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sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Zumbidos (no ouvido, claro!)




O problema, nem sempre levado a sério e raramente tratado como doença, atinge 25% da população adulta em todo o mundo!

É um número muito alto!

A projeção é de uma pesquisa feita pelo Departamento de Otorrinolaringologia e da Enfermaria de Olhos e Ouvidos de Massachusetts sobre a prevalência e características do zumbido entre os adultos. Publicada pelo American Journal of Medicine, o levantamento aponta que 25% da população adulta mundial sofre com zumbido. Estudos anteriores apontavam 15%.

A estimativa é de que hajam 28 milhões de brasileiros com o problema!

Zumbido significa perceber um som que não está sendo gerado no meio ambiente naquele momento.

Ele pode ser definido como uma "ilusão auditiva", ou seja, uma sensação sonora não relacionada com uma fonte externa de estimulação.

Apesar de não ser uma doença grave, o problema atrapalha a rotina, concentração e interfere na qualidade de vida do paciente.

Eu atendo bastante gente com essa queixa e, cá entre nós, solução, mesmo, ainda não temos.

Se formos considerar a literatura científica diremos para nossos pacientes que não tem cura. Que ele não vai morrer disso, mas com isso... Bom, pelo menos tem sido assim por enquanto!

Mas há muitos casos que têm solução. Por exemplo, problemas com a arcada dentária podem ser resolvidos com uso de aparelhos ortodônticos.

Erros alimentares também podem ser corrigidos e sabemos que são uma das causas mais comuns!

Então, é sempre importante para o médico investigar a causa, que pode ser bastante variável.

Muitas vezes há solução! Muitas vezes!

Ah! O estresse contínuo também é causa de zumbido; portanto, é preciso cuidados para evitar estresse, sempre que possível.

Para quem gosta de ouvir música com fone de ouvido, cuidado: o excesso de volume é uma das causas mais comuns de zumbido! Pois é, iphone maníacos, take it easy!

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Café pode proteger mulheres da depressão.




Segundo estudo, as que consumiram duas a três xícaras por dia tiveram 15% a menos de chance de sofrer do problema.

Uma pesquisa indica que mulheres que bebem duas ou mais xícaras de café por dia são menos propensas a sofrer de depressão.

Ainda que as razões desse efeito não estejam claras, os autores acreditam que a cafeína pode alterar a química do cérebro. O estudo mostrou ainda que café descafeinado não teria o mesmo efeito.

Quando se fala em cafeína, impossível não vir à mente a imagem de uma bela e fumegante xícara de café. Mas na realidade, ela também está presente em outros produtos, como chás, refrigerantes, chocolate e em alguns analgésicos. Ou seja, estamos expostas a ela o tempo todo.

A cafeína comprovadamente ajuda a melhorar o rendimento dos atletas, porque mobiliza os depósitos de gordura e os usa como fonte de energia, em vez de usar o glicogênio muscular. Poupando o glicogênio, o corpo demora mais para atingir a fadiga. Já se demonstrou uma melhora no desempenho esportivo depois de se ingerir de 3mg a 6mg de cafeína por quilo de peso corporal.

Apesar de melhorar o desempenho em esportes, a cafeína não é considerada doping desde 2003.

Uma equipe de especialistas da Escola de Medicina de Harvard (EUA) acompanhou a saúde do grupo de mulheres pesquisado ao longo de uma década, entre 1996 até 2006, e fez uso de questionários para registrar o consumo de café por parte delas.

Entre as pesquisadas, apenas 2.600 deram sinais de depressão ao longo deste período. E, destas, a maior parte consumia pouco café ou não tomava a bebida.

Comparadas com as mulheres que bebiam apenas um copo de café por semana ou até menos, aquelas que consumiam duas a três xícaras por dia tinham 15% a menos de chance de sofrer depressão. Aquelas que bebiam quatro ou mais xícaras por dia tinham 20% de chance a menos de ter depressão.

A pesquisa mostrou ainda que consumidoras regulares de café estavam mais propensas a fumar, beber álcool e menos envolvidas com atividades da Igreja ou grupos voluntários ou comunitários. Elas também estavam menos propensas a ficar acima do peso e a sofrer pressão alta ou diabetes.

Os cientistas afirmam que a pesquisa contribui para outros estudos que indicam que consumidores de café têm índices de suicídios mais baixos. Os pesquisadores de Harvard acreditam que a cafeína seja o principal agente nesse processo, já que a substância é conhecida por sua capacidade de realçar sentimentos de bem estar e de energia.

Mas ainda é preciso realizar mais pesquisas para verificar se a substância é útil para prevenir a depressão, afirmaram os envolvidos na pesquisa.

Uma outra possibilidade, dizem os pesquisadores, é que pessoas com propensão à depressão optem por não tomar café porque a bebida possui muita cafeína. Um dos sintomas mais comuns da depressão é perturbação do sono e a cafeína pode exacerbar essa condição, por ser um estimulante. O excesso de cafeína também é capaz de realçar sensações de ansiedade.

Homeopatia: mais um medicamento em resumo de matéria médica!




Aurum metallicum


MENTE:
- Inconcreto.
- Desapontamento. Depressão e cansaço da vida.
- Introvertido. Sério.
- Sensível. Refinado. Facilmente ofendido.
- Não reparte emoções. Temperamento explosivo.
- Correto. Bem educado. Consciencioso.
- Responsável. Responsabilidade não usual<. - Metas elevadas. - Trabalha duro. Alcança alta posição na sociedade. - Transtornos por pena, por reveses nos negócios. - Sensibilidade a qualquer crítica. - Raiva, ressentimento. Deseja vingança. - Sentimento de abandono. - Ansiedade de consciência. Ilusão de ter negligenciado seus deveres, feito errado, tudo irá fracassar, ele é inadequado para o mundo. - Suplica, com pranto. Desespera-se pela sua salvação. - Temor de doença cardíaca, lugares altos, em multidão. - Impulsos suicidas. Suicida pela dor. - Deseja morrer. GENERALIDADES: - > Ao anoitecer. < do poente ao nascente. - > Luar.
- > Ar livre.
- > Aplicações frias.
- > Música (religiosa, clássica, música suave).
- Dores < noite. - Glândulas inchadas. Endurações. Malignidade. - Dores ósseas. COMIDAS E BEBIDAS: - Desejos: álcool, leite, pão, doces. - Aversão: carnes. CABEÇA: - Dor perfurante, no olho direito ou na raiz do nariz. - Sinusite. NARIZ: - Obstrução nasal crônica. - Carcinoma. BOCA: - Ácida, gosto amargo. GENITAL: - Inflamação e enduração dos testículos < lado direito. - Testículos retidos (1o rem RM). - Desejo sexual aumentado. Masturbação. TÓRAX: - Endocardite. - Cardiopatia reumática. SONO: - Gemidos durante o sono. lembrando: > é igual a "melhor"
< é igual a "pior"

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

DIU pode reduzir em cerca de 50% o risco de câncer de colo de útero.





A utilização de um dispositivo contraceptivo intra-uterino (DIU) pode proteger contra o risco de desenvolver câncer cervical, embora não proteja contra a infecção cervical pelo papilomavírus humano (HPV), de acordo com estudo realizado pelo Instituto Catalão de Oncologia, na Espanha, publicado pelo The Lancet Oncology.

Uma análise combinada de 26 estudos epidemiológicos mostrou que o uso de dispositivo intra-uterino (DIU) pode reduzir o risco de desenvolver câncer cervical em cerca de 50%, mas não protege contra a infecção pelo vírus HPV.

Foi realizada uma análise combinada de dados individuais a partir de dois grandes estudos da International Agency for Research on Cancer e do Institut Català d'Oncologia – Barcelona, na Espanha. Um estudo incluiu dados de dez estudos caso-controle de câncer cervical feito em oito países e os outros dados incluídos vieram de 16 estudos de prevalência de HPV em mulheres da população geral em 14 países. Um total de 2.205 mulheres com câncer de colo do útero e 2.214 mulheres no grupo controle que não tinham câncer cervical foram incluídas a partir dos estudos de caso-controle e 15.272 mulheres saudáveis a partir de pesquisa com o HPV. Informações sobre o uso do DIU foram obtidas por entrevista pessoal. O HPV foi testado pela técnica de PCR.

Após o ajuste para covariáveis relevantes, foi encontrada uma forte associação inversa entre o uso de DIU e o câncer cervical, em relação aos tipos mais comuns do tumor – redução de probabilidade de desenvolvimento de carcinoma de células escamosas em 44% e adenocarcinoma ou carcinoma adenoescamoso em 54%. O DIU não afetou o risco de infecção pelo HIV. O período de tempo que as mulheres usavam o DIU não alterou significativamente o risco, uma vez que o risco foi reduzido quase pela metade no primeiro ano de utilização e o efeito protetor permaneceu significativamente o mesmo após 10 anos de uso do dispositivo.

Os dados sugerem que o uso de DIU pode agir como um cofator de proteção na carcinogênese cervical. Os cientistas, liderados pelo pesquisador Xavier Castellsague, acreditam que no processo de inserção ou remoção deste dispositivo as células pré-cancerosas possam ser destruídas ou que haja uma inflamação responsável por provocar aumento da imunidade celular.

Estes podem ser alguns dos vários mecanismos que poderiam explicar os achados.


Fonte: The Lancet Oncology

terça-feira, 27 de setembro de 2011

Exames de imagens podem mostrar alterações no cérebro antes do surgimento de doenças.




Exame identificou alterações neurais profundas em militares um ano após sofrerem trauma; recurso é capaz de explicar desenvolvimento tardio de transtornos mentais.

Pesquisadores da faculdade de medicina da Universidade de Washington em Saint Louis descobriram que o tensor de difusão (DTI, sigla em inglês), uma variação avançada da ressonância magnética (MRI), pode detectar lesões cerebrais de forma mais eficiente que as técnicas de imageamento hoje utilizadas. O DTI identifica mudanças no padrão de movimento de moléculas de água nos tecidos cerebrais, indicando traumas. O recurso ajuda a explicar por que muitos soldados feridos na cabeça em conflitos armados apresentam sintomas de transtornos mentais e psíquicos apenas meses ou anos após sofrerem o impacto.

