isso era, naturalmente, incorreto. Primeiro porque a maconha é muitíssimo menos perigosa que o ópio; segundo, o ópio nunca foi um problema aqui. O resultado disso é que a Liga das Nações condenou a maconha. Depois que a ONU foi criada houve a primeira Convenção Única de Entorpecentes em 1961, assinada por mais de 200 países colocando a Cannabis numa lista, junto com a heroína, como droga particularmente perigosa. É algo que não tem razão científica nos dias de hoje.
De qualquer forma, é indiscutível que a maconha tem efeitos tóxicos.
Claro que tem, como todos os medicamentos. Não existe nenhum remédio em que a bula diga “Não provoca nenhum tipo de problema”. Isso vale para as plantas. Estamos desenvolvendo o programa Planfavi, Planta e Farmacovigilância, e alertamos também para os perigos dos produtos naturais.
Comparado com o cigarro de nicotina, o cigarro de maconha é pior ou melhor?
Tenho dificuldade em dar uma resposta definitiva. Não há dúvida hoje de que o cigarro normal é cancerígeno. Nós sabemos que a maconha tem também substâncias cancerígenas. A folha da maconha é coberta por uma camada de cera que tem naftaleno, antraceno... Se esfregarmos o sarro da maconha na pele de rato, naqueles que nascem sem pelo, o animal passa a ter câncer depois de 50 semanas da administração. Ocorre que não se usa a maconha da mesma forma que o cigarro, com a mesma intensidade e frequência. Outra diferença é que o cigarro tem um efeito bastante sério para o coração. Já a maconha não tem esse problema. Com relação à parte clínica existem demonstrações, segundo vários autores, o que precisa ser confirmado, que o uso da maconha pode facilitar o aparecimento de câncer em certas pessoas se usada de maneira desbragada. Não conseguimos ainda fazer um estudo epidemiológico suficientemente grande como os realizados com o cigarro, em que centenas de milhares de pessoas já foram entrevistadas. Para isso é preciso acompanhar muita gente que use continuamente a maconha e seja suscetível aos efeitos dela.
O senhor é favorável ao uso da maconha como recreação?
Não sou. Não sou favorável a nenhum uso de droga para “dar barato”, que altere a mente sem a real necessidade disso. Mas sou muito favorável ao uso da morfina, por exemplo, como analgésico. Seria um absurdo total proibir o uso da morfina ou do ópio porque podem produzir dependência forte. O que não posso é difundir o uso recreativo da morfina, mas devo difundir, e muito, o uso da morfina como um agente extremamente poderoso para dar qualidade de vida nos momentos finais de um canceroso que morre urrando de dor, por exemplo. No caso da maconha, há relatos científicos dizendo que a droga é uma substância de primeira linha para tratar certas dores. Não dores comuns, como uma dor de cabeça, de dente ou cólica, mas as miopáticas ou neuropáticas, que envolvem músculos e nervos. A esclerose múltipla, por exemplo, provoca esse tipo de dor. E a maconha tem um efeito muito bom para aliviar essas dores. No entanto, aqui no Brasil não se consegue utilizar esse recurso. Em outros países já há esse uso bastante difundido.
Mesmo nos Estados Unidos, que vêm de um período recente muito conservador?
Lá já existe pelo menos um medicamento. Eles sintetizam o delta-9-tetraidrocanabinol (THC), que é o princípio ativo da maconha, e vendem o composto para o mundo inteiro: Marinol é o nome comercial. Foi inicialmente propagandeado para reduzir a náusea e o vômito induzidos pela quimioterapia do câncer. Foi aprovado pela FDA [Food and Drug Administration, agência norte-americana de controle de alimentos e medicamentos] com uso controlado, como deve ser.
E é possível importar o medicamento no Brasil?
É proibido importar e usar. O interessante é que o uso terapêutico antináusea foi descoberto acidentalmente por jovens da Califórnia que tinham leucemia, o câncer sanguíneo. Eles recebiam o quimioterápico e, aos sábados, saíam para se divertir e fumavam maconha. Os jovens passaram a descrever para seus médicos que não sentiam nem náusea nem vômito quando estavam sob o efeito da droga. Os especialistas começaram a investigar, fizeram trabalhos e demonstraram claramente que havia um efeito antinauseante. Mais tarde estudaram outra consequência do uso da maconha, chamada popularmente de larica, a fome exagerada que o sujeito tem depois de fumar. Dessa vez também comprovaram os efeitos e patentearam o medicamento Marinol para a caquexia, a perda exagerada de peso que ocorre no câncer e na Aids.
É possível fazer chá em vez de fumar?
