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terça-feira, 30 de setembro de 2008

Prevalência de transtornos emocionais e comportamentais em adolescentes com asma.




A adolescência é compreendida como um período de transformação, sendo comuns variações do humor e do estado de ânimo. Nesse contexto, a asma pode ser responsável por absenteísmo escolar, distúrbios do sono, limitação para exercícios físicos e interferências nas relações familiares e sociais. Na adolescência, período de construção da identidade pessoal e social, ter asma pode significar ser diferente quando o que mais se deseja é ser igual ao grupo, causando considerável sofrimento emocional.

Há várias décadas, a relação entre asma e fatores emocionais tem sido estudada. Em 1892, Osler escreveu que havia um forte elemento neurótico na maioria dos casos de asma. Nos anos 40, dois autores, orientados pela teoria psicanalítica freudiana, propunham que a sintomatologia asmática seria a representação simbólica de conflitos inconscientes. Na década de 70, numerosos trabalhos da medicina psicossomática reforçavam o papel de fatores psíquicos como desencadeantes de crises. Postulou-se que as mães de crianças asmáticas teriam dificuldades em se colocar entre o bebê e o excesso de estimulação interna e externa. Vários questionamentos sobre a metodologia utilizada nesses trabalhos foram feitos e, muitas vezes, os resultados não se confirmaram. As alterações na relação mãe-filho poderiam estar presentes em algumas situações, mas não eram generalizáveis.

Várias pesquisas mostraram também a relevância de fatores psicológicos interferindo no manejo da asma. Ansiedade, depressão, negação da doença e presença de conflitos familiares têm sido associados à menor adesão ao tratamento e maior morbimortalidade.

A maioria dos estudos sobre a associação de transtornos emocionais e comportamentais (TECs) e asma realizados em crianças e adolescentes com asma mostra que eles têm maior prevalência de transtornos emocionais do que a população geral.

Grande parte destes estudos foi realizada em clínicas especializadas ou hospitais, incluindo apenas pacientes com asma persistente moderada e grave, com amostras reduzidas e seleção por conveniência. Alguns inquéritos de base populacional foram conduzidos, mas os critérios não uniformes quanto à definição de asma dificultam a comparação dos resultados.

Na revisão de literatura, não foram encontrados estudos abordando a associação entre asma e TECs, utilizando como critério de definição de asma o questionário padronizado e validado do International Study of Asthma and Allergies in Childhood (ISAAC).


Transtornos emocionais podem constituir um de vários fatores desencadeantes ou agravantes da doença. Entretanto, os dados da literatura suportam mais a hipótese de que a asma levaria a transtornos emocionais por ser uma doença crônica. Em especial na adolescência, as limitações às atividades físicas, o constrangimento gerado pelos sintomas ou pela necessidade de uso regular de medicações, os efeitos colaterais destas e a ansiedade provocada pela dificuldade respiratória, entre outros, tornam a asma um potencial fator de risco para a saúde mental dos indivíduos.

segunda-feira, 29 de setembro de 2008

CÁLCULOS RENAIS (Pedras nos Rins)



O depósito organizado de sais minerais nos rins ou em qualquer parte do aparelho urinário é o que se chama de cálculo urinário. Cálculos constituídos por cálcio são os mais comuns. Outros minerais encontrados são: oxalato, fósforo, ácido úrico. As "pedras" podem também ser formadas por uma mistura destes elementos. Quando houver um excesso destes minerais no organismo, há uma tendência para que eles se depositem na urina. Como exemplo, pode se tomar uma pessoa que faça uso exagerado de leite e derivados, os quais são ricos em cálcio. Após um período de tempo haverá uma provável formação de cálculo de cálcio nos rins.

O cálculo renal é o responsável pela famosa cólica renal: dor nas costas ou no abdome lateral ou embaixo das costelas com irradiação para o testículo do mesmo lado ou para o grande lábio vaginal nas mulheres. Geralmente é uma dor forte, intensa. O paciente pode ter sangue na urina. Se há infecção urinária concomitante o aparecimento de febre é comum. Os cálculos podem também ser assintomáticos e crescerem até um tamanho considerável, sem que o paciente os note.

A história e o exame físico geralmente trazem a suspeita de cálculo. O exame comum de urina apresenta sangue na maioria dos casos. O diagnóstico é confirmado através de radiografias abdominais ou ecografia abdominal.

O primeiro objetivo do tratamento é aliviar a dor do paciente, o que se faz com analgésicos e antiespasmódicos. Muitas pedras pequenas serão eliminadas espontaneamente pelo paciente. Outras necessitarão de um tratamento específico. Cálculos de ácido úrico poderão ser tratados clinicamente com grande ingestão de água, alcalinizantes da urina e substâncias que interferem na sua formação. Já os cálculos de cálcio não dissolvem dessa maneira.

Até alguns anos atrás, a maioria das pedras exigia um procedimento cirúrgico com extenso corte na pele do paciente. Atualmente, há vários métodos modernos no combate a litíase. A litotripsia extracorpórea utiliza ondas de choque que atravessam o corpo do paciente em direção ao cálculo, fragmentando-o em pequenas partes e sendo eliminados pela urina. As pedras também podem ser retiradas através de tubos chamados endoscópios, os quais são finos e possuem iluminação na extremidade. Podem ser colocados da uretra em direção ao rim e com pinças especiais ou em associação com litotripsia os cálculos são removidos. Outra forma de tratamento consiste na nefrolitotomia percutânea. Neste procedimento um tubo rígido é colocado no rim através da pele e por este tubo (nefroscópio) são retiradas as "pedras".

Os métodos modernos não estão livres de complicações e podem não ser efetivos, necessitando a complementação de outra modalidade de tratamento. É freqüente a litotripsia não quebrar o cálculo, sendo necessário retirar os fragmentos restantes através de outro método.

Todos os pacientes com litíase devem realizar exames em busca de defeitos no metabolismo dos minerais. Dosagens no sangue e/ou na urina de cálcio, fósforo, ácido úrico, cistina, fosfatase alcalina, são exemplos de exames a serem solicitados. Alimentos que contenham esses elementos devem ser evitados ou não consumidos em exagero. Existem tabelas de alimentos com seus principais componentes que são úteis em orientar os pacientes no que deve ser evitado.

Todo o paciente que apresenta litíase deve ingerir uma quantidade de água o suficiente para produzir dois litros de urina por dia. Esse é um dos fatores mais importantes na prevenção de cálculos renais. Medicações específicas para determinados tipos de cálculo existem e são usadas em situações especiais.

Os cálculos renais devem ser prevenidos. Uma vez presentes no aparelho urinário devem ser tratados principalmente enquanto forem pequenos. Cálculos grandes são de difícil tratamento mesmo com as técnicas modernas descritas acima. As "pedras" causam obstrução com dilatação das vias urinárias, infecção, diminuição da função renal e insuficiência renal o que podem ser as conseqüências finais desta doença.

sábado, 27 de setembro de 2008

Homeopatia: as dúvidas da ciência!



Revista do Hospital das Clínicas
ISSN 0041-8781 versão impressa
Resumo
ALMEIDA, Renan Moritz V. Rodrigues. Uma revisão crítica da literatura relativa aos possíveis benefícios da medicina homeopática. Rev. Hosp. Clin., 2003, vol.58, no.6, p.324-331. ISSN 0041-8781.

OBJETIVOS: Avaliar os resultados da pesquisa científica em relação aos possíveis benefícios da homeopatia. METODOLOGIA: A homeopatia foi avaliada a partir de sua pesquisa clínica; sua pesquisa in vitro ou "pré-clínica" e seus fundamentos físicos. Para tal, foi realizada uma ampla revisão e análise crítica da literatura científica mais recente no tópico. (aproximadamente últimos dez anos). Os trabalhos foram selecionados primeiramente a partir da base de dados Medline. Referências secundárias (não indexadas nesta base de dados) puderam então ser obtidas por meio de contato direto com autores listados nas referências primárias. RESULTADOS: Tanto estudos clínicos quanto pesquisas in vitro e estudos de "provas" homeopáticas apontam para a ineficácia de sua utilização. Alguns poucos estudos com resultados positivos podem ser explicados por problemas de qualidade e (falta de) controles adequados. As meta-análises mais importantes na área forneceram resultados negativos. Uma recente meta-análise com resultados positivos teve sérios problemas metodológicos, e seus resultados foram, posteriormente, substancialmente alterados pelos autores. A pesquisa metodológica in vitro, similarmente, apresenta poucos resultados positivos, os quais possuem sérios problemas metodológicos e não puderam ser replicados por pesquisadores independentes. Um mecanismo plausível para a atuação das substâncias homeopáticas é inexistente, e sua formulação, atualmente é altamente improvável. CONCLUSÃO: Como resultado das pesquisas realizadas nos últimos anos, podemos concluir que existe ampla evidência de que a prática homeopática não é cientificamente justificável.

Palavras-chave : Homeopatia; Medicina complementar e alternativa; Pseudo-ciência.

fonte: Scielo Brasil (biblioteca científica de medicina)

Imunização



A imunização é um conjunto de métodos terapêuticos destinados a conferir ao organismo um estado de resistência, ou seja, de imunidade, contra determinadas enfermidades infecciosas.

É uma das estratégias de prevenção mais significativas. No mesmo nível de importância, como medida de proteção e promoção à saúde infantil, estão a amamentação, o acompanhamento do crescimento e desenvolvimento e o controle - tratamento precoce da diarréia infantil.

As crianças são as que mais sofrem com a caótica situação sócio-econômica de países subdesenvolvidos como o nosso, Brasil. Esta fato reflete-se nos altos índices de mortalidade (em algumas regiões do país) e a formação de contingentes de indivíduos com sequelas físicas, intelectuais psicológicas, decorrentes de doenças preveníveis por esquemas básicos de imunização.

Entretanto a imunização não está isenta de riscos (SCHMITZ et al, 1989):

infecção no local da inoculação;
transmissão de doenças por meio do produto injetado e contaminação do material empregado na administração;
complicação devido a outros composto dos produtos imunizantes (hidróxido de alumínio,...);
encefalite pós-vacinal, quando da utilização de antígenos vivos;
agravamentos de enfermidades crônicas cardíacas, renais, do sistema nervoso central, entre outras;
reações locais gerais: nódulos, edemas, dor ou mal-estar, lipotimia, entre outras;
reações de hipersensibilidade;
complicações específicas secundárias à natureza e tipos de antígenos ou substâncias fontes de anticorpos.