No estudo, conduzido entre 2008 e 2009 e publicado este ano na New England Journal of Medicine, o grupo acompanhou 63 soldados americanos com traumatismo cranioencefálico, vítimas de explosões em conflitos armados no Iraque e no Afeganistão, levados para um hospital em Landstuhl, na Alemanha. O diagnóstico é baseado em sintomas como confusão mental, perda de consciência e dores de cabeça. Os militares passaram por exames de MRI, tomografia e DTI 90 dias depois da internação e, novamente, 6 e 12 meses mais tarde. Enquanto as duas primeiras técnicas não detectaram nenhuma alteração no cérebro da maioria dos pacientes, o DTI identificou anormalidades na substância branca em duas ou mais regiões neurais de 18 voluntários. Outros 20 apresentaram mudanças em apenas uma área.

As alterações detectadas coincidiram com simulações em computador de prováveis efeitos dos impactos das explosões sobre o cérebro. Os pesquisadores pretendem continuar a acompanhar os soldados, mapeando possíveis mudanças. De acordo com os estujdos, 15% dos militares americanos que estiveram em frentes de batalha nos últimos anos tiveram danos cerebrais leves.

As anormalidades na substância branca mapeadas pela técnica de DTI um ano depois do ferimento sugerem que as lesões podem ser extensas e estar associadas a diferentes fatores, como alterações na estrutura do cérebro, desequilíbrio químico e traumas psicológicos.

domingo, 25 de setembro de 2011

Bocejar é uma boa para o cérebro!




Pesquisa reforça tese de que temperatura cerebral é regulada por bocejos!

Bocejar pode ser um mecanismo de resfriamento do cérebro, sugere um estudo realizado na universidade de Princeton, nos Estados Unidos.

A pesquisa reforça a tese de que a temperatura dos cérebros é regulada com a troca de calor com o meio ambiente por meio dos bocejos.

Os pesquisadores documentaram a frequência dos bocejos em 160 voluntários no Estado americano do Arizona durante um verão e um inverno.

Eles concluíram que as pessoas tendem a bocejar duas vezes mais no inverno, quando a temperatura externa é muito menor do que a dos seus corpos.

Isto porque o ar mais quente do verão, quando a temperatura é parecida com a dos corpos, não proporcionaria tanto alívio para cérebros superaquecidos.

A temperatura cerebral é influenciada pela quantidade de processamentos que o cérebro tem que fazer, a temperatura do sangue e a velocidade com que este sangue corre pelo órgão.

Cérebros superaquecidos também causam a sensação de tontura, o que explicaria porque bocejamos quando estamos com sono.

Quando sua temperatura é mais alta você tende a se sentir mais cansado. Pouco antes de dormir, a temperatura do seu corpo é a mais alta do dia.

O estudo é o primeiro que mostra que bocejos variam de acordo com a estação do ano.

As implicações são intrigantes, não só em termos de conhecimento básico de fisiologia, mas para entendermos melhor doenças como esclerose múltipla e epilepsia, que são geralmente acompanhadas por bocejos frequentes e disfunção termorregulatória.

Sera que é isso mesmo?

sábado, 24 de setembro de 2011

Bactérias intestinais podem estimular ansiedade e depressão.





Pesquisadores da Universidade de McMaster, do Canadá, demonstraram a influência de bactérias presentes na flora intestinal no funcionamento do cérebro e, decorrência disso, no comportamento humano.

Nós já sabíamos que hospedamos inúmeros microorganismos, tendo convívio pacífico com todos, até por conta de que eles têm funções importantes para a digestão, metabolismo e absorção de elementos no aparelho digestório.

Mas eles são capazes de fazer mais do que o que Sabíamos até então.

O estudo, publicado no jornal científico Gastroenterology, os cientistas avaliaram o efeito da destruição bacteriana intestinal de ratos adultos por meio da administração de antibióticos e observaram mudanças importantes no comportamento dos animais.

Houve o surgimento de ansiedade e dificuldade de atenção.

A mudança comportamental foi acompanhada de elevação de um fator chamado “neurotrófico” derivado do cérebro e que está associado à depressão e à ansiedade.

Com a interrupção do uso dos antibióticos havia o restabelecimento da flora intestinal e o comportamento era normalizado progressivamente.

Em outro momento da investigação os cientistas inocularam bactérias provenientes de um animal de temperamento enérgico no intestino de outro roedor de comportamento tímido.

Perceberam que o animal “mais tranqüilo” passava a se comportar de modo mais ativo.

Resta saber se não há alguma interferência dos antibióticos no primeiro grupo de animais de laboratório submetidos ao experimento.

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Homeopatia: mais um medicamento em resumo de matéria médica!




Argentum nitricum

MENTE:
- Impulsividade. Fraqueza mental e excitabilidade emocional. Sente-se preso, esforça-se para fugir, não conseguindo(RS).
- Extrovertido, expressa muito suas emoções.
- Compassividade.
- Imaginação viva.
- Não controla e não detém suas idéias. Os pensamentos tornam-se IMPULSOS reais.
- Mêdo: altura, multidão, atravessar pontes, de imaginar que está caindo, sangue etc.
- Vê os edifícios altos caindo sobre ele.
- Claustrofobia, precisa sentar próximo da porta.
- Ansiedade impetuosa sobre sua saúde.
- Nervosismo diante de audiência. Antecipação. Apressado.
- Desejo de companhia (expressar sentimentos).
- Memória fraca.
- Último estágio: idéias fixas, superstições.

GENERALIDADES:
- < CALOR. - > Aplicações frias, banho frio.
- Deseja ar livre.
- < Deitando do lado direito.
- < Doces.
- Fraqueza súbita. Dores como de espinhos, farpas.

COMIDAS E BEBIDAS:
- Desejos: DOCES, AÇÚCAR, SAL, queijos fortes, sorvete.
- Sede de bebidas frias.

CABEÇA:
- A dor começa gradualmente, pára subitamente.

OLHOS:
- Manchas vermelho-brilhantes na conjuntiva. Conjuntivite.

GARGANTA:
- Rouquidão súbita em cantores.

ESTÔMAGO/ABDOME:
- ERUCTAÇÕES ruidosas. Vomita muco na diarréia. DISTENSÃO.

RETO:
- Flatulência. Diarréia por antecipação.

URINÁRIO:
- Micção frequente por antecipação.

GENITAL:
- Desejo sexual aumentado. Impotência por súbita idéia fixa durante o ato sexual.

TÓRAX:
- Sensação que o coração bate violentamente quando se move.
- Palpitação < deitando do lado direito.

EXTREMIDADES:
- Ataxia. Paralisia. Frio nos antebraços durante menstruação.

DD Antecipação:
Gels : tremores e diarréia, frequente miccão.
Lyc : incapacidade de revelar seu sentimento.
Arg-n : excitabilidade e diarréia, micção frequente.

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Carbolitium




O que é ?
O carbolitium é o carbonato de lítio. O carbolim é um sal semelhante ao sal de cozinha. No início do uso dessa medicação quando descobriram o efeito antimaníaco mas ainda desconheciam o efeito tóxico da superdosagem, carbolim substituiu o sódio (sal de cozinha) no tempero dos alimentos para tratar os pacientes com transtorno afetivo bipolar (antigo PMD). Com o tempo viu-se que o carbolim era tóxico quando ingerido em grande quantidade, e essa prática foi abolida.

Para que serve ?
Até o momento o carbolim tem como principal finalidade o tratamento dos estados afetivos alterados (exaltaçăo e/ou depressăo) do transtorno bipolar. Muitos pacientes, porém com depressão unipolar (que não alternam depressão com exaltação) também se beneficiam do carbolim quando associado a um antidepressivo.

Como é usado ?
Para evitar sua toxicidade a dose do carbolim deve ser controlada com precisão. Os exames de laboratório ajudam, mas não são indispensáveis. O psiquiatra experiente poderá usar o carbolim com exames esporádicos ou no começo do tratamento. É conveniente que o carbolim seja distribuído ao longo do dia (manhã, tarde e noite) para diminuir os efeitos colaterais. Para se fazer o exame laboratorial o sangue do paciente deve ser tirado 12 horas depois da última vez que tomou o remédio, ou seja, se tomou às 8 horas da noite deve tirar o sangue às 8 horas da manhã do dia seguinte.

Principais efeitos colaterais
Enjôo e tremores são os efeitos mais comuns: podem ser controlados com outras medicações como o plasil e o propranolol. Nenhuma medicação se equivale ao carbolim, muito poucos pacientes se beneficiam de outro antimaníaco tanto quanto se beneficiam com o carbolim. Por isso é importante o bom controle dos efeitos colaterais para que o paciente não se recuse a tomar essa medicação tão importante. Outros efeitos que costumam incomodar os pacientes são: diarréia, vômitos, fraqueza muscular, cãibras, alteração do ritmo cardíaco, aumento da glândula tireóide depois de vários meses de uso.

Consideraçőes importantes
Várias medicações não devem ser tomadas junto ao carbolim, como determinados tipos de anti-inflamatórios. Os diuréticos costumam aumentar a concentração do carbolim no sangue dos pacientes. Este efeito tanto pode ser usado para reduzir a dose junto aos pacientes que não toleram os incômodos causados pelo carbolim, como pode provocar intoxicação caso não se faça corretamente esse ajuste. Todas as medicações irritantes do estômago potencializarão os efeitos de náuseas e vômitos causados pelo carbolim, como as bebidas alcoólicas. Embora não se tenha provado que o carbolim seja nocivo durante o primeiro trimestre de gestação, é preferível evitá-lo. Existem pesquisas que afirmam que o carbolim causa má formação fetal e existem estudos que afirmam que o carbolim não causa má formação fetal.

Linfoma não-Hodgkin




O linfoma não-Hodgkin é um câncer do tecido linfoide, que inclui os linfonodos (gânglios), o baço e outros órgãos do sistema imunológico.

Outros nomes: Linfoma - não Hodgkin; linfoma linfocítico; Linfoma histiocítico; Linfoma linfoblástico; Câncer – linfoma não-Hodgkin.

Os glóbulos brancos chamados linfócitos são encontrados nos tecidos linfáticos. A maioria dos linfomas começa em um tipo de glóbulo branco chamado de linfócito B, ou célula B.

O sistema imunológico protege o corpo contra substâncias potencialmente perigosas. A resposta inflamatória (inflamação) é parte da imunidade inata. Ocorre quando os tecidos são lesados por bactérias, trauma, toxinas, calor ou qualquer outra causa.