Não, porque os compostos que estão nas folhas não são solúveis. O delta-9-THC é vendido em cápsulas gelatinosas, dada a sua natureza lipídica. Há também um canabinoide sintético, chamado Nabilone, utilizado no Canadá. E acabou de ser lançado também no Canadá e na Inglaterra uma mistura de duas cepas de maconha. Ambas são de Cannabis sativa. Uma delas produz canabidiol, que é o precursor do delta-9-THC. E outra possui alto teor de delta-9-THC. A firma inglesa GW Pharmaceuticals faz dois extratos dessas plantas. A estratégia é misturar os dois, de maneira a ter uma quantidade adequada do canabidiol e do delta-9-THC. Essa mistura foi lançada com o nome comercial de Sativex dentro de uma bombinha, como as de asma, para usar direto na boca. Cada dose libera 5 miligramas do delta-9-THC.
Qual a indicação?
Dores neuropáticas, náusea e vômito da quimioterapia do câncer, caquexia e esclerose múltipla. O interessante é que quem pela primeira vez mostrou que misturando canabidiol com delta-9-THC em determinadas concentrações se modula melhor o efeito da maconha foi o nosso Departamento de Psicofarmacologia da Unifesp. Daqui se originou o trabalho na Inglaterra. Isso é reconhecido internacionalmente. O canabidiol modula o efeito do delta-9-THC, de tal maneira que o delta-9-THC, na presença do canabidiol, gera menos ansiedade e age por um tempo maior.
Quando vocês demonstraram isso?
São estudos da década de 1970 e 1980 com trabalhos publicados na British Journal of Pharmacology, Journal of Pharmacy and Pharmacology e European Journal of Pharmacology, revistas de alto nível. Mas nunca conseguimos tirar nada de positivo desses trabalhos aqui no Brasil para gerar algum produto. Não é prioridade para o país.
Esses trabalhos só serviram para os outros?
Só para o exterior. Foi a mesma coisa com a Maytenus ilicifolia, a espinheira- -santa. Fizemos um trabalho imenso com ela. Mostramos, em animais de laboratório e no homem, que tem um efeito protetor para o estômago. Publicamos muito aqui e no exterior e não conseguimos fazer uma patente. O Japão é que pediu e conseguiu. O que me frustra mais é que no pedido de patente japonês está escrito mais ou menos assim: “... a Maytenus ilicifolia, pertencente à família Celastraceae, é utilizada no folclore brasileiro para o tratamento de úlcera”.
segunda-feira, 29 de agosto de 2011
Evolução da Propaganda para a Medicina
Esta propaganda era veiculada no início do século XX:
Esta, também! Ambas são de 1939.
Recordar é viver!
Esta, também! Ambas são de 1939.
Recordar é viver!
segunda-feira, 20 de junho de 2011
Hábitos
Hábito significa costume ou agir de modo automático, repetitivo, sem reflexões. Na Terra há muitos hábitos em várias culturas, que não seriam absolutamente normais para nós, brasileiros, em qualquer parte do território nacional, ainda que considerando as imensas variações culturais que temos em nosso enorme país.
A título de exemplo, em alguns lugares do mundo é habitual comer-se carne de cachorro e em outros a vaca é um animal sagrado, intocável.
O que para nós é normal, para outras culturas pode ser não aceitável e vice-versa. Mas isso em âmbito cultural, pois os hábitos podem ser vistos, também, em nível pessoal, individual, de tal modo que o que seja adequado para você, pode não ser para mim.
Por exemplo, alguém pode ter o hábito de tomar banho somente 2 vezes por semana, enquanto outra pessoa o faça 2 vezes ao dia.
Os hábitos ficam, certamente, instalados em nossas mentes, em alguma região dela, e tomamos atitudes mecânicas, sem questionamento e isso pode ser o mesmo exemplo citado acima: tomar banho ou, ainda, escovar os dentes...
Quem se esclarece, quem se instrui, normalmente procura desenvolver hábitos saudáveis, para si e para os familiares, de tal modo que promova a saúde de todos ou, minimamente, de si mesmo.
Alguns hábitos sabidamente saudáveis, entretanto, são de difícil aplicabilidade para a maioria das pessoas, de tal modo que seja necessário algum tipo de imposição para que exista alguma aderência pela maioria, embora se saiba que uma minoria, mesmo diante da imposição, não se submeta a este determinado hábito, mesmo sabendo tratar-se de algo que seja saudável para todos.
Por exemplo: usar cinto de segurança para dirigir um veículo hoje é um hábito para a imensa maioria das pessoas, mas houve dificuldades para que se instalasse tal hábito, que por sinal assim se fez por conta de uma lei. E ainda há quem não se submeta a ela!
