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segunda-feira, 15 de abril de 2013
Tetraplegias: o que é isso?
As tetraplegias (ou quadriplegias) ocorrem quando as vias motoras e sensitivas que percorrem a medula espinhal em direção à periferia (e vice-versa) são interrompidas por um acidente ou outro motivo qualquer, no nível da coluna cervical, entre a primeira e a sétima vértebras cervicais ou em virtude de algumas doenças neurológicas.
Medicamente, é mais usual falar de tetraplegia quando se trata de lesão medular e de quadriplegia quando se trata de lesão encefálica com comprometimento dos quatro membros.
Essa interrupção dos estímulos nervosos pode ser completa ou incompleta, levando, assim, a diferentes repercussões e sintomas ou podendo, inclusive, causar a morte.
As tetraplegias levam à perda de controle motor e sensibilidade dos membros superiores e inferiores e do tronco, podendo afetar de maneira significativa a musculatura respiratória. Após uma lesão medular completa, os membros afetados deixam de receber qualquer tipo de estímulo.
A pessoa acometida perde também, na maioria dos casos, o controle das suas necessidades fisiológicas.
As tetraplegias são sempre sinal de uma doença grave do cérebro ou da medula espinhal cervical.
Elas podem ocorrer em razão de hemorragias cerebrais, insuficiência vertebrobasilar (acidente vascular isquêmico por insuficiência da irrigação sanguínea no território da artéria basilar), esclerose lateral amiotrófica avançada, lesões traumáticas da medula espinhal cervical ou compressões por causas extrínsecas à medula.
Duas causas muito comuns de lesões na medula espinhal são os acidentes automobilísticos e os mergulhos em águas não profundas, levando a batidas com a cabeça, como por exemplo quando alguém mergulha em uma piscina que não está totalmente cheia de água.
Também são significativas as lesões à medula ocasionadas por armas de fogo e outros acidentes vasculares cerebrais.
O sinal mais notório da tetraplegia é a paralisia dos membros superiores e inferiores. Há uma imensa gradação na perda desses movimentos, indo desde a perda de forças, até uma imobilidade completa dos membros, quase sempre levando à incontinência urinária, fecal e à impotência, obrigando os pacientes ao uso de dispositivos especiais.
A musculatura respiratória também pode ser mais ou menos afetada, ocasionando dificuldades respiratórias.
Com isso, os músculos do paciente se atrofiam visivelmente. Quase sempre a lucidez, a fala e a inteligência ficam preservadas.
As tetraplegias, em geral, são consequência de moléstias neurológicas graves e irreversíveis e muitas vezes mortais. O paciente que sobrevive a elas torna-se uma pessoa sem autossuficiência e passa a ter necessidade de assistência contínua e ininterrupta, durante toda a vida, às vezes até mesmo para respirar (respiração assistida).
Nas tetraplegias, o paciente tem pela frente a difícil tarefa de adaptar-se à sua nova modalidade de vida e aprender a usar os recursos (médicos e sociais) disponíveis e o médico deve cuidar das possíveis complicações que advenham dessa nova condição.
Uma preocupação especial deve ser mantida com a pele, nos pontos de apoio do corpo, para que ela não se fira sem que isso seja notado.
Uma cadeira de rodas especial representa o único meio possível de locomoção, mas mesmo assim os pacientes dependerão de outra pessoa que lhes coloque ou retire dela. Alguns casos especiais podem exigir cirurgia, a ser realizada por um neurocirurgião.
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