Para a maioria dos pacientes, a causa desse câncer é desconhecida. Entretanto, os linfomas podem se desenvolver em pessoas com o sistema imunológico debilitado. Por exemplo, o risco de linfoma aumenta depois de um transplante de órgão ou em pessoas infectadas pelo HIV.

Existem muitos tipos diferentes de linfomas não-Hodgkin. Eles são classificados de acordo com a velocidade de propagação do câncer.

º O câncer pode ser de um grau baixo (crescimento lento), grau médio ou grau alto (crescimento rápido). O linfoma de Burkitt é um exemplo de linfoma de alto grau.

º O câncer é ainda subclassificado de acordo com a aparência das células no microscópio, por exemplo, se estão presentes certas proteínas ou marcadores genéticos.

De acordo com a American Cancer Society, há uma probabilidade de 1 em 50 de que uma pessoa desenvolva linfoma não-Hodgkin. Na maioria das vezes, este câncer afeta adultos. Porém, as crianças podem ter algumas formas de linfoma. Os grupos de risco são aqueles que receberam um transplante de órgão ou que têm o sistema imunológico debilitado.

Este tipo de câncer é ligeiramente mais comum em homens do que em mulheres.

Sintomas
O linfoma não-Hodgkin pode causar uma série de sintomas. Os sintomas dependem da área do corpo afetada pelo câncer e por sua velocidade de crescimento.

Os sintomas podem incluir:

Suores noturnos (ensopando os lençóis e pijamas mesmo que a temperatura ambiente não seja muito alta)
Febre e calafrios que vêm e vão
Coceira grave que não pode ser explicada
Linfonodos inchados no pescoço, axilas, virilha ou outras áreas
Perda de peso não intencional e perda de apetite
Pode haver tosse e falta de ar se o câncer afetar o timo ou os linfonodos do peito, o que pode pressionar a traqueia ou outras vias aéreas.

Alguns pacientes podem ter dor abdominal ou inchaço, que pode levar a perda do apetite, constipação, náusea e vômito.

Se o câncer afetar as células do cérebro, a pessoa pode ter dor de cabeça, problemas de concentração, alterações na personalidade e convulsões.

Exames e testes
O médico realizará um exame físico e verificará áreas do corpo com linfonodos para ver se estão inchadas. Os exames para diagnosticar e determinar o estágio do linfoma não-Hodgkin incluem:

Exame de perfil metabólico, incluindo níveis de proteína, exame de função hepática, exame de função renal e nível de ácido úrico
Aspiração e biópsia da medula óssea
Hemograma completo para detectar anemia e baixa contagem de leucócitos
Tomografias computadorizadas do tórax, abdome e pélvis
Varredura com gálio
Biópsia de linfonodos
Tomografia por emissão de pósitrons
Radiografia

Tratamento
O tratamento principal depende de:

Tipo de linfoma
Estágio do câncer quando é feito o diagnóstico
Idade e saúde geral
Sintomas, incluindo perda de peso, febre e suores noturnos
A radioterapia pode ser usada para a doença limitada a uma região do corpo.

A quimioterapia é normalmente usada como a principal forma de tratamento. Na maioria das vezes, são usadas diferentes drogas combinadas.

Outra droga, chamada rituximab, é usada com frequência para tratar o linfoma não-Hodgkin de células B.

A radioimunoterapia pode ser usada em alguns casos. Isso envolve ligar uma substância radioativa a um anticorpo que ataca as células cancerosas e injetar a substância no corpo.

As pessoas com um linfoma que reincide depois do tratamento ou que não responde ao tratamento podem receber quimioterapia de alta dosagem seguida de um transplante autólogo de medula óssea (usando células-tronco do próprio paciente).

Os tratamentos adicionais dependem dos demais sintomas. Eles podem incluir:

Transfusão de derivados do sangue, como plaquetas ou hemácias, para combater a baixa contagem de plaquetas e a anemia
Antibióticos para combater a infecção, principalmente se houver febre
Evolução (prognóstico)
O linfoma não-Hodgkin de baixo grau geralmente não pode ser curado somente com a quimioterapia. Porém, a forma de baixo grau deste câncer progride lentamente, e pode levar muitos anos até que a doença piore ou inclusive para que ela precise de qualquer tratamento.

A quimioterapia frequentemente é capaz de curar muitos tipos de linfoma de alto grau. Entretanto, se o câncer não responder às drogas quimioterápicas, a doença pode levar rapidamente à morte.

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Os sintomas da doença de Alzheimer.




Os sintomas da Doença de Alzheimer aparecem lentamente. O período médio entre o primeiro e o último estágio é cerca de 8 anos. Este período pode, entretanto, variar muito de uma pessoa para outra. No estágio inicial a pessoa com Doença de Alzheimer parece um pouco confusa e esquecida. Ela pode não encontrar palavras para se comunicar direito, pode deixar pensamentos inacabados, pode esquecer com freqüência fatos e conversas recentes.
Curiosamente, entretanto, ao mesmo tempo em que está prejudicada a memória para fatos recentes, como por exemplo o que teve no jantar de ontem, pode haver lembranças claras de um passado mais distante. O paciente freqüentemente se lembra e repete histórias de sua infância com riqueza de detalhes impressionante.

Fica prejudicada também a capacidade de lidar com as coisas (pragmatismo) e ajuda para executar tarefas rotineiras, anteriormente realizadas com facilidade, começa a ser preciso. Com a evolução do quadro demencial a pessoa pode não mais reconhecer pessoas, locais familiares e mesmo esquecer como realizar tarefas simples, como por exemplo, se vestir, tomar remédios, tomar banho, etc.

Essa progressão da doença leva a um estágio mais avançado, quando então a pessoa perde completamente a memória, a capacidade de julgamento e de raciocínio. Daí em diante será necessário ajudá-la em todos os aspectos do cotidiano.

Com o propósito de aprimorar o diagnóstico para Demência e, entre elas, a demência da Doença de Alzheimer, as últimas recomendações do Departamento de Neurologia Cognitiva e do Envelhecimento da Academia Brasileira de Neurologia, baseado em Grupo de Trabalho do National Institute of Aging (NIA) e Alzheimer's Association (AA) são as seguintes:

CRITÉRIOS PARA DIAGNÓSTICO DE DEMÊNCIA DE QUALQUER ETIOLOGIA

1. A demência é diagnosticada quando há sintomas cognitivos ou comportamentais que:
1.1 - Interferem na habilidade com o trabalho ou atividades usuais;
1.2 - Representam declínio em relação a níveis prévios de desempenho;
1.3 - Não são explicados por delirium ou outra doença psiquiátrica.

2. O comprometimento cognitivo é detectado e diagnosticado mediante combinação de:
2.1 - Anamnese e informante com conhecimento da história;
2.2 - Avaliação cognitiva objetiva, mediante exame breve do estado mental ou avaliação neuropsicológica. Esta deve ser realizada quando a anamnese e o exame cognitivo breve realizado pelo médico não foram suficientes para permitir um diagnóstico confiável.

3. O comprometimento cognitivo ou comportamental afeta no mínimo dois dos seguintes domínios:
3.1 - Memória, caracterizado por comprometimento da capacidade para adquirir ou evocar informações recentes, com sintomas que incluem: repetição das mesmas perguntas ou assuntos, esquecimento de eventos, compromissos ou de lugar onde guardou objetos;
3.2 - Funções executivas, caracterizado por comprometimento do raciocínio, da realização de tarefas complexas e do julgamento, com sintomas tais como: compreensão pobre de situações de risco, redução da capacidade para cuidar das finanças, de tomar decisões e de planejar atividades complexas e seqüenciais;
3.3 - Habilidades visuais-espaciais, com sintomas que incluem: incapacidade de reconhecer faces ou objetos comuns, encontrar objetos no campo visual, dificuldade para manusear utensílios, para vestir-se, não explicados por deficiência visual ou motora;
3.4 - Linguagem (expressão, compreensão, leitura e escrita), com sintomas que incluem: dificuldade para encontrar e/ou compreender palavras, erros ao falar ou escrever, com trocas de palavras ou fonemas, não explicado por déficits sensoriais ou motores;
3.5 - Personalidade ou comportamento,l com sintomas que incluem alterações do humor (labilidade, flutuações incaracterísticas), agitação, apatia, desinteresse, isolamento social, perda de empatia, desinibição, comportamentos obsessivos, compulsivos ou socialmente inaceitáveis.

CRITÉRIOS DE DIAGNÓSTICO PARA DEMÊNCIA DA DOENÇA DE ALZHEIMER

1. - Demência da doença de Alzheimer provável.
Preenche critérios para demência (acima) e tem adicionalmente as seguintes características:
1.1 - Início insidioso (meses ou anos);
1.2 - História clara de piora cognitiva;
1.3 - Déficits cognitivos iniciais e mais proeminentes em uma das seguintes categorias:
- apresentação amnéstica (deve haver outro domínio afetado);
- apresentação não-amnéstica (deve haver outro domínio afetado);
* Linguagem (lembrança de palavras).
* Visual-espacial (cognição espacial, agnosia para objetos ou faces, simultaneognosias e alexias).
* Funções executivas (alterações do raciocínio, julgamento e solução de problemas).

1.4 - Tomografia ou, preferentemente, ressonância magnética do crânio para excluir outras possibilidades diagnósticas ou co-morbidades, principalmente a doença vascular cerebral.
1.5 - O diagnóstico da demência na doença de Alzheimer provável não deve ser aplicando quando houver:
- Evidência de doença cérebro-vascular importante com história de AVC relacionada ao início ou piora do comprometimento cognitivo; ou presença de infartos múltiplos ou extensos; ou lesões acentuadas na substância branca visíveis na neuroimagem.
- Características centrais de demência com corpos de Lewy (alucinações visuais, parkinsonismo e flutuação cognitiva).
- Características proeminentes da variante comportamental da demência frontotemporal (hiperoralidade, hipersexualidade, perseveração).
- Características proeminentes de afasia progressiva primária manifestando-se como variante semântica (discurso fluente, anomia e dificuldade de memória semântica) ou variante não-fluente, com agramatismo.
- Evidência de outra doença concomitante e ativa, neurológica ou não uso de medicação com efeito na cognição.

O início do quadro demencial pode ser suspeitado pelas alterações do comportamento e do humor, quando a memória ainda não mostrou sinais de deterioração. A maioria dos pacientes com Doença de Alzheimer, em torno de 80%, já havia apresentado outros problemas psiquiátricos anteriormente. Acredita-se que pessoas com história antiga de depressão recorrente têm até cinco vezes mais probabilidade de desenvolver a Doença de Alzheimer.
Entre o estado normal e o desenvolvimento da Doença de Alzheimer os pacientes costumam apresentar um comprometimento cognitivo leve ou um comprometimento comportamental leve (Taragano, 2008).