É preciso ter atenção para com os hábitos, para que eles nos façam o bem, tentando aprimorá-los sempre em sentido construtivo.
Ter o hábito de se alimentar adequadamente é saudável. Não se preocupar com a qualidade dos alimentos ingeridos pode ser prejudicial para a saúde. Mas os hábitos alimentares vêm dos hábitos familiares, constituindo algo que se nos impregna e acabamos por ter uma alimentação similar àquela que nossos familiares têm.
Há, também, uma interação muito acentuada da sociedade e da mídia com relação aos hábitos alimentares de todos.
Quem não se lembra da imagem da criança linda e de aparência muito saudável nas propagandas do Leite Ninho? Pois, então: esta imagem estimulou muitas mamães a parar de amamentar para dar o Leite Ninho, conscientemente ou não, por conta da aparência muito saudável do bebê que aparecia nas propagandas.
Após isso, uma imensa campanha de incentivo à amamentação tem sido feita para corrigir as distorções secundárias a erros como este, de que o leite materno poderia ser substituído sem problemas para a criança.
Os hábitos alimentares são, então, fruto do meio no qual vivemos, certamente.
Por isso, é importante ensinar para as crianças hábitos alimentares adequados, para que desde cedo elas se importem com a qualidade do que comem e sintam que uma boa dieta faz bem para a saúde, reduzindo riscos de doenças das mais variadas.
Pais que ingerem excessivamente bebidas alcoólicas diante dos filhos, ou mesmo mostrem para eles o resultado, com inadequação comportamental, permeiam facilidades para o hábito do álcool entre essas crianças no futuro, normalizando o alcoolismo inadequadamente e favorecendo para que esses futuros adultos sejam alcoólicos também.
Pitágoras já dizia que educando as crianças, não precisaríamos castigar os adultos. Os castigos não comparecem para os adultos, na forma da punição direta, como uma surra, mas muitas vezes no recurso da doença, que sempre tem um custo muito maior já que leva à dor e às despesas variadas e muitas vezes desmedidas, lembrando que poderiam ser desnecessárias.
Temos tido nas últimas décadas um imenso "massacre" em favor das dietas ricas em calorias, açúcares, gorduras e aditivos que em absoluto acrescentam algo de útil para quem quer que seja. Esta abordagem massificante leva à facilidade de comer em fast-food, sem a adequada apreciação da qualidade dos alimentos envolvidos no ato alimentar.
Entretanto, temos visto nas cidades mais acentuadamente urbanizadas um elevado número de jovens que apresentam elevado índice de aumento de peso prejudicial para a saúde, por conta de conseqüências diretas e indiretas destes erros alimentares sucessivos e persistentes.
Como nós somos sujeitos às pressões da mídia, é interessante observar o quanto nos deixamos conduzir por estas pressões e até que ponto.
Não estou propagando uma forma radical de alimentação, uma mudança daquelas que envolvem a passagem para o naturismo definitivo, até por conta de que isso não seria possível. Apenas estou resgatando as impressões mais racionais para nossos hábitos alimentares.
Ao procurar um alimento, buscar nele algo que nutra, que estimule o organismo a trabalhar em condições mais adequadas, que seja um alimento "pró-ativo", matéria prima para elementos essenciais em nosso metabolismo, afastando os "grudes" que encontramos com facilidade em muitas ofertas industrializadas facilmente encontradas nos mercados da vida.
Levar para casa alimentos que sirvam de exemplo para as crianças, sempre. Comer o que seja razoável, ainda que, ocasionalmente sejamos "obrigados" a "engolir algo que não tenhamos o hábito.
Por à mesa alimentos de boa aparência, coloridos, elaborados e especialmente nutritivos.
Criar hábitos saudáveis em aspectos de higiene alimentar.
Tenho tido cada vez mais casos de pacientes que adoecem por se alimentar frequentemente em restaurantes. Sangramentos retais, gases, má digestão, azia, gastrite, parasitores intestinais, enfim, uma leva de problemas que certamente poderiam se evitados se os hábitos alimentares fossem, digamos, mais adequados.
Não significa "fugir" dos restaurantes, mas escolher bem aqueles que venhamos a frequentar, assim como escolher melhor os alimentos.
Mas isso tudo tem por detrás uma série longa de debates. Estes, por sua vez, têm uma fenomenal biblioteca à nossa disposição: a internet.
