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quinta-feira, 29 de setembro de 2011
Café pode proteger mulheres da depressão.
Segundo estudo, as que consumiram duas a três xícaras por dia tiveram 15% a menos de chance de sofrer do problema.
Uma pesquisa indica que mulheres que bebem duas ou mais xícaras de café por dia são menos propensas a sofrer de depressão.
Ainda que as razões desse efeito não estejam claras, os autores acreditam que a cafeína pode alterar a química do cérebro. O estudo mostrou ainda que café descafeinado não teria o mesmo efeito.
Quando se fala em cafeína, impossível não vir à mente a imagem de uma bela e fumegante xícara de café. Mas na realidade, ela também está presente em outros produtos, como chás, refrigerantes, chocolate e em alguns analgésicos. Ou seja, estamos expostas a ela o tempo todo.
A cafeína comprovadamente ajuda a melhorar o rendimento dos atletas, porque mobiliza os depósitos de gordura e os usa como fonte de energia, em vez de usar o glicogênio muscular. Poupando o glicogênio, o corpo demora mais para atingir a fadiga. Já se demonstrou uma melhora no desempenho esportivo depois de se ingerir de 3mg a 6mg de cafeína por quilo de peso corporal.
Apesar de melhorar o desempenho em esportes, a cafeína não é considerada doping desde 2003.
Uma equipe de especialistas da Escola de Medicina de Harvard (EUA) acompanhou a saúde do grupo de mulheres pesquisado ao longo de uma década, entre 1996 até 2006, e fez uso de questionários para registrar o consumo de café por parte delas.
Entre as pesquisadas, apenas 2.600 deram sinais de depressão ao longo deste período. E, destas, a maior parte consumia pouco café ou não tomava a bebida.
Comparadas com as mulheres que bebiam apenas um copo de café por semana ou até menos, aquelas que consumiam duas a três xícaras por dia tinham 15% a menos de chance de sofrer depressão. Aquelas que bebiam quatro ou mais xícaras por dia tinham 20% de chance a menos de ter depressão.
A pesquisa mostrou ainda que consumidoras regulares de café estavam mais propensas a fumar, beber álcool e menos envolvidas com atividades da Igreja ou grupos voluntários ou comunitários. Elas também estavam menos propensas a ficar acima do peso e a sofrer pressão alta ou diabetes.
Os cientistas afirmam que a pesquisa contribui para outros estudos que indicam que consumidores de café têm índices de suicídios mais baixos. Os pesquisadores de Harvard acreditam que a cafeína seja o principal agente nesse processo, já que a substância é conhecida por sua capacidade de realçar sentimentos de bem estar e de energia.
Mas ainda é preciso realizar mais pesquisas para verificar se a substância é útil para prevenir a depressão, afirmaram os envolvidos na pesquisa.
Uma outra possibilidade, dizem os pesquisadores, é que pessoas com propensão à depressão optem por não tomar café porque a bebida possui muita cafeína. Um dos sintomas mais comuns da depressão é perturbação do sono e a cafeína pode exacerbar essa condição, por ser um estimulante. O excesso de cafeína também é capaz de realçar sensações de ansiedade.
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