Outro ponto a ser valorizado é que a Doença de Alzheimer irá acentuar outros traços de personalidade previamente existentes. A pessoa que manifestou tendência depressiva durante sua vida pregressa, por exemplo, com a Doença de Alzheimer terá mais chances de ter depressão. Caso a pessoa tenha tido traços de ansiedade, inquietação, de autoridade, com a Doença de Alzheimer poderá mostrar um comportamento agressivo e irritadiço.

Por tudo isso, pode-se dizer que alterações comportamentais acontecem na Doença de Alzheimer com certa freqüência e a personalidade do paciente pode sofrer mudanças. As mudanças mais comumente observadas são a melancolia, a regressão, apatia, irritabilidade, desconfiança e impaciência.

De 30 a 50% dos pacientes com essa doença apresenta algum tipo de delírio. O delírio é uma crença de natureza absurda e solidamente irremovível. De 10 a 25% deles têm alucinações e a maioria, de 40 a 60% pode ter sintomas depressivos.

Outra alteração possível, principalmente no início do quadro demencial, é a chamada confabulação. São estórias criadas pelo paciente quando perguntado, com o propósito de preencher o vazio criado por não lembrar a resposta, como por exemplo, - onde mora?, - quantos filhos tem? – que dia é hoje? A confabulação é deferente do delírio porque o paciente não tem a certeza do que diz e quando confrontado aceita outra versão ou dá respostas diferentes à mesma pergunta.

Entretanto, é difícil caracterizar esse delírio porque, na maioria das vezes, existe uma desorientação tão grande em relação ao local, à data e às pessoas que podemos pensar tratar-se de delírio (mas não é, é desorientação).

A alteração cognitiva progressiva faz com que o paciente com Doença de Alzheimer confunda facilmente a realidade e, para ele, não é clara a diferença entre o presente e o passado, assim como não é clara a diferença entre esse ou aquele filho ou parente.

A confusão que o paciente demenciado faz entre familiares pode causar frustração nas pessoas envolvidas, acostumadas que estão a serem bem identificadas. Cada situação constrangedora merece ser tratada diferentemente, depois de avaliado se é importante que o paciente saiba realmente quem é essa pessoa ou não. Algumas vezes as coisas podem ser deixadas como estão, outras vezes devem ser lembrada a identidade da pessoa confundida.

Basta de Alzheimer!

terça-feira, 20 de setembro de 2011

O diagnóstico da doença de Alzheimer...




No início o paciente com Doença de Alzheimer apresenta apenas uma leve perda de memória, um certo incômodo no pensamento em geral, na agilidade mental. Parece-lhe difícil resolver alguma operação matemática simples, conduzir raciocínios simples, lembranças de trivialidades cotidianas. Depois podem surgir momentos esporádicos de desorientação, dificuldade crescentes para tomar decisões, dificuldades progressivas do pragmatismo e mesmo para manter uma conversa. Daí para frente os sintomas se agravam cada vez mais.

O diagnóstico da Doença de Alzheimer não comporta apenas um prejuízo da memória, mas, sobretudo, também de um prejuízo na linguagem, na capacidade cognitiva, laborativa, pragmática e social. Aliás, a demência reflete um prejuízo global da atividade mental. O que torna difícil o diagnóstico baseado no quadro clínico é que tais sintomas não são exclusivos da Doença de Alzheimer. Eles podem estar presentes também em outros quadros de demência, como por exemplo na demência da Doença de Parkinson ou, notadamente, naqueles quadros de origem circulatória, representados pela arteriosclerose cerebral e mesmo nas seqüelas de acidentes vasculares cerebrais (AVC), nos hematomas subdurais e nas hidrocefalias de pressão normal.

Diante dos sintomas de demência, depois de eliminadas as possibilidades de outras doenças capazes de causar o mesmo quadro, como por exemplo os problemas da tireóide, acidentes vasculares cerebrais e depressão, pode-se suspeitar da Doença de Alzheimer. Atualmente, entretanto, a certeza do diagnóstico da Doença de Alzheimer em 85 a 90% dos casos só se confirma por necropsia pós-morte. A característica anatomopatológica de Alzheimer no material da necropsia é a presença de cicatrizes neurofibrilares dentro de neurônios, bem como placas neuríticas de proteína amilóide no espaço extracelular.

Além da avaliação médica do quadro clínico, dos testes de memória e do exame anatomopatológico para o diagnóstico da Doença de Alzheimer, restariam ainda provas genéticas e neuroimagem cerebral. As provas genéticas estudam a possibilidade de avaliação do gene Apo-E defeituoso, mas esses testes ainda não estão totalmente disponíveis e nem solidamente estabelecidas. Para o diagnóstico pode exigir-se também exames de imagens do cérebro, como a tomografia, PET, SPECT e ressonância magnética.

As neuroimagens da Doença de Alzheimer obtidas pelo SPECT e pelo PET mostram algumas alterações típicas da doença e já estão relativamente bem estabelecidas. Entre essas alterações cita-se a acentuada redução do lobo temporal médio e do hipocampo, as quais podem ser bem avaliadas por meio da Ressonância Magnética Nuclear.

Também se observa na neuroimagem funcional um padrão de baixo funcionamento (hipometabolismo) na região têmporo-parietal característico para a Doença de Alzheimer. Portanto, atualmente o PET ou SPECT, que são os exames de neuroimagem funcional, os mais confiáveis para embasar a suspeita clínica da doença.

À Tomografia Computadorizada as características de imagem dessa doença consistem em um aumento do volume dos ventrículos laterais, um terceiro ventrículo com tamanho de até 2 vezes o tamanho normal, associado ao alargamento dos sulcos corticais. Entretanto, essas alterações não são exclusivas da Doença de Alzheimer, podendo ser encontradas em outros estados demenciais ou mesmo no envelhecimento normal sem demência.

Ainda em relação às neuroimagens, há inúmeras descrições de alargamento significativo da fissura hipocampal nos pacientes com Doença de Alzheimer, correlacionando esses achados aos aspectos de perda da massa neuronal nas regiões têmporo-hipocampais, que são as principais estruturas responsáveis para os processos de memória.

Os trabalhos de George et al., em 1990, conseguiram distinguir corretamente 80% dos pacientes com Doença de Alzheimer baseando-se na atrofia da região hipocampal e identificaram mais de 95% de pessoas normais onde a ausência dessa atrofia têmporo-hipocampal praticamente afastou o diagnóstico de Doença de Alzheimer.

...continua...

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Alzheimer II (continuação)




Na Doença de Alzheimer as alterações mais visíveis são da memória e da linguagem, enquanto na demência da Doença de Parkinson a execução prática e a atenção são as atividades mais comprometidas.

Apesar dos atuais requintes na investigação neurológica, ainda existe um fato intrigante; a falta de correlação entre o que se vê do cérebro velho nas imagens de tomografia, ressonância magnética e autópsias e o que se constata na função cerebral. Alguns idosos permanecem com a função cerebral e cognitiva normais durante a vida, mesmo tendo imagens de importantes alterações cerebrais, notadamente de lesões sabidamente relacionadas à Doença de Alzheimer. Essas constatações servirão, sem dúvida, para ajudar esclarecer os tão pesquisados mecanismos de neuroproteção.

Trabalho publicado na revista Neurology avaliou autópsias de 36 pessoas que mostravam placas de lesão neurológica próprias da Doença de Alzheimer. Entre essas pessoas 12 delas tinham a função mental absolutamente normal até o momento da morte, apesar das placas de lesão, e 24 tinham diagnóstico de Doença de Alzheimer. Entretanto, observou-se que o volume cerebral, em particular da região chamada hipocampo, era maior nas pessoas com função mental normal (Erten, 2009).

Isso sugere que as lesões cerebrais detectadas nos exames de tomografia e ressonância magnética não devem significar, obrigatoriamente, o comprometimento da função. Não obstante, algumas lesões já podem ser usadas para diferenciar o chamado comprometimento cognitivo leve do prejuízo cognitivo da Doença de Alzheimer, como é o caso da atrofia do lobo temporal medial.

A Doença de Alzheimer é uma doença do cérebro que afeta primeiro a memória, o raciocínio e a comunicação das pessoas. Ela é a causa mais comum de demência, o termo neuropsíquico para prejuízo geral e progressivo da função mental. Antigamente a demência era conhecida como "senilidade" e comodamente considerada um sinal normal e inexorável do envelhecimento. Hoje sabemos que a Doença de Alzheimer e outras formas de demência não fazem, de maneira nenhuma, parte de um envelhecimento normal (chamada senescência). Os velhos não são inexoravelmente caducos.

Causa
Cerca de um terço dos casos de Doença de Alzheimer apresenta antecedentes familiares da doença e comporta-se de acordo com um padrão de herança monogênica autossômica dominante. Em geral estes casos com antecedentes familiares surgem mais precocemente e famílias extensas com essa doença têm sido estudadas (Smith, 1999).
Assim sendo, a Doença de Alzheimer é considerada uma síndrome progeróide genética, uma vez que está associada ao envelhecimento e, simultaneamente, apresenta um evidente componente genético (Smith, 1996).

Pesquisas genéticas mais recentes parecem deixar claro que, se a pessoa possui alguns genes defeituosos, poderá produzir a proteína amilóide, responsável pelo depósito anômalo cerebral relacionado à doença. O gene responsável pela produção dessa proteína (PPA) foi localizado no braço longo do cromossomo de número 21 (Goate, 1992). Dessa forma, com a pesquisa genética vislumbra-se a possibilidade de se saber a probabilidade da pessoa desenvolver a Doença de Alzheimer desde os 20 anos de idade.

Embora não seja detectada uma causa solidamente atrelada à doença, como conseqüência ela apresenta alterações específicas no cérebro, especialmente pelo depósito de estruturas chamadas placas amilóides e emaranhados neurofibrilares. A presença destas estruturas leva progressivamente à morte dos neurônios. Existem várias pesquisas em andamento para melhor compreensão desse fenômeno.