TIPOS DE IMUNIZAÇÃO

A imunidade pode ser natural ou adquirida (SCHMITZ et al, 1989):

A imunidade natural compreende mecanismos inespecíficos de defesa de pele, pH, e a imunidade conferida pela mãe através da via transplacentária e pelo leite materno ao recém nascido.

A imunidade adquirida pode ser espontânea, após um processo infeccioso, ou induzida de maneira ativa ou passiva:

passiva: administração de anticorpos previamente formados (imunoglobulinas) ou soros hiperimunes. Útil em pacientes com defeito na formação de anticorpos ou imunodeprimidos;
ativa: uso de microorganismos vivos atenuados, mortos e componentes inativados de microorganismos.
Contra-Indicações

São consideradas contra-indicações gerais ao uso de vacinas de bactérias ou vírus vivos (SECRETARIA DE ESTADO DE SAÚDE DE SÃO PAULO, 1994):

portadores de doenças com deficiências imunitárias, como imunodeficiência combinada à gamaglobulina ou hipogamaglobulina;
pacientes com imunodeficiências por defeitos congênitos ou enfermidades ativas do sistema linfóide ou reticuloendotelial (leucemia, linfoma, doença de Hodgkin...);
imunodepressão devido a terapia com corticóide sistêmico em altas doses, com antimetabólitos, agentes alquilantes ou irradiação;
grávidas, salvo situações de alto risco de exposição a algumas doenças virais imunopreveníveis, como febre amarela, por exemplo.
Com relação a pacientes HIV positivos assintomáticos, poderão receber todas as vacinas do esquema básico; os doentes com AIDS só não poderam receber a BCG.

Há casos em que a vacinação precisa ser somente adiada:

tratamento com imunossupressores (corticosteróides, quimioterapia antineoplásica, radioterapia,...), deve-se adiar para 90 dias após a suspensão do uso da substância;
durante a evolução de doenças agudas febris graves;
não recomenda-se aplicar a BCG em crianças com menos de dois quilos de peso.

CALENDÁRIO VACINAL

(adotado pelo Programa Nacional de Imunizações, modificado pela Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo-SP, 1998)

IDADE VACINAS
1 mês * BCG e hepatite B
2 meses DPT, poliomielite e hepatite B
4 meses DPT e poliomielite
6 meses DPT e poliomielite
9 meses Sarampo e hepatite B
15 meses DPT, poliomielite e MMR
5 ou 6 anos DPT e poliomielite
15 anos** DT

sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Alimentos Light: vale a pena?



Alimentos light são boas opções quando se quer exagerar um pouquinho à mesa, certo? Errado. Esse é um dos grandes mitos que rondam a questão de ingredientes que levam esta nomenclatura.

Vale lembrar que nem todos os produtos light possuem redução calórica e que algumas vezes essa redução é muito pequena. Assim, antes de optar pelo uso destes alimentos avalie se vale a pena consumi-los ou comer uma quantidade pequena do alimento convencional.

A maioria das pessoas comete esse tipo de engano, porque não sabem distinguir o light e o diet de um alimento comum. Saiba de uma vez por todas as diferenças para não cair nesta armadilha.

Os produtos light são aqueles que possuem redução de algum produto ou nutriente. Pode ser redução de calorias, de gordura, de açúcar, de sal e tantos outros ingredientes. Para ser considerado light o produto deve ter diminuição de, no mínimo, 25% em relação ao produto original.

Portanto, o light não é essencial a quem deseja emagrecer. Ao consumir ingredientes light, a pessoa pode deixar de engordar, mas não necessariamente emagrecer.

Os produtos diet, por sua vez, são totalmente voltados aos diabéticos, pois eles apresentam a redução de açúcar.

O diet não acarreta em uma saúde melhor, pois a falta de açúcar é compensada com o acréscimo de gordura para tornar o alimento mais agradável ao paladar.

Veja bem, mas veja bem! Não caia na conversa de que estes alimentos SEMPRE "emagrecem". Na verdade, se mal utilizados, podem ENGORDAR! Cruel, não?



fonte: site Terra, Vida e Saúde

quinta-feira, 25 de setembro de 2008

Pisocoses



A psicose é um estado anormal de funcionamento psíquico. Mesmo não sabendo exatamente como são as patologias psiquiátricas, podemos imaginar algo semelhante ao compará-las com determinadas experiências pessoais.

A tristeza e a alegria assemelham-se à depressão e a mania, a dificuldade de recordar ou de aprender estão relacionada à demência e ao retardo, o medo e a ansiedade perante situações corriqueiras têm relações com os transtornos fóbicos e de ansiedade.

Da mesma forma outros transtornos psiquiátricos podem ser imaginados a partir de experiências pessoais. No caso da psicose não há comparações, nem mesmo um sonho por mais irreal que seja, não é semelhante à psicose.

Quando alguém nos conta uma história realista dependendo da confiança que temos nessa pessoa acreditaremos na história. Na medida em que constatamos indícios de que a história é falsa começamos a pensar que nosso amigo se enganou ou que no fundo não era tão confiável assim.

Nesse evento o que se passou? Primeiro, um fato é admitido como verdadeiro, depois novos conhecimentos ligados ao primeiro são adquiridos, por fim a confrontação dos fatos permite a verificação de uma discordância. Do raciocínio lógico surgiu um questionamento. Essa forma de proceder provavelmente é exercida diariamente por todos nós. A forma de conduzir idéias confrontando-as com os fatos é uma maneira de estabelecer o contato com a realidade.

O que aconteceria se essa função mental não pudesse mais ser executada? Estaríamos diante de um estado psicótico!

Pois bem, o aspecto central da psicose é a perda do contato com a realidade, dependendo da intensidade da psicose. Num dado momento a perda será de maior ou menor intensidade. Os psicóticos quando não estão em crise, zelam pelo seu bem estar, alimentam-se, evitam machucar-se, têm interesse sexual, estabelecem contato com pessoas reais. Isto tudo é indício da existência de um relacionamento com o mundo real.

A psicose propriamente dita começa a partir do ponto em que o paciente relaciona-se com objetos e coisas que não existem no nosso mundo. Modifica seus planos, suas idéias, suas convicções, seu comportamento por causa de idéias absurdas, incompreensíveis, ao mesmo tempo em que a realidade clara e patente significa pouco ou nada para o paciente. Um psicótico pode sem motivo aparente cismar que o vizinho de baixo está fazendo macumba para ele morrer, mesmo sabendo que no apartamento de baixo não mora ninguém.

A cisma nesse caso pertence ao mundo psicótico e a informação aceita de que ninguém mora lá é o contato com o mundo real. No nosso ponto de vista são dados conflitantes, para um psicótico não são, talvez ele não saiba explicar como um vizinho que não está lá pode fazer macumba para ele, mas a explicação de como isso acontece é irrelevante, o fato é que o vizinho está fazendo macumba e pronto. O psicótico vive num mundo onde a realidade é outra, inatingível por nós ou mesmo por outros psicóticos, mas vive simultaneamente neste mundo real.

Caracterizado pela perda da noção de realidade e por uma desorganização do pensamento, o surto psicótico pode ser causado por doenças como a esquizofrenia, por um trauma muito grande ou pelo uso de drogas, a exemplo da cocaína, durante um surto psicótico que ocorre uma perda de realidade, onde não há diferenciação entre o mundo real e o imaginário da pessoa. "Quando a pessoa está em uma crise psicótica, ela confunde os pensamentos internos dela com o mundo real. Ela não consegue distinguir o que são os pensamentos dela e o que realmente está acontecendo no mundo", comenta o psiquiatra da Unifesp, Marcelo Fernandes.

quarta-feira, 24 de setembro de 2008

Psicossomática




A expressão medicina psicossomática, em sentido restrito, significa arte e ciência de curar as doenças psicossomáticas, isto é, aquelas doenças produzidas por influência psíquica.

Psicossomática é uma palavra composta pelos vocábulos psico (relativo à psique) e somática (pertencente ao soma ou corpo) comumente usada para expressar a influência recíproca entre a psique e o corpo e entre o corpo e a psique..

O termo psicossomática foi usado pela primeira vez em 1922, em publicação alemã, mas somente na década de trinta foi empregado pela Dra. Dunbar e divulgado na língua inglesa.

Psique, alma, mente ou função anímica, é uma forma de atividade do indivíduo na sua relação com o meio ambiente.

No estudo da psicologia e da psicanálise, o termo alma não deve ser tomado no sentido religioso, mas compreendido como um conceito psicológico. Psique ou alma na teoria freudiana significa relativo à mente em sua totalidade: inconsciente, pré-consciente e consciente.

As atividades do indivíduo são geralmente classificadas em atividades físicas e psíquicas. Entretanto, devemos compreender que nenhuma delas deve concebida separadamente, pois a ocorrência de uma acarreta a manifestação da outra, estabelecendo assim, o processo de interação psicossomática.

Ao dividirmos as funções humanas em físicas e psíquicas, na realidade estamos estabelecendo uma distinção artificial. Você é, na realidade um ser íntegro, funcionando como um todo. Qualquer resposta mental, seja ela reação emocional ou atividade intelectual, faz parte e é parcela de um processo físico. Analogamente, todo o estado físico - seja de bem estar ou de padecimento - tem componentes emocionais.

A pessoa deve ser compreendida como um ser total, indivisível, e não dividida em mente e corpo. A pessoa é um ser humano, um corpo vivo, um conjunto de órgãos, tecidos e células, ordenadamente estruturados e dinamizado por várias funções orgânicas e psíquicas, isto é, pela vida.

Em uma pessoa não existem partes, mas elementos de um conjunto, como também não existem funções isoladas, mas funções interdependentes. Conseqüentemente, cada órgão executa a sua função mantendo-se uma interdependência com as funções de outros órgãos e com a função mental, dentro de uma escala de valores nessa influência recíproca.

Por exemplo, a circulação mantém uma certa subordinação com a função respiratória, com a função glandular, com a função locomotora, etc., e também com a função psíquica. Uma respiração deficiente altera a concentração de oxigênio no sangue e além de outras conseqüências, pode perturbar a função mental, como perda da capacidade de crítica, mal-estar, etc.

Em contrapartida, quando um indivíduo está sob tensão emocional, a química do corpo sofre alterações, assim como o fluxo sangüíneo e a pressão; o processo de digestão torna-se alterado e também a respiração e outras atividades orgânicas; além de predispor o organismo às doenças.

