Pesquisar este blog

quarta-feira, 30 de abril de 2014

Anedonia


Anedonia é a perda da capacidade de sentir qualquer tipo de prazer por todo o tempo.

A anedonia é apanágio maior das grandes depressões, mas pode acontecer também nos esquizofrênicos, neurastênicos, nos usuários crônicos de drogas (sobretudo durante as crises de abstinência), em pessoas muito ansiosas e naquelas com transtornos esquizoides de personalidade.

Parece haver tipos constitucionais com certos graus de anedonia. No sentido bioquímico, a anedonia está associada a baixos níveis de monoaminas (serotonina, dopamina, adrenalina e noradrenalina) no sistema nervoso.

Os pacientes com anedonia ficam normalmente numa situação de total indiferença consigo mesmos, não têm apego por nada, nem mesmo pela própria vida e costumam ser resistentes a mudar a sua situação, nada fazendo para isso, mesmo diante da insistência de pessoas próximas.

Correlativamente, há uma dificuldade ou incapacidade de experimentar sentimentos negativos. Essas pessoas parecem não responsivas emocionais.

Em casos extremos, tanto faz que lhe morra um parente próximo ou que ganhe um grande prêmio numa loteria. Contudo, há uma gradação de intensidade dos casos de anedonia que decresce dessas situações extremas até outras, mais leves.

Por outro lado, embora as pessoas sejam incapazes de sentir prazer em qualquer circunstância, há casos em que o problema se dá com aspectos específicos da vida, como o apetite, o sexo, as relações sociais, as atividades de lazer, etc.

Os pacientes com anedonia têm dificuldades em suas relações sociais, tornando-se desinteressantes, afastando de si as demais pessoas e vivendo em isolamento.

O médico diagnosticará a anedonia clinicamente a partir do relato das pessoas próximas ao paciente e de suas próprias observações da falta de reações emocionais do paciente.

Não há nenhum exame objetivo que seja capaz de diagnosticar a anedonia.

O tratamento da anedonia dependerá do quadro mórbido em que ela esteja inserida. Se ela for, por exemplo, um sintoma da depressão, o tratamento farmacológico deve ser feito com antidepressivos inibidores seletivos da recaptação de dopaminas.

Se aparecer em outros quadros patológicos deve seguir também o tratamento deles, principalmente com medicações desinibidoras e ativadoras.

No sentido psicológico, as terapias cognitivo-comportamental ou analítico-comportamental podem ser de grande auxílio ao tratamento medicamentoso.

Um dos problemas do tratamento da anedonia é que esses pacientes dificilmente aderem voluntariamente ao processo terapêutico e pelo menos as tentativas iniciais quase sempre partem mais dos familiares que do próprio paciente.

A anedonia relacionada a quadros mórbidos bem definidos e curáveis tende a desaparecer na medida em que esses quadros também desaparecem. Aqueles casos constitucionais ou devidos a transtornos de personalidade são de mais difícil solução e até mesmo insolúveis.

A pessoa que sofre de anedonia parece estar emocionalmente "congelada" e se torna socialmente desagradável, o que acaba prejudicando muito suas relações sociais e levando-a a um quadro de isolamento, do qual, contudo, ela não se ressente

terça-feira, 29 de abril de 2014

Cetose: do que se trata?


A fonte principal de energia do organismo é a glicose, mas quando a glicose falta, o corpo lança mão das gorduras gerando a cetose, que é um estágio do catabolismo que ocorre quando o fígado usa os depósitos de gordura como fonte de energia, se não há mais glicogênios.

A cetose acontece quando há a presença de corpos cetônicos no sangue. O processo de cetose está na base das dietas que restringem a ingestão de carboidratos e priorizam a ingestão de lipídios e proteínas.

Ela não deve ser confundida com a cetoacidose diabética, uma das complicações do diabetes, em que o pH do sangue fica mais ácido, causando vários problemas e afetando os rins, em primeiro lugar. Devido à grande diminuição de insulina, há uma produção excessiva de corpos cetônicos.

Os carboidratos, que geram a glicose, são a primeira fonte de energia de uma pessoa.

Quando a alimentação não supre o organismo com a quantidade necessária de carboidratos (pão, massas, cereais, açúcares, etc.) ele se vê obrigado a utilizar as gorduras como fonte de energia.

A cetose foi popularizada pelas dietas sem carboidratos, mas pode também ser ocasionada por certas doenças como a dengue ou a diabetes não controlada. Pode também ocorrer em jejuns muito prolongados e por exercícios muito intensos ou de grande duração.

Os sintomas da cetose não são apenas negativos. Quando o corpo se habitua a eles, muitas pessoas alegam sentirem-se melhor, no geral.

Em algumas pessoas o primeiro sinal de cetose é uma mudança no odor da urina e do hálito.

Os demais sintomas podem ser: enjoo, fraqueza, tremores, desidratação, alteração de humor, dores de cabeça, tontura e sonolência.

Em geral esses sintomas começam levemente e se tornam menos pronunciados conforme a dieta vai avançando.

Como a cetose não é uma doença, mas um estado fisiológico, não é exatamente correto falar-se em tratamento. Algumas recomendações, contudo, podem ser úteis, no sentido de que a pessoa possa melhor conviver com a cetose. É importante consumir bastante água e, se possível, bebidas com eletrólitos (sem açúcar), pois em cetose elimina-se muitos líquidos.

Estar em cetose possui vários benefícios: causa uma perda rápida de gordura, diminui a taxa de glicose sanguínea, desaparece o desejo por doces, mantém a massa magra do corpo e, embora isso ainda não seja comprovado cientificamente, aumenta a fertilidade feminina.

Quem deseja adotar uma dieta cetogênica deve incluir no programa alimentar um suplemento de proteínas.

A suplementação alimentar adequada desempenha um papel fundamental para evitar a cetose.

Durante a prática de exercícios ou atividades esportivas extenuantes deve ser fornecido carboidrato suficiente para que o organismo gere a energia necessária.

Em diabéticos, a dieta com alto teor de proteínas pode acelerar a progressão da doença renal diabética.

A dieta com alto teor de proteínas também não deve ser utilizada por alcoólatras porque pode dar origem a cetoacidose alcoólica.

segunda-feira, 28 de abril de 2014

Café e Diabetes tipo 2


Já é conhecida a hipótese de que o consumo de café e chá tem sido associado a um menor risco de diabetes tipo 2, mas pouco se sabe sobre como as mudanças no consumo de café e chá influenciam no risco subsequente para o diabetes tipo 2. Pesquisadores americanos examinaram as associações entre as mudanças no consumo de café e chá durante quatro anos e o risco de diabetes tipo 2 nos quatro anos subsequentes.

