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terça-feira, 30 de abril de 2013

Diabetes Insipidus


A diabetes insipidus nada tem a ver com o aumento da glicose no sangue.

A doença é rara e se caracteriza pela deficiência da vasopressina (hormônio antidiurético) ou pela incapacidade dos túbulos renais de responder a ela, o que leva à excreção de grandes quantidades de urina muito diluída e à sede pronunciada.

Esta diluição não diminui quando a ingestão de líquidos é reduzida, denotando a incapacidade renal de concentrar a urina.

O hormônio antidiurético é produzido no hipotálamo e liberado pela neurohipófise e determina, em parte, o modo como os rins removem, filtram e reabsorvem fluidos da corrente sanguínea.

Quando ocorre a falta desse hormônio ou quando os rins não podem responder a ele, os fluidos passam direto pelos rins e são eliminados pela urina. É assim que uma pessoa com diabetes insipidus perde muito líquido e sente muita sede.

Nos casos em que a diabetes insipidus se deve à falta de produção ou liberação do hormônio antidiurético, ela é dita diabetes insipidus central, neurohipofisária ou neurogênica.

Quando se deve ao fato de que os rins deixam de responder a ele é chamada diabetes insipidus renal ou nefrogênica.

Essa diferenciação é muito importante, porque embora os sintomas principais sejam os mesmos em ambos os casos, o tratamento é muito diferente.

A diabetes insipidus central ocorre por anormalidades no eixo hipotálamo-hipófise. As principais causas são:

•Lesões cirúrgicas acidentais do hipotálamo ou da hipófise.

•Traumas que afetam o sistema nervoso central.

•Tumores do sistema nervoso central.

•Diabetes insipidus autoimune.

•Causas genéticas.

•Anorexia nervosa.

•Encefalopatias por deficiência de oxigênio.

A diabetes insipidus renal ocorre por anormalidades nos receptores dos túbulos renais, que não conseguem responder ao hormônio antidiurético. As principais causas são:

•Alterações genéticas dos receptores dos túbulos renais.

•Uso crônico de lítio.

•Hipercalcemia (cálcio sanguíneo elevado).

•Hipocalemia (potássio sanguíneo baixo).

•Amiloidose renal.

•Síndrome de Sjögren.

Existe uma terceira forma de diabetes insipidus, transitória, que ocorre durante a gravidez, porque a placenta de algumas grávidas produz uma enzima que inativa o hormônio antidiurético circulante, a qual desaparece após o parto.

Muitos dos sintomas da diabetes insipidus são similares aos da diabetes mellitus, mas não ocorre hiperglicemia (taxa elevada de açúcar no sangue).

Uma das primeiras manifestações da diabetes insipidus costuma ser a noctúria (aumento da urina à noite), pela perda de capacidade de concentração da urina no período noturno.

A apresentação clínica mais típica ocorre com poliúria (aumento do volume urinário) e polidipsia (aumento da ingestão de água) e sede intensa. Raramente há problemas de visão, como são comuns na diabetes mellitus.

Na maioria dos pacientes com diabetes insípidus renal hereditário, as manifestações ocorrem desde a primeira semana de vida.

Na diabetes insipidus central hereditário, a manifestação pode ocorrer após o primeiro ano de vida ou na adolescência.

Nos adultos, nos casos de diabetes insipidus central, o início dos sintomas costuma ser súbito e insidioso nos casos renais.

Normalmente, o excesso de diurese continua durante o dia e a noite nos portadores da diabetes insipidus e com frequência estes pacientes sofrem desidratação e distúrbios hidroeletrolíticos às vezes graves.

Em crianças pode haver interferência no apetite, no ganho de peso e no crescimento, bem como febre, vômitos ou diarreia.

A história clínica é de grande importância.

Em casos genéticos a história familiar mostrará um tipo de herança mendeliana. O diagnóstico pode ser confirmado por um teste de restrição hídrica seguido da administração subcutânea de desmopressina, um análogo sintético da vasopressina.

O teste consiste em medidas das osmolalidades plasmática e urinária.

Em geral ocorre:

•Osmolalidade sérica maior que urinária.

•Densidade urinária geralmente menor que 1,006 durante a ingestão hídrica.

•Incapacidade de concentração urinária com a restrição hídrica.

•Hipernatremia.

Um diagnóstico diferencial deve ser feito em relação a:

•Polidipsia psicogênica.

•Diurese osmótica.

•Diabetes mellitus

•"Potomania de cerveja" (distúrbio alimentar caracterizado pelo consumo excessivo de água - aqui adaptamos ao consumo de cerveja).

No caso de diabetes insipidus central o tratamento se baseia na reposição do hormônio antidiurético sintético por via oral ou intranasal.

No caso da diabetes insipidus renal o tratamento é feito com a suspensão do lítio que eventualmente vinha sendo tomado ou correção dos distúrbios do cálcio e do potássio, porventura existente.

Nos casos genéticos o tratamento deve ser feito com dieta pobre em sal, diuréticos tiazídicos e anti-inflamatórios.

segunda-feira, 29 de abril de 2013

Salmoneloses



A salmonelose é uma infecção alimentar causada por uma bactéria que produz uma enterotoxina, responsável pelos sintomas.

A bactéria causal invade localmente a mucosa do intestino delgado, mas só raramente se espalha para outros órgãos, como acontece com a salmonela do tifo, sua aparentada. Afeta mais frequentemente as crianças pequenas e as pessoas idosas.

A salmonela (bactéria causal) coloniza quase todos os animais domésticos, especialmente as aves, sem provocar sintomas neles, e daí é transmitida aos homens.

A salmonelose é causada pela Salmonella enterica quando ingerida juntamente com a comida (inclusive folhagens, verduras e frutas mal lavadas) ou água contaminada com fezes de animais como bois e galinhas ou por meio de ovos ou carnes de aves mal cozidos.

A sua existência fora do corpo é facilitada quando há temperaturas mais altas, como ocorre nas regiões subtropicais e tropicais que, por isso, são as mais afetadas.

Na maioria das vezes a Salmonella enterica fica restrita ao intestino e causa aí os seus sintomas principais: diarreia intensa, às vezes com sangue, cólicas e outros sintomas abdominais.

Além da diarreia podem surgir, abruptamente, sintomas como fortes náuseas, intensos vômitos, febre alta, calafrios, dores de cabeça e mal estar.

Se houver complicações e a bactéria atingir outros órgãos, podem aparecer novos sintomas, como dor nas articulações, dificuldade de urinar e inflamação nos olhos.

Embora raramente, pode ocorrer septicemia (disseminação da bactéria pelo sangue), que é uma situação grave e que pode levar à osteomielite, artrite ou endocardite.

O diagnóstico de suspeita deve ser clínico, baseado principalmente no histórico alimentar do paciente, mas o diagnóstico de certeza é feito por cultura de amostras de fezes em meio específico e análises microscópica e bioquímica.

Conforme o caso requeira, podem ser também colhidas amostras de sangue ou líquor.

O diagnóstico diferencial deve ser feito com outras doenças assemelhadas, como colite ulcerativa, gastroenterite viral ou disenteria amebiana.

O tratamento básico é o de suporte do paciente, com ênfase especial na rehidratação.

Podem ser usadas medicações sintomáticas (antieméticos, antitérmicos, analgésicos, etc.).

A salmonelose tende a resolver-se espontaneamente no prazo médio de uma semana. Nos casos mais graves pode ser necessário usar antibióticos.

Como prevenir a salmonelose?

•Só consumir leite de procedência confiável ou que tenha sido previamente fervido ou pasteurizado.

•Dê preferência aos alimentos que tenham sido submetidos ao calor. Quanto aos outros, lave-os bem antes de comê-los.

•Em bares ou restaurantes, evite saladas, maioneses e outros alimentos crus.

sábado, 27 de abril de 2013

Narcolepsia



A narcolepsia é um tipo de dissonia, caracterizada por ataques irresistíveis de sono, mesmo que a pessoa tenha dormido normalmente na noite anterior e, em geral, acompanhada por outros distúrbios do dormir.

Na maioria dos casos a sonolência é confundida pelo próprio paciente com uma situação normal, o que leva a uma dificuldade no reconhecimento dessa condição.

É possível que os portadores da narcolepsia passem a vida inteira sem se darem conta que sofrem da doença e sejam tidos pelas demais pessoas e até por si mesmos como preguiçosos ou dorminhocos.

Isso porque o sintoma mais expressivo é a "preguiça" e a sonolência diurna excessiva.

Esses sintomas deixam o paciente em perigo ante a execução de tarefas como dirigir veículos automotivos, manejar máquinas perigosas ou realizar outras ações que exijam concentração da atenção e também faz com que a pessoa tenha prejudicado o seu desempenho no trabalho e na escola.

Mas há também aqueles pacientes que sofrem ataques repentinos e inesperados de sono nas mais inusitadas situações como, por exemplo, no interior de um coletivo, fazendo compras em uma loja ou dirigindo um veículo.

A doença é conhecida há muito tempo, mas só na década de 1960, com o estudo mais aprofundado da fisiologia do sono, foi possível relacioná-la com alterações nas fases do sono e caracterizá-la como uma patologia ligada à fase REM do sono.

A narcolepsia é um distúrbio do sistema nervoso, não uma doença mental e, portanto, deve-se a uma alteração da fisiologia ou bioquímica neuronal.

Ela parece ter uma causa genética (indiscutível em animais, mas discutível em humanos) e ser motivada por um déficit do neurotransmissor orexina (ou hipocretina) no hipotálamo, déficit este que leva à sonolência excessiva.

A orexina (ou hipocretina) é um hormônio produzido no hipotálamo lateral, descoberto em 1998, com função reguladora sobre o sono, vigília e apetite.

Horários inapropriados ou irregulares de sono pioram a narcolepsia.

O sintoma típico e exclusivo da narcolepsia é a perda súbita e reversível da força muscular durante a vigília, acompanhada ou não de rápido adormecimento (de 15 a 60 minutos).

Em geral o paciente sofre uma breve queda, da qual se recupera inteiramente desperto. Esses ataques de sono podem se repetir várias vezes por dia.

Outros sintomas são: sonolência diurna excessiva, anormalidades do sono REM e paralisia muscular.

Os ataques de atonia muscular completa (cataplexia), com ou sem sono profundo, podem ser desencadeados por situações emocionais agudas como um susto ou uma risada.

É comum também que se encontre nesses pacientes uma paralisia hipnagógica (paralisias rápidas e transitórias que acometem a pessoa quando ela está pegando no sono) ou hipnopômpica (paralisias rápidas e transitórias que acometem a pessoa quando ela está acordando) e alucinações auditivas ou visuais, igualmente hipnagógicas ou hipnopômpicas, com as quais o paciente geralmente interage.