...continua...

domingo, 18 de setembro de 2011

Alzheimer




Em 1906, ao fazer uma autópsia, o médico alemão Alois Alzheimer (1864-1915) descobriu lesões no cérebro do morto que ninguém havia relatado antes. Ao microscópio, viu tratar-se de um problema dentro dos neurônios, os quais pareciam atrofiados e cheios de placas estranhas e fibras retorcidas, enroscadas umas nas outras. Desde então, esse tipo de degeneração nos neurônios ficou conhecido como placas senis, até hoje consideradas característica fundamental da Doença de Alzheimer.

Estima-se, hoje em dia, que uma em cada 10 pessoas maiores de 80 anos será portadora da Doença de Alzheimer a cada ano que passa. A mesma probabilidade vale para 1 a cada 100 pessoas maiores de 70 e 1 a cada 1000 pessoas maiores de 60 anos. Esta é a avaliação de 1999, feita pela Federação Espanhola de Associações de Familiares de Enfermos de Alzheimer (AFAF). Assim sendo, a Doença de Alzheimer acomete de 8 a 15% da população com mais de 65 anos (Ritchie & Kildea, 1995).

A Doença de Alzheimer é uma das formas de demência neurodegenerativas, mas não se pode generalizar todas as demências como sendo Doença de Alzheimer. A Doença de Alzheimer, a demência vascular, a demência com corpos de Lewy e a demência frontotemporal são as quatro causas mais freqüentes de demência. Atualmente fala-se muito em demência mista, devido constatação de mais de um fator associado em um mesmo quadro demencial.

Existem atualmente em todo o mundo entre 17 e 25 milhões de pessoas com a Doença de Alzheimer, o que representa 70% do conjunto das doenças que afetam a população geriátrica. A Doença de Alzheimer é a terceira causa de morte nos países desenvolvidos, perdendo apenas para as doenças cardiovasculares e para o câncer. Os pacientes de Alzheimer já são quatro milhões nos Estados Unidos e no Brasil, embora falte dados precisos, estima-se que meio milhão de idosos são acometidos, no mínimo. Apesar de tratar-se de uma doença predominantemente senil, essa questão deve preocupar o público de qualquer idade, pois, em um futuro próximo esses números passarão a fazer parte das perspectivas de vida daqueles que hoje ainda são jovens.

Apesar da Doença de Alzheimer continuar sendo uma síndrome de causa desconhecida e incurável até o momento, nos últimos anos as perspectivas da ciência gozam de certo otimismo realista, considerando as possibilidades da medicina estar conseguindo retardar os sintomas da doença. Vislumbram-se possibilidades para, muito brevemente, realizarem-se ensaios clínicos dirigidos a evitar que se produzam as primeiras lesões cerebrais da doença, as quais têm início em torno dos 40 anos.

Na Doença de Alzheimer as alterações mais visíveis são da memória e da linguagem, enquanto na demência da Doença de Parkinson a execução prática e a atenção são as atividades mais comprometidas.

Apesar dos atuais requintes na investigação neurológica, ainda existe um fato intrigante; a falta de correlação entre o que se vê do cérebro velho nas imagens de tomografia, ressonância magnética e autópsias e o que se constata na função cerebral. Alguns idosos permanecem com a função cerebral e cognitiva normais durante a vida, mesmo tendo imagens de importantes alterações cerebrais, notadamente de lesões sabidamente relacionadas à Doença de Alzheimer. Essas constatações servirão, sem dúvida, para ajudar esclarecer os tão pesquisados mecanismos de neuroproteção.

...continua...

Musculação em idosos para tratamento e prevenção de doenças.




Pacientes com osteoporose e artrose, antes orientados pelos médicos a praticar exercícios leves, agora são estimulados a malhar na academia.

Exercícios físicos se tornaram tão importantes quanto os remédios no tratamento de doenças como osteoporose, osteoartrose e artrite reumatoide.

Estima-se que a frequência de pessoas com mais de 60 anos nas academias de ginástica tenha aumentado cerca de seis vezes nos últimos dez anos.

Muitos estabelecimentos têm feito parcerias com consultórios médicos e oferecido descontos e atividades específicas para os idosos por eles encaminhados.

Surgiram até academias especializadas nesse público, com equipe médica própria e instalações adaptadas a quem tem mobilidade reduzida.

O aumento da procura por estas academias teve início após a comprovação, no início da década passada, de que exercícios com sobrecarga são capazes de impedir o avanço da osteoporose.

Estudos recentes têm demonstrado os benefícios da musculação para outro problema que atinge quase 60% das pessoas com mais de 60 anos: a osteoartrose. Caracterizada pelo desgaste das articulações, a doença causa dor e restringe os movimentos.

Até pouco tempo atrás, pacientes com artrose recebiam a recomendação de praticar apenas atividades leves e evitar carregar peso ou subir escadas.

Mas hoje já se sabe que o fortalecimento da musculatura reduz a sobrecarga na articulação, diminui a dor e recupera a amplitude dos movimentos.

Outro conceito que vem sendo implantado por pesquisas é o de que idosos respondem tão bem aos exercícios quanto pessoas jovens.

O segredo da atividade física em pacientes com problemas de saúde é saber o que fazer, como fazer, com qual carga e intensidade e para isso é necessário um preparador físico que saiba o que está fazendo.

Frutas e a prevenção de AVC




Comer grandes quantidades de frutas e verduras cruas todos os dias pode diminuir o risco de sofrer um derrame.

Por outro lado, os pesquisadores não encontraram nenhuma evidência para sugerir que o mesmo efeito protetor ocorra quando se come frutas e legumes cozidos.

Linda Oude Griep e seus colegas da Universidade de Wageningen, na Holanda, realizaram uma pesquisa com 20.069 homens e mulheres com idades entre 20 e 65 anos.

Nenhum dos participantes tinha sofrido uma doença cardiovascular no início do período de pesquisa.

Peras e maçãs

Os hábitos alimentares habituais dos participantes foram coletados usando um questionário com informações sobre 178 tipos de alimentos.

Das frutas e legumes mais consumidos, mais da metade eram peras e maçãs.

Os participantes foram então monitorados durante dez anos.

No decorrer da pesquisa, 233 dos participantes sofreram derrame.

O risco de um acidente vascular cerebral foi 36% mais baixo para as pessoas que consumiam grandes quantidades de frutas e vegetais não transformados (mais de 262 gramas por dia) do que para as pessoas que comiam pouco destes produtos (menos de 92 gramas por dia) - uma maçã, por exemplo, pesa 120 gramas.

Mecanismo desconhecido

Não foi encontrada relação entre os derrames e a ingestão de frutas e vegetais processados ou cozidos.

Que comia grandes quantidades deste tipo de alimentos processado (233 gramas) não sofreu menos derrames que aqueles que comiam pouco vegetais processados (menos de 113 gramas por dia).

Como o estudo foi estatístico, os cientistas não sabem explicar o mecanismo que as frutas e verduras cruas exercem sobre o organismo para proteger contra o derrame - eles apenas verificaram que isso ocorre de fato.

sábado, 17 de setembro de 2011

Dermatologia




Verdades e Mitos em dermatologia:

Os cremes auto-bronzeadores fazem mal à pele?
Mito. A não ser que a pessoa tenha alergia ao produto que está utilizando, os cremes bronzeadores não fazem mal à pele, pois apenas pigmentam a última camada da epiderme, conferindo coloração semelhante ao bronzeado. Saiba mais...

Câmaras de bronzeamento fazem mal à pele?
Verdade. A exposição aos raios ultra violeta provenientes do sol ou das câmaras de bronzeamento são danosos à pele, desencadeando o fotoenvelhecimento e predispondo-a ao câncer de pele.

Acima do FPS 15 todos os filtros solares são iguais?
Mito. Com um protetor solar FPS 15, a pele leva um tempo 15 vezes maior para se queimar do que sem proteção nenhuma. Com FPS 30, este tempo é 30 vezes maior, e assim por diante.

Mesmo filtros solares de FPS alto devem ser reaplicados a cada 2 horas?
Verdade. Se a pessoa vai ficar exposta ao sol após um intervalo de tempo superior a 2 horas desde a última aplicação do filtro solar, deve reaplicá-lo para obter uma proteção eficaz e atingir o FPS do protetor.

A luz da tela de computadores e a "luz fria" de escritórios causam fotoenvelhecimento?
Mito. A quantidade de radiação ultra-violeta emitida pela tela dos computadores e pela luz fria é muito pequena e insuficiente para causar danos à pele.

Desodorante anti-transpirante provoca câncer de mama?
Mito. Não existe nenhuma relação entre o uso do desodorante anti-transpirante e o surgimento de câncer de mama. Este tipo de desodorante pode provocar um quadro obstrutivo das glândulas sudoríparas das axilas, formando nódulos inflamados e dolorosos na região. Saiba mais sobre a hidradenite.

Pele oleosa envelhece menos?
Verdade. A pele oleosa é mais resistente à ação dos raios ultra-violeta do sol e sofre menos os seus efeitos danosos, principais responsáveis pelo envelhecimento cutâneo.

Usar hidratantes após o sol evita o envelhecimento da pele?
Mito. A hidratação não vai evitar o envelhecimento da pele, combaterá apenas o seu ressecamento. Outras medidas devem ser tomadas para se evitar o envelhecimento cutâneo.

Proteger a pele do sol no dia a dia pode retardar o surgimento das rugas?
Verdade. A principal causa do envelhecimento da pele é a sua exposição aos raios ultra-violeta do sol (fotoenvelhecimento) e o uso frequente de proteção solar retarda o envelhecimento cutâneo.

O Botox (toxina botulínica) deixa a pessoa sem expressão?
Mito. Quando o procedimento é realizado sem exagero, tratando apenas os grupamentos musculares que produzem mais rugas, a expressão da pessoa não é afetada. Vale a pena lembrar que nem todas as pessoas formam "pés de galinha" ao sorrir, portanto, porque o uso do Botox tiraria a expressão? Saiba mais sobre o Botox.

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Dor à relação sexual ou dispareunia





Chama-se dispareunia a sensação de dor nos órgãos genitais durante ou logo após as relações sexuais. Embora seja muito mais comum em mulheres, a dispareunia também pode afetar os homens.

A dor pode ter diversos graus, indo de um leve desconforto até uma dor intensa.

Causas de dor na relação sexual (dispareunia):

Causas orgânicas

Várias causas orgânicas podem gerar dispareunia. Aquelas dores que ocorrem imediatamente após a penetração ou ao simples contato com a vulva1, podem ser causadas, por exemplo, por:

º Infecções.
º Raspagem ou ferimento da vulva1 ou da vagina.
º Hímen que não rompeu completamente após as primeiras relações sexuais.
º Afecções dermatológicas.
º Lubrificação inadequada.