Ao invés de procurar doenças na internet, proponho que procuremos SAÚDE.
quarta-feira, 15 de junho de 2011
Roupas tecnológicas
A ciência é realmente algo impressionante para todos nós e vem trazendo muitas novidades em vários setores para nos dar conforto, alívio e melhorar a performance em determinadas circunstâncias, como as práticas esportivas, sejam as radicais, profissionais ou, simplesmente, para prevenir e relaxar, afinal, esporte, adequadamente praticado, pode nos ajudar até mesmo a prevenir doenças.
A tecnologia dos tecidos esportivos é um dos setores que mais tem evoluído recentemente e podemos ver na tv, com frequência, alguns tecidos que nos chamam atenção.
Há poucos dias assisti um trecho de um jogo de futebol no qual um dos jogadores, após ser contundido (machucado) na região cefálica (cabeça), para continuar jogando, usou uma toca compressiva, de tecido especial, para conter sangramentos e para reduzir edema (inchaço), diferente do que se faria até pouco tempo atrás, quando se colocava bandagens que eram presas por esparadrapos e que se soltavam com alguma facilidade ou comprimiam demais a cabeça, gerando desconforto.
Pareceu-me que o jogador em questão estava bem adaptado com a toca e jogou todo o resto da partida com ela.
Vemos, também, que os jogadores dos mais variados esportes usam roupas bem mais específicas para sua prática esportiva específica - perdão pela redundância - e acaba melhorando até mesmo seu desempenho na atividade.
Nas últimas olimpíadas vimos que os competidores em natação usavam uma roupa que melhorava a performance a ponto de gerar discussões no comitê olímpico sobre a manutenção ou não desta roupa que parece reduzir o atrito do corpo na água, melhorando rendimento e reduzindo o tempo de conclusão das competições em frações de segundos decisivos para vencer ou não uma prova de alto nível.
Roupas com nanotecologia, com sais de prata, fibras dispostas de tal modo que auxiliam os músculos, que melhoram a microcirculação periférica, enfim, que têm funções muito importantes para melhorar a condição e a prática de atividades físicas são uma realidade.
Até mesmo para o dia-a-dia, temos estas roupas à venda, com os tecidos ditos "inteligentes", que não se impregnam de sujeira com tanta facilidade, que repelem a água e outras características já se tornaram relativamente comuns.
O preço ainda não é muito convidativo, mas as roupas realmente valem a pena de serem adquiridas e usadas.
Os calçados também têm uma "tecnologia embarcada" bem interessante, que ajudam, por exemplo, a poupar o pé do diabético, a melhorar a corrida, a curar um esporão de calcâneo, a reduzir tendinites...
Alguns produtores primam por roupas focadas em esportes, dando prioridade para a performance e afirmam que elas devem se adequar aos movimentos, reduzir atritos e gerar conforto. Outros se aprimoram em cuidar de pessoas com limitações específicas, tentando gerar alívio para os problemas que elas têm.
De qualquer modo, é bom saber que estamos vivendo uma época na qual até mesmo as roupas vão se adequando às nossas necessidades, sem deixar de lado a questão da moda, mas priorizando nossa saúde.
segunda-feira, 13 de junho de 2011
Magros "falsos"!
A fórmula para calcular o Índice de Massa Corpórea (ou corporal) é:
IMC = peso / (altura)2 => peso dividido pela altura ao quadrado, em metro. Por exemplo: uma pessoa de 1,75 m, com 88 Kg, tem IMC = 88 dividido por 1,75 x 1,75 = 28,73, o que a caracteriza como estando com sobrepeso, isto é, acima do peso ideal, embora ainda não como obeso.
Temos aprendido a verificar o estado de saúde das pessoas através de índices numéricos, que tentam refletir a realidade de cada paciente, quer dizer, tentam mostrar como realmente está cada um de modo prático, evidenciando possíveis riscos para a saúde ou demonstrando que há uma situação favorável naquele momento.
Assim, quando vamos ao médico, periodicamente, para fazer um check-up, iremos ser direcionados para exames de laboratório que "medem" nossos componentes bioquímicos, que buscam irregularidades em parâmetros pré-estabelecidos pela ciência médica após muitas pesquisas que geraram estatísticas demonstrando quais os valores normais para que se considere alguém saudável, isto é, apto para viver sem altos riscos de adoecer ou de vir a morrer.
Claro que estes exames de laboratório, estas "medições" tem um valor inestimável para avaliar o "grau de saúde" de um indivíduo. Não há qualquer sombra de dúvida, atualmente, após tantas evidências sobre estas pesquisas que, no entanto, vêm evoluindo, como tudo na vida e em conseqüência da continuidade delas - das pesquisas - e do crescente interesse da ciência em compreender cada vez melhor como o corpo humano funciona, não só em aspectos visuais, através de imagens das mais variadas, como sob pontos de vista variados no intricado mecanismo de funcionamento de sistemas, órgãos, tecidos, células, moléculas e átomos.