Foram acompanhados prospectivamente 48.464 mulheres do Nurses’ Health Study (NHS; 1986–2006), 47.510 mulheres do NHS II (1991-2007) e 27.759 homens do Health Professionals Follow-up Study (HPFS; 1986–2006). A dieta foi avaliada a cada quatro anos através de um questionário validado de frequência alimentar. Casos incidentes auto-relatados de diabetes tipo 2 foram validados por meio de questionários complementares.

Durante o acompanhamento de 1.663.319 pessoas/anos, foram documentados 7.269 casos novos de diabetes tipo 2. Os participantes que aumentaram seu consumo de café por mais de uma xícara/dia (variação média=1,69 xícaras/dia) durante um período de quatro anos tiveram um risco 11% (IC 95% 3%-18%) menor de desenvolver diabetes tipo 2 em comparação com aqueles que não fizeram alterações no consumo. Os participantes que reduziram o consumo de café em mais de uma xícara/dia (variação média de menos duas xícaras/dia) tiveram um risco 17% (IC 95% 8%-26%) maior de desenvolver diabetes tipo 2.

Mudanças no consumo de chá não foram associadas ao risco de diabetes tipo 2.

Concluiu-se que os dados do presente estudo fornecem evidências de que o aumento do consumo de café ao longo de um período de quatro anos foi associado a um menor risco de desenvolver diabetes tipo 2, enquanto a diminuição no consumo de café está associada a um maior risco de casos novos de diabetes tipo 2 nos anos seguintes.

Fonte: Diabetologia, publicação online de 24 de abril de 2014

sábado, 26 de abril de 2014

O que é maconha?


A maconha (Cannabis sativa) é uma planta própria de climas quentes e úmidos, originária da África, embora exista registro dela na índia, 7.000 AC.

Um pé de maconha possui folhas verdes serrilhadas e pequenas flores amarelas sem perfume e pode atingir até cinco metros de altura.

As primeiras notícias dessa erva no Brasil datam do século XVIII.

A planta contém mais de 400 substâncias químicas, das quais 60 se classificam como canabinoides.

A principal delas é o tetrahidrocanabinol (THC) e está associado aos efeitos que a maconha produz no cérebro.

Não existe consenso se a maconha causa ou não vício, embora a maioria dos estudiosos opine que sim.

Há alguns usuários que apesar de consumirem a droga diariamente não desenvolvem o vício, enquanto outros, usando menos, desenvolvem uma síndrome semelhante à dependência de outras drogas.

Ela em geral é aspirada sob a forma de fumaça, a partir de cigarros enrolados em papel ou cachimbos preparados pelos usuários.

Ao inalar a fumaça da maconha, o seu princípio ativo, o tetrahidrocanabinol (THC) vai diretamente para os alvéolos e minutos depois cai na corrente sanguínea, chegando até o cérebro, onde causa sentimentos relaxantes agradáveis, sensação de leveza e alteração dos sentidos.

A tendência a repetir esse estado, pode gerar dependência.

Os casos registrados de dependência à maconha, no entanto, não são muito frequentes, em proporção ao grande número de usuários.

O poder indutor de dependência da maconha é muito menor que o de outras drogas.

Muitos pesquisadores acreditam que os efeitos negativos da maconha são maiores que seus efeitos positivos.

Além disso, hoje em dia existem drogas mais modernas e mais ativas para aqueles casos que podem se beneficiar da maconha.

O efeito mais notável da maconha se verifica sobre o controle da náusea e dos vômitos resultantes da quimioterapia, que podem beneficiar-se dela quando o paciente não responde satisfatoriamente às outras drogas. Outro efeito significativo e inquestionável é sobre o aumento do apetite de pacientes caquéticos.

É descrito também bons resultados da indicação da maconha sobre a esclerose múltipla, no alívio das dores espasmódicas e neuropáticas.

Ela também atua em doenças como o glaucoma, aliviando a pressão ocular, e na epilepsia, evitando as convulsões. Na esclerose múltipla, diminui os espasmos musculares.

Para uso terapêutico, o THC, princípio ativo da maconha, pode ser consumido por via oral, sob a forma de comprimidos.

Deve-se ter em mente que não há consenso entre os pesquisadores se há ou não uma dependência física da maconha. Se há, ela é muito menos intensa que a dependência a outras drogas.

De qualquer forma, os sentimentos agradáveis propiciados pela maconha criam a tendência de usá-la reiteradamente.

A maconha é um depressor da atividade cerebral.

Os sintomas agradáveis que ela produz (relaxamento, sonolência, desconexão mental, etc.) predominam sobre os desagradáveis (alucinações, delírios persecutórios, medos avassaladores, etc.).

Os usuários da maconha sofrem uma distorção e acentuação geralmente agradáveis do tempo, das cores, dos sons e do espaço.

As capacidades motoras ficam prejudicadas, tornando perigoso dirigir um automóvel ou operar máquina pesada.

Qualquer usuário, mas especialmente aqueles com uma latência esquizofrênica, podem tornar-se confusos e desorientados, apresentar psicose tóxica e perder a noção de quem são, de onde estão ou em que tempo estão. Reações de pânico podem ocorrer ocasionalmente em consumidores novos.

A maconha bloqueia a memória de curto prazo e, em homens, diminui a produção de espermatozoides, mas não afeta a libido.

Em mulheres ela pode ocasionar ciclos menstruais irregulares e, se gestarem, produzir fetos de menor tamanho que o normal.

Nas mulheres usuárias que estejam amamentando, o THC passa para a criança e pode afetá-la da mesma maneira que a mãe é afetada.

Depois de consumir uma dose da maconha a pessoa apresenta, além disso, pouco equilíbrio e força muscular, perda da coordenação motora, aumento dos batimentos cardíacos, percepções distorcidas, ansiedade, olhos avermelhados, boca seca e dificuldade na solução de problemas.

Como a maconha é eliminada lentamente do organismo, as reações de abstinência tendem a ser leves e muitas vezes nem chegam a ser perceptíveis para o consumidor moderado, mas podem incluir aumento da atividade muscular, espasmos e insônia.

O hábito de fumar, por seu turno, torna os usuários mais suscetíveis à asma, enfisema pulmonar, bronquite e câncer pulmonar.

O diagnóstico da dependência de maconha pode ser feito pelo relato do próprio paciente, pela captação de seus sintomas e pela dosagem sanguínea de seus derivados.

O tratamento das pessoas dependentes da maconha deve ser voltado para o âmbito biológico, psicológico e social da questão.

As medicações podem ser usadas para aliviar sintomaticamente alguns sintomas, mas o tratamento de longo prazo deve ser, em sua maior parte, terapias psicológicas, como a entrevista motivacional, psicoterapia cognitiva comportamental e o manejo de contingências.