As dores que ocorrem após as relações sexuais acontecem ou por contrações uterinas intensas que se seguem ao orgasmo ou por uma infecção vaginal por fungos que provoca dor e ardência vaginal e/ou peniana.

A dispareunia pode ter tantas causas que é difícil compendiar todas: relações praticadas com certa violência, prolapso uterino, “queda da bexiga”, aderências do útero ou do ovário. Tumores uterinos, endometriose, etc.

Causas psicológicas

A dor nas relações sexuais pode ocorrer em função de conflitos ou bloqueios psicológicos ou educação sexual inadequada. Outra causa de dor que parece ter um significativo componente psicológico é o vaginismo, uma intensa contração involuntária da vagina que dificulta a penetração do pênis e pode provocar dor tanto à mulher quanto ao homem.

Tratamento

O tratamento da dispareunia depende de sua causa e pode exigir medicamentos ou mesmo cirurgias para corrigir a doença de base. Nas situações em que haja uma significativa participação do fator psicológico, uma psicoterapia ou um aconselhamento psicológico é indispensável.

Bromazepan: um pouco sobre medicamentos para você!




O bromazepam é um tranquilizante do grupo dos benzodiazepínicos (medicamentos que capazes de atuar sobre a ansiedade e tensão).

Pode ser usado para tratar os distúrbios de ansiedade de uma forma geral, porém como alguns deles como a Fobia Social e o Pânico por exemplo encontram melhor resposta a outros tranquilizantes. Por isso sua indicação tem se dirigido mais para o controle dos estados de tensão decorrentes de problemas da vida pessoal do paciente, bem como sintomas psicossomáticos dos aparelhos cardiovascular, respiratórios, genitourinário, gastroentestinal ou sintomas psicogênicos em geral que se manifestam através de alterações da menstruação ou dores de cabeça.

Como todo tranquilizante benzodiazepínico proporciona a agradável sensação de bem estar, juntamente com aumento da sonolência e relaxamento muscular. A dependência química que pode induzir não costuma causar problemas, ou seja, com uma lenta e contínua diminuição da dose o organismo geralmente não se ressente pela saída da medicação, o que caracteriza a dependência química.

Quanto mais tempo e mais alta a dose, maiores as chances de se fazer uma dependência química, mas que conforme dita acima não costuma ser problemática. Contudo pacientes com passado de dependência química podem desenvolver psicológica também, o que complica a retirada da medicação. Por isso o acompanhamento do seu uso deve ser preferencialmente feito por psiquiatras, que conhecem os tipos de personalidade mais propensos ao desenvolvimento de dependência química.

Esta medicação não deve ser usado em pacientes com alergia aos benzodiazepínicos, que sofram de miastenia grave ou que estejam por indução de outras medicações, com redução da atividade do sistema nervoso central. Como ela é eliminada pelo fígado, deve-se reduzir sua dose pela metade nos pacientes que sofrem de insuficiência hepática. Devido a falta de informações é recomendável evitar o uso por gestantes durante o primeiro trimestre. Tanto o início como a retirada da medicação deve ser gradual, com intervalo de alguns dias para a redução da dose.

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Quelóide




O quelóide é uma lesão proliferativa, formada por tecido de cicatrização, fibroso, secundária a um traumatismo da pele. Há uma predisposição individual para o seu aparecimento, sendo mais comum em negros e mestiços.

A acne do tronco pode dar origem a lesões queloideanas (acne queloideano) e também um tipo de foliculite que ocorre na nuca (foliculite queloideana).

O quelóide é uma lesão tumoral, de superfície lisa e consistência endurecida. No início, geralmente tem cor rósea ou avermelhada adquirindo, mais tarde, cor semelhante à pele normal ou escurecida. A região anterior do tórax e os ombros são localização frequente de quelóides.

Difere das cicatrizes hipertróficas, nas quais o tecido cicatricial aumentado não excede a localização do traumatismo e tende a se reduzir com o passar do tempo.

Mesmo pequenos traumatismos, como um furo de orelha podem dar origem a quelóides.

O tratamento do quelóide é muitas vezes difícil, sendo frequente o seu retorno. A retirada cirúrgica deve sempre ser acompanhada de outros tratamentos, como infiltração de corticosteróides, compressão ou radioterapia. A crioterapia com nitrogênio líquido (tratamento que congela o quelóide), precedendo a infiltração, também pode trazer bons resultados.

A associação das técnicas de tratamento aumenta a chance de cura e deve ser determinada de acordo com cada caso.

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Victoza (liraglutida): Anvisa esclarece sobre as indicações do medicamento.





A Diretoria Colegiada da Anvisa faz esclarecimentos para veículos de imprensa e para instituições ligadas à saúde (como o Conselho Nacional dos Secretários Estaduais de Saúde (Conass), Conselho Nacional dos Secretários Municipais de Saúde (Conasems) e Conselho Federal de Farmácia) sobre as indicações do medicamento Victoza (liraglutida), e afirma que a medicação é indicada para o tratamento de diabetes tipo 2 e não deve ser usada para emagrecimento.

Em nota, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) esclarece que o Victoza é um produto “biológico”. Ou seja, trata-se de uma molécula de alta complexidade, de uso injetável, contendo a substância liraglutida. O medicamento, fabricado pelo laboratório Novo Nordisk, foi aprovado pela Anvisa para comercialização no Brasil em março de 2010, com a finalidade de uso específico no tratamento de diabetes tipo 2. Portanto, seu uso não é indicado para emagrecimento.

A indicação de uso do medicamento aprovada pela Anvisa é como “adjuvante da dieta e atividade física para atingir o controle glicêmico em pacientes adultos com diabetes mellitus tipo 2, para administração uma vez ao dia como monoterapia ou como tratamento combinado com um ou mais antidiabéticos orais (metformina, sulfoniluréias ou uma tiazollidinediona), quando o tratamento anterior não proporciona um controle glicêmico adequado”.

A agência ainda esclarece que trata-se de um medicamento “biológico novo” e, embora pesquisas tenham indicado eficácia e segurança aceitáveis, mesmo que indicado e utilizado corretamente, podem ocorrer eventos adversos imprevisíveis ou desconhecidos, que nesses casos devem ser informados ao médico.

Em estudos clínicos e nos relatórios apresentados à Anvisa foram relatados eventos adversos associados ao Victoza (liraglutida), sendo os mais frequentes: hipoglicemia, dores de cabeça, náusea e diarreia. Além destes eventos destacam-se outros riscos, tais como: pancreatite, desidratação e alteração da função renal e distúrbios da tireoide, como nódulos e casos de urticária.

Outra questão de risco associada aos produtos biológicos são as reações de imunogenicidade, que podem variar desde alergia e anafilaxia até efeitos inesperados mais graves. No caso da liraglutida, a mesma apresentou um perfil de imunogenicidade aceitável para a indicação como antidiabético.

Para o caso de inclusão de novas indicações terapêuticas deve-se apresentar estudo clínico Fase III comprovando a eficácia e segurança desta nova indicação.

Fonte: Anvisa

terça-feira, 13 de setembro de 2011

Mau hálito em criança é algo para se prestar atenção!




Estudo publicado pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo apontou que 63% das crianças com idade entre 3 e 14 anos apresentam mau hálito.

Na maioria das vezes as crianças não são capazes de identificar o problema sozinhas, e cabe aos pais a ao pediatra identificarem e procurar ajuda para o filho, já que odores na boca podem estar relacionados à limpeza incorreta da boca ou até problemas, no aparelho digestório e respiratório.

Recomenda-se que a higienização do dente seja feita logo que esses comecem a despontar na gengiva.

Na medida em que uma criança tem mau hálito, ela pode ter problemas de relacionamento com outras crianças, a mesma coisa que acontece com adultos.

E o que é mais grave é que a pessoa que tem, principalmente a criança, não sabe que tem. Então é importante que no caso especifico das crianças, os pais fiquem atentos a essa questão.

O mau hálito pode, como eu já disse, ter como causas problemas ligados ao aparelho digestório e ao aparelho respiratório, além, é claro de problemas locais na própria boca, como dentes, língua, bochecha e garganta.

É necessário investigar e tratar para evitar problemas mais sérios decorrentes da causa base, qualquer que seja.

Considerações sobre Fobias.




As fobias em geral caracterizam-se pela ausência de motivo para despertar o medo constatado, ou por ser o medo exagerado diante do objeto fóbico. As pessoas com fobia específica não apresentam uma história de traumas, injúrias ou ameaças decorrentes da exposição aos objetos mais comuns da fobia específica, se isso acontecesse seria necessário diferenciar a fobia específica do estresse pós-traumático. Na maioria das vezes as pessoas com uma fobia específica não são afetadas em sua rotina porque o objeto fóbico não faz parte dela. Quando faz parte torna-se indicado o tratamento.

Há situações nas quais o objeto fóbico é o mesmo da agorafobia. A diferença entre essas duas formas de fobia baseia-se no que o paciente pensa. Na fobia há uma forte reação contrária ao objeto, sendo o objeto afastado, a ansiedade some. Na agorafobia o medo é da dificuldade de sair de onde esteja caso passe mal, o que não acontece na fobia específica. Essa diferenciação é importante porque a fobia específica é um problema isolado, já a agorafobia dificilmente vem sozinha, geralmente antecede, vem junto ou depois de um quadro depressivo ou de pânico.

Esse transtorno geralmente é identificado na infância ou mesmo na idade adulta, é um problema um pouco mais freqüente nas mulheres e apesar de eventualmente levar a desmaios isso não significa nada especialmente grave.

A fobia específica é um transtorno pouco estudado pelo baixo comprometimento que geralmente representa socialmente.

O que é "fobia específica"?

Anteriormente denominada fobia simples a fobia específica é o medo persistente e recorrente a um determinado objeto ou circunstância que desencadeia uma forte reação de ansiedade, sempre que apresentado ao paciente fóbico.

Os critérios para realização do diagnóstico exigem as seguintes condições:

Um objeto claramente identificável (nos demais transtornos fóbicos e ansiosos nem sempre o objeto é claramente identificável). Este objeto sempre que apresentado desencadeia uma forte reação de medo, ansiedade ou mal estar no paciente, podendo chegar a uma crise semelhante a crise de pânico. Os adultos e adolescentes reconhecem que esse medo é exagerado, mas as crianças não necessariamente. Pelo critério norte americano o diagnóstico só pode ser dado quando o objeto fóbico interfere na rotina do indivíduo. Essa posição é passível de crítica não representando a opinião desde site.