Tudo tem sido vasculhado e continuará sendo, sem exaustão, pela ciência. Técnicos - cientistas - elaboram teorias, criam sistemas para pesquisa, métodos, recursos, enfim, todo possível, para entender melhor nossa natureza.
Um dos métodos para avaliação da saúde humana, com relação a riscos cardio-vasculares, é o chamado índice de massa corpórea - IMC. Este índice, que relaciona a estatura com o peso, mostra se o indivíduo é obeso ou não e, em determinadas faixas de resultados, temos números que, estatisticamente, apontam os riscos, tentando alertar para que o paciente trate de mudar seu estilo de vida para não permanecer na faixa de risco cardio-vascular, o que significa dizer que a partir de certo ponto, o paciente está arriscado a ter um infarto ou um acidente vascular cerebral, por exemplo.
Mas preciso lembrar que um IMC normal não isenta ninguém de risco cardíaco, pois, o IMC é apenas UM dado para ser avaliado. Há pessoas com IMC dentro do normal, caraterizadas, portanto como magras, que têm elevada taxa de colesterol ou triglicérides (dois tipos diferentes de gordura no sangue) ou, ainda, de glicemia (glicose - açúcar, que corre no sangue) e estão sob risco algumas vezes mais elevados de problemas cardíacos do que um paciente obeso moderado, que apresenta níveis normais destes componentes da nossa "bioquímica".
Assim, devemos ter em mente que apenas um índice, apenas uma informação, não nos isenta de coisa alguma. Aliás, ainda que tenhamos todos os nossos exames dentro da normalidade, podemos ter quaisquer problemas de um momento para outro, pois, nosso organismo é extremamente lábil, quer dizer, muda de estado de saúde de um momento para outro, também graças às nossas fragilidades emocionais.
É bastante sabido que fortes emoções podem levar uma pessoa, de súbito, a ter um infarto, assim como uma elevação da pressão arterial. Também não é desconhecido da maioria das pessoas, que as emoções contidas durante períodos prolongados, geram problemas orgânicos dos mais variados, como, por exemplo, gastrites ou mesmo úlceras gástricas.
Mas, vamos concentrar a atenção no que eu iniciei escrevendo: vamos imaginar dois pacientes hipotéticos: um, de 20 anos, que mede 1,84 metro e pesa 75 quilos, com índice de massa corporal na faixa dos 22,2, valor que o classifica como magro e outro paciente, também de 29 anos com 1,92 metro pesando 84,3 quilos e IMC de 22,9, que o categoriza como esbelto.
Os dois, portanto, estão praticamente empatados em matéria de IMC. E, à primeira vista, livres de preocupações, por assim dizer, gordurosas. Mas as aparências (e as medidas) enganam.
De acordo com os resultados de estudos recentes, um deles pode ser considerado um gordo, ou melhor, um obeso de peso normal.
Por meio de informações adicionais, como os níveis de colesterol e a medida da circunferência abdominal dos participantes, pode ser observado que, apesar da silhueta esguia e do IMC normal, os neo-obesos têm gordura de sobra.
E isso não é bom. O tecido adiposo em excesso fabrica altas doses de substâncias nocivas, como a interleucina 6 e o fator de necrose tumoral alfa. Essa dupla inflama as paredes dos vasos, contribuindo para entupi-los. O tal fator de necrose também aumenta a resistência à insulina. Nesse caso, o hormônio que bota açúcar para dentro das células não consegue desempenhar sua função adequadamente.
Complicado, não? Não, não é complicado: consulte seu médico para uma avaliação adequada.
Faça exercícios regularmente, coma somente o que precisa e de modo equilibrado, durma adequadamente e cuide de seus estresses na medida do possível, para reduzir seus riscos de aquirir doenças indesejáveis.
Numa expressão apenas: cuide-se!
quinta-feira, 3 de março de 2011
Maior atenção à dor dos pacientes...
Cientistas suecos da Universidade Uppsala entrevistaram 759 pacientes em hospitais quanto às dores que eles sentiram e a atenção recebida de médicos e enfermeiros. Os participantes tinham de seis semanas a 95 anos e 52% do grupo eram mulheres.