O tratamento farmacológico deve abordar, sobretudo, os estados de intoxicação aguda, as psicoses induzidas pela maconha e as outras comorbidades psiquiátricas associadas a esta droga, como a depressão, a ansiedade, o pânico e o transtorno de déficit de atenção.

Não é certo que haja sintomas de abstinência da maconha ou qual seja a natureza deles.

O consumo prolongado de maconha pode causar danos aos pulmões e ao sistema reprodutivo.

sexta-feira, 25 de abril de 2014

Fobia Social


A fobia social é a intensa ansiedade gerada quando o paciente é submetido à avaliação de outras pessoas.

Essa ansiedade ainda que generalizada não se estende a todas as funções que uma pessoa possa desempenhar.

Na maioria das vezes concentra-se sob tarefas ou circunstâncias bem definidas.

É natural sentir-se acanhado quando se é observado: esse desconforto até certo ponto é normal e aceitável, muitas vezes vantajoso.

Passamos a considerar esta vergonha ou timidez como patológicas a partir do momento em que a pessoa sofre algum prejuízo pessoal por causa dela, como deixar de concluir um curso ou uma faculdade por causa de um exame final que exige uma apresentação pública ou diante de um avaliador(es).

Para fazer o diagnóstico é necessário que a pessoa com fobia social apresente uma forte sensação de ansiedade ou desconforto sempre que exposta a determinadas circunstâncias.

A ocorrência eventual para as mesmas situações como, por exemplo, escrever sendo observado exclui o diagnóstico de fobia social.

O fóbico social sente-se muito incomodado todas as vezes que alguém o observa escrevendo.

A intensidade desta reação de ansiedade é desproporcional ao nervosismo que esta situação exigiria das pessoas em geral, e isso é reconhecido pelo paciente.

No momento em que a pessoa é exposta a situação fóbica, a crise de ansiedade é de tal forma intensa que parece uma crise de pânico.

Por causa de todo o desconforto envolvido nessa situação a pessoa passa a apresentar um comportamento de evitação para estas situações.

Casos específicos devem ser analisados individualmente, como, por exemplo, uma pessoa que tenha uma doença que deixe suas mãos com aspecto desagradável, poderá sentir-se mal ao ser observada quando assina um cheque, não por causa de uma possível fobia social, mas por causa do temor em que sua doença cause repulso em quem o observa.

Os limites entre a timidez normal e a patológica são muito tênues para quem não é especialista no assunto. Mesmo para o próprio paciente com fobia social não é fácil acreditar que sofra de um transtorno psiquiátrico.

Somente a difusão popular do quadro típico da fobia social na sociedade é capaz de levar os pacientes com fobia social ao psiquiatra, o que de fato vem acontecendo cada vez mais.

O uso de bebida alcoólica é freqüente e um bom indicativo de que o paciente pode responder bem à medicação.

Há o perigo do desenvolvimento de alcoolismo, o que pode ser revertido com o tratamento adequado da fobia social.

O alcoolismo surge mais como uma tentativa equivocada de automedicação.

Nas relações conjugais observa-se que quando o tratamento é iniciado após o casamento, podem surgir conflitos conjugais.

Isso acontece porque o cônjuge saudável estava acostumado à dominação e o fóbico à submissão Quando o tratamento permite que a submissão se desfaça surgem naturalmente os conflitos, que podem ser superados com a cooperação e compreensão do cônjuge saudável.

Pode ser necessária a complementação do tratamento da fobia social com uma psicoterapia de casais para superar essa fase.

Por fim um acontecimento comum principalmente no tratamento medicamentoso, que proporciona uma supressão mais rápida dos sintomas, é o surgimento de um comportamento hostil nos primeiros meses de tratamento, por parte do paciente.

Isto se dá provavelmente devido a uma auto-afirmação que o paciente passa a adotar.

Antes do tratamento, como todo fóbico social, os pacientes se submetiam a coisas com as quais não concordavam, mas o faziam por não resistirem à pressão.

Com o tratamento o paciente aprende a dizer não, inicialmente com certa dose de agressividade, depois mais amadurecidamente.

Geralmente este comportamento faz a família crer que o parente em tratamento piorou e se queixa ao médico disto.

Estas brigas, agressões e hostilidades incomuns numa pessoa antes tão dócil são um sinal de eficácia do tratamento e essa fase de litígios é transitória não se recomendando a interrupção do tratamento por causa dela.

Após três ou quatro meses o comportamento volta ao normal sem que o paciente volte a ficar fóbico novamente.

Caso as brigas se prolonguem demais será necessária uma nova avaliação feita por psiquiatra.

Não há sintomas típicos de fobia social; como qualquer transtorno de ansiedade os sintomas são aqueles típicos de qualquer manifestação de ansiedade.

O que caracteriza a fobia social particularmente é o desencadeamento dos sintomas sempre que a pessoa é submetida à observação externa enquanto executa uma atividade.

Observa-se dentre os fóbicos tremores, sudorese, sensação de bolo na garganta, dificuldade para falar, mal estar abdominal, diarréia, tonteiras, falta de ar, vontade de sair do local onde se encontra o quanto antes.

A preocupação por antecipação com as situações onde estará sob apreciação alheia, desperta a ansiedade antecipatória, fazendo com que o paciente fique vários dias antes de uma apresentação sofrendo ao imaginar-se na situação.

Escrever ou assinar em público

Falar em público

Dirigir, estacionar um carro enquanto é observado

Cantar ou tocar um instrumento musical

Comer ou beber

Ser fotografado ou filmado

Usar mictórios públicos (mais para homens)

Os pacientes com fobia social geralmente não conseguem dizer não a um vendedor insistente, compram um produto de que não precisam, só para se verem livres daquele vendedor, mas também nunca mais voltam àquele lugar.

Os namoros muitas vezes são aceitos por conveniência e não por desejo verdadeiro.

Os fóbicos sociais freqüentemente têm uma auto-estima baixa e julgam que devem aceitar a primeira pessoa que surge porque acham que não despertarão os interesses em mais ninguém.

As pessoas mais afetadas pela fobia social são os homens, ao contrário da maioria dos transtornos de ansiedade que predominam sobre as mulheres.

O início é indefinido, por ser muito gradual, impossibilitando os pacientes a identificarem até mesmo um ano em que este problema tenha começado.

Na grande maioria das vezes o início é localizado na época em que começaram a se dar conta de que eram mais tímidos do que os outros, ou seja, na infância ou adolescência.

Ainda não foram descritos casos na fobia social tendo iniciado após os trinta ou quarenta anos de idade.

Isto não significa que não possa surgir nessa época, mas certamente só ocorre raramente.

O mais tardar que a fobia social pode começar é no início da idade adulta, em torno de vinte anos; quando o paciente se dá conta percebe que é mais acanhado que a maioria das pessoas sob as mesmas condições.

quinta-feira, 24 de abril de 2014

Extrato de chá verde é bom para a memória?