As fobias, em geral, caracterizam-se pela ausência de motivo para despertar o medo constatado, ou por ser o medo exagerado diante do objeto fóbico. As pessoas com fobia específica não apresentam uma história de traumas, injúrias ou ameaças decorrentes da exposição aos objetos mais comuns da fobia específica.

Esse transtorno geralmente é identificado na infância ou mesmo na idade adulta. É um problema um pouco mais freqüente nas mulheres e apesar de eventualmente levar a desmaios isso não significa nada especialmente grave.

Lorcaserin: novo medicamento para emagrecimento.





O ensaio clínico randomizado, conhecido como BLOSSOM Trial, publicado pelo Journal of Clinical Endocrinology & Metabolism, mostrou que o lorcaserin – um novo medicamento para ajudar na perda de peso de adultos obesos e com sobrepeso1, pode vir a ser uma nova opção para pacientes que precisam emagrecer.

O lorcaserin é um agonista seletivo do receptor 2C da serotonina. O novo medicamento foi estudado em ensaio clínico randomizado, controlado por placebo, duplo-cego, incluindo 4.008 pacientes, com idades entre 18 e 65 anos, com índice de massa corporal entre 30 e 45 kg/m² ou entre 27 e 29,9 kg/m² e com uma patologia associada à obesidade.

Os pacientes obtiveram orientações dietéticas e sobre atividades físicas e foram divididos em três grupos que receberam:

10 mg de lorcaserin duas vezes ao dia.
10 mg de lorcaserin uma vez ao dia.
Placebo.


Ecocardiogramas monitoraram as funções das válvulas cardíacas.

Os resultados mostraram que mais pacientes tratados com lorcaserin, duas vezes ao dia ou uma vez ao dia, perderam pelo menos 5% do seu peso corporal (47,2% e 40,2% respectivamente) comparados aos que usaram placebo (25%). Uma perda de peso de pelo menos 10% do peso corporal foi alcançada por 22,6% e 17,4% dos pacientes recebendo 10 mg de lorcaserin duas ou uma vez ao dia, respectivamente, e por 9,7% daqueles em uso de placebo. Cefaleia, náuseas e tonturas foram os principais efeitos colaterais. O U.S. Food and Drug Administration (FDA) definiu que as valvulopatias documentadas ao ecocardiograma ocorreram em 2% dos pacientes recebendo lorcaserin duas vezes ao dia e em 2% daqueles que receberam placebo.

O presente estudo mostra que o lorcaserin, administrado em conjunto com modificações no estilo de vida, está associado à perda de peso dose dependente.

Ainda não se sabe se o medicamento será aprovado para a comercialização.

Fonte: The Journal of Clinical Endocrinology & Metabolism

sábado, 10 de setembro de 2011

Homeopatia: mais um medicamento em resumo de matéria médica!




Apis mellifica veneno de abelha.

MENTE: Liderança. Deprimido, choroso. Sexualizado e ciumento. Fecundidade (senso de fecundidade e preservação). Forte senso de dever. Cumpre suas tarefas com eficiência e organização. Metódico e limpo. Voltado para o trabalho cooperativo. Liderança dentro do grupo não utilizando autoridade e sim a capacidade de manipular os fatos e direcioná-los em benefício de todos e para todos. Manipulador (trabalha nos bastidores. Suporte). Irritável, agressivo e sensível. Tipo: forte e com o pé no chão. Cooperativismo. Deseja que todos cumpram com suas funções e ou obrigações.

GENERALIDADES: Ferroadas, dores QUEIMANTES. Desajeitado, desastrado, deixa as coisas cairem. Queixas por abstinência sexual (Conium maculatum, Lachesis trigonocephalus). Choque anafilático por picada de abelha (Carbolicum acidum). Febre, calor febril < 3p.m. (Belladona atropa). INCHAÇO, edema < calor > aplicações frias. Sensação como uma ferroada de abelha.

CABEÇA: Dor atrás da orelha esquerda, ext. ao olho esquerdo ou região temporal. Meningite: gira a cabeça (Bell), grito encefálico, após supressão de erupções cutâneas. (Stramonium, Hyoscyamus, Bryonia alba, Natrum sulphuricum, Hellonias dioica). FACE: Edema em torno dos olhos, coloração rósea. Conjuntiva edemaciada, tumefação externa na parte superior da íris. Ruborizada. GARGANTA: Edema da úvula com dor queimante, > frio. Dispnéia, sufocação por edema. Apis é indicada após picada de abelha.

ESTÔMAGO: sem sede. ABDOMEM: Ascite. Sensação de estar dolorido. URINÁRIO: Cistite, dor queimante. INSUFICIÊNCIA RENAL aguda. GENITAL: Cisto ovariano direito. Contrai a musculatura pélvica e entrelaça as pernas no parceiro durante o ato sexual. EXTREMIDADES: Edema, inflamação das juntas. Inchaço do TORNOZELO. PELE: edema de todo o corpo. Sente como se tivesse a pele arrancada. Edema angioneurótico (Edema de Quincke). Erisipela: súbito ataque de erupção rósea . URTICÁRIA: < noite. > = melhora com
< = piora com

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Afetividade




Afetividade é o atributo psíquico que dá o valor e Representa a realidade. Essa Afetividade também é capaz de Representar um ambiente cheio de gente como se fosse ameaçador, é capaz de nos fazer imaginar que pode existir uma cobra dentro do quarto ou ainda, é capaz de produzir pânico ao nos fazer imaginar que podemos morrer de repente.

A Afetividade valoriza tudo em nossa vida, tudo aquilo que está fora de nós, como os fatos e acontecimentos, bem como aquilo que está dentro de nós (causas subjetivas), como nossos medos, nossos conflitos, nossos anseios, etc. A Afetividade valoriza também os fatos e acontecimentos de nosso passado e nossas perspectivas futuras.

O melhor exemplo que podemos referir para entender a Afetividade é compará-la à óculos através dos quais vemos o mundo. São esses hipotéticos óculos que nos fazem enxergar nossa realidade desse ou daquele jeito. Se esses óculos não estiverem certos podemos enxergar as coisas maiores ou menores do que são, mais coloridas ou mais cinzentas, mais distorcidas ou fora de foco. Tratar da Afetividade significa regular os óculos através dos quais vemos nosso mundo.

Porque uma pessoa portadora de Síndrome do Pânico pensa que pode morrer ou passar mal de repente?
Porque ela acha que sofre do coração, ou está prestes a ter algum derrame, ou que está tão descontrolada ao ponto de perder o controle. Ora, nada disso faz parte da realidade objetiva e concreta.

Trata-se de um juízo pessimista, uma avaliação negativa que a pessoa faz de si mesma, ou seja, trata-se de uma Afetividade que representa negativamente para a própria pessoa o seu próprio eu. Se a pessoa está se vendo pior do que é de fato, então afetivamente não está bem.

A Depressão típica, por sua vez, também faz com que a pessoa se sinta e se ache pior do que realmente é.

Isso produz insegurança e rebaixa a auto-estima.

Novamente aqui a Afetividade representa negativamente a pessoa para si mesma. A avaliação negativa de si mesmo, achar que a vida não vale a pena, que a realidade é sofrível, sentir medo exagerado, achar-se doente e toda sorte de pensamentos ruins resultam do Afeto alterado.

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Câncer de Pele: ESPERANÇA DE CURA!




Centros médicos de todo o Brasil começam a usar uma nova terapia contra o câncer de pele. Consiste em aplicar uma pomada na pele e depois submetê-la à radiação ultravioleta.

Deste modo, o equipamento identifica lesões provocadas pelo câncer. O tratamento é gratuito e a
tecnologia foi desenvolvida pela USP de São Carlos.

Se o diagnóstico para a doença for positivo, o tumor é tratado, na sequência, com outra luz. A interação do medicamento com a luz vermelha de alta potência provoca uma reação fotoquímica. As células cancerígenas morrem. Na hora, já é possível identificar o resultado da terapia.

O procedimento não dura mais que quatro horas.

Sem efeito colateral – A terapia fotodinâmica desenvolvida por pesquisadores da USP de São Carlos não tem efeito colateral. Pode ser repetida várias vezes, não requer internação e
está sendo considerada uma opção de tratamento antes da cirurgia.

É indicada para carcinomas (tipo de câncer de pele mais comum), que em 2010 acometeu 120 mil
brasileiros.

Mais de cem centros médicos distribuídos pelo Brasil foram selecionados pelo programa para testar a moderna tecnologia no período de um ano. O equipamento já está sendo usado em 200 hospitais e postos de saúde.

Duzentos pacientes já foram submetidos ao tratamento e, em 90% dos casos, o tumor foi eliminado.

Os kits enviados aos centros médicos serão usados em oito mil pacientes. Se o índice de cura de 90% for mantido, o programa poderá ser adotado pelo SUS.

Fonte: Agência Imprensa Oficial e da Assessoria de Imprensa da USPSC.

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Raiva e Ódio




Encerrando a série sobre a Raiva:

Raiva e Problemas de Relacionamento e Adaptação Social


Um cientista realizou uma pesquisa sobre a violência em 213 meninas, com idade entre 9 e19 anos.

O tema da pesquisa dizia respeito aos fatores precipitantes da Raiva, bem como os comportamentos e relacionamentos interpessoais e os problemas de conduta no lar e na escola. Os dados iniciais resultaram na na separação em dois grupos; 54 delas consideradas como violentas e 159 como não-violentas.

A Raiva, precipitada por situações específicas de injustiça, mostrou ser sempre mais intensa e generalizada nas meninas violentas do que nas meninas não-violentas. As meninas violentas, portanto, aquelas que nutriam mais o sentimento da Raiva, tinham maior possibilidade de não gostar da escola e/ou de contestar sofridamente a disciplina da escola, tinham também muito mais dificuldades adaptativas e pior relacionamento interpessoal que as meninas não-violentas.

Em outro estudo atual, 31 de 89 adolescentes preencheram requisitos para entrarem no Grupo da Raiva e o restante no Grupo da Não Raiva. Diversas diferenças foram encontradas entre esses dois grupos. O Grupo da Raiva relatou menos intimidade com os pais, recebeu menos suporte deles, tinham mais amigos do sexo-oposto, tinham namoradas(os) mais freqüentemente.