O diagnóstico da narcolepsia pode ser feito por uma polissonografia, um exame em que o paciente dorme em um laboratório, ligado a máquinas que registram vários de seus parâmetros fisiológicos e a sua atividade cerebral durante o sono.

Os estudos com a polissonografia, o teste de múltiplas latências para o sono e o eletroencefalograma são fundamentais para o diagnóstico da narcolepsia.

No sono normal, o indivíduo demora cerca de uma hora e meia desde o momento do adormecer até atingir a fase REM do sono, mas os portadores de narcolepsia entram direto e subitamente no sono REM. Além disso, o eletroencefalograma pode medir as atividades do cérebro e testes genéticos são capazes de identificar o gene da narcolepsia.

Não se conhece cura para esse distúrbio, mas os sintomas podem ser controlados por medicamentos ou modificação de comportamentos e hábitos.

Costumam ser prescritos estimulantes ou antidepressivos com a finalidade de controlar a cataplexia, a paralisia do sono e as alucinações.

Não há como prevenir de modo integral a narcolepsia, mas algumas medidas podem aliviar a sonolência durante o dia:

•Fazer exercícios físicos regularmente.

•Evitar o consumo de cafeína durante a tarde e à noite.

•Evitar bebidas alcoólicas, sedativos e drogas que possam promover o sono, como anti-histamínicos, neurolépticos e outras.

•Tirar cochilos planejados durante o dia.

•Adotar hábitos regulares de dormir.

•Comer refeições leves e com intervalos regulares.

Em si, a narcolepsia não é uma doença grave, mas pode pôr em risco a vida das pessoas que dirigem carros ou operam máquinas perigosas.

sexta-feira, 26 de abril de 2013

Braquialgia. Em português: dor no braço!



A braquialgia é uma síndrome dolorosa em um ou em ambos os membros superiores (braços).

Ela quase sempre parte da coluna cervical e envolve também o pescoço, os ombros e a parte superior das costas. É também chamada de cervico-braquialgia.

A causa mais comum da braquialgia é a herniação de um dos discos intervertebrais da coluna cervical, geralmente entre a 5ª., 6ª., 7ª. ou 8ª. vértebras cervicais ou alterações articulares entre elas.

Em idosos (acima dos 65 anos de idade), é frequente haver uma diminuição dos espaços intervertebrais por degeneração dos discos entre as vértebras ou uma artrite de coluna e a presença de osteófitos (formações ósseas que se desenvolvem na coluna vertebral, popularmente chamadas “bicos de papagaio”).

Em geral as causas da braquialgia são benignas, mas podem haver raros tumores ósseos da coluna cervical que comprimem as raízes nervosas, ocasionando dor.

A dor intensa é mais comum em um dos braços, mas pode mais raramente afetar ambos os braços. Na dependência da natureza e extensão do problema, ela pode fazer-se acompanhar de dormência, fadiga muscular, flacidez, fasciculações, diminuição da sensibilidade tátil, perda de força e dos reflexos, falta de coordenação muscular, dores nas mãos e, em alguns casos, dores na região da nuca e parte superior das costas.

Nos casos mais graves e duradouros, pode ocorrer atrofia muscular, com diminuição da força.

Na maior parte das vezes, a dor irradia-se apenas para um membro, a não ser que haja um comprometimento mais extenso da coluna cervical.

O início da dor pode ser abrupto, ou lento e progressivo, mas alcança seu máximo em horas ou dias e pode surgir após um movimento brusco ou de forma inesperada.

Quando os sintomas são muito intensos eles podem se tornar limitantes mesmo para as tarefas cotidianas simples, como comer ou escrever, por exemplo.

O diagnóstico das braquialgias é feito pelo histórico clínico do paciente, pelo exame físico e também pelos exames de imagens da coluna cervical, como as propiciadas pela radiografia, tomografia computadorizada ou ressonância magnética.

O tratamento das braquialgias depende de suas causas e deve seguir o tratamento delas, mas o tratamento sintomático deve envolver repouso, medicamentos anti-inflamatórios e analgésicos, fisioterapia, acupuntura e, eventualmente, cirurgia.

O repouso não tem necessariamente que ser na cama, que muitas vezes piora as dores.

Em geral as braquialgias evoluem para uma solução completa, quando tratadas adequadamente, mas guardam uma grande possibilidade de recidivar.

Como prevenir a braquialgia?

•Procure sempre manter uma postura correta; se possível, com ajuda de Pilates ou RPG.

•Durante tarefas como trabalhar num computador, por exemplo, procure manter a cabeça erguida.

•Procure manter seus ombros sempre relaxados.

•Procure não dormir com travesseiros muito altos ou muito baixos.

•Se tiver que executar tarefas predisponentes à braquialgia, procure fazer uma fisioterapia preventiva.

quinta-feira, 25 de abril de 2013

Pitiríase versicolor ou micose de praia



A pitiríase versicolor, popularmente chamada de “pano branco” ou “micose de praia” é uma micose (infecção fúngica) crônica que afeta a camada superficial da pele, causada por um fungo saprófita que vive normalmente na pele humana.

A doença existe em todo o mundo, mas é prevalente nos trópicos e nas regiões de climas temperados. A maioria dos casos ocorre em adultos jovens e afeta igualmente ambos os sexos e todas as raças.

A pitiríase versicolor não é contagiosa e hábitos precários de higiene não são um fator de risco para a enfermidade.

distúrbio de pigmentação é causado por um fungo chamado Malassezia furfur, que é o agente etiológico da pitiríase versicolor.

Ele é uma levedura lipofílica (dependente de lipídios para o seu metabolismo).

Algumas condições ainda pouco determinadas aumentam a presença do fungo e, assim, dos sintomas.

A pitiríase versicolor normalmente é assintomática.

Em alguns casos pode haver um ligeiro prurido quando a pele se aquece ou transpira.

Caracteriza-se por alterações da pigmentação cutânea, dando origem a pequenas manchas recobertas por uma fina camada descamativa, que variam do branco ao alaranjado e marrom, razão da sua classificação como "versicolor".

A Malassezia furfur tem preferência pela pele oleosa e procura os locais de maior secreção de gorduras, como tronco, pescoço, couro cabeludo, rosto e conduto auditivo externo.

As lesões descamativas nem sempre são perceptíveis, mas podem aumentar e coalescer (confluírem).

As lesões podem variar de hipopigmentação da pele (manchas mais claras que a pele normal) à hiperpigmentação (manchas mais escuras que a pele normal).

Elas são mais facilmente notadas após exposição aos raios solares, porque a ação do sol ativa a atuação do micro-organismo sobre o processo de pigmentação da pele.

A pele afetada por ele não se bronzeia normalmente com os raios solares, como o restante da pele. Talvez por isso, a enfermidade manifesta-se principalmente no verão e na primavera.

O diagnóstico da pitiríase versicolor é feito principalmente pela observação do aspecto clínico das lesões e pode ser confirmado pelo exame micológico direto (raspagem cutânea das lesões).

Como esse exame direto tem alto grau de confiabilidade, a cultura para fungos raramente é necessária.

Um diagnóstico diferencial deve ser feito com outras entidades que também provocam despigmentação cutânea, como o vitiligo, a pitiríase alba e a hanseníase em sua forma indeterminada.

Há vários tratamentos disponíveis com taxas elevadas de cura, porém as recorrências são frequentes.

O tratamento é feito com antifúngicos tópicos (sabonetes, xampus, loções, sprays ou cremes) e/ou sistêmicos (comprimidos).

O tratamento deve ser feito o quanto antes, porque caso ele se inicie tardiamente as possibilidades de se reverter o quadro são menores.

Normalmente, a pitiríase versicolor responde bem aos tratamentos e se cura.

Como é causada por um fungo que habita normalmente a pele, é possível que a pitiríase versicolor volte a aparecer, mesmo depois de um tratamento bem sucedido.

Por isso, às vezes faz-se necessário um tratamento de manutenção que deve ser prescrito por um médico.

Como prevenir a pitiríase versicolor?

•Usar buchas vegetais sobre o corpo, para promover a remoção mecânica dos fungos.

•Usar sabonetes esfoliantes e cremes antifúngicos.

quarta-feira, 24 de abril de 2013

Abscessos



Um abscesso é uma coleção de pus que pode se formar em qualquer órgão do corpo, interna ou externamente, acumulando bactérias e leucócitos vivos ou mortos, tecido necrosado (“morto”) e outras substâncias estranhas.

Ele tanto pode ser superficial e drenar-se espontaneamente através da pele ou afetar órgãos ou tecidos internos causando dificuldade para ser drenado ou complicações sérias quando drenado espontaneamente.

Muito raramente os abscessos são reabsorvidos, em geral precisam ser drenados ou abrem-se ao exterior, num processo chamado fistulização (formação de uma fístula).

O abscesso pode ser causado por vários micro-organismos, como bactérias piogênicas, fungos, parasitas e outros agentes biológicos ou certas substâncias químicas.

Mais frequentemente, os abscessos são causados por estreptococos. Geralmente ocorre quando um tecido orgânico é infectado e o sistema imunológico do corpo reage contra a infecção.

Num certo sentido, o abscesso testemunha uma luta entre os agentes invasores e os de defesa e é o resultado dessa batalha. Durante esse processo, forma-se o pus.

Um caso especial é o dos abscessos causados pela infestação por amebas, uma importante e frequente causa de abscessos no fígado.

Os principais sinais e sintomas de um abscesso dependem do órgão que ele afeta, da sua intensidade e extensão e das repercussões e complicações que acarreta.

No entanto, classicamente temos as manifestações gerais de todo processo inflamatório infeccioso: hiperemia (vermelhidão), dor, edema, calor, rubor e tumefação local.

Esses sintomas tendem a piorar à medida que o abscesso progride e aumenta a pressão sobre as estruturas adjacentes (sobretudo terminações nervosas) e se aliviam agudamente se o abscesso é drenado.

Nos abscessos mais "maduros" temos flutuação à palpação e a pele sobre eles torna-se mais fina. Como processos inflamatórios, os abscessos podem causar febre, calafrios, suores e mal-estar.

Uma exceção a isso são os abscessos tuberculosos, chamados de “abscessos frios”.

O diagnóstico de abscesso depende de uma detida história clínica e da observação visual do mesmo, quando possível.

Os abscessos externos podem ser facilmente observados através da pele, mas os internos podem ser de difícil diagnóstico.

Os exames de imagem (RX, ultrassom)podem dar uma ajuda indireta.

Os abscessos, sobretudo quando grandes, precisam ser drenados cirurgicamente porque os antibióticos normalmente não chegam ao seu centro necrótico, em virtude dele estar encapsulado, não ser vascularizado e ter condições químicas adversas aos antibióticos.