Eu disse extrato de chá verde e não chá verde!

Já foi proposto que o extrato de chá verde pode ter um impacto benéfico sobre a função cognitiva, sugerindo implicações clínicas promissoras. No entanto, os mecanismos neurais subjacentes a este efeito ainda permanecem desconhecidos.

Um estudo conduzido por Stefan Borgwardt, do Departamento de Psiquiatria da Universidade de Basel, na Suíça, investigou se a ingestão de extrato de chá verde modula a conectividade cerebral durante o processamento da memória e se os parâmetros de conectividade estão relacionados ao desempenho de uma tarefa.

Um estudo duplo-cego, com voluntários do sexo masculino, saudáveis, que receberam um refrigerante à base de soro de leite, contendo 27,5 g de extrato de chá verde, ou uma bebida semelhante sem o chá verde (controle), analisou o efeito de memória na conectividade efetiva entre as regiões frontal e parietal do cérebro. Os participantes receberam tarefas de memória ao se submeterem à ressonância magnética funcional.

O extrato de chá verde aumentou a modulação induzida na memória de trabalho de conectividade do lóbulo parietal superior direito ao giro frontal médio. Notavelmente, a magnitude do aumento da conectividade parieto-frontal induzida pelo chá verde foi positivamente correlacionada à melhoria no desempenho de uma tarefa.

Concluiu-se que os resultados fornecem uma primeira evidência para o efeito benéfico do chá verde no funcionamento cognitivo, em particular, sobre o trabalho de processamento da memória no sistema neural, sugerindo mudanças na plasticidade de curto prazo das conexões cerebrais parieto-frontais.

A modelagem de conectividade efetiva entre regiões frontal e parietal do cérebro durante o processamento da memória de trabalho pode ajudar a avaliar a eficácia do chá verde no tratamento de deficiências cognitivas dos transtornos psiquiátricos, tais como a demência.

Fonte: Psychopharmacology, publicação online de 19 de março de 2014

quarta-feira, 23 de abril de 2014

Dependência do crack


O crack é uma mistura da pasta-base de cocaína refinada com bicarbonato de sódio e água.

Muitas vezes a mistura é falsificada com o acréscimo de cimento, cal, querosene e acetona, para aumentar o seu volume.

Quando aquecida, a mistura separa as substâncias líquidas das sólidas.

As substâncias líquidas são então descartadas e as sólidas são convertidas na “pedra de crack” que, com a utilização de um cachimbo, é então fumada e absorvida pelo corpo em quase 100% do total ingerido.

A via inalatória confere à droga um tempo de ação e um poder viciante extremamente rápidos, o que tem tornado o crack um verdadeiro flagelo.

Vários fatores psicológicos e sociais podem levar a pessoa a experimentar a droga pela primeira vez.

Entre eles: depressão, ansiedade, baixo nível intelectual, fenômeno social das gangues, desagregação familiar, forte atuação dos traficantes, etc.

A dependência ao crack é a compulsão invencível de fumar a droga, que se estabelece já a partir da primeira experiência.

A duração da intoxicação, de apenas dez minutos, leva à busca imediata por mais crack, fazendo com que o viciado tenha quase sempre que viver na rua.

As chamadas ”cracolândias”, hoje em dia existentes nas ruas de praticamente toda cidade grande, são aglomerações de consumidores de crack.

Os efeitos do crack sobre o organismo são muito parecidos que os da cocaína, porém mais intensos que eles.

A diferença é que enquanto a cocaína demora cerca de quinze minutos para chegar ao sistema nervoso central, o crack faz isso em apenas oito a quinze segundos e seu efeito dura apenas dez minutos, tempo suficiente para iniciar o vício.

O crack causa intensa e rápida euforia, seguida por uma igualmente intensa depressão, um estado de grande tensão e incontrolável avidez por mais crack.

Quando a droga acaba no organismo, o que acontece muito rapidamente, o prazer cessa e o indivíduo é tentado a repetir o uso da droga.

Daí a forte tendência a consumi-la reiteradamente, quase que continuadamente.

O crack atinge e repercute em praticamente todo o organismo: sistema nervoso, pulmões, coração, rins, tubo digestivo, coração, etc.

O dependente de crack quase não come, nem dorme, o que ocasiona um rápido processo de desnutrição e emagrecimento, ainda mais intenso que o produzido pela cocaína.

Uma pessoa adulta dependente de crack pode perder até dez quilos em um único mês.

Os dependentes de crack também passam a não ligar mais para hábitos básicos de higiene e cuidados com a aparência. Neurologicamente, o uso do crack pode levar a dores de cabeça, tonteiras, inflamações dos vasos cerebrais, etc.

Na árvore respiratória a alta temperatura da fumaça do crack pode causar lesões na laringe, traqueia e brônquios que favorecem o aparecimento da pneumonia e da tuberculose.

Na circulação, o crack provoca a liberação de adrenalina e, com isso, o aumento da frequência cardíaca e subida da pressão arterial, arritmias, isquemias e infarto agudo do miocárdio.

No aparelho digestivo, o crack provoca sintomas como náusea, perda do apetite, flatulência, dor abdominal e diarreia.

Mas a árvore respiratória é a que mais sofre com o vício do crack.

Normalmente há tosse, dor no peito, falta de ar, escarro sanguinolento.

Podem ocorrer quadros psiquiátricos graves, como delírios, alucinações, paranoias, etc.



Não há nenhum exame específico que estabeleça o diagnóstico de dependência ao crack.

Ele precisa ser feito pela história clínica do paciente, que inclua o relato de uso do crack e pela detecção de alguns sintomas inespecíficos.

O tratamento do crack é um complicado problema de saúde e segurança públicas.

O usuário quase nunca aceita voluntariamente ser tratado e ao mesmo tempo o tratamento compulsório quase nunca é eficiente.

Em geral, o usurário de crack envolve-se em atos delituosos como furtos, roubos ou mesmo mortes.

Evite “experimentar” a droga.

A primeira dose já pode ser fatal para estabelecer o vício.

O uso do crack pode resultar em acidente vascular cerebral, atrofia cerebral e convulsões.

terça-feira, 22 de abril de 2014

Suplementos de ferro impulsionam o desempenho físico em mulheres


A suplementação diária de ferro pode aumentar o desempenho físico em mulheres em idade reprodutiva (MIR), de acordo com os resultados de uma nova revisão da literatura, os quais fornecem uma forte razão para a prevenção e tratamento da deficiência de ferro em mulheres.

O estudo, realizado por Sant-Rayn Pasricha, PhD do Departamento de Medicina da Universidade de Melbourne, na Austrália, e colaboradores, foi publicado online no The Journal of Nutrition.

