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quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Raiva e Ódio




Encerrando a série sobre a Raiva:

Raiva e Problemas de Relacionamento e Adaptação Social


Um cientista realizou uma pesquisa sobre a violência em 213 meninas, com idade entre 9 e19 anos.

O tema da pesquisa dizia respeito aos fatores precipitantes da Raiva, bem como os comportamentos e relacionamentos interpessoais e os problemas de conduta no lar e na escola. Os dados iniciais resultaram na na separação em dois grupos; 54 delas consideradas como violentas e 159 como não-violentas.

A Raiva, precipitada por situações específicas de injustiça, mostrou ser sempre mais intensa e generalizada nas meninas violentas do que nas meninas não-violentas. As meninas violentas, portanto, aquelas que nutriam mais o sentimento da Raiva, tinham maior possibilidade de não gostar da escola e/ou de contestar sofridamente a disciplina da escola, tinham também muito mais dificuldades adaptativas e pior relacionamento interpessoal que as meninas não-violentas.

Em outro estudo atual, 31 de 89 adolescentes preencheram requisitos para entrarem no Grupo da Raiva e o restante no Grupo da Não Raiva. Diversas diferenças foram encontradas entre esses dois grupos. O Grupo da Raiva relatou menos intimidade com os pais, recebeu menos suporte deles, tinham mais amigos do sexo-oposto, tinham namoradas(os) mais freqüentemente.

Na escola esse grupo tinha, em média, notas piores que o Grupo da Não Raiva, se sentiam mais oprimidos e usavam maconha mais freqüentemente. O mais interessante, entretanto, é que os resultados dessa análise revelaram ser a Depresão o preditor mais significativo para o desenvolvimento do traço da Raiva.

A violência e agressividade no ambiente de trabalho são freqüentes problemas do cotidiano. Há estudos sobre a predisposição para o sarcasmo e para a Raiva no ambiente do trabalho e determinados traços da personalidade.

Voltando à teoria do sujeito-objeto, talvez a adoção de posição de apatia em relação ao ódio e à raiva seja o segredo para prevenir o sofrimento. Apatia no sentido valorativo, ou seja, não permitir que nosso sujeito mobilize valores para os objetos potencialmente causadores de ódio e/ou raiva.

Concluiu-se que existem muitas variáveis para a exarcebação da Raiva no ambiente de trabalho.

Entre essas variáveis se incluem as influências da cultura, pessoal e do sistema, o próprio ambiente de trabalho, se hostil ou não, os mecanismos psicológicos pessoais de defesa, as atitudes da liderança, o estresse vigente e, finalmente, das diferenças da personalidade.

Outra investigação avaliou se as pessoas que haviam perpetrado algum tipo de violência, poderiam ser diferenciadas de pessoas não violentas através de medidas da Raiva e da distorção cognitiva.

Vê-se, como já se suspeita pelo bom senso, que as pessoas violentas tiveram níveis bem mais elevados de Raiva dirigida ao exterior do que os participantes não violentos.

Quando algum teste mostrava não haver diferença entre níveis da Raiva entre os participantes violentos e não violentos, além do ato agressivo, os resultados sugeriam que os indivíduos mais violentos têm dificuldade em controlar sentimentos de irritabilidade e, por isso, muito mais facilidade em expressar a Raiva. Nenhuma diferença significativa surgou com relação à racionalidade e intelectualidade dos dois grupos.

Agora chega de falar sobre raiva! Amanhã mudamos de tema!

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