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sexta-feira, 12 de abril de 2013

Metrorragia



Metrorragia (hemorragia uterina, sangramento uterino) é o sangramento do útero, fora da época apropriada do ciclo menstrual. Ele se exterioriza como eliminação de sangue pela vagina e por isso é popularmente chamado de sangramento vaginal.

A presença de metrorragia em mulheres acima dos 40 anos deve sempre levantar a suspeita de carcinoma de endométrio, demandando o exame sob microscópio de parte do tecido do endométrio.

Contudo, na maioria dos casos, a metrorragia se deve às demais causas, não malignas.

A metrorragia pode ocorrer em qualquer idade, mas em cada fase da vida ela tem causas diferentes.

Na infância, a hemorragia vaginal é muito rara e ocorre principalmente por traumas ou introdução de objetos na vagina. Na adolescência, podem ocorrer menstruações excessivas ou ciclos menstruais irregulares.

Na fase reprodutiva, são comuns as hemorragias da gravidez, os pólipos, os miomas uterinos e as infecções. Após a menopausa, os tumores malignos são mais frequentes como causa de sangramento.

Assim, as causas mais comuns da metrorragia podem indicar situações simples, facilmente reversíveis e sanáveis, ou outras graves que implicam em maiores dificuldades.

No geral, a metrorragia pode se dever a situações disfuncionais ou a patologias como polipose, miomas, gravidez extrauterina ou carcinoma do endométrio.

Por isso, as metrorragias se classificam em funcionais e orgânicas, confome sejam suas causas. O sangramento uterino também pode ser causado pelo dispositivo intrauterino (DIU).

O sinal mais importande neste quadro é a perda de sangue pela vagina, fora do período menstrual, de características diferentes daquele sangramento fisiológico, tais como duração, quantidade e aspecto.

Conforme a causa, outros sintomas podem estar presentes, como dor no baixo abdômen, febre, crescimento do abdômen ou sinais de disfunções hormonais variadas.

Se o sangramento for intenso e duradouro, os sinais clínicos e laboratoriais de anemia também aparecerão.

O diagnóstico de metrorragia baseia-se nas queixas e no exame físico da paciente, mas alguns exames complementares podem ser necessários para definir as causas dela, como o exame de Papanicolau, a colposcopia e a biópsia endometrial.

Exames de imagem como ultrassonografia ou ressonância magnética podem ser necessários em alguns casos.

Outros exames laboratoriais, como o hemograma, por exemplo, podem ser úteis em casos de infecções ou anemias e podem ajudar na avaliação do estado geral da paciente.

O tratamento das metrorragias depende das causas do problema. Conforme o caso, podem ser prescritos hormônios, antibióticos ou a remoção do DIU.

Em alguns casos, como o de tumores, por exemplo, pode ser necessária a cirurgia e até mesmo a retirada do útero.

Atualmente existe uma nova técnica, de ablação de endométrio por histeroscopia, que tem evitado muitas retiradas de úteros desnecessárias.

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