Dr. Pasricha e sua equipe notaram que as MIR estão em risco elevado de deficiência de ferro por causa da perda de sangue menstrual. Atletas do sexo feminino podem ser particularmente vulneráveis a dietas deficientes em ferro, perda de sangue causada por hemorragia gastrointestinal e má absorção de ferro devido à inflamação subclínica.

O problema também é comum entre as mulheres de rendas baixa e média e mulheres em países em desenvolvimento, que muitas vezes têm acesso apenas a alimentos com baixo valor nutricional. Infecções parasitárias também podem ser um problema para este grupo.

Foi realizada uma revisão sistemática e meta-análise de ensaios clínicos randomizados para avaliar os efeitos da suplementação diária de ferro sobre o desempenho físico em MIR. Os autores identificaram 22 estudos que preencheram os critérios de inclusão: ensaios controlados que mediram os resultados do exercício em MIR aleatoriamente designadas para receber suplementação de ferro oral diária ou controle.

Os resultados mostraram que a suplementação de ferro impulsiona o desempenho físico, como foi confirmado pelo aumento do volume máximo de oxigênio (VO2 máx) e também melhora o desempenho no exercício submáximo, o que foi confirmado por reduções na frequência cardíaca e na proporção de VO2 máx necessária para atingir as cargas de trabalho pré-definidas.

Concluiu-se que esta revisão da literatura estabelece evidências de um efeito benéfico da suplementação de ferro no desempenho físico em mulheres em idade reprodutiva, fornecendo uma justificativa para prevenir e tratar a deficiência de ferro neste grupo. Estes dados podem ser usados na criação e manutenção de programas de prevenção da deficiência de ferro, bem como para projetar futuros estudos controlados.

Fonte: The Journal of Nutrition, publicação online de 9 de abril de 2014

segunda-feira, 21 de abril de 2014

Sertralina


A sertralina é um antidepressivo inibidor da recaptação da serotonina.

Suas principais indicações são para o tratamento da depressão e do transtorno obsessivo-compulsivo.

Geralmente da dose de 50mg por dia costuma ser suficiente, menos do que isso não costuma ser usado.

Quando necessário a dose diária pode se elevar até 200mg por dia.

Como os comprimidos têm 50mg fica fácil fracionar a dose ao longo do dia.

Deve-se tomar preferencialmente pela manhã, mas há pessoas que se sentem melhor tomando à noite...

Tonteiras e enjôo são os principais efeitos colaterais, além desses os outros que mais perturbam são: palpitações (batimentos do coração desconfortáveis), insônia, inquietação, dores de cabeça, cansaço, retardo da ejaculação, tremores, aumento da quantidade de suor.

sábado, 19 de abril de 2014

Escitalopram


O escitalopram é uma antidepressivo inibidor da recaptação da serotonina.

Sua principal finalidade é tratar todas as formas de depressão e transtorno do pânico.

A dose média recomendada é de 10 a 20mg por dia, não há estudos feitos com menores de 18 anos, na gestação e amamentação também não, o que não proíbe seu uso que quando feito deverá antes ter sido avaliada a relação do custo x o benefício proporcionado.

Não há problemas no uso em pessoas com insuficiência renal leve ou moderada, mas pessoas com insuficiência grave devem ser monitoradas com cautela.

Pessoas com insuficiência hepática devem tomar 5mg por 2 a 4 semanas antes de se elevar para a dose terapêutica de 10 ou 20mg.

Há medicações que bloqueiam as enzimas que metabolizam o escitalopram como o omeprazol.

Como os trombócitos (espécie de "saquinhos" que circulam pelo sangue e contribuem com o estancamento hemorrágico) também utilizam recaptadores da serotonina, esses antidepressivos podem afetar a colagulação, especialmente se dados junto a medicações que interferem nisso como a aspirina e os anticoagulantes em geral.

O escitalopram é uma medicação bastante específica, atuando muito na inibição da recaptação da serotonina e pouco sobre outros neurotransmissores, isto significa que é uma medicação com poucos, ou quando presente, leves efeitos colaterais.

A prática confirma isso.

Ao contrário dos antidepressivos tricíclicos ou tetracíclicos sua interferência sobre o ritmo cardíaco é mínima, sendo assim recomendado para pacientes com este tipo de problema cardíaco.

Os principais efeitos colaterais encontrados foram: tonteiras, cefaléia, náuseas, perda de apetite, tonteiras, tremores, diarréia, boca seca., sensação de cansaço, tonteiras, prisão de ventre e visão embaçada

sexta-feira, 18 de abril de 2014

Síndrome de abstnência da cocaína


Chama-se síndrome de abstinência da cocaína ao conjunto de reações físicas e psíquicas que acometem o indivíduo em razão da suspensão brusca do consumo dessa droga. Essas reações também acontecem se o indivíduo de repente diminuir significativamente o seu consumo.

A cocaína bloqueia o efeito de recaptação dos neurotransmissores nas sinapses e, desta maneira, cria um excesso de neurotransmissores à disposição dos receptores pós-sinápticos.

A consequência disso é uma sensação de magnificência, euforia, prazer e excitação sexual.

Uma vez realizado esse bloqueio os neurotransmissores não são recaptados e ficam, portanto, livres no cérebro até que a cocaína deixe de estar circulante.

A presença mais prolongada da dopamina no cérebro parece ser a causa dos sentimentos de prazer associados com o uso da cocaína.

O uso prolongado da cocaína faz com que o cérebro se adapte a ela.

Se o indivíduo interromper o uso da cocaína, a dopamina existente não será suficiente para manter esses efeitos e ele experimentará sentimentos opostos ao prazer.

Quando se pensa que ocorrem cerca de trilhões de trocas neuroquímicas por minuto pode-se imaginar a dificuldade de abstinência da droga.

As principais manifestações clínicas da síndrome de abstinência da cocaína são: cansaço, aumento do apetite, irritabilidade, ansiedade, depressão, perda da capacidade de sentir prazer, distúrbios do sono para mais ou para menos, retardamento psicomotor e, às vezes, ideação suicida e “fissura” pela droga, manifestações que desaparecem em algumas semanas.

Os sintomas físicos ocasionados pela abstinência de cocaína são menos intensos do que os devidos à abstinência do álcool e da heroína, mas mesmo assim são bastante significativos. As reações psicológicas, por outro lado, podem ser mais devastadoras do que aquelas associadas a outras drogas e são importantes como causa de recaídas.

Não há nenhum exame específico para diagnosticar a síndrome de abstinência da cocaína. O diagnóstico deve levar em conta a história prévia de uso da cocaína, os sinais e sintomas relatados pelo paciente ou percebidos diretamente.