Na escola esse grupo tinha, em média, notas piores que o Grupo da Não Raiva, se sentiam mais oprimidos e usavam maconha mais freqüentemente. O mais interessante, entretanto, é que os resultados dessa análise revelaram ser a Depresão o preditor mais significativo para o desenvolvimento do traço da Raiva.

A violência e agressividade no ambiente de trabalho são freqüentes problemas do cotidiano. Há estudos sobre a predisposição para o sarcasmo e para a Raiva no ambiente do trabalho e determinados traços da personalidade.

Voltando à teoria do sujeito-objeto, talvez a adoção de posição de apatia em relação ao ódio e à raiva seja o segredo para prevenir o sofrimento. Apatia no sentido valorativo, ou seja, não permitir que nosso sujeito mobilize valores para os objetos potencialmente causadores de ódio e/ou raiva.

Concluiu-se que existem muitas variáveis para a exarcebação da Raiva no ambiente de trabalho.

Entre essas variáveis se incluem as influências da cultura, pessoal e do sistema, o próprio ambiente de trabalho, se hostil ou não, os mecanismos psicológicos pessoais de defesa, as atitudes da liderança, o estresse vigente e, finalmente, das diferenças da personalidade.

Outra investigação avaliou se as pessoas que haviam perpetrado algum tipo de violência, poderiam ser diferenciadas de pessoas não violentas através de medidas da Raiva e da distorção cognitiva.

Vê-se, como já se suspeita pelo bom senso, que as pessoas violentas tiveram níveis bem mais elevados de Raiva dirigida ao exterior do que os participantes não violentos.

Quando algum teste mostrava não haver diferença entre níveis da Raiva entre os participantes violentos e não violentos, além do ato agressivo, os resultados sugeriam que os indivíduos mais violentos têm dificuldade em controlar sentimentos de irritabilidade e, por isso, muito mais facilidade em expressar a Raiva. Nenhuma diferença significativa surgou com relação à racionalidade e intelectualidade dos dois grupos.

Agora chega de falar sobre raiva! Amanhã mudamos de tema!

terça-feira, 6 de setembro de 2011

Medicamento para tratar diabetes é contraindicado para emagrecer!




Riscos à saúde da liraglutida vão de hipoglicemia e cefaleia a tontura e infecção do trato respiratório.

A “poção” da vez atende pelo nome de liraglutida (cujo nome comercial é Victoza), um medicamento para o tratamento do diabetes tipo 2, que virou objeto de desejo para quem sonha perder quatro, seis, oito, 10 quilos sem fazer força.

Vale esclarecer que a droga usada para o tratamento do diabetes tipo 2 é eficiente. Funciona assim: no paciente diabético, a insulina produzida pelas células do pâncreas não é suficiente ou não age de modo adequado no organismo, provocando o aumento da quantidade de açúcar no sangue.

O remédio, além de auxiliar o controle glicêmico, proporciona outros benefícios combinados como perda de peso, redução na pressão arterial sistólica e melhora da função das células beta, responsáveis por sintetizar e secretar a insulina.

A liraglutida promove a perda de peso (média de 3 kg ao mês) pelo fato de retardar o esvaziamento gástrico e aumentar a sensação de saciedade após as refeições.

Liraglutida é um análogo de GLP-1, hormônio natural produzido pelo intestino que colabora para o metabolismo normal da glicose como outros hormônios pancreáticos e gastrointestinais como a insulina, o glucagon, a amilina. O medicamento, indicado na bula para pacientes diabéticos do tipo 2, age no pâncreas estimulando a liberação de insulina apenas quando os níveis de açúcar no sangue estão altos.

Aplicada uma vez ao dia, por meio de uma caneta de injeção subcutânea, no horário mais conveniente para o paciente, proporciona comodidade ao paciente diabético, estimulando a adesão ao tratamento.

Todo tratamento visando perda de peso envolve dieta e exercícios. Trabalhamos a adesão a hábitos saudáveis. Qualquer coisa além disso é acessório. Milagres não existem!

Todo remédio pode apresentar efeitos colaterais, mesmo para pacientes aos quais ele é indicado. Entre as reações que o liraglutida pode provocar, estão a prisão de ventre, hipoglicemia, cefaleia, tontura, infecção do trato aéreo respiratório (rinite, sinusite), infecção do trato urinário, dor nas costas, dor de estômago e inchaço ou vermelhidão no local da injeção.

Bom, eu não acredito em milagres, portanto... Minhas barbas estão de molho!

A Raiva como Forma de Violência





Seus sinônimos são: ira, fúria, furor, zanga.

As idéias polêmicas e controvertidas de que reprimir a Raiva faz mal a saúde, traz outras conseqüências psíquicas e orgânicas ou coisas do gênero, tem gerado um sem número de compressões errôneas. A Raiva pode ser entendida como uma sensação de frustração que sentimos, quando esboçamos um desejo e ele não acontece. Então surge a frustração com vontade de revidar, que é a Raiva.

A Raiva, que é a geradora de impulsos violentos contra os que nos ofendem, ferem ou invadem a nossa dignidade é a responsável por um sem número de atos de violência, incluindo a autoviolência, contra nossa própria saúde.


PATOLOGIAS CARDIOCIRCULATÓRIAS AGRAVADAS PELA RAIVA

Hipertensão Arterial => Por contração dos vasos sangíneos

Arritimias Cardíacas => Por estimulação simpática ou Para-Simpática

Trombose e oclusão das Coronárias => Por aumento da agregação das plaquetas e mobilização das placas de gordura

Infarto do miocárdio => Por oclusão das coronárias ou aumento do consumo de O2 pelo miocárdio

Ainda mais:

Raiva e Risco de Suicídio

Sendo a Raiva, teoricamente, estimulada por agentes externos (Raiva de alguém, de alguma coisa...), e preocupada em saber se esses agentes externos poderiam ser responsáveis por suicídio, a psiquiatria tem pesquisado junto à pessoa portadora de Transtorno por Estresse Pós-traumático.

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

A raiva e o ódio





Mais um pouco de psicossomática para você!

O Ódio é mais profundo que a Raiva. Enquanto a Raiva seria predominantemente uma emoção, o Ódio seria, predominantemente, um sentimento. Paradoxalmente podemos dizer que o ódio é um afeto tão primitivo quanto o amor. Tanto quanto o amor, o ódio nasce de representações e desejos conscientes e inconscientes, os quais refletem mais ou menos o narcisismo fisiológico que nos faz pensar sermos muito especiais.

Assim como o amor, só odiamos aquilo que nos for muito importante. Não há necessidade de ser-nos muito importantes as coisas pelas quais experimentamos Raiva, entretanto, para odiar é preciso valorizar o objeto odiado.

A teoria do Sujeito-Objeto, diadaticamente coloca a idéia de que existem apenas duas coisas em nossa existência, eu, o sujeito e o não-eu, o objeto. E tudo o que sentimos, desde nosso nascimento, são emoções e sentimentos em resposta ao objeto. Para que essa teoria possa ter utilidade é imprescindível entendermos o objeto como tudo aquilo que não é eu, mais precisamente, tudo aquilo que não é minha consciência.

Assim sendo teremos os objetos do mundo externo ao sujeito, que são as coisas, os fatos, os acontecimentos, e os objetos internos, que são meus órgãos, minha bioquímica, etc. Posso sentir raiva, e outros sentimentos, em resposta à algum objeto externo (pessoa, trânsito, time de futebol...) ou sentir ansiedade, e outros sentimentos, em resposta à algum objeto interno (hiperteireoidismo, diabetes, TPM, etc...).

Mas, de qualquer forma, o mundo objectual (do não eu) só pode ter valor se o sujeito o atribui. Para o sujeito nutrir sentimentos de ódio, é indispensável que atribua ao objeto de seu ódio um valor suficiente para fazê-lo reagir com esse tipo de sentimento. Obviamente, se ignorar o valor do objeto não poderá odiá-lo.

Em termos práticos podemos dizer que a raiva, como uma emoção, não implica em mágoa, mas em estresse, e o ódio, como sentimento, implica numa mágoa crônica, numa angústia e frustração.

Nenhum dos dois é bom para a saúde; enquanto a raiva, através de seu aspecto agudo e estressante proporciona uma revolução orgânica bastante importante, às vezes suficientemente importante para causar um transtorno físico agudo, do tipo infarte ou derrame (AVC), o ódio consome o equilíbrio interno cronicamente, mais compatível com o câncer, com arteriosclerose, com a diabetes, hipertensão crônica.




OS MITOS DA RAIVA

1) Reprimir a Raiva faz mal a saúde. A Raiva não expressa e não manifestada causaria outros danos psíquicos e mesmo orgânicos.

2) Deve-se botar tudo para fora, desenterrar a Raiva sepultada nas doenças psicossomáticas, na depressão, nos problemas familiares. Seria uma homenagem ao individualismo, haja o que houver.

3) Sou calmo e dócil, desde que ninguém mexa comigo. Sou do tipo “dou um boi para não entrar na briga e uma boiada para não sair dela”.

4) Aprendi a não levar desaforos para casa, não agrido mas respondo na mesma moeda. Afinal, “somos gente ou ratos?”

5) Qualquer forma de liberação agressiva da Raiva, tal com berrar, morder, bater, quebrar, coloca o raivoso em contato com os seus sentimentos e essa atitude alivia o sentimento.

6) O importante é ter a liberdade de expressar a Raiva para não se sentir mal com esse sentimento reprimido.



AS VERDADES

1) Sentir a Raiva, seja ela manifestada ou reprimida, SEMPRE causará danos ao organismo como um todo, física e/ou psiquicamente.

2) Sábio o ditado “quem fala o que quer ouve o que não quer”. Quanto menos a pessoa tiver equilíbrio suficiente para conter os instintos e impulsos primários mais se aproxima dos animais.

3) Isso não quer dizer absolutamente nada, calmo e dócil é a pessoa que se mantém assim, mesmo que os outros mexam com ela.

4) Quem se descontrola a ponto de deixar se dominar pelos instintos e impulsos, de fato, está muito mais próximo do rato (instintivo) que de gente.

5) É mais provável que a agressão tenha, precisamente, o efeito oposto da catarse que se pretende e, ao invés de exorcizar a Raiva, inflama-a ainda mais.

6) O importante é ter serenidade e controle suficientes para NÃO SENTIR RAIVA.

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