Depois de drenados os abscessos, os antibióticos devem ser administrados para eliminar as bactérias restantes e impedir a expansão da infecção ou a recidiva do abscesso.

Aqueles muito volumosos, depois de esvaziados, deixam no local uma grande cavidade, a qual será preenchida por uma cicatrização por segunda intenção (não se pode suturar o local) e podem demandar a colocação temporária de um dreno no local, procedimento que deve ser realizado por um médico.

Os abscessos de pequeno tamanho podem ser absorvidos ou drenarem para o exterior do organismo (“vir a furo”), mediante a aplicação, várias vezes por dia, de compressas quentes.

Alguns abscessos podem ter resolução espontânea, seja sendo reabsorvidos (sobretudo se pequenos), formando fístulas (comunicação) para o meio externo a eles ou formando um cisto.

Os abscessos que fazem fístulas para cavidades naturais do corpo podem dar origem a um empiema (coleção de pus dentro de uma cavidade natural do corpo) ou complicar-se causando uma septicemia.

Todo abscesso deve ser avaliado por um médico. Ele nunca deve ser manipulado com objetos contaminados, como agulhas, lâminas, etc.

terça-feira, 23 de abril de 2013

Síndrome de Klinefelter



A síndrome de Klinefelter é uma síndrome genética que afeta somente meninos e se deve a uma mutação numérica dos cromossomos.

Há acréscimo de um cromossomo sexual no conjunto diploide de um indivíduo.

Ela foi descrita pela primeira vez em 1942 por Harry Fitch Klinefelter.

A anomalia cromossômica que causa a síndrome ocorre em menos de 0,2% dos bebês recém-nascidos.

Esta anomalia genética está associada à idade materna avançada.

A síndrome é causada por uma alteração genética em que os meninos adquirem um cromossomo X extra, ficando XXY.

Embora, mais raramente, seja possível encontrar pessoas com outras combinações cromossômicas de tipo XXXY, XXYY ou XXXXY.

As pessoas com síndrome de Klinefelter geralmente têm uma estatura muito elevada, ginecomastia (desenvolvimento aumentado do tecido mamário) e testículos pequenos.

Outros sintomas comuns se referem a proporções anormais do corpo (pernas longas, tronco curto, etc.), baixa densidade óssea, barba rala, problemas sexuais, poucos pelos no púbis, nas axilas e na face.

Os portadores desta síndrome têm uma expectativa média de vida normal, no entanto, apresentam, com maior frequência que a população geral, tendências a acidentes vasculares cerebrais, câncer, atraso no desenvolvimento psicomotor e da linguagem, deficiência auditiva e problemas escolares.

Algumas vezes podem ter comportamentos sociais e psiquiátricos alterados.

Nem sempre se verifica infertilidade, embora ela seja frequente nesses indivíduos.

Esta síndrome raramente é diagnosticada nos recém-nascidos, mas quanto mais precoce for o diagnóstico, mais cedo pode ser feita a intervenção terapêutica, psicológica ou farmacológica.

A avaliação do desenvolvimento, com especial ênfase aos problemas visuais e auditivos, deve ser realizada em consultas periódicas ao pediatra.

As anomalias porventura constatadas devem ser seguidas em consultas posteriores da especialidade.

Muitas vezes essas anomalias só são detectadas quando surgem problemas comportamentais, desenvolvimento anômalo na puberdade ou infertilidade.

Para maior precisão diagnóstica pode ser feito cariotipagem, espermograma e exames de sangue para dosar os hormônios estrogênio, folículo estimulante, luteinizante e testosterona.

A síndrome de Klinefelter não tem cura, mas pode ser amenizada com o tratamento adequado.

O tratamento básico é feito com a administração de testosterona e deve ser indicado por volta dos 11 ou 12 anos de idade. Sobretudo na puberdade ele é muito importante e ajuda a definir os caracteres sexuais secundários dos meninos afetados.

Os homens acometidos podem ter uma vida sexual normal, com ereção e ejaculação, mas muitas vezes são inférteis e na maioria das vezes não conseguem engravidar uma mulher.

No entanto, eles podem ser ajudados por um médico especializado em infertilidade.

segunda-feira, 22 de abril de 2013

Zona Franca: final-de-semana!



Muita gente que faz dieta tem um período de tempo que se combina com liberação geral: o final de semana!

É uma tentação "segurar a boca" para não comer o que não precisa!

Muito comum pesar-se na segunda-feira e constatar que o peso aumentou meio, um ou dois(!) quilos!

Quanto desperdício da nossa parte!

Será que vale a pena, desperdiçar o esforço da semana toda em um ou dois dias, por conta dos prazeres que o sabor pode dar por alguns instantes?

Verdade, pense bem: comer exige contato prazeroso com alimentos por alguns instantes (segundos) e, para renovar o prazer, é preciso de mais uma porção, maus uma "garfada", até que se possa chegar à saciedade gástrica, quer dizer, ao "estufamento gástrico"...

Mas, não é só o final de semana que conduz a este comportamento: os feriados, as festas, as festividades (páscoa, festas juninas, natal, etc, etc) também são uma "boa época" para que se entre na "faixa de engorda"!

Mas, resumindo aos finais de semana, o que a gente sente é mais ou menos assim: sente-se castigado de segunda a sexta, no mãximo sábado, e, no sábado e/ou domingo, "tira a barriga da miséria", literalmente!

Vivemos um ou dois dias de reis, após uma semana de plebeus!

Tudo errado!

Parece que somos corredores de 100 metros rasos, esperando dar a partida para "arrebentar" em dez ou doze segundos!

Só que, ao correr, detonamos tudo!

Vale a pena um prazer tão fugaz por tanto prejuízo?

Bom, esse é apenas um alerta para nós todos!

Precisamos começar a racionalizar (não é preciso racionar) os finais de semana! Incluindo nesse propósito, também, as bebidas, que engordam muito, com pouco volume!

domingo, 21 de abril de 2013

Queimaduras



Quem passa pasta de dente na pele afogueada sofre em dobro: primeiro para espalhar o creme, depois para retirá-lo da cútis sensível.

O ideal é não aplicar nada sem a orientação de um médico.

A pessoa pode se surpreender negativamente com os efeitos de certos produtos.

O mesmo vale para clara de ovo, borra de café, manteiga...

O creme dental contém produtos químicos que podem agravar a queimadura!

NUNCA aplique sobre áreas queimadas, ainda que seja pequena!

sábado, 20 de abril de 2013

Atelectasias



Os pulmões são órgãos extensíveis, cheios de ar, onde se dão as trocas do oxigênio, que vai alimentar o organismo, carreado pela circulação sanguínea, pelo gás carbônico, que os pulmões eliminam por meio da expiração.

A atelectasia pulmonar não é uma doença, mas uma síndrome que pode ocorrer em várias doenças e que consiste na falta de aeração e consequente colapso de parte ou da totalidade de um pulmão, devido a um bloqueio dos brônquios ou bronquíolos.

O pulmão, ou parte dele, então “murcha”.

Além do prejuízo respiratório, também ocorrem diminuição da oxigenação e outros distúrbios cardiovasculares.

As causas mais comuns da atelectasia pulmonar são:

•Acúmulo de secreções espessas, formando uma “rolha” que obstrui os brônquios ou bronquíolos.

•Compressão por um tumor.

•Derrame plural (líquido na cavidade pleural).

•Pneumotórax (ar na cavidade torácica).

•Aspiração de corpo estranho (principalmente nas crianças).

•A atelectasia também ocorre em seguida a uma anestesia geral, sobretudo depois de cirurgias efetuadas no tórax ou no abdome superior.

Os sintomas da atelectasia pulmonar variam em função da extensão da lesão e da velocidade de sua instalação.

Nas atelectasias agudas, em geral, são: dor torácica, tosse e dificuldade para respirar.

Nos casos em que a atelectasia se desenvolve aos poucos, os sintomas não costumam ser muito evidentes e muitas vezes são confundidos com os da doença causal.

As atelectasias demoradas podem acabar gerando complicações como infecções, dilatações brônquicas e fibrose pulmonar.

Além dos sinais e sintomas, que podem dar uma primeira pista, o médico poderá confirmar o diagnóstico através da radiografia ou da tomografia computadorizada do tórax.

O exame físico pode não ajudar muito porque a atelectasia só dá sinais se o colapso pulmonar for extenso.

No entanto, ele pode mostrar diminuição da mobilidade torácica, retração costal, dispneia, tosse, diminuição na expansibilidade do pulmão no lado da atelectasia, etc.

Em muitos casos, a broncoscopia (exame feito através de um tubo que porta uma câmera de vídeo em sua extremidade) é capaz de detectar o problema.

No que se refere a exames bioquímicos, a gasometria mostrará hipoxemia, hipercapnia e alcalose respiratória.

Os exames radiológicos, por seu turno, revelarão hipertransparência, aumento da densidade na área colabada, deslocamento do mediastino para o lado da atelectasia, elevação do diafragma e outros sinais típicos que o médico deverá saber avaliar.

O tratamento da atelectasia pulmonar depende da sua causa e tem como objetivo re-expandir o pulmão colabado.

Se houver infecção bacteriana deve-se usar antibióticos. Os mucolíticos (medicamentos que facilitam a expectoração) poderão ajudar na eliminação das secreções.

A fisioterapia pulmonar também pode contribuir com a mobilização das secreções e a broncoscopia pode ser usada para a aspiração dessas secreções.

Se a obstrução dos brônquios for motivada pela aspiração de um corpo estranho para as vias aéreas, a broncoscopia pode ser usada para removê-lo, mas se isso não for suficiente, tem-se de apelar para a cirurgia.

Ela também, em geral, será necessária para a remoção de tumores.

A evolução da atelectasia pulmonar depende da condição que a causa.

Algumas são inteiramente solucionáveis, sem sequelas; outras podem se complicar com infecções ou insuficiências respiratórias graves e algumas podem, inclusive, exigir cirurgias.

Como prevenir a atelectasia pulmonar?

•Depois de uma intervenção cirúrgica o indivíduo deve respirar profundamente, tossir regularmente (sem grande esforço) e começar a se movimentar o mais cedo possível.

•Os indivíduos fumantes devem deixar de fumar por seis a oito semanas após uma cirurgia.

•Os indivíduos com dificuldades neurológicas ou pulmonares devem usar os aparelhos apropriados para o seu caso.

sexta-feira, 19 de abril de 2013

Suco de beterraba pode reduzir a pressão arterial



Artigo publicado pelo periódico Hypertension mostra que o suco de beterraba contém nitrato e pode reduzir a pressão arterial sistólica e diastólica em média em 10 mmHg, mesmo depois que os níveis de nitrato contidos no suco e ingeridos voltam ao normal no sangue. Os efeitos mais acentuados ocorreram entre três e seis horas após a ingestão do suco, mas ainda havia redução até 24 horas depois.