O tratamento implica numa equipe multidisciplinar, compreendendo, pelo menos, psiquiatra, clínico geral, psicólogo e enfermeiro. A internação deve ser evitada e só se torna necessária se o dependente de cocaína ficar perigoso para si ou para os outros, se apresentar problemas clínicos ou psiquiátricos graves ou se for incapaz de interromper a droga.

O tratamento ambulatorial ou hospitalar da síndrome de abstinência da cocaína consiste em ajudar o paciente a atravessar o período em que os sintomas sejam agudamente incômodos com a administração de medicações que possam minorá-los, tais como tranquilizantes e antidepressivos.

Ao mesmo tempo, é necessário um decisivo apoio dos familiares e demais pessoas íntimas do dependente, seja fornecendo dados, ajudando-o a afastar-se da droga ou ajudando-o a suportar os incômodos da abstinência.

A abstinência exige um completo e definitivo afastamento da droga, uma vez que uma única dose pode levar a pessoa a recair no vício.

Para tudo isso, pode também ser útil a participação em uma psicoterapia de grupo ou em um grupo de autoajuda.

Devem ser observadas e tratadas sintomaticamente as eventuais complicações causadas pelo uso da droga como, por exemplo, as convulsões, alucinações, distúrbios do sono, etc.

Os cuidados com a abstinência devem durar a vida inteira e devem compreender também nunca usar maconha, álcool ou qualquer outras drogas, sob pena de recaídas.

Idealmente, o indivíduo deve fazer uma mudança em seu estilo de vida que passe a não contar mais com a droga.

Muitas pessoas que tentam passar por uma retirada da cocaína sem supervisão médica, raramente têm sucesso por muito tempo, devido à intensidade e ao incômodo dos sintomas da abstinência que se aliviam com o retorno à droga. Essas pessoas precisam de apoio familiar e profissional.

quinta-feira, 17 de abril de 2014

Dependência de cocaína


O uso da cocaína causa intensa e rápida euforia, seguida por uma igualmente intensa depressão e um estado de grande tensão e avidez por mais cocaína.

Ela produz um efeito estimulante e de prazer muito mais potente que o das anfetaminas. Quando a droga acaba no organismo, o que acontece rapidamente, o prazer cessa e o indivíduo é tentado a repetir a experiência.

Daí a forte tendência a consumi-la reiteradamente. Nisso consiste a dependência à cocaína, que pode ser tomada por via oral, inalada sob forma de pó ou injetada diretamente na veia. Sob a forma de crack também pode ser fumada.

O prazer é a maior força motriz de muitos de nossos comportamentos e consumir cocaína é uma das formas fáceis de obtê-lo.

Daí a tendência a consumi-la.

Conforme a tolerância à droga vai aumentando, torna-se necessário usar cada vez quantidades maiores dela para conseguir a mesma resposta eufórica.

Suprimir ou reduzir a droga causa uma depressão tão severa que a pessoa é capaz de quase tudo (inclusive ilícito ou criminal) para obter a droga, podendo até mesmo cometer suicídio, se isso não for possível, em razão da depressão avassaladora que sobrevém.

O sistema de recompensa do cérebro, um enorme número de feixe de fibras e conexões nervosas que produz uma enorme sensação de prazer, é ativado pela cocaína.

É por esta razão que o indivíduo é tentado a voltar a consumi-la, tornando-se, assim, dependente da cocaína.

As pessoas dependentes de cocaína geralmente têm problemas de sono e de apetite; têm uma elevação da frequência cardíaca e respiratória, da pressão arterial e da temperatura corporal; espasmos musculares; vasoconstrição periférica; euforia; depressão e ânsia intensa pela droga.

Tomada por um longo prazo, o vício da cocaína pode causar, entre outros, danos irreversíveis aos vasos sanguíneos coronarianos e cerebrais; danos no fígado, rins e pulmões; destruição dos tecidos nasais e às vezes, perfuração do septo nasal, se inalada; doenças infecciosas e abscessos, se injetada; alucinações auditivas e táteis; disfunções sexuais e infertilidade.

As gestantes dependentes estão mais sujeitas a sofrer aborto do que as não dependentes e o feto pode ser prejudicado, porque a cocaína passa do organismo da mãe para o do filho.

De um modo geral, as pessoas que se tornam viciadas em cocaína perdem o interesse nas outras áreas da vida.

O diagnóstico da dependência à cocaína geralmente é feito a partir da história de consumo da droga e pela detecção de alguns sinais e sintomas, dentre os quais sobrelevam em importância a hiperatividade, as pupilas dilatadas, aumento da frequência cardíaca, ansiedade, comportamento errático, grandioso e hipersexual.

A cocaína pode ser dosada no sangue e detectada nas vísceras.

O tempo de ação da cocaína é muito curto, pelo que seus efeitos são passageiros, mas dado ao perigo de morte, pode ser necessário administrar-se medicamentos para baixar a pressão arterial, diminuir a frequência cardíaca, evitar as convulsões e tratar a febre alta que costuma acompanhar o quadro clínico.

A abstinência da cocaína requer supervisão médica porque a pessoa pode tornar-se depressiva e mesmo suicida.

Para conseguir um real afastamento da droga pode ser necessária a internação num hospital ou num centro de tratamento de toxicómanos, onde os sintomas devem ser tratados sintomática ou mesmo preventivamente.

O acompanhamento posterior deve ser feito com psicoterapia ou participação em grupo de autoajuda.

A cocaína aumenta o risco de ataque cardíaco, acidente vascular cerebral, convulsões ou falha respiratória, podendo qualquer um destes eventos causar morte súbita.

Doses elevadas de cocaína, acima de 1.200 gramas, mesmo que tomadas uma única vez, podem causar convulsões, derrames vasculares cerebrais e morte repentina.

quarta-feira, 16 de abril de 2014

Baixa de plaquetas no sangue


Trombocitopenia [É a redução do número de plaquetas no sangue. Contrário de trombocitose. Quando a quantidade de plaquetas no sangue é inferior a 150.000/mm³, diz-se que o indivíduo apresenta trombocitopenia (ou plaquetopenia). As pessoas com trombocitopenia apresentam tendência de sofrer hemorragias], ou plaquetopenia, é uma baixa na contagem das plaquetas sanguíneas, que descem a números inferiores a 150.000/mm³.

Esse rebaixamento é provocado por distúrbios na produção, distribuição ou destruição de plaquetas.

As plaquetas são células produzidas na medula óssea, que atuam na coagulação do sangue e ajudam, por exemplo, uma ferida a parar de sangrar.

Normalmente o sangue contém de 150.000 a 350.000 plaquetas por mm³.

Muitas doenças e condições mórbidas podem reduzir o número de plaquetas, mas muitas vezes não se detecta uma causa específica.

