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sexta-feira, 29 de agosto de 2014
Mais zumbidos..
Uma publicação científica recente do "Journal of Otorhinolaryngology" dá conta de que há um crescimento progressivo dos casos de zumbido no decorrer dos últimos anos, inclusive em crianças e adolescentes.
Se, em 1995, a condição afetava 15% da população, em 2010 a prevalência (índice de casos, de uma forma mais popular) subiu para 25%, mostrando um futuro com perdas auditivas cada vez mais precoce.
Esse aumento pode estar associado com a exposição a ruídos e ondas eletromagnéticas, altamente vinculadas à explosão do número de usuários de smartphones e players digitais que ocorreu nas duas últimas décadas.
De qualquer modo, a condição também guarda relação com estresse e erros alimentares, que, do mesmo modo, se avolumaram nesse mesmo intervalo.
A publicação chama atenção de que em cerca de 90% das vezes, quando um adulto se queixa desse sintoma, já existe alteração de limiar tonal em, ao menos, uma das frequências sonoras na audiometria.
Os jovens, por sua vez, costumam perceber o incômodo antes que qualquer perda auditiva seja notada, o que dá espaço para alguma intervenção.
Na prática, portanto, o artigo deixa claro que a investigação precoce deve ser estimulada para "evitar problemas futuros", particularmente entre crianças e adolescentes.
Apesar de não haver uma cura definitiva bem estabelecida, o diagnóstico permite um melhor controle dos sintomas e, por que não dizer, dos fatores de risco, como o excessivo volume dos aparelhos eletrônicos dentro do ouvido dos jovens!
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