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quarta-feira, 10 de abril de 2013
Eletroencefalograma: informações úteis!
O eletroencefalograma (EEG) ou eletroencefalografia é um exame que permite o estudo do registro gráfico das correntes elétricas espontâneas desenvolvidas no cérebro, através de eletrodos aplicados no couro cabeludo, na superfície encefálica ou até mesmo dentro da substância encefálica. Começou a ser usado após 1929, depois da descoberta de Hans Berger (psiquiatra alemão) de que o cérebro gera uma atividade elétrica capaz de ser registrada.
Um poderoso amplificador de corrente elétrica é capaz de aumentar milhares de vezes os sinais elétricos gerados no cérebro e, por meio de um dispositivo chamado galvanômetro, eles são registrados sobre uma tira deslizante de papel, em forma de ondas.
A eletroencefalografia vinha perdendo terreno para outros métodos de diagnóstico, mas a associação dela com a informática deu-lhe novo impulso, conquistando um lugar proeminente no diagnóstico de vários problemas cerebrais e contribuindo também com outras técnicas terapêuticas. Isso tornou possível, inclusive, o mapeamento cerebral colorido, eletricamente determinado, muito em voga atualmente.
O exame é simples, indolor, sem contraindicações e pode ser feito em qualquer idade.
As únicas condições que podem torná-lo difícil são lesões presentes no couro cabeludo, tais como dermatite seborreica intensa, infecções, infestações ou grandes ferimentos.
Geralmente o paciente estará acordado, sentado em uma poltrona confortável ou deitado, de olhos semi-serrados e num ambiente de penumbra. Será pedido a ele que fique imóvel, relaxe o máximo que consiga e, se possível, até durma. Em algum momento durante o exame será pedido ao paciente que respire aceleradamente, para obter-se um gráfico em hiperventilação, que pode potencializar algumas alterações.
O eletroencefalograma também poderá ser potencializado pelo sono ou por foto estimulação.
O sono pode ser obtido de modo espontâneo, mediante uma privação prévia ou ser induzido por uma sedação medicamentosa leve.
No caso de foto estimulação, são colocadas luzes extremamente brilhantes para piscar na frente do paciente, em diferentes velocidades, por um aparelho chamado estroboscópio.
Eletrodos são então fixados sobre o couro cabeludo do paciente com uma pasta aderente que contribui na condução elétrica, em geral, em posições pré-definidas internacionalmente.
Um amplificador de potenciais ajuda a elaborar um gráfico das ondulações cerebrais, analógico ou digital, dependendo do equipamento.
O procedimento dura em torno de 30 minutos e, terminado o exame, o paciente pode retornar às suas atividades normais.
Em crianças que não se adaptem bem ao exame, pode ser feita uma leve sedação. A partir de um padrão de normalidade, o médico especializado é capaz de medir as alterações existentes e fazer as correlações necessárias com os dados clínicos do paciente, obtendo um diagnóstico.
Geralmente se realiza o eletroencefalograma quando há suspeita de epilepsia ou, em casos em que ela já é conhecida, para diagnosticar o seu tipo.
Pode-se ainda usá-lo na avaliação de coma, morte encefálica, intoxicações, encefalites diversas, síndromes demenciais, crises não epilépticas devidas a distúrbios metabólicos e em tumores cerebrais.
Em casos diversos, o especialista pode observar descargas de ondas anormais em forma de pontas, por exemplo (picos de onda), complexos ponta-ondas ou atividades lentas focais ou generalizadas de diferentes significações clínicas.
As técnicas mais avançadas do Eletroencefalograma Quantitativo (mapeamento cerebral) permitem determinar a localização precisa de tumores cerebrais e de doenças focais do cérebro, como a epilepsia ou as alterações vasculares e derrames, por exemplo.
Como se preparar para o exame?
•Lavar bem os cabelos, mas com tempo suficiente para que estejam bem secos ao início do procedimento.
•Não utilizar nenhum produto no cabelo (laquê, gel, cremes, óleos, tinturas, etc.).
•Não é necessário suspender os medicamentos de uso contínuo, mas eles devem ser informados ao médico.
•Para conseguir-se o sono espontâneo, o paciente deve fazer uma restrição de sono na noite anterior ao exame, dormindo no máximo três horas. Bebês podem ser alimentados durante a colocação dos eletrodos para facilitar a indução do sono.
•Não há restrições alimentares.
Normalmente não ocorrem complicações, no entanto, pode acontecer (raramente) que pacientes epilépticos tenham uma crise durante o exame, principalmente quando feita a foto estimulação. Se ocorrer, isto já é uma indicação diagnóstica e ele estará num ambiente mais protegido e com maior assistência do que nas crises que acontecem aleatoriamente. Com as pessoas não epilépticas, em geral, nada ocorre.
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