Esse caracter de unidade psicossomática é mantido pelo sistema nervoso através de sua ação de integração e coordenação de todas as atividades fisiológicas e psicológicas..

Todo sintoma especial não pode ser considerado como produzido por uma lesão ou doença orgânica particular, mas como a manifestação de todo o organismo. O organismo comporta-se sempre como um todo unificado e não como uma série de partes diferenciadas. O corpo e a mente não constituem entidades separadas, e a mente não consiste em elementos ou faculdades isoladas. O que acontece em uma parte afeta o todo.

Pacheco e Silva informa a seguinte definição proposta por Cristian: "Medicina Psicossomática é o capítulo da Medicina concernente aos mecanismos emocionais e físicos, que atuam sobre os processos mórbidos do paciente, cuidando sobretudo da influência que cada um desses fatores exercem um sobre o outro e ainda sobre o indivíduo, considerado como um todo".

A essa nova maneira de considerar o homem, que se vem impondo em quase todos os países deu-se primeiro o nome de medicina psicossomática e, depois, preferentemente o de Medicina Antropológica, Holística ou integral para se evitar suponha-se ainda aceitar um soma e uma psíque separados no ser humano, mesmo admitindo uma recíproca interferência entre ambos.

terça-feira, 23 de setembro de 2008

Disfunção erétil: Viagra não serve só prá isso!


Desde sua introdução em 1982, sildenafil (Viagra) adquiriu a reputação de ser um medicamento capaz de mudar estilos de vida de muitas pessoas.

Isso levou a uma venda incontrolável, envolvendo somas astronômicas e gerando inúmeros mitos que, compreensivelmente, cercam um terreno delicado e cheio de tabus, qual seja o do desempenho sexual e evidentemente da virilidade e da masculinidade.

A mídia leiga tratou de intensificar os apelos de mercado, incentivando o uso recreativo e estendendo seus efeitos psicológicos para a esfera sexual feminina, mesmo entre jovens, que absolutamente não necessitam deste tipo de medicamento para que tenha um bom desempenho sexual, guardadas as exceções naturais de pessoas portadoras de doenças limitantes ou mesmo incapacitantes.

Como qualquer medicamento, ele deve ser indicado em situações em que haja necessidade, evidência de eficácia e benefício clínico e seu uso deve levar em conta a potencialidade de gerar efeitos adversos. O sildenafil mostrou-se eficaz no tratamento de disfunção erétil (DE) de múltiplas causas, sendo usado por grande percentagem de homens de meia-idade para tratar DE.

Contornando esse problema, melhorou auto-estima, confiança e satisfação com as relações sexuais nos usuários. Grande parte do sucesso e da aceitação foi a possibilidade do uso oral, ao contrário de alternativas medicamentosas prévias, que incluiam, inclusive, injeção intra-peniana.

São, também, indicações para o tratamento com sildenafil: insuficiência cardíaca, hipertensão pulmonar primária e disfunção erétil. (Galie N, Ghofrani HA, Torbicki A, Barst RJ, Rubin LJ, Badesch D, et al)

Como se vê, ele pode ser útil, também para as mulheres, pois elas também podem ter problemas cardíacos e pulmonares. Mas não é só nestes casos:

O diabetes melito aumenta o risco de disfunção sexual feminina, expressa por diminuição de sensação clitoriana, secura vaginal, desconforto vaginal, distúrbio de orgasmo e dispareunia. Os mecanismos causadores podem envolver dano vascular e de sistema nervoso autônomo, bem como alterações na produção de óxido nítrico. Fisiologicamente, a excitação sexual se acompanha de congestão pélvica e ingurgitamento de clitóris e vagina. Em diabetes ocorrem aterosclerose e microangiopatia, com insuficiência arterial crônica cavernosa clitoriana, produzindo a disfunção sexual feminina. (Claret L, Cox EH, McFadyen L, Pidgen A, Johnson PJ, Haughie S, et al.) Há citações científicas de que o sildenafil poderia auxilar mulheres na melhora deste quadro. Mas, ainda não há aceitação completa quanto a este tipo de tratamento, nestas situações.

O Fenômeno de Raynaud, que é uma condição que afeta o fluxo de sangue nas extremidades do corpo humano — mãos e pés, assim como os dedos destes, nariz, lóbulos das orelhas — quando submetidos a uma mudança de temperatura inferior ou estresse, poderia, também ser auxiliado pela administração deste medicamento. Pelo menos há citações científicas a respeito (Levien TL. Phosphodiesterase Inhibitors in Raynaud’s Phenomenon).

Há, também, algumas citações do uso do sildenafil para tratamento de apnéia obstrutiva do sono (Roizenblatt S, Guilleminault C, Poyares D, Cintra F, Kauati A, Tufik S.)

Como se pode notar, o mundo não se restringe às disfunções eréteis, certo?

segunda-feira, 22 de setembro de 2008

Câncer de Mama



O câncer de mama é o tumor maligno mais freqüente na mulher. No Brasil os óbitos por câncer de mama representam 16% da mortalidade por neoplasia maligna entre as mulheres. No Rio Grande do Sul e no Sudeste é considerada a maior causa de morte por neoplasia.

O risco de câncer de mama relaciona-se à herança familiar, como história de câncer de mama na família, principalmente de parentes em primeiro grau e tumores em ambas as mamas. Entre os fatores hormonais estão a primeira menstruação precoce, primeira gravidez tardia, menopausa tardia, ausência de gestações e anovulação.

O quadro clínico varia de pacientes assintomáticas àquelas com nódulo (caroço) palpável na mama, secreção mamilar sanguinolenta, deformidades no formato da mama por retrações de pele, alterações da cor da pele ou até ulcerações da mesma em casos mais graves.

O rastreamento de câncer de mama, idealmente, inclui o exame clínico e a mamografia.

O diagnóstico precoce em mamas aparentemente normais pela mamografia, faz dela um importante método diagnóstico.

O diagnóstico pode ser feito pelo exame clínico. A mamografia permite ao médico detectar a doença em casos iniciais onde ainda não se consegue palpar anormalidades. Junto com a mamografia, pode-se empregar a ecografia mamária, a punção aspirativa e/ou a biópsia do tumor.

O tratamento do câncer de mama geralmente é feito com cirurgia associada com radioterapia e/ou quimioterapia e/ou hormonioterapia, dependendo do tamanho e do tipo do tumor e da idade da paciente.

Calendário de Vacinações

domingo, 21 de setembro de 2008

Absinto: vamos aprender um pouco!


Losna ou Absinto

Quem já provou um chá de losna conhece a principal característica desta planta: o sabor amargo. E dizem que essa característica foi até citada num provérbio de Salomão que teria declarado: "a infidelidade, ainda que possa ser excitante e doce no seu início, costuma ter um fim amargo como a losna".
Na Grécia Antiga esta planta era dedicada à Ártemis, deusa da fecundidade e da caça. Daí a origem de seu nome científico. Popularmente, a losna também é conhecida como absinto, erva-do-fel, alenjo, erva-de-santa-margarida, sintro e erva-dos-vermes. As propriedades aperitivas (estimulante do apetite), vermífugas e estomacais explicam o uso da planta no preparo do vermute e do licor de absinto, entretanto, vale lembrar que a presença de uma substância tóxica - a tuinona - pode produzir efeitos altamente perigosos. Em doses elevadas, os chás e outros preparados a partir desta planta podem provocar tremores, convulsões, tonturas e até delírios. No século XIX, registrou-se vários casos de intoxicações e até mortes provocadas pelo uso de um licor obtido pela maceração do absinto em álcool. Na maior parte das vezes, o licor de absinto era usado como alucinógeno e não com finalidades medicinais.

A "fada verde"
O licor de absinto era muito apreciado por famosos poetas e artistas como Van Gogh, Rimbaud, Baudelaire e Toulouse-Lautrec, entre outros. Ao que tudo indica, aquele destilado de ervas cor verde-esmeralda, também chamado de "fada verde", seria o responsável pelo comportamento bizarro de Van Gogh. E, recentemente, pesquisadores da Universidade da Califórnia em Berkeley, nos EUA, identificaram nas substâncias presentes nos destilados preparados com losna ou absinto, propriedades capazes de causar convulsões, alucinações, surtos psicóticos; dependendo da dosagem. Além disso, os estudos demonstraram que o uso crônico pode provocar danos neurológicos permanentes.
A combinação entre a dosagem de álcool e as substâncias presentes nesta planta pode ser perigosa e, por essa razão, a maioria dos especialistas costuma recomendar o uso da losna ou absinto na forma de infusão (no máximo duas xícaras de chá ao dia) e evitar a extração do sumo por maceração.
Planta pertencente à família das Compostas, originária da Europa, a losna (Artemisia absinthium L.) é uma planta herbácea, perene (cultivada muitas vezes como anual), que alcança de 1 a 1,20 m. de altura. Produz folhas recortadas, de coloração verde-acinzentada e flores amarelas, bem miúdas e reunidas em pequenos cachos. Em algumas regiões do Brasil a floração da planta é difícil, principalmente em locais muito quentes ou com sol intenso; por isso, para finalidades medicinais costuma-se utilizar mais as folhas do que as flores.
Também é muito importante lembrar que a losna ou absinto (Artemisia absinthium L.) não deve ser confundida com outra planta muito conhecida: o abrótano (Artemisia abrotanum L.) que apresenta folhas mais finas e sabor agradável.

sábado, 20 de setembro de 2008

Afrodisíacos... aprendendo.




O que são?

São agentes químicos ou odores que estimulam o desejo sexual e/ou que elevam a potência (masculina). Mais de mil substâncias contam para esta lista. Também acabam se incluindo neste termo os comportamentos, os objetos de vestuário e adornos que estimulam o apetite sexual e que mantêm ou prolongam a excitação.

Quais são os afrodisíacos?

• Alimentos de origem animal ou vegetal que lembram em seu formato a aparência da genitália externa humana, como a ostra, o pepino, a banana, a rosa.
• Substâncias que podem ter ou não algumas propriedades euforizantes ou tranqüilizantes, como o guaraná cerebral, a passiflora, o álcool, cannabis, cocaína, perfumes, incensos, entre outros.
• Agentes químicos que influenciam a fisiologia sexual, geralmente provocando a ereção ou a mantendo, podendo aumentar a intensidade do desejo sexual em determinados indivíduos. É o caso da Yoimbina, do Sildenafil (Viagra) e do Trazodone, substâncias que normalmente requerem prescrição médica e acompanhamento de seu uso. Tais drogas podem determinar efeitos colaterais importantes, como sintomas cardiológicos e priapismo (ereção prolongada que se mantém sem estímulo sexual), entre outros.