Os resultados mostraram que 65% dos pacientes sentiram dor durante um período de 24 horas antes de que algum profissional perguntasse algo sobre o assunto. Desse grupo, 42% disseram que em uma escala onde 10 representava a pior dor que eles podiam imaginar, o nível da dor sentida por eles era 7. De cada 10 pacientes, 8 foram questionados sobre o nível de dor que sentiam, mas os profissionais de saúde pediram a menos da metade dos participantes que avaliassem o nível da dor de acordo com uma escala numérica.
O autor do estudo, Dr. Barbro Wadesten, diz que "administrar" a dor do paciente é muito importante. “A dor é uma parte natural de muitas condições médicas, mas ela pode ter um efeito negativo na qualidade de vida, no quão bem sucedido o tratamento é e no prognóstico do paciente”, ele afirma.
Do modo como muitas consultas são efetuadas atualmente, é difícil dar atenção para a dor alheia. É preciso ouvir, olhar e conversar. Muitos médicos agem como se fossem "videntes" e precrevem mesmo após um parco (porco?) contato com o paciente.
sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011
Atividades recreativas com netos beneficiam avós
Pesquisadores canadenses das universidades Concórdia e Wilfrid Laurier fizeram um estudo que afirma que atividades recreativas desempenham um papel importante no estabelecimento de laços entre as diferentes gerações de uma família.
Participaram da pesquisa 16 avós e aposentados (ou semi-aposentados) de 65 a 89 anos de idade e 14 netos de 18 a 24 anos. Os pesquisadores dizem que o estudo tem base em pesquisas feitas anteriormente que afirmam que laços saudáveis entre gerações fazem com que os avós envelheçam melhor e se sintam mais otimistas e positivos.
O lazer é vital para a formação de laços que durem de geração para geração. O lazer compartilhado permite que os netos e os avós estabeleçam interesses em comum.
Eles dividem histórias de família, experiências pessoais e lições de vida. Eles passam valores de família, tradições e dão ênfase à importância da coesão familiar
Algumas das atividades que tipicamente aproximam familiares são passar férias juntos, cozinhar, trabalhar no jardim, fazer compras e celebrar datas comemorativas.
Participaram da pesquisa 16 avós e aposentados (ou semi-aposentados) de 65 a 89 anos de idade e 14 netos de 18 a 24 anos. Os pesquisadores dizem que o estudo tem base em pesquisas feitas anteriormente que afirmam que laços saudáveis entre gerações fazem com que os avós envelheçam melhor e se sintam mais otimistas e positivos.
O lazer é vital para a formação de laços que durem de geração para geração. O lazer compartilhado permite que os netos e os avós estabeleçam interesses em comum.
Eles dividem histórias de família, experiências pessoais e lições de vida. Eles passam valores de família, tradições e dão ênfase à importância da coesão familiar
Algumas das atividades que tipicamente aproximam familiares são passar férias juntos, cozinhar, trabalhar no jardim, fazer compras e celebrar datas comemorativas.
sábado, 18 de dezembro de 2010
Uso rotineiro de sabonetes antibacterianos por pessoas saudáveis...
A cada dia surgem novos itens de higiene que prometem acabar com os germes. Os sabonetes antibacterianos estão se tornando parte da rotina de higiene das pessoas, mas eles são realmente necessários? Para os médicos, pessoas saudáveis não precisam dessa proteção extra e, em alguns aspectos, o uso excessivo desses produtos pode até ser prejudicial. Já os fabricantes garantem sua segurança e eficácia.
Os sabonetes com agentes bactericidas são indicados apenas em algumas circunstâncias. Não recomendo o uso rotineiro e frequente desses sabonetes para pacientes saudáveis.
Os antibacterianos só devem ser usados em locais em que haja risco maior de contaminação, como hospitais, ou em casos de pacientes que sofrem de infecções de pele. Em casa, para uma pessoa saudável, água e sabão são o suficiente.
O uso de sabonetes antibacterianos tem indicações médicas específicas, como o combate a patologias. Para pessoas saudáveis, não é indicado, pois não há comprovação de benefícios e sim indícios de malefícios...
Os sabonetes com agentes bactericidas são indicados apenas em algumas circunstâncias. Não recomendo o uso rotineiro e frequente desses sabonetes para pacientes saudáveis.
Os antibacterianos só devem ser usados em locais em que haja risco maior de contaminação, como hospitais, ou em casos de pacientes que sofrem de infecções de pele. Em casa, para uma pessoa saudável, água e sabão são o suficiente.