O estudo de Webb e colaboradores mostra que a ingestão de suco de beterraba, que é rica em nitrito/nitrato, por voluntários saudáveis não só reduziu a pressão arterial em aproximadamente 10 milímetros de mercúrio, mas também impediu a disfunção endotelial após reperfusão por isquemia (sem alterar a dilatação da artéria pré-isquemia). A ingestão do suco era coincidente com um aumento drástico nos níveis plasmáticos de nitrato e nitrito.

Dessa forma, o nitrato na dieta pode reduzir os riscos cardiovasculares através de um procedimento de baixo custo e natural em oposição à abordagem com o uso de vários medicamentos.

Fonte: Hypertension

quinta-feira, 18 de abril de 2013

Hiperparatireoidismo



O hiperparatireoidismo primário é caracterizado pelo funcionamento exagerado de uma ou mais glândulas paratireoides, levando a um aumento da produção do hormônio paratireoideano (paratormônio) na circulação.

O hiperparatireoidismo secundário é causado por alguma doença sistêmica (geralmente renal) que ative essas glândulas.

As glândulas paratireoides normalmente são em número de quatro (dois pares), do tamanho de uma ervilha, localizadas atrás ou mesmo dentro da tireoide, mas algumas pessoas têm seis ou até mesmo oito dessas glândulas.

Suas relações com a tireoide não vão além da sua localização; as funções de ambas são inteiramente diferentes.

As paratireoides fabricam o hormônio paratireoideano, responsável principal pela regulação da concentração de cálcio e fósforo no sangue. Se as glândulas paratireoides secretam muito hormônio, o nível de cálcio sanguíneo se eleva, condição que recebe o nome de hipercalcemia.

Na quase totalidade dos casos a hiperfunção da glândula deve-se a um adenoma (tumor benigno) nas paratireoides ou a uma hiperplasia (inchaço) da glândula. E em casos raros pode ser causada por tumores malignos.

Os sinais e sintomas do hiperparatireoidismo são devidos ao aumento de cálcio no sangue e na urina e à extração biológica de cálcio dos ossos. Sempre que ocorrem níveis elevados de paratormônio podem surgir sintomas como fraqueza muscular, perda de apetite, fadiga, emagrecimento, prurido, constipação intestinal, dores abdominais, náuseas, vômitos, aumento do volume urinário, sonolência, dificuldade de concentração, confusão mental, depressão, delírios e dores ósseas.

Se o hiperparatireoidismo perdura por maior tempo, podem ocorrer sintomas digestivos como úlcera duodenal, pancreatite, cólica e/ou insuficiência renal, atrofia muscular, alterações visuais, hipertensão arterial e alterações do eletrocardiograma.

O diagnóstico de hiperparatireoidismo pode ser muito difícil porque cerca da metade dos casos é assintomática.

Quando há sintomas, eles são inespecíficos e os mais comuns são: frequentes pedras no rins, problemas ósseos graves, síndrome neuropsiquiátrica com depressão, confusão mental e hiperreflexia generalizada.

Mesmo assintomático, o hiperparatireoidismo ocasiona um aumento de risco para doenças cardiovasculares e fraturas ósseas por osteoporose.

Radiografias das mãos, ossos longos, coluna, crânio e arcada dentária ajudam a detectar as alterações. As alterações renais, por sua vez, podem ser avaliadas através da ultrassonografia.

Pode-se ainda medir o nível de cálcio no sangue, a elevação do hormônio da paratireoide e da vitamina D. Há outras causas de elevação do cálcio sanguíneo, mas apenas no hiperparatireoidismo o paratormônio também está elevado ao mesmo tempo.

Podem ser feitos ainda exames de imagem da região do pescoço (ultrassonografia, cintilografia, tomografia e ressonância magnética) e dosagens de marcadores do metabolismo ósseo.

Alguns pacientes com hiperparatireoidismo leve nem chegam a necessitar de tratamento.

Quando é necessário, o tratamento do hiperparatireoidismo é cirúrgico, seja com a retirada das glândulas paratireoides hiperplásicas ou do tumor, quando for o caso.

A hipercalcemia, quando severa, deve ser tratada por meio de hidratação oral ou venosa, com ingestão de pelo menos dois litros de água por dia ou administração de soro fisiológico venoso.

Existem medicamentos capazes de diminuir o cálcio no sangue (raloxifeno) e melhorar a densidade mineral óssea (alendronato).

Não há como prevenir o hiperparatireoidismo, mas há como minorar seus efeitos através de um exame regular dos níveis de cálcio em todos os familiares em primeiro grau, a partir da puberdade, e do tratamento o mais precoce que for possível.

quarta-feira, 17 de abril de 2013

Programa de Peso 8



Mastigue bem os alimentos!

Não tenha pressa na hora de comer, pois, quando se tem urgência para comer, a gente acaba comendo mais do que o necessário!

Além disso, comer "com calma" faz com que tenhamos um melhor aproveitamento dos alimentos, ao degluti-los melhor pré-digeridos.

Enquanto comemos devagar, nosso organismo vai liberando, também, substâncias responsáveis pela sensação de saciedade, fato que se estabelece em aproximadamente 15 minutos, a partir da primeira "engolida".

Então, comer todas as garfadas de arroz com feijão muito rapidamente faz com que a gente se descontrole e acabe terminando de comer antes do período de qiunze minutos e ingerindo bem mais do que realmente a gente precisaria.

Há um estudo que afirma que quanto maior o número de "mastigadas" que a gente dê durante uma refeição, maior o estímulo das papilas gustativas e maior a satisfação emocional e física durante a refeição.

Evidente que o contrário também vale: quanto mais rápido a gente come, menor o grau de satisfação com a refeição, gerando até uma leve sensação de frustração.

Então, prepare os alimentos para uma refeição mais longa: não deixe os alimentos em tamanhos muito pequenos, para que sua mandíbula possa trabalhar mais e gerar um tempo um pouco maior para sua refeição.

Um exemplo legal: a cenoura crua, além de mais saborosa e nutritiva do que quando cozida, dá mais trabalho para comer e maior satisfação durante a refeição.

Mais uma dica: prefira alimentos sólidos ao invés de sopas ou cremes, que, de certo modo, já vêm "pré-digeridos".

Divida a mastigação dos alimentos entre os dois lados da boca, para aumentar ainda mais o estímulo das papilas gustativas da língua e elevar o grau de saciedade.

Quando mastigamos dos dois lados da boca, nosso cérebro "entende" mais rápido que já está na hora de parar de comer...

terça-feira, 16 de abril de 2013

Ingestão de fibras na alimentação



Uma revisão sistemática e meta-análise de estudos sobre a ingestão de fibras e sua associação com o risco reduzido de acidente vascular cerebral (AVC) foi publicada no periódico Stroke. Os resultados mostraram que a maior ingestão de fibras está significativamente associada a um menor risco de acidente vascular cerebral.

Vários bancos de dados eletrônicos foram pesquisados e oito estudos de coorte, publicados entre janeiro de 1990 e maio de 2012, foram incluídos na análise. Dados sobre a ingestão de fibras em participantes saudáveis e a incidência de um primeiro evento de acidente vascular cerebral hemorrágico ou isquêmico foram analisados.

A maior ingestão de fibra alimentar está significativamente associada a um menor risco de acidente vascular cerebral.

Cada aumento de sete gramas de fibra por dia reduz o risco de um primeiro acidente vascular cerebral em cerca de 7%.

De forma geral, os resultados reforçam as recomendações dietéticas para aumentar a ingestão de fibra alimentar total.

No entanto, uma escassez de dados sobre os diferentes alimentos que contêm fibras impede conclusões a respeito da associação entre o tipo de fibra ingerida e o risco de acidente vascular cerebral. Há uma necessidade de estudos futuros para se concentrar no tipo de fibra e para examinar o risco para AVC isquêmico e hemorrágico separadamente.

Fonte: Stroke, publicação online de 28 de março de 2013

segunda-feira, 15 de abril de 2013

Tetraplegias: o que é isso?



As tetraplegias (ou quadriplegias) ocorrem quando as vias motoras e sensitivas que percorrem a medula espinhal em direção à periferia (e vice-versa) são interrompidas por um acidente ou outro motivo qualquer, no nível da coluna cervical, entre a primeira e a sétima vértebras cervicais ou em virtude de algumas doenças neurológicas.

Medicamente, é mais usual falar de tetraplegia quando se trata de lesão medular e de quadriplegia quando se trata de lesão encefálica com comprometimento dos quatro membros.

Essa interrupção dos estímulos nervosos pode ser completa ou incompleta, levando, assim, a diferentes repercussões e sintomas ou podendo, inclusive, causar a morte.

As tetraplegias levam à perda de controle motor e sensibilidade dos membros superiores e inferiores e do tronco, podendo afetar de maneira significativa a musculatura respiratória. Após uma lesão medular completa, os membros afetados deixam de receber qualquer tipo de estímulo.

A pessoa acometida perde também, na maioria dos casos, o controle das suas necessidades fisiológicas.

As tetraplegias são sempre sinal de uma doença grave do cérebro ou da medula espinhal cervical.

Elas podem ocorrer em razão de hemorragias cerebrais, insuficiência vertebrobasilar (acidente vascular isquêmico por insuficiência da irrigação sanguínea no território da artéria basilar), esclerose lateral amiotrófica avançada, lesões traumáticas da medula espinhal cervical ou compressões por causas extrínsecas à medula.

Duas causas muito comuns de lesões na medula espinhal são os acidentes automobilísticos e os mergulhos em águas não profundas, levando a batidas com a cabeça, como por exemplo quando alguém mergulha em uma piscina que não está totalmente cheia de água.

Também são significativas as lesões à medula ocasionadas por armas de fogo e outros acidentes vasculares cerebrais.

O sinal mais notório da tetraplegia é a paralisia dos membros superiores e inferiores. Há uma imensa gradação na perda desses movimentos, indo desde a perda de forças, até uma imobilidade completa dos membros, quase sempre levando à incontinência urinária, fecal e à impotência, obrigando os pacientes ao uso de dispositivos especiais.

A musculatura respiratória também pode ser mais ou menos afetada, ocasionando dificuldades respiratórias.

Com isso, os músculos do paciente se atrofiam visivelmente. Quase sempre a lucidez, a fala e a inteligência ficam preservadas.

As tetraplegias, em geral, são consequência de moléstias neurológicas graves e irreversíveis e muitas vezes mortais. O paciente que sobrevive a elas torna-se uma pessoa sem autossuficiência e passa a ter necessidade de assistência contínua e ininterrupta, durante toda a vida, às vezes até mesmo para respirar (respiração assistida).