O que são feromônios?

Existem também os chamados feromônios, afrodisíacos naturais que quando produzidos e exalados pelos indivíduos no ambiente, provocam alteração de comportamento e da fisiologia em outros indivíduos, geralmente de mesma espécie.
É um tipo de comunicação química que, no reino animal, determina a seleção sexual entre as espécies.
Nos últimos anos têm-se descoberto remanescentes do órgão receptor de feromônios nos seres humanos. Talvez seja possível, num futuro próximo, determinar a escolha sexual pelo cheiro dos parceiros, aumentando ou diminuindo o desejo entre pares específicos.

sexta-feira, 19 de setembro de 2008

Doenças Reumáticas



São doenças e alterações funcionais do sistema musculoesquelético de causa não traumática.

Há mais de uma centena de doenças reumáticas, cada qual com vários subtipos, onde se incluem as doenças inflamatórias do sistema musculoesquelético, do tecido conjuntivo e dos vasos, as doenças degenerativas das articulações periféricas e da coluna vertebral, as doenças metabólicas ósseas e articulares, as alterações dos tecidos moles periarticulares e as doenças de outros órgãos e/ou sistemas relacionadas com as anteriores.

As doenças reumáticas podem ser agudas, recorrentes ou crónicas e atingem pessoas de todas as idades. As mulheres, sobretudo a partir dos 65 anos, são quem mais sofrem com as doenças reumáticas.

As formas mais comuns de manifestação das doenças reumáticas são a dor, a tumefação (inchaço da articulação) e a limitação da mobilidade.

Tipos mais comuns:

Osteoartrose;
Raquialgias (dores na coluna vertebral);
Doenças reumáticas periarticulares, incluindo as lesões musculoesqueléticas ligadas ao trabalho;
Osteoporose;
Fibromialgia;
Artropatias microcristalinas;
Artrite reumatóide;
Espondilartropatias;
Doenças reumáticas sistémicas;
Artrites idiopáticas (com causa desconhecida) juvenis.

Cada doença tem fatores de risco específicos. Há algumas patologias relacionadas com a prática de atividade laboral, de desporto e mesmo de lazer.

Alguns fatores de risco são comuns:

Idade;
Obesidade;
Tabagismo;
Ingestão de bebidas alcoólicas em excesso;
Ingestão de fármacos (drogas e medicamentos).

Os tratamentos apresentam terapêuticas diversificadas e, frequentemente, visam reduzir a dor e a incapacidade e melhorar o bem-estar e a qualidade de vida do doente.

quinta-feira, 18 de setembro de 2008

SISTEMA CARDIOVASCULAR



O sistema cardiovascular ou circulatório é uma vasta rede de tubos de vários tipos e calibres, que põe em comunicação todas as partes do corpo. Dentro desses tubos circula o sangue, impulsionado pelas contrações rítmicas do coração.

Funções do sistema cardiovascular

O sistema circulatório permite que algumas atividades sejam executadas com grande eficiência:

transporte de gases: os pulmões, responsáveis pela obtenção de oxigênio e pela eliminação de dióxido de carbono, comunicam-se com os demais tecidos do corpo por meio do sangue.
transporte de nutrientes: no tubo digestivo, os nutrientes resultantes da digestão passam através de um fino epitélio e alcançam o sangue. Por essa verdadeira "auto-estrada", os nutrientes são levados aos tecidos do corpo, nos quais se difundem para o líquido intersticial que banha as células.
transporte de resíduos metabólicos: a atividade metabólica das células do corpo origina resíduos, mas apenas alguns órgãos podem eliminá-los para o meio externo. O transporte dessas substâncias, de onde são formadas até os órgãos de excreção, é feito pelo sangue.
transporte de hormônios: hormônios são substâncias secretadas por certos órgãos, distribuídas pelo sangue e capazes de modificar o funcionamento de outros órgãos do corpo. A colecistocinina, por exemplo, é produzida pelo duodeno, durante a passagem do alimento, e lançada no sangue. Um de seus efeitos é estimular a contração da vesícula biliar e a liberação da bile no duodeno.
intercâmbio de materiais: algumas substâncias são produzidas ou armazenadas em uma parte do corpo e utilizadas em outra parte. Células do fígado, por exemplo, armazenam moléculas de glicogênio, que, ao serem quebradas, liberam glicose, que o sangue leva para outras células do corpo.
transporte de calor: o sangue também é utilizado na distribuição homogênea de calor pelas diversas partes do organismo, colaborando na manutenção de uma temperatura adequada em todas as regiões; permite ainda levar calor até a superfície corporal, onde pode ser dissipado.
distribuição de mecanismos de defesa: pelo sangue circulam anticorpos e células fagocitárias, componentes da defesa contra agentes infecciosos.
coagulação sangüínea: pelo sangue circulam as plaquetas, pedaços de um tipo celular da medula óssea (megacariócito), com função na coagulação sangüínea. O sangue contém ainda fatores de coagulação, capazes de bloquear eventuais vazamentos em caso de rompimento de um vaso sangüíneo.

quarta-feira, 17 de setembro de 2008

Dermatomiosite



A dermatomiosite é uma doença muscular adquirida rara que é acompanhada por lesões de pele. É uma das doenças de um grupo de doenças musculares chamadas de miopatias inflamatórias.

Caracterizada por fraqueza muscular proximal e uma característica erupção cutânea quimicamente induzida. A doença ocorre com freqüência aproximadamente igual em crianças e adultos.

As lesões de pele, normalmente tomam a forma de uma erupção arroxeada envolvendo nariz, bochechas, testa, parte superior do tronco e braços. A doença está associada com uma microangiopatia intramuscular (lesões de vasos sangüínos)e mediadaa por complemento (componente imunológico do sangue), levando a perda de capilares, isquemia (falta de oxigenação) muscular, necrose de fibras musculares e atrofia perifascicular (em volta dos conjuntos de fibras musculares).

A forma infantil desta doença tende a evoluir a uma vasculite (inflamação vascular) sistêmica. A dermatomiosite pode ocorrer em associação com neoplasias malignas.

A dermatomiosite pode afetar pessoas de qualquer raça, idade, embora seja duas vezes mais comum em mulheres que em homens. A doença se inicia em geral entre 50 e 70 anos.

Em muitos pacientes, o primeiro sinal de dermatomiosite é a presença de lesões de pele que coçam e queimam, sem outros sintomas;

- Placas vermelhas ou roxas (violáceas), principalmente nas áreas expostas ao Sol.
- Pálpebras violáceas, que são descritas como heliotropo, pois são semelhantes à flor do heliotropo.
- Manchas violáceas um pouco elevadas nas elevações ósseas, principalmente nas mãos, que são chamadas de pápulas de Gottron.
- Cutículas rachadas e vasos proeminentes nas pregas das unhas
- Descamação no couro cabeludo e cabelos finos podem ocorrer. Menos comumente pode haver poiquilodermia, isto é, a pele se torna atrofiada (branca, fina), vermelha (com vasos dilatados) e acastanhada (manchas que ocorrem após a inflamação).

Tireóide



A tireóide ou tiróide é uma glândula responsável pela regulação do metabolismo geral do organismo e muito relacionada ao sistema neuropsíquico. As alterações clínicas e francas dessa glândula, para mais (Hipertiroidismo) ou para menos (Hipotiroidismo) comprometem significativamente o psiquismo, entretanto, pequenas alterações (subclínicas), muitas vezes sem sintomas claros e evidentes também podem envolver as emoções.

Recentemente é forte a tendência nas pesquisas sobre estados subclínicos das alterações de tiróide, mas suficientes para produzir complicações emocionais. O diagnóstico desses casos subclínicos se firma laboratorialmente. O Hipotiroidismo Subclínico e o Hipertiroidismo Subclínico são caracterizados por concentrações normais de T4 e T3 nos exames e valores mais elevados de TSH elevado Hipotiroidismo Subclínico ou diminuído no Hipertiroidismo Subclínico. As prevalências são baixas e os sintomas e sinais clínicos de disfunção tiroideana escassos. No Hipotiroidismo Subclínico, colesterol total e LDL-C estão ligeiramente elevados.

O Hipotiroidismo e o Hipertiroidismo subclínicos foram, por muito tempo, considerados apenas uma alteração laboratorial, supostamente sem manifestações clínicas. Estudos mais recentes e muito mais criteriosos revelaram anormalidades clínicas importantes decorrentes desses dois quadros. Essas conseqüências clínicas causam, principalmente, alterações hematológicas, neuropsiquiátricas, cardíacas e vasculares, além de distúrbios no metabolismo dos lipídeos.


Os sintomas do hipotireoidismo são os seguintes:
Bócio (papo)
Aumento de peso
Cansaço crônico
Depressão
Dificuldade de concentração
Lapsos de memória
Pele ressecada
Cabelos ásperos e quebradiços
Constipação intestinal (prisão de ventre)
Anemia
Dificuldade para engravidar e abortamentos
Inchaço de tornozelos e face
Colesterol elevado
Dor e fraqueza muscular
Dores nas juntas

terça-feira, 16 de setembro de 2008

OBESIDADE E COMPULSÃO ALIMENTAR - É sempre bom lembrar do assunto!



A obesidade, segundo muitos profissionais da área da saúde, é o resultado da combinação de fatores genéticos e ambientais, ou seja, "é uma condição médica geral, decorrente de multifatores causais, caracterizada, do ponto de vista psicopatológico, como uma identificação de atitudes não saudáveis na pessoa que hipervaloriza o alimento, levando-a ao sofrimento psicológico" ( Barros, 1994).

Adultos obesos, que já tiveram histórico de obesidade em suas infâncias, muitas vezes, apresentam o que é chamado de Transtorno de Compulsão Alimentar Periódica(TCAP), onde, o indivíduo ingere, sem controle, grandes quantidades de alimento, sentindo posteriormente, grande culpa por esse ataque.

Alguns autores observaram certas características próprias de obesos com esse diagnóstico associado:

Obesidade nas fases iniciais da infância
Precoce envolvimento em programas de dietas
Maior frequência de restrição alimentar e do distúrbio da imagem corporal
Sintomatologia depressiva mais evidente
Maior preocupação com comida, levando a grandes oscilações do peso corporal no decorrer da vida e a uma maior prevalência de transtornos psiquiátricos

Normalmente, a ansiedade e o estresse, são as principais causas encontradas, onde o comer compulsivo não é provocado por fome ou prazer, se tornando, muitas vezes, um mecanismo de defesa que evita sentimentos de solidão, fracasso e abandono.