As causa mais comuns de trombocitopenia são: diminuição da produção medular devido a enfermidades medulares, infiltração por células malignas, quimioterapia, hipoplasia congênita da medula, sequestro esplênico, aumento da destruição plaquetária, indução por fármacos e dengue.

As hemorragias cutâneas que aparecem na parte inferior das pernas em virtude de estímulos mínimos ou mesmo espontaneamente (petéquias, púrpuras, equimoses) muitas vezes constituem o primeiro sinal das trombocitopenias.

Com frequência ela pode provocar também sangramento de nariz ou gengivas, períodos menstruais anormalmente intensos e duradouros, hemorragias desproporcionais aos ferimentos, etc.

As hemorragias anormais geralmente ocorrem quando a quantidade de plaquetas se torna inferior a 30.000/mm³ ou ainda menos.

O diagnóstico de trombocitopenia pode ser realizado por um simples hemograma, embora a determinação da causa possa exigir uma biópsia de medula óssea.

Quando se conhece a causa da trombocitopenia é importante tratá-la. Se as plaquetas estiverem muito baixas é possível que o médico prescreva uma transfusão de plaquetas ou que se postergue por um tempo o tratamento quimioterápico a que o paciente deva se submeter.

Nesses casos, os pacientes devem receber um tratamento hospitalar ou então devem permanecer de repouso a fim de evitar lesões acidentais.

Quais são os cuidados que devem ser tomados por uma pessoa que tenha trombocitopenia?

Tente evitar qualquer sangramento:

•Ao escovar os dentes, faça-o com uma escova macia e sem realizar movimentos bruscos.
•Ao assoar o nariz, não sopre com muita força.
•Tome muito cuidado ao manipular objetos cortantes.
•Ao fazer a barba use uma máquina elétrica, no lugar de lâminas.
•Use um tipo de calçado que proteja seus pés.
•Em caso de sofrer um corte, pressione o local firmemente, esperando o sangramento parar.
•Não utilize fio dental.
•Não realize atividades físicas ou esportivas que possam expor a alguma lesão.
•Não tome qualquer medicamento, suplemento alimentar, vitaminas ou chás sem orientação médica.

terça-feira, 15 de abril de 2014

Uso de medicamentos ansiolíticos e hipnóticos


Para testar a hipótese de que as pessoas que tomam ansiolíticos e hipnóticos estão em maior risco de mortalidade prematura, usando registros de prescrições de cuidados médicos primários e após ajuste para uma ampla gama de potenciais fatores de confusão, foi realizado um estudo de coorte retrospectivo.

Cerca de 270 unidades de cuidados primários do Reino Unido contribuíram com dados para o General Practice Research Database.

Participaram do estudo 34.727 pacientes, com 16 anos ou mais, que receberam a primeira prescrição de ansiolítico ou hipnótico, ou de ambos, entre 1998 e 2001, e 69.418 pacientes com nenhuma prescrição para tais medicações (controles) pareados por idade, sexo e cuidados médicos.

Os pacientes foram acompanhados por uma média de 7,6 anos.

O resultado principal foi uma avaliação sobre todas as causas de mortalidade verificadas a partir de registros de prática médica.

Comorbidades físicas e psiquiátricas e prescrição de medicamentos (além dos estudados) foram significativamente mais prevalentes entre os usuários das medicações prescritas e estudadas pela pesquisa do que entre os controles.

A taxa de risco ajustada para idade de mortalidade durante todo o período de acompanhamento para o uso de qualquer medicamento em estudo, no primeiro ano após o recrutamento, foi de 3,46 e de 3,32 após ajuste para outros fatores de confusão em potencial.

Associações de dose-resposta foram encontradas para as três classes de medicamentos estudados (benzodiazepínicos, drogas Z - zaleplon, zolpidem e zopiclona - e outras medicações).

Após a exclusão de mortes no primeiro ano, havia cerca de quatro mortes a mais ligadas ao uso de drogas para cada 100 pessoas acompanhadas por uma média de 7,6 anos após a sua primeira prescrição.

Concluiu-se que nesta grande coorte de pacientes atendidos em cuidados médicos de atenção primária no Reino Unido, os ansiolíticos e hipnóticos estavam associados ao aumento significativo do risco de mortalidade ao longo de um período de sete anos, após o ajuste para potenciais fatores de confusão.

Tal como acontece com todos os resultados observacionais, no entanto, estes resultados são propensos ao viés decorrente da confusão não medida e residual.

Fonte: BMJ, de 19 de março de 2014

segunda-feira, 14 de abril de 2014

Doença do Soro


O soro é a parte líquida do sangue, que contém os anticorpos que protegem as pessoas contra infecções. O anti-soro é uma preparação do soro de uma pessoa ou animal que já tenha sofrido uma determinada doença e que por isso já contenha anticorpos contra ela. Ele pode ser aplicado a outra pessoa que seja exposta a um micro-organismo perigoso, contra o qual ainda não se encontre imunizada, e assim confere uma espécie de imunização passiva imediata, mas temporária, válida enquanto a pessoa adquire sua própria imunidade. Entre as doenças que podem ser protegidas assim estão o tétano e a raiva, por exemplo, duas modalidades infecciosas graves.

A doença do soro é uma reação imunológica tardia de hipersensibilidade, devido à união de um anticorpo com um antígeno, que difere da reação anafilática porque enquanto esta ocorre imediatamente após a aplicação do alergeno, a doença do soro só se manifesta entre 7 a 14 dias após. No caso da doença do soro, o antígeno pode ser uma droga, um medicamento, ou uma proteína contida no soro heterólogo (soro produzido através da injeção de certo antígeno específico na corrente sanguínea de animais, geralmente cavalos).

Ao estilo das alergias, o sistema imunológico da pessoa identifica uma proteína do soro do doador como estranha ao organismo e desenvolve anticorpos contra ela, os quais se ligam à proteína, criando “complexos imunológicos” que se depositam em vários tecidos e órgãos, originando os sintomas.

Os principais sinais e sintomas da doença do soro são urticária, febre, mal-estar, dores articulares e adenopatias. Os órgãos mais afetados incluem a pele, os rins e as articulações. A deposição dos complexos imunes nos tecidos ou no endotélio vascular pode produzir uma lesão tissular que gera, entre outras coisas, quimiotaxia de polimorfonucleares (tipo de glóbulos brancos).

O diagnóstico tanto pode ser feito clinicamente, pelo relato dos sintomas e exame físico, como por testes de laboratório. No laboratório, pode haver leucocitose, leucopenia, eosinofilia, trombocitopenia. Além de velocidade de hemossedimentação (VHS), PCR e gamaglobulina aumentadas. O exame de urina pode mostrar albuminúria e hematúria. Os níveis de complemento C3, C4 e CH50 podem estar diminuídos pelo aumento do consumo.