Nas tetraplegias, o paciente tem pela frente a difícil tarefa de adaptar-se à sua nova modalidade de vida e aprender a usar os recursos (médicos e sociais) disponíveis e o médico deve cuidar das possíveis complicações que advenham dessa nova condição.

Uma preocupação especial deve ser mantida com a pele, nos pontos de apoio do corpo, para que ela não se fira sem que isso seja notado.

Uma cadeira de rodas especial representa o único meio possível de locomoção, mas mesmo assim os pacientes dependerão de outra pessoa que lhes coloque ou retire dela. Alguns casos especiais podem exigir cirurgia, a ser realizada por um neurocirurgião.

sábado, 13 de abril de 2013

Atividades físicas para deixar as crianças mais calmas



Toda criança precisa de atividade física e podemos observar que as que têm mais atividades (bem direcionadas) têm melhor humor e menos sinais de depressão.

Um estudo recente descobriu mais um motivo para a prática de atividades físicas na infância: elas auxiliam a lidar com as situações de estresse.

Esta é a primeira pesquisa na área, a partir do periódico Journal of Clinical Endocrinology & Metabolism, na qual foram acompanhadas mais de 250 crianças de cerca de 8 anos de idade durante quatro dias, nos quais meninos e meninas usaram acelerômetros, para registrar a qualidade e quantidade de exercícios físicos praticados, além de os pais ficarem responsáveis por colher amostras da saliva em diferentes momentos do dia, para que se pudesse avaliar os níveis de cortisol, um hormômio relacionado ao estresse.

Os resultados apontaram relativa igualdade entre os períodos de atividade e inatividade dos pequenos pacientes, mas, nos momentos em que foram submetidos a testes de aritmética ou outros problemas de nível intelectual, foi apontado que nesses momentos os níveis de cortisol ficavam mais elevados.

As crianças com maior atividade física tinham menor elevação dos níveis de cortisol, enquanto que os com maior tendência ao sedentarismo era o contrário.

Portanto, movimentar-se parece garantir, pelo menos para as crianças, melhor resposta fisiológica ao estresse.

Atividades como correr, pular, brincar em movimento são estimulantes para a mente e liberam hormônios que desencadeiam sensação de bem-estar.

sexta-feira, 12 de abril de 2013

Metrorragia



Metrorragia (hemorragia uterina, sangramento uterino) é o sangramento do útero, fora da época apropriada do ciclo menstrual. Ele se exterioriza como eliminação de sangue pela vagina e por isso é popularmente chamado de sangramento vaginal.

A presença de metrorragia em mulheres acima dos 40 anos deve sempre levantar a suspeita de carcinoma de endométrio, demandando o exame sob microscópio de parte do tecido do endométrio.

Contudo, na maioria dos casos, a metrorragia se deve às demais causas, não malignas.

A metrorragia pode ocorrer em qualquer idade, mas em cada fase da vida ela tem causas diferentes.

Na infância, a hemorragia vaginal é muito rara e ocorre principalmente por traumas ou introdução de objetos na vagina. Na adolescência, podem ocorrer menstruações excessivas ou ciclos menstruais irregulares.

Na fase reprodutiva, são comuns as hemorragias da gravidez, os pólipos, os miomas uterinos e as infecções. Após a menopausa, os tumores malignos são mais frequentes como causa de sangramento.

Assim, as causas mais comuns da metrorragia podem indicar situações simples, facilmente reversíveis e sanáveis, ou outras graves que implicam em maiores dificuldades.

No geral, a metrorragia pode se dever a situações disfuncionais ou a patologias como polipose, miomas, gravidez extrauterina ou carcinoma do endométrio.

Por isso, as metrorragias se classificam em funcionais e orgânicas, confome sejam suas causas. O sangramento uterino também pode ser causado pelo dispositivo intrauterino (DIU).

O sinal mais importande neste quadro é a perda de sangue pela vagina, fora do período menstrual, de características diferentes daquele sangramento fisiológico, tais como duração, quantidade e aspecto.

Conforme a causa, outros sintomas podem estar presentes, como dor no baixo abdômen, febre, crescimento do abdômen ou sinais de disfunções hormonais variadas.

Se o sangramento for intenso e duradouro, os sinais clínicos e laboratoriais de anemia também aparecerão.

O diagnóstico de metrorragia baseia-se nas queixas e no exame físico da paciente, mas alguns exames complementares podem ser necessários para definir as causas dela, como o exame de Papanicolau, a colposcopia e a biópsia endometrial.

Exames de imagem como ultrassonografia ou ressonância magnética podem ser necessários em alguns casos.

Outros exames laboratoriais, como o hemograma, por exemplo, podem ser úteis em casos de infecções ou anemias e podem ajudar na avaliação do estado geral da paciente.

O tratamento das metrorragias depende das causas do problema. Conforme o caso, podem ser prescritos hormônios, antibióticos ou a remoção do DIU.

Em alguns casos, como o de tumores, por exemplo, pode ser necessária a cirurgia e até mesmo a retirada do útero.

Atualmente existe uma nova técnica, de ablação de endométrio por histeroscopia, que tem evitado muitas retiradas de úteros desnecessárias.

quinta-feira, 11 de abril de 2013

Paralisia Facial



A paralisia facial acontece unilateralmente nos músculos da face de forma súbita, parcial ou completamente, acometendo cerca de 25 em cada grupo de 100.000 pessoas. Esse comprometimento pode ocorrer no trajeto do nervo facial ainda dentro do cérebro, por um acidente vascular cerebral, por exemplo, ou fora dele.

Quando ocorre fora, a paralisia é chamada de paralisia facial de Bell.

O nervo facial é um nervo misto, motor e sensitivo, que parte do tronco cerebral e segue em direção ao osso temporal, passando por um canal ósseo próximo à orelha interna, de onde emerge junto à glândula parótida.

Ele tem as funções de mobilidade dos músculos do rosto, de recolher a sensibilidade do canal do ouvido e de controlar as lágrimas e a saliva, além de ser responsável pelo sabor na parte dianteira da língua.

A paralisia facial é dita central ou periférica, conforme se origine respectivamente em doenças do sistema nervoso central ou em doenças do próprio nervo facial.

A paralisia facial pode ser causada por vários fatores, como mudanças bruscas de temperatura; estresse; traumatismos ou acidente vascular cerebral (AVC); cirurgias da glândula parótida (glândula da salivação); otites; infecções; alterações circulatórias ou tumores próximos ao nervo facial ou no próprio nervo, entre outras causas.

Na paralisia de Bell, assim chamada quando uma causa não é conhecida, acredita-se que haja um mecanismo inflamatório no nervo facial como resposta a uma infecção viral, uma compressão ou uma ausência de irrigação sanguínea. Este é o tipo mais comum de paralisia facial.

Os diabéticos têm uma probabilidade aumentada de desenvolver uma paralisia facial quando comparados à população geral, o que também ocorre com gestantes no último trimestre da gravidez ou em pacientes imunodeprimidos. Infecções virais ou bacterianas e doenças autoimunes também aumentam o risco de paralisia facial.

A paralisia facial, embora de surgimento geralmente súbito, pode desenvolver-se progressivamente. Antes do desenvolvimento da paralisia costuma aparecer uma dor no pescoço, ouvido ou região retroauricular, mas essas queixas não são reconhecidas como uma prévia da paralisia facial.

A paralisia de Bell afeta os músculos faciais, especialmente os inervados pelo oitavo par craniano, mas os doentes devem igualmente efetuar uma avaliação dos outros nervos cranianos.

Ela pode ser máxima desde o início ou instalar-se aos poucos, durante alguns dias. Alguns doentes queixam-se de uma sensação de “adormecimento” da face e outros de vertigens e otalgia (dor nos ouvidos).

Outros, ainda, queixam-se de um lacrimejamento aumentado (lágrimas de crocodilo, não acompanhadas de emoção) ou, inversamente, de diminuição do lacrimejamento.

Na paralisia estabelecida os sintomas mais comuns são:

•Boca torta, repuxada para o lado não paralisado.

•Boca seca.

•Falta de expressividade em um dos lados da face.

•Impossibilidade de fechar completamente um dos olhos e de franzir a testa.

•Dor de cabeça ou na região cervical.

•Dor na mandíbula.

•Ausência de sabor na ponta da língua.

•Hiperacusia (aumento da sensibilidade ao som) em um dos ouvidos.

•Dificuldades para assoviar ou para reter a saliva dentro da boca.

A paralisia facial central geralmente compromete somente a parte inferior da face, com preservação do olho e da fronte do lado acometido, mas também ocasionando desvio da boca para o lado contrário.

O diagnóstico da paralisia facial é essencialmente clínico, feito através da observação do paciente.

Contudo, para certificar-se de que não há nenhuma outra patologia subjacente, pode-se recorrer a exames de imagens neurológicas como, por exemplo, à ressonância magnética e a análises do líquor ou a outros exames laboratoriais.

A eletroneuromiografia pode dar uma ideia da afetação dos músculos e das fibras nervosas, ajudando no estabelecimento de uma estimativa prognóstica.

A não ser que haja outra patologia subjacente, caso em que ela deve ser tratada pelos meios adequados, o tratamento da paralisia facial é sintomático e deve ser feito com corticoides, uso de colírios, medicamentos antivirais e fisioterapia.

O uso de colírios é essencial para manter hidratado o olho afetado e diminuir o risco de lesões na córnea.

Massagens nos músculos da face e outros recursos fisioterápicos são essenciais para prevenir hipotrofias musculares.

Ao dormir, pode-se usar uma venda e/ou aplicar uma pomada de maior duração.

Recomento, também, o tratamento com ACUPUNTURA E HOMEOPATIA!

A recuperação de uma paralisia facial depende da sua causa, mas a maioria (mais da metade) dos pacientes se recupera integralmente.

Outros se recuperam apenas parcialmente, ficando com sequelas residuais e há aqueles que não têm nenhuma recuperação.

A recuperação completa parece ocorrer mais frequentemente nas paralisias parciais e numa idade inferior a 40 anos.

Quando há restabelecimento da função, o tempo para isso é variável, de duas semanas a alguns meses. Normalmente, as crianças tendem a se recuperar bem.

quarta-feira, 10 de abril de 2013

Eletroencefalograma: informações úteis!



O eletroencefalograma (EEG) ou eletroencefalografia é um exame que permite o estudo do registro gráfico das correntes elétricas espontâneas desenvolvidas no cérebro, através de eletrodos aplicados no couro cabeludo, na superfície encefálica ou até mesmo dentro da substância encefálica. Começou a ser usado após 1929, depois da descoberta de Hans Berger (psiquiatra alemão) de que o cérebro gera uma atividade elétrica capaz de ser registrada.