O uso de sabonetes antibacterianos tem indicações médicas específicas, como o combate a patologias. Para pessoas saudáveis, não é indicado, pois não há comprovação de benefícios e sim indícios de malefícios...
sexta-feira, 10 de dezembro de 2010
Hepatite B
texto de Drauzio Varella:
Veio tarde a expansão da vacinação contra a hepatite B, anunciada pelo Ministério da Saúde. A nova medida estende a vacinação para gestantes após o terceiro mês de gravidez, manicures, pedicures, podólogos, mulheres que fazem sexo com mulheres, travestis, portadores de doenças sexualmente transmissíveis e populações de assentamentos e acampamentos.
A hepatite B é conhecida por sua grande capacidade de transmissão, principalmente por via sexual, da mãe para o bebê durante a gestação e/ou no parto e por sangue ou derivados que estejam contaminados. Passa de pessoa para pessoa com mais facilidade que muitos agentes infecciosos, inclusive o HIV, vírus causador da aids.
Ocorre que há uma excelente vacina contra o vírus da hepatite B. É extremamente segura e eficaz, capaz de proteger quase 100% dos vacinados com as três doses recomendadas. A vacina é aplicada há muitos anos em crianças, como parte do calendário de vacinação brasileiro, com ótimos resultados.
Custa entender, portanto, por que demorou tanto para o Ministério da Saúde estender a vacina para os grupos citados no começo deste texto. A vacina já é produzida no Brasil a custo razoável, dispomos de boa rede de distribuição de vacinas e o país está investindo na prevenção de doenças sexualmente transmissíveis (especialmente o HIV). Acima de tudo, os bons resultados da vacina contra a hepatite B são inquestionáveis.
Sabemos, ainda, que grupos especiais, principalmente os portadores de outras doenças sexualmente transmissíveis, mantêm a transmissão do vírus da hepatite B em nosso meio. Há pouco tempo, era difícil vacinar tais pessoas pelo sistema de saúde. Muitos tinham de recorrer a clínicas privadas. Era um tiro no pé. A prevenção da hepatite B com uma vacina pode representar grande economia para o nosso sistema de saúde, já que um paciente que contrai o vírus pode tornar o atendimento caríssimo devido aos tratamentos de longo prazo e possíveis complicações.
Acho que devemos ir além. É difícil entender por que o Ministério da Saúde não torna a vacina acessível a toda a população que deseja se vacinar. É um investimento na saúde de todos nós.
Veio tarde a expansão da vacinação contra a hepatite B, anunciada pelo Ministério da Saúde. A nova medida estende a vacinação para gestantes após o terceiro mês de gravidez, manicures, pedicures, podólogos, mulheres que fazem sexo com mulheres, travestis, portadores de doenças sexualmente transmissíveis e populações de assentamentos e acampamentos.
A hepatite B é conhecida por sua grande capacidade de transmissão, principalmente por via sexual, da mãe para o bebê durante a gestação e/ou no parto e por sangue ou derivados que estejam contaminados. Passa de pessoa para pessoa com mais facilidade que muitos agentes infecciosos, inclusive o HIV, vírus causador da aids.
Ocorre que há uma excelente vacina contra o vírus da hepatite B. É extremamente segura e eficaz, capaz de proteger quase 100% dos vacinados com as três doses recomendadas. A vacina é aplicada há muitos anos em crianças, como parte do calendário de vacinação brasileiro, com ótimos resultados.
Custa entender, portanto, por que demorou tanto para o Ministério da Saúde estender a vacina para os grupos citados no começo deste texto. A vacina já é produzida no Brasil a custo razoável, dispomos de boa rede de distribuição de vacinas e o país está investindo na prevenção de doenças sexualmente transmissíveis (especialmente o HIV). Acima de tudo, os bons resultados da vacina contra a hepatite B são inquestionáveis.
Sabemos, ainda, que grupos especiais, principalmente os portadores de outras doenças sexualmente transmissíveis, mantêm a transmissão do vírus da hepatite B em nosso meio. Há pouco tempo, era difícil vacinar tais pessoas pelo sistema de saúde. Muitos tinham de recorrer a clínicas privadas. Era um tiro no pé. A prevenção da hepatite B com uma vacina pode representar grande economia para o nosso sistema de saúde, já que um paciente que contrai o vírus pode tornar o atendimento caríssimo devido aos tratamentos de longo prazo e possíveis complicações.
Acho que devemos ir além. É difícil entender por que o Ministério da Saúde não torna a vacina acessível a toda a população que deseja se vacinar. É um investimento na saúde de todos nós.
quinta-feira, 28 de outubro de 2010
Gel poderia substituir pílula anticoncepcional.
Cientistas americanos afirmaram que um gel contraceptivo aplicado diretamente na pele poderia ser usado como uma alternativa à pílula anticoncepcional.