O tratamento nesses casos, deve ser multiprofissional, envolvendo médicos, psicólogos, nutricionistas, onde o indivíduo, para emagrecer e permanecer magro deve mudar seu comportamento alimentar, reeducando seus hábitos, identificando e desvinculando a ansiedade do comportamento alimentar.

Segundo certos autores, existem algumas características de personalidade que dificultam o tratamento:

Impaciência
Intolerância à frustração
Rigidez com resistência à mudança
Perfeccionismo acompanhado de decepção por não conseguir como quer e quando quer
Dificuldades em pedir e receber ajuda profissional

Conforme dados tirados da revista ISTO É (outubro/2000), existem 40 milhões de obesos no Brasil, dos quais 1,5 milhão são crianças (Revista VEJA,1998), onde 25% da população infanto-juvenil pesa mais que o ideal.

Portanto, lembrando que grande parte das crianças obesas se tornarão adultos obesos, fica um alerta principalmente aos pais: a prevenção é fundamental.

Para isto, aqui vão algumas dicas:

Fique atento no comportamento de sua criança
Observe suas reações(da criança) diante de determinadas situações
Ajude-a sempre a identificar e nomear seus sentimentos, notando o que a leva à comida
Oriente-a para que mastigue bastante o alimento e sinta o seu sabor
Jamais use a comida como forma de gratificação ou castigo
Procure ajudá-la em sua dieta não oferecendo muitos doces ou frituras
Incentive, desde cedo, a prática de esportes
Acima de tudo, seja um bom exemplo para seus filhos, mostrando que você é o primeiro a adquirir hábitos saudáveis

domingo, 14 de setembro de 2008

Desejo sexual sem limite pode ser doença

Amor é um livro Sexo é esporte Sexo é escolha
Amor é sorte... Amor é pensamento Teorema Amor é novela
Sexo é cinema.. Sexo é imaginação Fantasia Amor é prosa
Sexo é poesia... O amor nos torna Patéticos
Sexo é uma selva De epiléticos... Amor é cristão
Sexo é pagão Amor é latifúndio Sexo é invasão
Amor é divino Sexo é animal Amor é bossa nova
Sexo é carnaval Oh! Oh! Uh! Amor é para sempre
Sexo também Sexo é do bom Amor é do bem...
Amor sem sexo É amizade Sexo sem amor
É vontade... Amor é um Sexo é dois
Sexo antes Amor depois... Sexo vem dos outros
E vai embora Amor vem de nós E demora... Amor é cristão
Sexo é pagão Amor é latifúndio Sexo é invasão Amor é divino
Sexo é animal Amor é bossa nova Sexo é carnaval Oh! Oh! Oh!
Amor é isso Sexo é aquilo E coisa e tal! E tal e coisa!
Uh! Uh! Uh! Ai o amor! Hum! O sexo!

Rita Lee

sex

Tarados, pervertidos, ninfomaníacos, depravados. Rótulos como esses são comumente usados para definir pessoas que apresentam algum tipo de patologia do sexo. Mais conhecida como compulsão sexual, esse transtorno atinge homens e mulheres, sem distinção de idade.

Caracterizada pela necessidade de fantasiar a todo momento sobre sexo, a compulsão sexual, ou desejo sexual hiperativo, acaba resultando em uma inquietude da pessoa. "Isso a impede de fazer outras coisas importantes da vida.

Tarefas cotidianas como trabalho, estudo e vida familiar acabam ficando comprometidas, pois ela deixa de realizá-las para fantasiar ou mesmo para vivenciar esses desejos.

O comportamento sexual compulsivo é uma forma patológica que atrapalha os relacionamentos interpessoais, sociais e a pessoa individualmente. Esse comportamento sexual compulsivo é aprendido ao longo da vida, associando a atividade sexual como caminho para diminuir ansiedades e preocupações. Frente a uma condição que produz ansiedade, o uso da atividade sexual alivia tensões.

O dependente sente que não está no controle. A atividade sexual pode não ser no momento em que ele gostaria ou até mesmo com uma parceira que ele não queria.

A quantidade de atos ou fantasias sexuais não é, então, fator determinante para se delimitar a normalidade da expressão sexual. O que pode ser considerado normal é aquele que está muito mais ligado à vivência da sexualidade de forma plena e prazerosa, sem experimentar conflitos e angústias emocionais.

42% das grávidas têm algum tipo de DST



Dados sobre doenças sexualmente transmissíveis são do governo; pesquisa ouviu cerca de 3.300 mulheres atendidas pelo SUS

A maior parte das gestantes, 40,4%, tinha o vírus do HPV; casos de clamídia e sifílis são os que mais preocupam os médicos

De um grupo de cerca de 3.300 mulheres grávidas, 42% apresentavam pelo menos uma DST (Doença Sexualmente Transmissível), mostra pesquisa feita pelo Programa Nacional de DST e Aids, do Ministério da Saúde.

A maior prevalência encontrada no grupo foi de HPV, doença que pode causar câncer no colo do útero. De acordo com os dados, 40,4% das 3.303 gestantes analisadas tinham o vírus e, na maioria dos casos, tratava-se de HPV de alto risco.

A pesquisa também revela que o vírus apareceu freqüentemente combinado a outras infecções, como a clamídia -doença que pode provocar parto prematuro.

A maioria das gestantes do estudo (79%) tinha até 29 anos e encontrava-se em uma união estável (72,8%). Os questionários e exames foram feitos em mulheres que procuram os serviços de pré-natal do SUS (Sistema Único de Saúde).

Para o estudo, o Programa Nacional de DST e Aids coletou dados em seis capitais brasileiras (São Paulo, Rio de Janeiro, Porto Alegre, Manaus, Fortaleza e Goiânia) entre os anos de 2004 e 2005. A pesquisa foi elaborada em 2006 e 2007 e apresentada nesta semana.

Catarata: aprender um pouco!




A função do cristalino é focalizar os raios luminosos sobre a retina. A capacidade que ele tem de mudar seu formato para permitir a focalização de objetos próximos sobre a retina, é denominada acomodação. A partir dos 40 anos, o poder de acomodação do cristalino torna-se gradativamente reduzido, aparecendo o que chamamos de presbiopia. A presbiopia é também conhecida como visão cansada, havendo a necessidade de óculos para perto.

O cristalino pode sofrer algumas alterações como opacificação, distorção, deslocamento ou anormalidades geométricas.

Qualquer uma dessas alterações vai originar uma visão borrada, sem ocasionar dor. A alteração mais freqüente do cristalino é a sua opacificação, que é o que denominamos de CATARATA. A catarata pode ter várias etiologias como traumática, congênita, por uso de medicamentos, inflamatória, entre outras.

Porém, a causa mais comum de catarata é aquela relacionada a idade, também denominada catarata senil. Estima-se que mais de 50% das pessoas acima de 60 anos e algumas mais jovens sofrem de catarata.

A catarata, como já mencionado, é a turvação progressiva do cristalino, interferindo na absorção da luz que chega a retina, causando uma visão progressivamente borrada.

A leitura fica mais difícil e dirigir um carro pode se tornar perigoso. O portador de catarata pode se sentir incomodado por luz forte ou ver halos ao redor das luzes. No início, a mudança no grau dos óculos pode ajudar, mas com o avanço da catarata a visão vai diminuindo. Na maioria dos casos a catarata é bilateral, no entanto assimétrica.

Não existe tratamento clínico para a catarata, uma vez formada o único tratamento existente é a sua extração cirúrgica. A sua remoção cirúrgica é indicada quando a diminuição visual interfere com as atividades normais do paciente, gerando uma pior qualidade de vida. Uma outra indicação para sua extração é quando a mesma está ocasionando um aumento na pressão intra-ocular do paciente.

Antigamente, a cirurgia de catarata era considerada arriscada e era evitada sempre que possível. Havia a necessidade de internação hospitalar por uma semana ou mais e as complicações eram freqüentes, havendo a necessidade de usar um óculos extremamente forte após a cirurgia.

Hoje em dia muitas coisas mudaram, a cirurgia de catarata é realizada em regime ambulatorial com anestesia local, as complicações são menos freqüentes e sempre que possível é colocada uma lente intra-ocular no lugar daquele cristalino retirado, evitando assim a necessidade de óculos com lentes muito fortes no pós-operatório.

Existem atualmente duas técnicas para extração da catarata: a extração extra-capsular do cristalino (EECC) e a facoemulsificação.

A EECC é uma técnica ainda muito utilizada, porém ela exige uma grande incisão para a retirada da catarata, havendo assim a necessidade de mais pontos cirúrgicos, levando a um retardo na recuperação da visão nítida; para a nitidez visual leva-se de 60 a 90 dias.

Já a facoemulsificação, é uma técnica mais avançada. Ela consiste em uma pequena incisão, através da qual entra um aparelho que se utiliza de ondas de ultra-som para fracionar o cristalino e aspirar todos os seus fragmentos. Durante a cirurgia é mantida a cápsula posterior (saco capsular) do cristalino, para que sobre ela seja colocada uma lente intra-ocular (LIO). Nesta técnica cirurgia emprega-se as lentes intra-oculares flexíveis ou expansíveis, pois estas LIOs serão implantadas por uma incisão pequena. A incisão tunelizada e auto-selante ; irá cicatrizar-se com ajuda da pressão natural do olho, entretanto, o médico poderá decidir executar um ponto para maior segurança. Essa técnica permite uma recuperação visual mais rápida que a EECC, devido a pequena incisão e as LIOs dobráveis e ou expansïveis.

Em algumas ocasiões pode não ser possível o implante da LIO no ato cirúrgico, nesses casos o paciente tem a alternativa de uso de óculos ou lente de contato ou até mesmo de fazer um novo implante de LIO num segundo tempo cirúrgico.

Apesar de todo o avanço na cirurgia da catarata e de todo o cuidado do cirurgião, o paciente tem que ter em mente, que como todo ato cirúrgico, essa cirurgia não é banal e nem isenta de complicações.

O fato desta cirurgia usar equipamentos digitais, computadorizados e que são dotados da mais alta tecnologia não a eximem das complicações das complicações. A visão é a responsável por 85% a 90% do nosso relacionamnto com o meio ambiente...com a vida.