Um poderoso amplificador de corrente elétrica é capaz de aumentar milhares de vezes os sinais elétricos gerados no cérebro e, por meio de um dispositivo chamado galvanômetro, eles são registrados sobre uma tira deslizante de papel, em forma de ondas.

A eletroencefalografia vinha perdendo terreno para outros métodos de diagnóstico, mas a associação dela com a informática deu-lhe novo impulso, conquistando um lugar proeminente no diagnóstico de vários problemas cerebrais e contribuindo também com outras técnicas terapêuticas. Isso tornou possível, inclusive, o mapeamento cerebral colorido, eletricamente determinado, muito em voga atualmente.

O exame é simples, indolor, sem contraindicações e pode ser feito em qualquer idade.

As únicas condições que podem torná-lo difícil são lesões presentes no couro cabeludo, tais como dermatite seborreica intensa, infecções, infestações ou grandes ferimentos.

Geralmente o paciente estará acordado, sentado em uma poltrona confortável ou deitado, de olhos semi-serrados e num ambiente de penumbra. Será pedido a ele que fique imóvel, relaxe o máximo que consiga e, se possível, até durma. Em algum momento durante o exame será pedido ao paciente que respire aceleradamente, para obter-se um gráfico em hiperventilação, que pode potencializar algumas alterações.

O eletroencefalograma também poderá ser potencializado pelo sono ou por foto estimulação.

O sono pode ser obtido de modo espontâneo, mediante uma privação prévia ou ser induzido por uma sedação medicamentosa leve.

No caso de foto estimulação, são colocadas luzes extremamente brilhantes para piscar na frente do paciente, em diferentes velocidades, por um aparelho chamado estroboscópio.

Eletrodos são então fixados sobre o couro cabeludo do paciente com uma pasta aderente que contribui na condução elétrica, em geral, em posições pré-definidas internacionalmente.

Um amplificador de potenciais ajuda a elaborar um gráfico das ondulações cerebrais, analógico ou digital, dependendo do equipamento.

O procedimento dura em torno de 30 minutos e, terminado o exame, o paciente pode retornar às suas atividades normais.

Em crianças que não se adaptem bem ao exame, pode ser feita uma leve sedação. A partir de um padrão de normalidade, o médico especializado é capaz de medir as alterações existentes e fazer as correlações necessárias com os dados clínicos do paciente, obtendo um diagnóstico.

Geralmente se realiza o eletroencefalograma quando há suspeita de epilepsia ou, em casos em que ela já é conhecida, para diagnosticar o seu tipo.

Pode-se ainda usá-lo na avaliação de coma, morte encefálica, intoxicações, encefalites diversas, síndromes demenciais, crises não epilépticas devidas a distúrbios metabólicos e em tumores cerebrais.

Em casos diversos, o especialista pode observar descargas de ondas anormais em forma de pontas, por exemplo (picos de onda), complexos ponta-ondas ou atividades lentas focais ou generalizadas de diferentes significações clínicas.

As técnicas mais avançadas do Eletroencefalograma Quantitativo (mapeamento cerebral) permitem determinar a localização precisa de tumores cerebrais e de doenças focais do cérebro, como a epilepsia ou as alterações vasculares e derrames, por exemplo.

Como se preparar para o exame?

•Lavar bem os cabelos, mas com tempo suficiente para que estejam bem secos ao início do procedimento.

•Não utilizar nenhum produto no cabelo (laquê, gel, cremes, óleos, tinturas, etc.).

•Não é necessário suspender os medicamentos de uso contínuo, mas eles devem ser informados ao médico.

•Para conseguir-se o sono espontâneo, o paciente deve fazer uma restrição de sono na noite anterior ao exame, dormindo no máximo três horas. Bebês podem ser alimentados durante a colocação dos eletrodos para facilitar a indução do sono.

•Não há restrições alimentares.

Normalmente não ocorrem complicações, no entanto, pode acontecer (raramente) que pacientes epilépticos tenham uma crise durante o exame, principalmente quando feita a foto estimulação. Se ocorrer, isto já é uma indicação diagnóstica e ele estará num ambiente mais protegido e com maior assistência do que nas crises que acontecem aleatoriamente. Com as pessoas não epilépticas, em geral, nada ocorre.

terça-feira, 9 de abril de 2013

Prótese coclear ou "ouvido biônico"



O implante coclear é um dispositivo eletrônico implantado na orelha e projetado para produzir sensações auditivas úteis para uma pessoa com surdez neurossensorial severa ou profunda (total).

Esses implantes cocleares consistem basicamente de um microfone, usado externamente, um processador de som e um sistema de transmissão.

O sistema implantado é o eletrodo receptor que contém os circuitos eletrônicos que recebem os sinais, a partir do sistema externo, e envia correntes elétricas para a orelha interna.

Os implantes cocleares podem ajudar adultos e crianças com surdez neurossensorial severa ou profunda, os quais recebem pouco ou nenhum benefício a partir de aparelhos auditivos ou amplificadores.

Este tipo de surdez é causado por uma lesão grave na cóclea ou no nervo auditivo, que ficam na orelha interna.

Isso faz com que a pessoa não consiga mais captar e transformar as vibrações mecânicas, mesmo de sons muito amplificados, em impulsos elétricos para o nervo auditivo.

O implante coclear estimula eletricamente o nervo auditivo, o qual conduz esses estímulos ao cérebro.

Implantes cocleares bilaterais estão cada vez mais sendo aceitos como terapêutica padrão para o tratamento da perda auditiva severa.

Isto é particularmente verdadeiro para os bebês e crianças que estão adquirindo a fala e a linguagem.

O sucesso dos implantes depende de uma série de fatores, alguns deles são:

•Tempo de surdez do paciente.

•Idade em o paciente se tornou surdo.

•Idade em que o implante foi colocado. Pacientes mais jovens respondem melhor do que os mais velhos.

•Tempo de utilização do implante.

•Dedicação do paciente e apoio de uma equipe multidisciplinar para que a pessoa aprenda a lidar com o dispositivo.

•Motivação para participar de sessões de reabilitação.

•Saúde e estrutura da cóclea, ou seja, como estão as estruturas nervosas ou as células ciliadas que foram lesadas e causaram a surdez.

•Inteligência e comunicabilidade do paciente.

•Compreensão clara sobre o que os implantes cocleares podem e não podem fazer pela “audição” do paciente.


Um implante coclear recebe o som do meio ambiente externo, processa-o e envia pequenas correntes elétricas para perto do nervo auditivo.

Essas correntes ativam o nervo, que, em seguida, envia um sinal para o cérebro. O cérebro aprende a reconhecer este sinal e a pessoa experimenta isso como "algo que está ouvindo".

Ele simula um pouco a audição natural, em que o som cria uma corrente elétrica que estimula o nervo auditivo. No entanto, o resultado não é o mesmo que a audição normal.

Os implantes cocleares modernos são versáteis, podendo ser ajustados para responder a uma grande diversidade de sons.

Fonoaudiólogos experimentam uma variedade de ajustes para ver o que funciona melhor com um paciente em particular.

A cirurgia é realizada com o paciente sob anestesia geral e dura cerca de uma a três horas. O cirurgião (otorrinolaringologista) faz uma incisão por detrás da orelha e forma uma ligeira depressão no osso mastoide, onde repousa o dispositivo interno.

O cirurgião então cria um pequeno orifício na cóclea e coloca o conjunto de eletrodos do dispositivo interno através deste orifício.

A incisão é fechada de modo que o dispositivo interno esteja debaixo da pele.

A maioria das pessoas se sente bem o suficiente para voltar para casa no mesmo dia da cirurgia.

segunda-feira, 8 de abril de 2013

Febre Amarela



A febre amarela é uma doença infecciosa viral transmitida por mosquitos contaminados e cujos reservatórios naturais não humanos são certos tipos de primatas que vivem nas florestas tropicais.

A enfermidade não se transmite diretamente de uma pessoa para outra. Para tal, é preciso que o mosquito transmissor pique primeiro uma pessoa ou animal contaminado (usualmente um macaco) e, depois do vírus ter-se multiplicado no seu interior, pique a pessoa sadia.

A febre amarela apresenta dois ciclos distintos, um silvestre e outro urbano, que diferem, respectivamente, apenas quanto ao vetor, hospedeiro, área de ocorrência dos casos (cerrado ou florestas e zonas urbanas) e, sobretudo, potencial de disseminação da doença, sendo o quadro clínico idêntico.

A forma silvestre é transmitida pela picada do mosquito Haemagogus e a forma urbana transmitida pela picada do Aedes aegypti ou Aedes albopictus.

No Brasil a forma urbana encontra-se erradicada desde 1942.

Ela é transmitida em áreas silvestres e rurais por um mosquito contaminado por um vírus da família flavivirus, o qual tenha sido contaminado pela picada em um ser já portador como, por exemplo, certos tipos de macacos.

Nas cidades, o vetor da febre amarela (organismo transmissor) é o Aedes aegypti (o mesmo mosquito transmissor da dengue).

Normalmente, a infecção humana ocorre quando uma pessoa não imunizada entra em áreas de cerrado ou de florestas. Ao retornar ela serve como fonte de infecção para o Aedes aegypti (principalmente) e o Aedes albopictus e pode fazer iniciar a transmissão urbana.

O mosquito contaminado pela picada em uma pessoa ou animal contaminado pica a pessoa que ainda não tenha as defesas vacinais para combater o vírus da febre amarela. Por ser virótica, pode ser transmitida também por outros tipos de insetos que se alimentam de sangue.

Embora não seja comum, pode ocorrer transmissão durante a gestação, através da placenta, da mãe para o feto.

A maior parte dos casos de febre amarela no Brasil ocorre em regiões de cerrado, porém em todas as regiões (zonas rurais, regiões de cerrado, florestas) existem áreas endêmicas de transmissão da infecção.

A maioria dos casos de febre amarela são assintomáticos, mas a doença pode se tornar grave e mesmo fatal. O período de incubação da febre amarela é de 3 a 7 dias após a picada.

A viremia (quando o vírus "se espalha pelo organismo") é a disseminação do vírus pelo sangue.

Os sintomas iniciais são inespecíficos: febre (moderadamente elevada), cansaço, mal-estar, dores de cabeça e dores musculares. A doença estabelecida compreende dor abdominal; náuseas; vômitos e diarreia com sangue; prostração e diminuição do ritmo cardíaco.

Posteriormente podem surgir sintomas mais graves, como diarreia de mau cheiro; convulsões e delírio; hemorragias internas e coagulação intravascular disseminada, com enfartes em vários órgãos. Pode haver hemorragias nasais; nas gengivas ou em orgãos internos e equimoses.

