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sábado, 13 de setembro de 2014

Arritmias cardíacas


Os impulsos elétricos que fazem o coração pulsar e determinam o ritmo das batidas do coração normalmente surgem a partir de um nódulo localizado no alto do átrio direito e são conduzidos até a musculatura cardíaca por meio de feixes nervosos, mas outras áreas do sistema elétrico do coração também podem enviar sinais.

Arritmia cardíaca é um distúrbio na formação ou na condução desses impulsos elétricos, o que altera o ritmo dos batimentos cardíacos, fazendo-o muito rápido (taquicardia), muito lento (bradicardia) ou irregular (palpitação ou disritmia). Em si mesma, ela não é uma doença cardíaca, mas um sintoma que pode ocorrer em várias doenças ou condições do coração. Há diversos tipos de arritmias cardíacas: fibrilação atrial, taquicardia sinusal multifocal, taquicardia paroxística supraventricular, taquicardia ventricular e fibrilação ventricular.

As arritmias são causadas basicamente por problemas com o sistema de condução desses impulsos. São múltiplas as doenças em que a arritmia cardíaca pode ocorrer.

Algumas delas são: infarto do miocárdio, cardiomiopatia, bloqueio das artérias coronárias, hipertensão arterial, diabetes, hipertireoidismo, tabaco, alcoolismo, consumo exagerado de cafeína, uso de drogas e certos medicamentos, choque elétrico, poluição do ar.

Além dessas condições e doenças as cirurgias cardiovasculares, a doença cardiovascular congênita, a apneia do sono e os níveis anormais de eletrólitos no sangue são fatores que aumentam o risco de arritmias cardíacas.

As arritmias cardíacas podem ocorrer em qualquer idade, mas na maioria das vezes ocorrem em pessoas que sofram ou tenham sofrido doenças cardíacas ou que as tenham em membros da família. Algumas arritmias podem ser assintomáticas e muitas vezes o médico as descobre antes mesmo do paciente, durante um exame de rotina.

No entanto, é possível que o paciente sinta alguns incômodos como peso ou dor no peito, batimentos cardíacos acelerados ou lentos, falta de ar, tonteiras, desmaios, palidez, sudorese, confusão mental, fraqueza e pressão baixa. A frequência cardíaca muito baixa ou muito rápida pode produzir afundamento do nível de consciência ou inconsciência. Outro sintoma importante são as percepções das palpitações ou taquicardias.

Para orientar o tratamento, é importante diagnosticar não só a existência da arritmia como as suas causas. Muitas vezes, os sinais e sintomas e, no máximo, um eletrocardiograma são suficientes, mas outros exames podem tornar-se necessários.

Uma ultrassonografia do coração permite determinar seu tamanho, a espessura de suas paredes, as condições de suas cavidades e a função cardíaca; o teste de esforço permite verificar como o coração se comporta durante a atividade física; o Holter de 24 horas que registra os batimentos do coração e o eletrocardiograma que permite a avaliação elétrica da atividade cardíaca (potenciais elétricos) e da sua condução, registrada em gráficos.

Como dito, nem toda arritmia cardíaca necessita ser tratada. No entanto, existem dois tipos de arritmias que requerem tratamento: a bradicardia e a taquicardia persistente.

Algumas bradicardias, muitas vezes provocadas pelo uso de medicamentos, são reversíveis quando retirados os motivos causais e não carecem de tratamento definitivo.

Nos casos em que não for possível revertê-las, a única solução para retornar à frequência normal do coração é a colocação de um marca-passo cardíaco. O aumento dos batimentos cardíacos pode se manifestar sob a forma de episódios isolados (extrassístoles), ou se constituírem como crises de taquicardia.

Nesses casos, pode-se usar medicamentos para evitar o problema, mas o tratamento definitivo consiste na cauterização cirúrgica do foco de estimulação das extrassístoles ou das taquicardias, através de cateteres.

Algumas crises episódicas podem ser revertidas por meio de desfibriladores cardíacos. Entretanto, alguns pacientes não podem esperar por um desfibrilador externo para corrigir as crises no momento e precisam contar com desfibriladores implantados, capazes de reverter automaticamente o processo.

Algumas arritmias cardíacas são benignas e podem continuar indefinidamente, mas outras indicam gravidade, porque são indicativas de doença do coração ou porque representam um risco em si mesmas.

A implantação no corpo de um desfibrilador permite o tratamento rápido das crises agudas, evitando as complicações das arritmias cardíacas.

As arritmias cardíacas podem levar a uma diminuição do fluxo sanguíneo cerebral e provocar lesões neurológicas irreversíveis.

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