As Complicações como descolamento de retina, opacificação da córnea, aumento da pressão intra-ocular, inflamação e infecção ocular podem ocorrer, embora pouco freqüentes.

No período de recuperação é muito importante que o paciente siga todas as orientações de seu médico, use adequadamente as medicações prescritas e compareça a todos os retornos marcados, para evitar ou mesmo detectar precocemente qualquer complicação.

As pessoas tem diferentes períodos de recuperação, mas a maioria dos pacientes apresentam uma melhora significativa da visão rapidamente após a cirurgia.

Geralmente o paciente vai necessitar de óculos após a cirurgia, sendo que o mesmo costuma ser prescrito em torno de 4 a 6semanas de pós-operatório; muitas vezes estes óculos são apenas para a visão de perto (leitura).

Uma vez removida, a catarata não voltará. No entanto, com o decorrer do tempo, em alguns paciente pode haver uma opacificação daquela cápsula posterior que foi preservada para poder ser implantada a LIO. Nesses casos o problema é geralmente resolvido por meio de um rápido tratamento denominado Yag Laser, que é realizado no próprio consultório.

sábado, 13 de setembro de 2008

Campanha contra a rubéola bate recorde com 53,4 milhões de pessoas vacinadas!




Mais de 53,4 milhões de pessoas já foram imunizadas durante a campanha nacional de vacinação contra a rubéola, o que representa 76,25% da meta de 70 milhões de pessoas, de acordo com balanço parcial divulgado nesta sexta-feira pelo Ministério da Saúde.

Os números superam os 52 milhões de pessoas imunizadas na campanha contra o sarampo em 1992, que até era a maior já feita no país.

E você? Já tomou sua vacina? Esta imunização é muito importante por prevenir a Rubéola Congênita, provocando malformação congênita. A doença pode levar à cegueira, surdez, retardo mental ou problemas cardíacos dos bebês.

Os homens também precisam da vacina, para evitar que ele seja o portador do vírus e venha a contaminar as mulheres, que podem levar à forma congênita da doença.

TODOS DEVEM PARTICIPAR!

Ainda é preciso vacinar cerca de 16,6 milhões de brasileiros, a maioria homens. A campanha, iniciada no dia 9 de agosto em todo o país, estava prevista para terminar hoje, mas o ministro da Saúde, José Gomes Temporão, recomendou a 11 estados sua prorrogação. A imunização deverá se estender por mais sete dias em todos os estados da região Norte ― Amapá, Amazonas, Acre, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins ― além de Goiás, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro e São Paulo, onde as taxas ficaram entre 64% e 77%.

Segundo o Ministério da Saúde, no ano passado foram registrados 8.684 casos de rubéola no país, sendo cerca de seis mil apenas em homens, o que faz deles o alvo principal da campanha. Ao se vacinar, homens e mulheres ficam protegidos, eliminando a circulação do vírus do meio ambiente.

A meta do governo federal é eliminar a doença completamente até 2010, explica a médica Lily Yin Weckx, do Centro de Referência de Imunobiológicos Especiais da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo). Por isso, é importante que, quem já se vacinou, tome a dose novamente. "Uma dose protege 95% contra a doença. Com duas, a pessoa tem uma proteção total", diz.

sexta-feira, 12 de setembro de 2008

Mulheres têm mais pesadelos que homens, diz pesquisa...


As mulheres têm mais pesadelos e mais sonhos emotivos do que os homens, segundo pesquisadores britânicos.

Em um estudo conduzido por cientistas da University of the West of England, 170 voluntários tiveram de registrar seus sonhos mais recentes. 19% dos homens afirmaram ter tido pesados, comparados com 30% das mulheres.

A pesquisadora Jennifer Parker disse que não houve diferença no número total de sonhos registrados por homens e mulheres.

Outros estudos já mostraram que as mulheres tendem a ter um sono mais interrompido do que os homens.

Um fator que pode estar por trás disso são as mudanças que acontecem na temperatura do corpo da mulher durante o ciclo menstrual.

Segundo Parker, já era sabido que mulheres têm sonhos mais vívidos e perturbadores antes da menstruação.

"O resultado consistente registrado nesta pesquisa foi que as mulheres têm sonhos mais desagradáveis do que homens", disse Parker.

Traumático

As mulheres que participaram do estudo registraram mais sonhos sobre eventos traumáticos, como a perda de uma pessoa querida. "Em termos de processar a informação emocional, as mulheres têm mais tendência a levar problemas não resolvidos para o seu sono", afirmou Parker.

Chris Idzikowski, diretor do Edinburgh Sleep Centre, disse não ter ficado surpreso com o fato de a pesquisa ter revelado uma diferença entre homens e mulheres, mas afirmou que é difícil saber se as mulheres estão mesmo tendo mais pesadelos ou simplesmente se lembrando melhor deles.

"O sono das mulheres tende a ser mais interrompido, e elas têm mais insônia. E o fato de elas acordarem com mais freqüência pode fazer com que elas se lembrem mais do sonho. Mas também pode ser que o sono interrompido esteja contribuindo para o aumento de uma sensação de medo", afirmou.

Idzikowski disse que pesadelos são provavelmente muito mais comuns do que as pessoas percebem já que são, geralmente, rapidamente esquecidos.

fonte BBC

quinta-feira, 11 de setembro de 2008

AMBLIOPIA



É uma diminuição da acuidade visual (visão) uni ou bilateral, onde não se encontra lesão ocular ao exame oftalmológico, que aparece em decorrência de obstáculos ao desenvolvimento da visão.

Acontece dentro dos seis primeiros anos de vida e é reversível quando tratada em tempo hábil. As causas mais freqüentes são: estrabismo ("vesgo") e erro de refração (altos graus ou diferenças importantes de grau entre os olhos).

Os dois primeiros anos de vida são os de maior plasticidade sensorial, isto é, dentro desse período a criança rapidamente perde visão quando surge algum problema, bem como recupera prontamente com o tratamento.

Também as chances de recidivas da queda de visão são menores quando o tratamento é feito nesse período.

Como estrabismos de pequeno ângulo bem como diferenças de grau podem passar desapercebidas aos pais e ao médico não especialista, a prevenção da ambliopia definitiva está no exame oftalmológico de todas as crianças antes dos dois anos de idade.

O tratamento clássico da ambliopia é a oclusão do olho de melhor visão, sendo que as ambliopias não tratadas até seis anos de idade são consideradas irreversíveis. O tempo de oclusão depende da intensidade e da idade do paciente. Estudos experimentais, empregando levodopa e oclusão tem mostrado resultados promissores na melhorara da acuidade visual em determinados pacientes com ambliopias consideradas irreversíveis.

quarta-feira, 10 de setembro de 2008

Enxaqueca: fatores alimentares desencadeantes!



Esta listinha é para você, que sofre de enxaqueca. Um estudo recente, publicado na revista científica "Arquivos de Neuro-psiquiatria", por um grupo de pesquisadores da Faculdade de Medicina do ABC, São Bernardo do Campo, Instituto Israelita Albert Einstein, Departamento de Neurociências da USP e Instituto de Psiquiatria da Faculdade de Medicina da USP.

Veja, que interessante aquilo que pode lhe desencadear as "deliciosas" crises de dor de cabeça, por ordem de importância:

1. Chocolate
2. Lingüiça
3. Salame
4. Queijos
5. Leite
6. Aspartame
7. Álcool
8. Vinho tinto
9. Café
10. Frutas cítricas (laranja, limão, maracujá...)
11. Sorvetes (ai, ai, ai, ai, ai...)
12. Nozes, Castanhas, Amêndoas

A análise foi feita em cerca de 200 (duzentos) pacientes, a maioria mulheres, já que a enxaqueca atinge mais o sexo feminino do que o masculino e ainda acrescenta outros fatores que podem desencadear suas "queridas" crises. Veja abaixo, sem ordem de importância:

1. Estresse no trabalho
2. Estresse no lar
3. Estresse por conta de problemas familiares
4. Choro
5. Conflito
6. Agressividade
7. Dormir demais
8. Dormir pouco
9. Alergias
10. Poluição
11. Vento (!!!)
12. Chuva (!!!!)
13. Calor, claridade
14. Tempo quente (!)
15. Tempo frio (difícil agradar a todos enxaquecosos, não é mesmo?)
16. Mudanças de clima (não falei?)
17. Fumaça de cigarro
18. Ar condicionado (o frio ataca, o calor ataca, o ar condicionado também! fazer o quê, então???)
19. Cheiros, sim, cheiros, pois pode ser de perfume, de comida, de gordura, de produtos de higiene e limpeza, gasolina, e sei lá mais o quê)

Como vemos, o enxaquecoso SOFRE! É muito difícil (impossível?) evitar tudo isso. Bem, pelo menos nós ficamos sabendo o que agrava ou desencadeia a crise de enxaqueca. Já se sabe algo, não é mesmo?

terça-feira, 9 de setembro de 2008

Dormir pouco, engorda! Mais uma sobre o sono!


Produzida durante o sono, a leptina é um hormônio que regula o apetite enquanto se está dormindo. Quando se dorme menos do que o necessário, o hormônio é produzido em menor quantidade, fazendo com que a pessoa coma mais. Quem dorme mais, tem menos peso do que quem dorme menos.

Pessoas que não dormem bem tendem a criar gordura, e não massa muscular.

Mas quando se fica noites inteiras sem dormir, há ainda o risco de que não se consiga memorizar corretamente situações vividas durante o dia. O sono serve para memorização, o que nós aprendemos é gravado durante o sonho.

Há ainda o risco de casos de hipertensão e diabetes terem uma piora, pois quando se fica muito tempo sem dormir a liberação de uma substância chamada noradrenalina aumenta, elevando a pressão arterial.

Além da sonolência característica, quem fica muito tempo sem dormir (mais de seis dias seguidos, por exemplo), tem ainda chances de, em casos mais graves, ficar desorientado chegando até a ter alucinações.

O desgaste acumulado por quem não dorme direito ou dorme pouco, pode gerar várias doenças, como bem se vê, incluindo estados depressivos, crises de ausência ("apagões"), perda de atenção, de memória (já citado), disfunções sexuais, alterações do apetite, irritabilidade, incoerência mental e por aí vai.

Se você não dorme bem, procure seu médico, para entender a causa e procurar uma solução, evitando problemas futuros para sua saúde.

Fim da gordura trans é voltar à época da banha (absurdo!) - é a palavra da indústria de alimentos - veja:




Pasmem!