As hemorragias podem ser tão intensas que chegam a causar choque hipovolêmico, por vezes mortal. Também pode ocorrer hepatite com degeneração aguda do fígado e com icterícia (cor amarelada da pele, da conjuntiva e da parte branca dos olhos, donde, talvez, venha o nome da doença).

A insuficiência renal, embora possível, é rara, mas pode levar ao coma e à morte.

Como os primeiros sintomas são inespecíficos, o relato de viagens a lugares endêmicos é muito importante.

A confirmação do diagnóstico pode ser feita através de exames sorológicos, PCR (polymerase chain reaction) ou do isolamento do vírus em cultura.

Nos casos em que se suspeite ou se confirme o diagnóstico de febre amarela, é importante que se investigue também a possibilidade de malária, uma vez que as áreas de transmissão de ambas em geral são as mesmas e a existência de uma não exclui a da outra.

Um diagnóstico diferencial deve ser feito com a leptospirose, a dengue e a meningite meningocócica.

A febre amarela não tem tratamento específico.

Em vista da gravidade do quadro, as pessoas doentes devem ser internadas para tratamento sintomático, de suporte e das eventuais complicações (diálise, transfusões de sangue, etc.).

O ácido acetil salicílico nunca deve ser utilizado, pela possibilidade de agravar os sangramentos.

A principal maneira de prevenir a febre amarela é a vacinação, que deve ser reforçada a cada dez anos. Em áreas de risco, ela pode ser aplicada a partir dos seis meses de vida.

Além da vacina, o viajante deve usar calças, camisas de mangas compridas e repelentes contra insetos à base de DEET (benzamida) nas roupas e no corpo.

sábado, 6 de abril de 2013

Dores nos joelhos!



A dor nos joelhos é uma queixa muito comum.

Ela não é necessariamente uma enfermidade, mas pode ser um sintoma que pode ocorrer em várias doenças.

Algumas são de diagnóstico fácil, mas outras são muito difíceis de serem diagnosticadas.

Ela pode ser pouco intensa e passageira ou tão forte que requeira intervenção médica imediata e, em alguns casos, pode impedir a pessoa de continuar andando.

Conforme o caso, um ou ambos os joelhos podem ser afetados e eles podem ou não se apresentarem inchados.

As dores nos joelhos podem acontecer igualmente em homens e mulheres, mas os tipos de lesões locais costumam ser diferentes.

Nos homens, são mais frequentes as lesões devidas a atividades de mais explosão e movimentos bruscos, como o futebol, por exemplo; nas mulheres elas costumam ser mais relacionadas a problemas no fêmur ou na patela (antigamente conhecida como rótula, é um pequeno osso do joelho).

Quanto às doenças sistêmicas que podem afetar os joelhos, os dois sexos podem ser afetados igualmente.

Os joelhos são a maior e uma das mais complexas articulações do corpo humano. As causas de dores nesses órgãos podem ser traumáticas e não traumáticas.

As traumáticas em geral afetam os meniscos ou os ligamentos; as não traumáticas acometem a articulação como um todo.

Muitas vezes os joelhos doem em razão de uso excessivo deles, de preparo físico inadequado para uma determinada atividade física ou de condições e doenças que os atinja diretamente ou que repercutam sobre eles.

Entre as inumeráveis enfermidades que podem ser causa de dor nos joelhos, estão:

• Artrites;

• Artroses;

• Bursite;

• Gota;

• Distúrbios do tecido conjuntivo, como o lúpus eritematoso;

• Luxações;

• Lesões ou rupturas dos ligamentos ou dos meniscos;

• Tendinites;

• Entorses;

• Tumores;

• Outras, menos comuns...

A avaliação das dores no joelho depende também de uma detida avaliação clínica, mas alguns exames complementares são essenciais. Aqui nos referiremos especificamente aos exames diretamente relacionados ao joelho.

Caso o médico suspeite de alguma doença sistêmica ele pedirá também os exames adequados para avaliá-la.

Os exames mais frequentemente pedidos são: radiografia, artroscopia, ressonância magnética do joelho e cultura de líquido articular, quando for o caso.

Lesões dos meniscos ou ligamentos constituem casos especiais de dor no joelho por serem muito comuns nos que praticam atividades físicas, especialmente em desportistas.

Os meniscos são estruturas cartilaginosas, que ficam dentro da articulação do joelho e fazem o acolchoamento entre o fêmur e a tíbia, diminuindo o impacto entre esses ossos.

São dois em cada joelho: menisco medial e menisco lateral.

Quando se rompem, em geral, em razão de um movimento abrupto da perna, ocorrem dor intensa, inchaço da articulação e sensação de falseio da articulação. O tratamento dependerá da extensão da lesão, mas é comum que haja necessidade de cirurgia.

Algumas vezes as lesões dos meniscos podem ser degenerativas e nesses casos o tratamento deve ser fisioterápico.

Os vários ligamentos existentes na articulação do joelho visam garantir um perfeito encaixe dos ossos e estruturas adjacentes e permitir a adequada movimentação deles.

O ligamento anterior é o que mais comumente sofre lesões. Ele é o responsável pela estabilidade do joelho e sua ausência causa instabilidade ao órgão.

O tratamento das lesões dos ligamentos do joelho pode ser conservador, mas é comum que o médico opte pela intervenção cirúrgica, com o objetivo de melhorar os sintomas, restabelecer a estabilidade, permitir o retorno às atividades normais e prevenir a artrose do joelho.

O mais importante é corrigir ou tratar a condição causal, mas algumas dicas de ordem geral podem ajudar:

• Só use calçados baixos e que possuam um bom sistema de amortecimento.

• Tente não ficar de pé por muito tempo.

• Coloque um travesseiro entre os joelhos, ao dormir.

• Procure fortalecer os músculos dos joelhos com exercícios físicos orientados.

• Faça aquecimento antes de se exercitar.

• Andar de bicicleta ou nadar é preferível a correr.

• Se correr, corra em lugares planos e com superfície macia, em vez de correr no cimento.

• Se houver inchaço, levante ao máximo o joelho e use atadura ou capa elástica.

• Se houver inflamação, aplique gelo, três a quatro vezes ao dia.

• Caso tenha pé chato, use palmilhas especiais ou arcos de apoio.

• Procure estar sempre no seu peso ideal, sem excesso.

• Evite atividades que possam agravar a dor no joelho.

• Se precisar, tome um analgésico.

sexta-feira, 5 de abril de 2013

Vista "cansada"...



A presbiopia (ou "vista cansada") não é uma doença, mas uma involução natural da visão.

Ela é a perda progressiva da capacidade do olho para focalizar objetos próximos ou distantes, consequente ao envelhecimento, devido à perda de elasticidade do cristalino e de sua cápsula, o que faz com que os músculos ciliares (pequenos músculos dentro do olho que modificam o formato do cristalino) não mais consigam realizar uma acomodação capaz de gerar uma boa focalização das imagens.

O enrijecimento dos músculos ciliares, a perda da flexibilidade do cristalino e a consequente “vista cansada” ocorre a partir dos 40 anos de idade, embora pessoas com hipermetropia ou diabetes tendam a apresentar mais precocemente a alteração, ao redor dos 35 anos.

Acima dos 40 anos, a incidência aumenta e chega a afetar quase a totalidade das pessoas, estabilizando-se por volta dos 60 anos.

Pessoas que sofrem com a vista cansada podem sentir dores de cabeça, desconforto nos olhos durante a leitura e impossibilidade de focalizar os objetos próximos durante períodos prolongados. As letras impressas só são reconhecidas quando mantidas suficientemente afastadas dos olhos.

Também podem sentir cansaço nos olhos e a visão fica desfocada. Em termos comportamentais tem-se como ocorrências comuns:

•À leitura, as palavras aparecem borradas.

•Afastar dos olhos o material de leitura.

•Buscar maior iluminação para enxergar.

•Dificuldade de enxergar à noite.

•Queixa de cansaço nos olhos.

Muitas vezes é a própria pessoa que diagnostica a sua presbiopia, a partir do momento em que passa a ter uma dificuldade de ler claramente a uma distância que antes lhe era natural. Isso ocorre possivelmente depois dos 40 anos.

Como a presbiopia evolui lentamente, a maioria dos indivíduos não nota, a princípio, que a sua visão está piorando ou só recorrem a um oftalmologista quando seus braços estão “ficando curtos” para afastarem bastante dos olhos o que desejam ler.

O oftalmologista faz o diagnóstico através de uma detalhada história clínica e de testes comportamentais e instrumentais para determinar a extensão do problema e para receitar os óculos apropriados.

A correção deste processo é realizada com o uso de lentes corretoras ou pelo uso de óculos para leitura.

Podem ser feitas cirurgias que visam aumentar o espaço onde se encontra o cristalino, mas elas podem apenas adiar o aparecimento da presbiopia. Ainda não existem estudos de longo prazo que avaliem as complicações tardias destas cirurgias.

Alternativa de tratamento, para casos pouco intensos, são os exercícios visuais e/ou o uso temporário de óculos terapêuticos, conhecidos como Óculos PinHole ou óculos de pequenos furos, os quais fortalecem a musculatura do sistema ocular e reprogramam as funções cérebrovisuais, relaxando a musculatura e devolvendo ao globo ocular o seu formato original.

Essa alternativa, contudo, carece de comprovações científicas.

Sendo de evolução inevitável, não há como prevenir a presbiopia.

As pessoas que normalmente dependem mais da visão de perto (leituras, trabalhos manuais minuciosos, costura ou bordados) do que outras, percebem mais rapidamente a presbiopia.

Pessoas que usam muito a visão de perto, como trabalhar muito em um computador, por exemplo, devem fazer uma pausa pelo menos a cada hora, procurando olhar ao longe.

quinta-feira, 4 de abril de 2013

Foliculite



Foliculite é uma infecção aguda ou crônica da raiz dos folículos pilosos, local onde nascem os pelos.

Esta condição é quase sempre causada pela entrada, nos folículos pilosos, de bactérias estafilocócicas que sobrevivem na superfície da pele.

Pode ocorrer em qualquer localização onde existam pelos, de modo espontâneo ou em virtude do excesso de umidade, suor, depilação ou qualquer tipo de lesão na pele. Afeta igualmente crianças e adultos, homens ou mulheres.

Os principais sinais e sintomas da foliculite são dor, erupção cutânea, coceira, pústulas ou crostas na pele.

Quase sempre ela se manifesta por pequenas bolinhas avermelhadas ou esbranquiçadas de pus, com um pelo no centro.

Se a infecção atingir as camadas mais profundas da pele, pode manifestar-se apenas como lesões vermelhas elevadas, as quais podem deixar cicatrizes ou manchas na pele.

As áreas mais atingidas nas mulheres são as virilhas e as pernas e, nos homens, a barba.

O diagnóstico da foliculite é feito com base na observação da pele.