O produto, chamado Nestorone, está sendo desenvolvido pela indústria farmacêutica americana Antares Pharma e a pesquisa foi apresentada durante a conferência da Sociedade Americana de Medicina Reprodutiva, em Denver, nos Estados Unidos.
O produto pode ser aplicado como um creme no abdome, nas coxas, braços e ombros e é rapidamente absorvido pela pele sem deixar resíduo.
Testes clínicos preliminares mostraram que o creme é eficaz e tem boa tolerância, sem produzir os efeitos colaterais secundários associados à pílula como náusea, aumento de peso e acne.
O ingrediente mais importante é um novo tipo de progesterona sintética, muito parecida com o hormônio natural. O remédio também tem uma classe de estrogênio quimicamente idêntico ao produzido pelas mulheres.
Segundo os cientistas, o medicamento também pode ser usado por mulheres que estão amamentando, ao contrário da pílula, que pode interferir na produção do leite materno.
O produto, chamado Nestorone, está sendo desenvolvido pela indústria farmacêutica americana Antares Pharma e a pesquisa foi apresentada durante a conferência da Sociedade Americana de Medicina Reprodutiva, em Denver, nos Estados Unidos.
O produto pode ser aplicado como um creme no abdome, nas coxas, braços e ombros e é rapidamente absorvido pela pele sem deixar resíduo.
Testes clínicos preliminares mostraram que o creme é eficaz e tem boa tolerância, sem produzir os efeitos colaterais secundários associados à pílula como náusea, aumento de peso e acne.
O ingrediente mais importante é um novo tipo de progesterona sintética, muito parecida com o hormônio natural. O remédio também tem uma classe de estrogênio quimicamente idêntico ao produzido pelas mulheres.
Segundo os cientistas, o medicamento também pode ser usado por mulheres que estão amamentando, ao contrário da pílula, que pode interferir na produção do leite materno.
sexta-feira, 8 de outubro de 2010
Consumo leve de álcool na gravidez parece não prejudicar o bebê.
As mulheres que não dispensam uma cervejinha ou um cálice de vinho podem não ter que largar completamente as bebidas alcoólicas durante a gravidez, como é recomendado por grande parte dos médicos. Pelo menos é o que sugere um novo estudo da University College London, no Reino Unido, que aponta que as gestantes podem tomar uma taça de vinho (até 175 ml) ou uns dois copos de cerveja (até 475 ml) por semana sem prejudicar o desenvolvimento intelectual ou o comportamento do filho.
Avaliando, em longo prazo, a saúde e o comportamento de mais de 11 mil crianças nascidas no Reino Unido, além do consumo de álcool de suas mães na gravidez, os pesquisadores não observaram nenhum comprometimento do desenvolvimento comportamental e intelectual de filhos de mulheres com consumo leve de álcool durante a gestação. Por outro lado, crianças cujas mães bebiam em excesso na gravidez eram mais propensas a serem hiperativas ou apresentarem problemas emocionais ou de comportamento.
De acordo com os autores, muitos especialistas desaconselham o consumo de álcool na gravidez com base em estudos que mostram os terríveis efeitos do álcool em excesso para a gravidez e para a saúde do bebê. E o novo estudo ajuda a preencher uma lacuna nessa relação, apontando que o consumo leve pode ser permitido. “Estamos falando de uma ou duas doses por semana no máximo”, explicou a pesquisadora Yvonne Kelly, que coordenou o estudo. “Bebedoras leves incluem as mulheres que bebem muito ocasionalmente em uma celebração familiar, por exemplo”, completou.
Avaliando, em longo prazo, a saúde e o comportamento de mais de 11 mil crianças nascidas no Reino Unido, além do consumo de álcool de suas mães na gravidez, os pesquisadores não observaram nenhum comprometimento do desenvolvimento comportamental e intelectual de filhos de mulheres com consumo leve de álcool durante a gestação. Por outro lado, crianças cujas mães bebiam em excesso na gravidez eram mais propensas a serem hiperativas ou apresentarem problemas emocionais ou de comportamento.
De acordo com os autores, muitos especialistas desaconselham o consumo de álcool na gravidez com base em estudos que mostram os terríveis efeitos do álcool em excesso para a gravidez e para a saúde do bebê. E o novo estudo ajuda a preencher uma lacuna nessa relação, apontando que o consumo leve pode ser permitido. “Estamos falando de uma ou duas doses por semana no máximo”, explicou a pesquisadora Yvonne Kelly, que coordenou o estudo. “Bebedoras leves incluem as mulheres que bebem muito ocasionalmente em uma celebração familiar, por exemplo”, completou.
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