As indústrias rechaçam qualquer prazo para eliminar a gordura trans dos alimentos consumidos no país. O presidente da Abia (Associação Brasileira das Indústrias da Alimentação), Edmund Klotz, reage com ironia ao comentar os planos do Ministério da Saúde de ver, em pouco tempo, o Brasil livre da mais danosa das gorduras.

"Se for fixado um prazo para acabar com a gordura trans, vamos ter de criar porco de novo e voltar à velha banha", afirma Klotz. "Ainda não temos nada com um resultado final parecido com o dessa gordura."

Neste ano, o ministro da Saúde, José Gomes Temporão, convocou os fabricantes e defendeu o modelo do Canadá, que deu três anos para que o ingrediente fosse banido.

"A nossa vontade é que, num curto prazo, nós possamos estar com 100% dos alimentos comercializados no Brasil sem gordura trans", afirmou.

O empenho do ministro se justifica pelos gastos com o tratamento dos brasileiros que comem mal. Cerca de 168 mil pessoas foram hospitalizadas em 2007 em decorrência de acidente vascular cerebral --uma das conseqüências do colesterol alterado--, o que custou R$ 118 milhões aos cofres públicos.

Sem tempo

A indústria reagiu dizendo que os três anos são um prazo curto demais. "A substituição demanda testes e desenvolvimento de fórmulas", afirma Fabio Acerbi, diretor de assuntos corporativos da multinacional Kraft Foods.

Já há alternativas para a gordura trans, como os óleos de girassol e de palma. O problema é que são mais caros e não são produzidos em grande escala. "E ainda temos o desafio de manter o sabor. Se você está acostumado com o seu biscoito e de repente sente um gosto diferente, você muda de marca", diz Acerbi.

A gordura trans é ingrediente de boa parte dos alimentos industrializados. Está nos biscoitos, nos sorvetes, nas margarinas, nos requeijões, nas frituras, nos salgadinhos e até nas misturas para bolos.

Surgiu como uma alternativa --acreditava-se-- mais saudável à gordura animal, por ser obtida de óleos vegetais. A gordura animal aumenta o LDL (o colesterol ruim) no sangue.

Mais que isso, a nova gordura foi amplamente adotada por ser pastosa, quase sólida, e não líquida. É o atributo que deixa a margarina cremosa e o biscoito crocante. Além disso, aumenta o prazo de validade e deixa o sabor mais agradável.

Alerta vermelho

Nos anos 90, porém, estudos científicos descobriram que a gordura trans é extremamente prejudicial à saúde. Mais até que a gordura animal. Além de aumentar o LDL, reduz os níveis de HDL (o colesterol bom).

A OMS (Organização Mundial da Saúde) recomenda que um adulto não consuma mais que dois gramas de gordura trans por dia -quantidade que se alcança comendo três biscoitos recheados de morango.

Diante dos malefícios, a própria indústria tratou de reduzir os teores. No Brasil, o grande movimento se deu em 2006, depois que a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) tornou obrigatória a indicação, nas embalagens, da quantidade de gordura trans. Foi então que os brasileiros se deram conta dos excessos.

"Dois ou três anos atrás, estivemos no consumo máximo de gordura trans. Agora a indústria está cautelosa", afirma a nutricionista Liandra Freitas Marquez Bernardes, da Universidade Federal de Uberlândia, em Minas Gerais.

matéria de RICARDO WESTIN
da Folha de S.Paulo

segunda-feira, 8 de setembro de 2008

ALCOOLISMO E ADIÇÕES




TRANSTORNOS PSIQUIÁTRICOS RELACIONADOS AO USO DE ÁLCOOL E OUTRAS SUBSTÂNCIAS PSICOATIVAS - é um pouco longo, mas vale a pena você ler até o final!

Sinônimos:
alcoolismo, dependência química, drogadições

O uso de substâncias que modificam o estado psicológico tem ocorrido em todas as culturas conhecidas desde a Antigüidade. Em sociedades modernas, especialmente as ocidentais, o uso descontrolado destas substâncias tornou-se um dos principais problemas de saúde pública. Praticamente todos já tiveram algum tipo de contato com cafeína ou nicotina (cigarros) e a grande maioria já experimentou álcool e boa parte dos jovens já experimentou canabinóis (maconha). Sabe-se, atualmente, que 9% dos jovens da rede pública de ensino, é fumante regular, tendo iniciado seu "hábito" por volta dos 9 anos de idade.

É considerada substância psicoativa (drogas) qualquer substância que, utilizada por qualquer via de administração, altera o humor, o nível de percepção ou o funcionamento cerebral, podendo ser legalmente usadas, prescritas ou ilícitas (ilegais).

No entanto, não existe uma fronteira nítida entre o que seja um simples uso de drogas, um abuso ou mesmo uma dependência severa pois tudo isto se desenvolve em um continuum. A droga vai assumindo um papel progressivamente mais importante na vida do usuário, suas atividades e seu círculo social vão ficando cada vez mais associados ao uso, surgindo, então, problemas de natureza familiar, sociais, legais, financeiros e físicos, entre outros causados pela droga.

Considera-se abuso de drogas quando o uso ultrapassa qualquer padrão social ou médico aceitos para o uso desta substância e isso está causando prejuízos a vida do usuário em um ou mais dos aspectos citados acima. Já a dependência ou uso compulsivo implica uma necessidade ("fissura") pela droga, seja de natureza psicológica ou física. Neste último caso, o organismo da pessoa adaptou-se à droga e apresenta sintomas quando de sua abstinência.

ALCOOLISMO

O alcoolismo é uma doença que afeta a saúde física, o bem estar emocional e o comportamento do indivíduo. Segundo estatísticas americanas, atinge 14% de sua população e no Brasil estima-se que entre 10 a 20% da população sofra deste mal. O álcool é classificado como um depressor do sistema nervoso central.

Efeitos físicos

Os efeitos físicos ocasionados pelo álcool são:
Diminuição dos reflexos; uso a longo prazo aumenta o risco de doenças como o câncer no cérebro, língua, boca, esôfago, laringe, fígado e vesícula biliar.
Pode ocasionar hepatite, cirrose, gastrite e úlcera, além de pancreatite em variados graus, danos cerebrais irreversíveis, danos cardíacos, alterações da pressão arterial, desnutrição proteica e, no feto, á capaz de gerar mal formações.

Efeitos emocionais

Os efeitos emocionais e comportamentais são:
Perda da inibição, sendo que pessoa intoxicada com álcool pode fazer coisas que normalmente não faria, como, por exemplo, dirigir um carro em alta velocidade.
Alteração do humor, ocasionando raiva, comportamento violento, depressão e até mesmo suicídio, perda parcial ou total da memória, alterações em relacionamentos, por mudar o comportamento do alcoólico, dminuição da produtividade no trabalho.

Um indivíduo pode tornar-se alcoolista devido a um conjunto de fatores, incluindo predisposição genética, estrutura psíquica, influências familiares e culturais.
Sabe-se que homens e mulheres têm 4 vezes mais probabilidade de ter problemas com
álcool se seus pais foram alcoolistas.

Geralmente está associado a outras condições psiquiátricas como transtornos de personalidade, depressão, transtorno afetivo bipolar (antiga psicose maníaco depressiva), transtornos de ansiedade e suicídio.

Efeitos do álcool

Intoxicação por álcool - Os sintomas dependem da concentração de álcool no sangue.
No início do quadro a pessoa pode tornar-se séria e retraída, ou falante e alegre. Podem ocorrer crises de riso ou choro. Em geral ocorre sonolência.
Gradativamente o indivíduo começa a perder a coordenação motora, apresentando dificuldade para falar e caminhar. Os reflexos tornam-se mais lentos. Intoxicações graves com concentrações maiores de álcool no sangue podem levar ao coma, depressão respiratória e morte.

Intoxicação patológica - caracteriza-se por intensas mudanças de comportamento e agressividade após a ingestão de uma pequena quantidade de álcool.
A duração é limitada, sendo comum o black out (amnésia). Pela violência das manifestações pode ser necessário até internar o paciente além de medicá-lo.

Abstinência ao álcool- Ocorre em pacientes que fazem uso de álcool em grande quantidade e por tempo prolongado, e que param de consumir a bebida.
Os primeiros sintomas de abstinência iniciam 12 horas após parar de beber. O sintoma mais comum são os tremores, acompanhados de irritabilidade, náuseas, vômitos, ansiedade, sudorese, pupilas dilatadas e taquicardia. Pode evoluir para uma condição clínica mais grave chamada Delirium por abstinência de álcool (antigo Delirium Tremens)

Delirium - É uma emergência médica e, quando não tratado adequadamente, pode levar o paciente a convulsões e morte em até 20% dos casos. Inicia geralmente na semana em que o paciente pára de beber. O paciente apresenta taquicardia, sudorese, febre, ansiedade, insônia. Pode apresentar alucinações, como, por exemplo, enxergar insetos ou outros pequenos bichos na parede. O nível de consciência do paciente "flutua" desde um estado de hiperatividade até um de letargia.

Como se trata?

Em primeiro lugar é preciso esclarecer que não existe um tratamento ideal para o alcoolismo. Por isso os casos devem ser considerados individualmente, e a partir de um bom exame clínico, deve-se indicar o tratamento mais apropriado para cada paciente de acordo com o grau de dependência e do ponto de desenvolvimento da doença em que se encontra a pessoa.

É preciso lembrar que as recaídas são comuns nos pacientes alcoolistas.
Na grande maioria dos casos, o próprio paciente não consegue perceber o quanto está envolvido com a bebida, tendendo a negar o uso ou mesmo a sua dependência dela. Nestes casos, pode-se começar o tratamento ajudando o paciente a reconhecer seu problema e a necessidade de tratar-se e de tentar abster-se do álcool. A indicação de internação, pelo menos como fase inicial de desintoxicação, costuma ser a regra.

Em nível de ambulatório e consutório, os tratamentos disponíveis são:

a psicoterapia cognitivo comportamental e
a psicoterapia de orientação analítica realizadas individualmente ou em grupo.

Os grupos de auto-ajuda, como os Alcoólicos Anônimos têm-se mostrado uma das alternativas mais eficazes no tratamento do paciente alcoolista e no acompanhamento de sua família, o que costuma ser indispensável para o bom andamento do tratamento.

Algumas medicações podem ser utilizadas para causar uma reação física violenta se a pessoa ingere álcool ou ainda bloquear a vontade e o prazer de beber.

