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sexta-feira, 12 de setembro de 2014

Azoospermia


Azoospermia é a situação em que nenhum espermatozoide é detectado no sêmen ejaculado. Isto pode acontecer porque não há produção de espermatozoides pelos testículos ou porque há algum tipo de bloqueio do sistema de transporte do esperma, o que impede os espermatozoides produzidos de chegarem ao exterior. Chama-se oligospermia à situação em que existe no sêmen ejaculado uma quantidade de espermatozoides menor que a normal (39 a 106 ml ejaculado).

As causas das azoospermias não obstrutivas incluem defeitos congênitos dos testículos ou danos adquiridos por eles. Nesses casos, devem ser procuradas, entre outras, causas genéticas, porque elas ocorrem em cerca de 15% dos homens com azoospermia.

As azoospermias obstrutivas, por seu turno, podem ser motivadas por condições que obstruam os ductos de drenagem dos espermatozoides, como danos causados por doenças ou traumas, vasectomia (cirurgia praticada voluntariamente para interromper os dutos excretores) ou anormalidades do epidídimo (local onde os espermatozoides são armazenados após serem produzidos pelos testículos) ou canal deferente (canal que conduz os espermatozoides a partir do epidídimo).

A criptorquidia (quando ambos os testículos não descem do abdômen para a bolsa testicular) também pode ser a causa da baixa produção de espermatozoides ou levar à azoospermia. Em muitos casos a azoospermia é dita criptogenética, porque não tem uma causa conhecida.

Em geral, o paciente nada sente ou então os sintomas são os próprios às enfermidades que causam as obstruções, como as infecções, os traumas ou os tumores. A azoospermia provoca infertilidade, mas nada tem a ver com impotência.

A azoospermia pode ser detectada pelo espermograma, um exame de laboratório que procede à contagem dos espermatozoides presentes no sêmen ejaculado. Uma primeira contagem não deve selar o diagnóstico porque às vezes os espermatozoides somente aparecem no exame após centrifugação do sêmen ou em outras coletas posteriores, pois há casos em que os espermatozoides só estão presentes em uma delas. Nas azoospermias, alguns exames podem auxiliar no diagnóstico, mas somente uma biópsia testicular pode mostrar em definitivo se há alguma produção de espermatozoides.

O objetivo principal do tratamento da azoospermia é restituir a capacidade de fecundar. Alguns casos de azoospermia obstrutiva podem ser corrigidos cirurgicamente e em casos onde isso não seja possível os espermatozoides podem ser artificialmente recolhidos nos testículos ou no epidídimo por meio de uma finíssima agulha, com anestesia local e posteriormente utilizados para fecundação in vitro do casal. O procedimento deve ser realizado em um centro cirúrgico e o paciente pode ser liberado no mesmo dia.

A azoospermia obstrutiva tem bom prognóstico. Quase sempre a obstrução do canal deferente pode ser solucionada a contento.

O tratamento dos casos de azoospermia não obstrutiva em geral é muito difícil e apresenta resultados escassos.

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