Em geral, isso é o bastante para estabelecer-se um diagnóstico e um tratamento mas, se for necessário, testes de laboratório podem ser feitos para mostrar os tipos de bactérias ou fungos que estão presentes.

Um diagnóstico diferencial deve ser estabelecido com a acne.

Os casos mais simples resolvem-se espontaneamente. Para os mais avançados, os médicos indicam o uso de pomadas ou remédios por via oral, geralmente contendo antibióticos.

As lesões de maior intensidade podem demandar drenagem cirúrgica.

Como prevenir a foliculite?

•Mantenha os locais onde é mais provável que as lesões apareçam sempre bem secos e arejados, como a virilha e axilas.

•Mantenha os cuidados antissépticos de rotina e evite os fatores predisponentes, como a depilação.

•Evite calça ou calcinha apertada que possa deixar a virilha mais quente, úmida ou machucada.

•Nas barbearias, exija que o material usado para fazer a barba seja descartável.

•Use sempre uma loção antisséptica após a barba.

•Evite o excesso de esfoliação da pele, embora a esfoliação moderada, feita com produtos adequados, seja benéfica.

•Evite tomar banhos muito quentes e demorados, principalmente se já tiver tido foliculite anteriormente.

Abaixo, uma foto de um quadro de foliculite na face, após uso de lâmina de barbear;


quarta-feira, 3 de abril de 2013

Pneumotórax



O pneumotórax é caracterizado pela presença de ar na cavidade pleural, o que em geral ocorre como resultado de uma doença ou lesão dos pulmões.

Alguns pneumotóraxes constituem uma emergência médica, outros não.

Para entender-se melhor o que é o pneumotórax, é necessário conhecer, pelo menos em parte, algo sobre a anatomia dos pulmões.

Os pulmões são órgãos aerados e expansíveis que ficam localizados dentro da caixa torácica. Eles são revestidos pela pleura, um “saco” constituído por duas membranas justapostas uma à outra.

Uma delas é aderida aos pulmões (pleura visceral) e a outra à parede torácica interna (pleura parietal), formando entre elas um espaço virtual, chamado cavidade plural, preenchido apenas por uma fina camada de líquido lubrificante (líquido pleural).

Quando, por qualquer razão, o ar penetra e preenche parcialmente essa cavidade, tem-se um pneumotórax (pneuma=ar).

Tipos de pneumotórax:

•Pneumotórax espontâneo: surge de repente, de modo súbito, às vezes em repouso, sem causa aparente. Muitas vezes pode-se constatar que precedentemente havia “bolhas” nas folhas pleurais, semelhantes às que ocorrem, por exemplo, em um pneu velho, as quais se rompem para dar origem ao pneumotórax.

•Pneumotórax secundário: surge em decorrência de alguma doença pulmonar.

•Pneumotórax traumático: surge em decorrência de acidentes ou traumas torácicos.

•Pneumotórax hipertensivo: ocorre quando o orifício na pleura exerce um papel de válvula unidirecional, ou seja, cada vez que a pessoa inspira entra mais ar na cavidade pleural, o qual não consegue sair. É o tipo mais grave de pneumotórax e precisa ser reconhecido e tratado rapidamente, porque comprime e compromete progressivamente as estruturas anatômicas do tórax (pulmões, traqueia, esôfago, mediastino, coração, etc.), podendo levar à morte.

A pressão no interior da cavidade pleural é normalmente negativa e isso ajuda os pulmões a se expandirem, mas perfurações acidentais, pequenos orifícios no diafragma, empiema pleural (acúmulo de pus na cavidade pleural), outras enfermidades pulmonares e mesmo perfurações espontâneas na pleura podem tornar positiva essa pressão e permitir a entrada de gases no seu interior, os quais passam a comprimir os pulmões e demais órgãos torácicos. O ar que normalmente fazia os pulmões se expandirem, agora os comprime e os faz “murcharem”, o que dificulta ou mesmo impede a expansibilidade desses órgãos e causa sérios problemas respiratórios.

Os sintomas principais do pneumotórax são:

•Dor torácica abrupta e intensa, que se agrava com a inspiração.

•Grande dificuldade de respirar, proporcional à área pulmonar afetada.

Os gases colecionados na cavidade pleural comprimem os pulmões (e demais órgãos do mediastino) causando o colapso deles, desvio do mediastino, compressão venosa, queda do débito cardíaco e hipotensão arterial.

No pneumotórax hipertensivo o ar não é capaz de deixar o espaço entre a pleura e o pulmão e tende a se acumular cada vez mais, provocando um colapso pulmonar cada vez maior e o agravamento dos sintomas. Com a evolução do quadro clínico, o mediastino, o esôfago, a traqueia e o coração passam a ser pressionados, causando dispneia, diminuição do retorno venoso e hipóxia.

O diagnóstico de suspeita do pneumotórax pode ser feito através do histórico clínico e do exame físico, todavia, a confirmação depende de uma radiografia de tórax (veja a imagem acima), a qual mostrará certa quantidade de ar entre os pulmões e a parede torácica.

Dados mais precisos podem ainda ser obtidos por meio de uma tomografia computadorizada, útil sobretudo nos casos de pneumotórax espontâneo e de pequeno volume.

Basicamente, o tratamento do pneumotórax consiste na remoção do ar existente entre as membranas pleurais, por meio de uma aspiração (punção pleural).

Os pneumotóraxes pequenos (de dois ou três centímetros) costumam regredir por si mesmos. Nos mais volumosos, o médico colocará um tubo através da parede do tórax para aspiração do ar.

Depois da cicatrização da pleura, esse tubo pode ser retirado.

No atendimento de urgência do pneumotórax hipertensivo, se o tubo adequado não estiver disponível no momento, o médico pode usar uma agulha de grosso calibre para perfurar o tórax.

Isso não cura o pneumotórax, mas o transforma em um tipo não hipertensivo, permitindo maior tempo para o tratamento adequado.

terça-feira, 2 de abril de 2013

Programa de peso 8: fracione as refeições!



Não apenas por questões metabólicas, mas também por questão de lógica, deveríamos fazer uma "boquinha metabolicamente correta" entre as principais refeições do dia, que são três: desjejum (sair do jejum = café da manhã), almoço e jantar.

A lógica fica por conta de que, ao comer fracionadamente, estaremos. com certeza, reduzindo o risco de fome maior nas três principais refeições do dia.

Claro que NÃO É RECOMENDÁVEL "fazer uma boquinha" de madrugada, para não ter muita fome pela manhã, e por uma simples razão: o que você come durante a noite É ARMAZENADO, já que suas atividades de queima são muito reduzidas!

Mas, vale para o resto dia dia, certamente.

E o quê comer?

Por exemplo: entre 9 e 10 da manhã, você pode comer uma saladinha de frutas, uma barra de cereais, uma ou duas frutas (esqueça as jacas!) e, até mesmo um bom suco NATURAL SEM AÇÚCAR!

Entre as 16 e 17 horas, você pode comer um PEQUENO sanduíche com pão BRANCO (esqueça o integral) em fatias, com peito de perú e uma fatia de queijo branco.

Apesar dos pães integrais serem de digestão mais difícil e duradoura, têm o índice glicêmico bem maior e, portanto, um poder engordativo maior. Aliás, muitas pessoas "acreditam" que esses pães são "inocentes" e "não engordam" ou "engordam menos" que os pães brancos. Mas, são tão engordativos quanto ou mais, evidentemente dependendo da quantidade que se ingira.

Frutas também são benvidas à tarde. Esqueça as jacas!

BOA DIETA!

segunda-feira, 1 de abril de 2013

Fenilcetonúria



A fenilcetonúria é uma doença genética rara, caracterizada pelo defeito ou ausência da enzima fenilalanina hidroxilase, que deveria normalmente catalisar a conversão da fenilalanina (um aminoácido exógeno, não sintetizado pelo organismo), em tirosina (aminoácido essencial às proteínas do organismo, sintetizado a partir da fenilalanina), a qual, por sua vez, está envolvida na síntese da melanina (pigmento que confere cor à pele).

A fenilalanina é um aminoácido essencial à estrutura das proteínas vegetais e animais, a partir do qual se forma a tirosina, outro aminoácido essencial para a vida humana.

Trata-se de um aminoácido que o organismo não sintetiza e que tem de ser provido por alimentos (leite, peixe, frango, arroz, feijão, aspartame, etc.).

Os fenilcetonúricos, contudo, são incapazes de digerir a fenilalanina pela falta da enzima fenilalanina hidroxilase e quando ela fica em excesso no sangue se transforma em ácido pirúvico, uma substância tóxica, que afeta o desenvolvimento neurológico.

A doença é hereditária, autossômica recessiva (ambos os pais têm que ter o gene alterado para transmitir a doença ao filho).

Algumas mutações genéticas fazem com que a enzima não reconheça a fenilalanina, mas outras, no entanto, apenas lentificam a sua ação ou tornam a enzima instável, com a velocidade de degradação acelerada. As pessoas afetadas por esta doença têm deficiência de fenilalanina hidroxilase, uma enzima que decompõe a fenilalanina.

Os principais sinais e sintomas da fenilcetonúria não tratada, que surgem aos quatro ou seis meses (após o período de amamentação exclusiva), são:

•Oligofrenia (a maioria dos pacientes não tratados não vai além de um QI de 50).

•Atraso do desenvolvimento psicomotor.

•Feridas na pele.

•Odor corpóreo característico (devido à excreção do ácido pirúvico pelo suor).

•Náuseas e vômitos.

•Convulsões.

•Tremores.

•Hiperatividade.

•Microcefalia.

É importante que o diagnóstico seja feito logo após o nascimento porque o tratamento precoce dessa condição (dieta isenta de fenilalanina) pode evitar suas consequências danosas e irreversíveis.

Hoje em dia, quase toda maternidade adota o “teste do pezinho” (no Brasil ele é obrigatório) que permite reconhecer a doença logo após o nascimento.

O teste é feito de maneira simples, como parte dos primeiros cuidados com o bebê, por meio da retirada de umas poucas gotas de sangue do pezinho dele.

Crianças que não tenham passado pelo teste do pezinho podem ser diagnosticadas por meio de análises laboratoriais. Normalmente há um aumento da excreção de ácido fenilpirúvico e fenilalanina na urina e de fenilalanina no sangue.

A fenilcetonúria não tem cura. O tratamento da doença consiste em uma dieta pobre ou isenta de fenilalanina por toda a vida.

Existem fórmulas comerciais que fornecem os nutrientes necessários para uma alimentação normal, restringindo apenas o aporte do aminoácido fenilalanina.

A administração destes preparados, no entanto, deve ser feita por médicos ou nutricionistas especializados.

A amamentação materna pode se dar normalmente, desde que seja feito controle diário da fenilalanina sanguínea