DROGADIÇÕES

Existe um número muito grande de substâncias utilizadas como drogas, que podem ser classificadas de diferentes maneiras. Abaixo encontramos apenas informações sobre as drogas de maior significado pela freqüência e disseminação de uso.
Canabinóis (Maconha e Haxixe)

Está entre as drogas mais usadas. O seu princípio ativo é o THC (tetra hidrocanabinol). Essas substâncias são preferentemente fumadas.

Seus efeitos físicos são taquicardia, olhos avermelhados, boca seca, tremores de mãos, além de prejuízo da coordenação motora e da força muscular.

Seus efeitos psíquicos são variáveis. Em geral provocam relaxamento, diminuição da ansiedade, aumento do apetite, euforia, alteração da percepção do tempo e do espaço. Em função disso, pode facilitar a ocorrência de acidentes automobilísticos graves.
Em doses mais altas podem ocorrer delírios, alucinações com perda do sentido de realidade, além de sentimentos de perseguição. É considerada uma droga de "rua", " leve", porque não existe descrição de dependência física. No entanto, seu uso crônico pode dar origem à chamada síndrome amotivacional pelo prejuízo da memória de fixação, causando desinteresse, desmotivação para a vida quotidiana com sérios prejuízos à integração social, escolar ou profissional do indivíduo.

Estimulantes do SNC(Cocaína e Anfetaminas)

São substâncias cujo efeito predominante é o estímulo do cérebro pelo bloqueio de células inibitórias ou pela liberação de substâncias neuro-transmissoras (substâncias liberadas por uma célula cerebral para estimular outras).

A cocaína pode ter diferentes efeitos conforme a via de administração. A via intravenosa e o fumar tem efeitos mais rápidos e intensos do que a inalatória ( cheirar). Seus efeitos físicos são aumento da pressão arterial, temperatura, tremor de extremidades e midríase( dilatação da pupila).

Os efeitos psíquicos são sensação de bem estar, euforia, aumento da autoconfiança, hiperatividade, desinibição, abolição da fome e da sensação de cansaço. Com aumento da dose aparece ansiedade, irritabilidade, apreensão, desconfiança, podendo chegar a delírios e alucinações tanto auditivas quanto visuais.
Em usuários crônicos foi descrito um quadro de letargia, hipersonia, irritabilidade, humor depressivo que, em casos graves, pode até chegar ao suicídio. A cocaína desenvolve uma compulsão muito forte ("fissura") nos seus usuários. No uso injetável pode causar arritmias cardíacas, convulsões, flebites, endocardites, além de AIDS, síndromes que são todas potencialmente fatais. Por via nasal pode causar atrofia da mucosa nasal ou mesmo perfurações no septo nasal.

As anfetaminas são também muito utilizadas sob forma de comprimidos anorexígenos, muitas vezes prescritos como coadjuvantes de tratamentos para emagrecer. Em geral, elas causam efeitos físicos e psíquicos semelhantes à cocaína. Podem também desencadear ataques típicos de pânico.

Benzodiazepínicos e Outros Tranqüilizantes
São os medicamentos mais prescritos no mundo atualmente e utilizados como sedativos, hipnóticos ou ansiolíticos. Aproximadamente 90% dos pacientes clínico-cirúrgicos hospitalizados recebem essas drogas. São substâncias com utilidade clínica, porém, têm importante potencial para abuso porque apresentam tolerância, dependência psíquica e dependência física.

Seu efeito é a depressão do sistema nervoso central, caracterizando-se por sonolência, níveis variáveis de sedação e relaxamento muscular. Provocam prejuízo da memória e do desempenho psicomotor. Em doses muito elevadas podem causar intoxicações com sedação acentuada, arritmias cardíacas e depressão respiratória.

TRATAMENTO DAS DEPENDÊNCIAS QUÍMICAS

Não existe tratamento universal para as farmacodependências; nenhuma modalidade terapêutica mostra-se claramente superior para todos os pacientes.
Entretanto, existem alguns princípios comuns que devem estar presentes em qualquer abordagem terapêutica:qualquer tratamento requer uma longa duração uma vez que se trata de uma doença crônica; o tratamento deve ser voluntário para se obter melhores resultados; os tratamentos compulsórios devem ser a exceção já que, na sua maioria, esses pacientes não podem ser considerados legalmente incapazes; o envolvimento familiar é de suma importância tanto para promover a desmistificação da existência de culpados pela drogadição, quanto para melhorar as relações familiares, sempre abaladas por sentimentos de raiva, frustração e culpa, tão comuns nestas situações.
esquematicamente cada tratamento compõe-se de três fases: busca da abstinência, tratamento das complicações da drogadição e prevenção das recaídas.

sábado, 6 de setembro de 2008

Ronque não!

A cama aguarda mais uma noite de orquestra e, num piscar de olhos, começam os roncos nos mais diversos tons. A platéia, seleta, muitas vezes é composta de uma única pessoa: o companheiro de cama. A respiração ruidosa, porém, não representa o auge do espetáculo. Ela precede um bloqueio na passagem do ar inspirado pelo maestro dessa desafinada orquestra. Na ânsia de recuperar o fôlego, ele tem uma espécie de engasgo, volta a respirar e, em seguida, engata uma nova série de sons barulhentos. Brincadeiras à parte, essa ópera que persiste madrugada adentro é coisa séria e atende pelo nome de apnéia do sono.
O ronco é o mais sonoro sinal da doença. Sete em cada 100 pessoas têm o distúrbio em grau acentuado e outras 20 em cada 100 o apresentam pelo menos uma noite ao longo da vida, estima a neurologista Dalva Poyares, do Instituto do Sono da Universidade Federal de São Paulo, a Unifesp. A apnéia costuma surgir por volta dos 40 anos, sobretudo nos homens, e com uns quilos a mais. A partir dessa faixa etária, a musculatura da faringe fica mais flácida, explica o neurologista Rubens Reimão, do Hospital das Clínicas de São Paulo.
Quando o indivíduo se deita, então, esse tubo se estreita e, com a ajuda de possíveis amontoados de gordura na região da garganta, interrompe o caminho do ar. Esse estreitamento provoca uma vibração, o ronco, seguida de uma parada silenciosa da respiração, descreve o otorrinolaringologista Lucas Lemes, pesquisador da Universidade do Estado do Rio de Janeiro. A faringe se fecha por no mínimo dez segundos e, em casos graves, pode ficar assim por um minuto, completa Reimão.
O regente dos roncos e dos breques na respiração nem percebe o sufoco. Quem tem apnéia dorme até demais, mas dorme mal porque não respira direito, sentencia Dalva. É um sono que não repõe as energias. E o pior: a falta de ar e a inconstante entrada de oxigênio disparam a pressão arterial. Um fenômeno que, no início, se restringe à madrugada, mas, com o tempo, ganha o dia e a vida do apnéico.

Quando a pressão já está nas alturas, a apnéia pode torná-la incontrolável. Ou seja, mais do que predispor ao problema, ela agrava a situação. Não à toa, novas diretrizes da Associação Americana do Coração estabeleceram a importância de tratar o distúrbio do sono para eliminar a hipertensão resistente — quadro em que a pressão não cai mesmo quando se usam três medicamentos. A associação entre os males também foi flagrada por um trabalho da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Aliás, esse foi um dos primeiros estudos no mundo a demonstrar que o elo entre ambas as doenças independe de fatores como idade, sexo ou obesidade. “A apnéia aumenta em cinco vezes o risco de hipertensão resistente”, calcula o pneumologista e especialista em sono Denis Martinez, um dos autores.
Por isso, enquanto a apnéia não é tratada, a pressão alta também não cede. Se você acha que o ronco esporádico ou uma apnéia leve não oferecem riscos, o médico Lucas Lemes, autor do livro Viver sem Roncos (Editora Revinter), alerta: “A apnéia pode evoluir com a idade, ainda mais se a pessoa engordar”. E Martinez completa: “Quanto mais grave ela for, maior seu efeito sobre a pressão”.
A parceria entre esse distúrbio do sono e os problemas cardiovasculares culmina num círculo vicioso — um agrava os outros, e vice-versa. Aliás, a apnéia afeta até o ritmo cardíaco, (veja quadro acima). E, a exemplo da hipertensão, as arritmias podem perpetuarse quando o indivíduo está acordado.
Outro problema duro na queda que faz da apnéia uma aliada é o diabete. Quem vive às voltas com os picos de açúcar no sangue torna-se mais facilmente apnéico, e o apnéico, por sua vez, está mais suscetível a desenvolver resistência à insulina, ficando a um passo de se tornar diabético (volte ao quadro acima). Não à toa, a Federação Internacional de Diabetes passou a considerar o roncar um dos fatores decisivos para o desequilíbrio da glicose.
A apnéia do sono é um tremendo ruído para a saúde. Por isso, se os roncos ou a sonolência diurna ganharem acordes mais intensos, é hora de procurar um médico e iniciar o tratamento (veja o quadro à direita). Só garantindo uma respiração adequada durante o sono é que se fecha a cortina para um concerto de problemas que não param de fazer barulho pelo corpo.
DO RONCO À ESCALADA DA PRESSÃO
Entenda como a apnéia do sono é capaz de causar alterações nos vasos sangüíneos e despertar a hipertensão
1. FARINGE FECHADA
A faringe, ao relaxar durante o sono, torna estreita a passagem do ar, provocando as vibrações típicas do ronco. Em determinado momento, ela se fecha por completo e interrompe o fluxo respiratório temporariamente. Essa paradinha é a tal da apnéia.
2. SANGUE MAIS POBRE
Com a obstrução da faringe, o ar pára de chegar aos pulmões. Assim, uma menor quantidade de oxigênio é vertida no sangue, que chega empobrecido ao coração para, em seguida, ser bombeado para todo o corpo.
3. VASOS CONTRAÍDOS
A falta de oxigênio chama a atenção do sistema nervoso simpático, uma cadeia de gânglios situados perto da medula, que tem conexão com o cérebro e outros órgãos isso acontece justamente no momento em que, sem perceber, a pessoa volta a respirar. Numa reação de defesa, esse sistema manda o organismo liberar adrenalina, hormônio que contrai os vasos.
4. LÁ VEM A HIPERTENSÃO
Estimulados a ficar mais apertados, os vasos restringem o espaço por onde o sangue circula. Daí, como esse volume sangüíneo tem de correr pelas vias contraídas, há um aumento da pressão.

fonte: Revista Saúde - muito boa, diga-se de passagem!