Como a doença do soro é autolimitada,o tratamento deve ser conservador. Pode-se usar analgésicos, anti-histamínicos, esteroides tópicos, corticosteroides etc, conforme a manifestação dos sintomas.

A doença é auto solucionável porque os “complexos imunológicos” formados tendem a desaparecer à medida que os respectivos antígenos são destruídos.

Com o tratamento correto, os sintomas tendem a desaparecer em poucos dias.

sábado, 12 de abril de 2014

Citalopram


Sua principal finalidade é tratar todas as formas de depressão, exceto as presentes nos ciclos rápidos do transtorno afetivo bipolar (antiga PMD).

Vem sendo recomendado também para tratar problemas de conduta em pacientes demenciados.

A dose recomendada é 20 ou 40mg por dia; acima de 60mg só com indicação médica precisa e acompanhamento constante.

Como é uma medicação que pode causar problemas no sono é recomendável que seja administrada pela manhã.

Para os pacientes que sentem sono recomenda-se a tomada pela noite (como sempre, em todos os medicamentos deste tipo).

Não pode ser usado concomitantemente a um IMAO irreversível (pergunte a seu médico o que isso quer dizer, por favor).

A aproximadamente cada 36 horas o organismo elimina a metade da medicação, por isso os comprimidos podem ser tomados uma vez ao dia, pois mesmo assim os sintomas da depressão estarão sendo controlados.

Depois de uma a duas semanas o organismo elimina a medicação com a mesma velocidade com que ele é reposto pelas doses via oral, alcançando assim o patamar de equilíbrio com uma concentração constante no sangue.

Da mesma forma leva pelo menos duas semanas para o organismo eliminar a medicação do corpo

O citalopram é uma medicação bastante específica, atuando muito na inibição da recaptação da serotonina e pouco sobre outros neurotransmissores, isto significa que é uma medicação com poucos, ou quando presente, leves efeitos colaterais.

A prática confirma isso.

Ao contrário dos antidepressivos tricíclicos ou tetracíclicos sua interferência sobre o ritmo cardíaco é mínima, sendo assim recomendado para pacientes com este tipo de problema cardíaco.

Os principais efeitos colaterais encontrados foram: dores de cabeça, insônia, sensação de cansaço, tonteiras, prisão de ventre e visão embaçada

Apesar de não se ter identificado nenhum problema quanto à formação do feto, é preferível evitar seu uso, quando possível, durante o primeiro trimestre de gestação.

sexta-feira, 11 de abril de 2014

Tuberculose


Afeta a população do mundo inteiro e ainda é a maior causa de morte em alguns lugares.

Sempre foi mais presente nas áreas urbanas, em detrimento das áreas rurais, por conta das aglomerações, que facilitam o contágio e a transmissão, graças às más condições de higiene, habitação e saúde.

Havia tuberculose (TB) no antigo Egito, e na antiga Grécia, cerca de três mil anos atrás, mas foi nos séculos 18 e 19, na Europa e na América do Norte, que a doença alcançou proporções praticamente epidêmicas.

Continuou sendo a maior causa de mortalidade até o início do século 20, tendo declinado em índices por causa das melhorias de condições sanitárias e graças, também ao avanço da ciência médica e farmacêutica.

Na década de 80 do século passado o número de mortes voltou a crescer em Países em desenvolvimento (como o nosso!) e uma das razões mais evidentes foi o uso indiscriminado de antibióticos em laticínios e produtos avícolas, o que gera resitência bacteriana ao uso terapêutico dessas drogas.

Assim, os antibióticos perdem eficácia.

Ela é uma infecção comum na infância e a criança infectada geralmente não tem sintomas e pode até mesmo desenvolver imunidade vitalícia contra a enfermidade, mesmo não sendo vacinada.

Além disso, o micróbio causador pode ser "sequestrado" tão rapidamente pelo organismo infantil que a criança nem mesmo se torna transmissora.

Em alguns casos, porém,especialmente em crianças subnutridas e desnutridas, o micróbio pode chegar à corrente sanguínea, de onde pode acessar qualquer órgão a até mesmo as meninges, causando a chamada meningo-tuberculose.

A transmissão ocorre pelo leite de vaca crú, contaminado pelo Micobacterium bovis ou pelo contato com alguma pessoa já infectada por ele ou pelo Micobacterium tuberculosis.

Os bacilos (veja gravura) têm o prenome de fungo (myco) habitam todos os fluídos da boca e do nariz, podendo se transmitir através de partículas de secreções das vias aéreas superiores, particularmente através da tosse, assim como pela saliva, quando a pessoa fala.

O princípio da enfermidade pode causar "perda de energia", perda de peso e tosse.

O quadro vai se agravando, comsudorese intensa e dor no peito, devido a uma inflamação da pleura (membrana que envolve os pulmões).

Pode ocorrer presença de sangue no escarro durante a tosse, o que significa haver um sinal de agravamento profundo.

Sem tratamento, o prognóstico do enfermo é sombrio...

A tuberculose pode atingir qualquer órgão do corpo, inclusive o sistema linfático, mas há predominância estatística pela forma pulmonar da enfermidade de 9 para 1, quer dizer 90 por cento dos casos são pulmonares.

quinta-feira, 10 de abril de 2014

Osteoporose


Osteoporose significa osso poroso, ou cheio de espaços entre as trabéculas ósseas, que vão ficando cada vez mais finas e delicadas por falta de massa óssea propriamente dita.

Os ossos ficam frágeis e uma pequena queda pode ocasionar até mesmo fraturas.

A portadora da osteoporose (é mais comum em mulheres) pode, também, sentir dores esparsas pelo corpo, am função da falta de cálcio e este mineral é muito importante em vários processos metabólicos do organismo, compromentendo músculos, articulações, coração e até mesmo o funcionamento cerebral.

A Osteopenia é apenas uma das manifestações da baixa de cálcio nos tecidos, mas é das mais importantes!

A idade média de ocorrência é quando a mulher se encontra na fase do climatério - não confunda com menopausa, que nada mais é do que a data da última menstruação na vida de uma mulher.

O climatério é uma fase de período variável na qual várias alterações hormonais podem causar uma série de problemas para a saúde da mulher.

A parada do ciclo reprodutor, sem os ciclos mentruais, levam o organismo feminino a perder uma série de características que podem e devem ser mantidas através da intervenção clínica, com medicamentos naturais ou mesmo químicos, quando necessário.

Mas, a osteoporose tambémn acontece em pessoas com mais de setenta anos, em média, por conta do natural envelhecimento orgânico e redução da taxa metabólica do cálcio.

Para prevenir este problema, pode-se tomar algumas atitudes, como fazer caminhadas diárias de meia hora, ingerir cálcio através de fontes naturais (leite e derivado) ou medicamentos, tomar sol diariamente nos períodos recomendados que não causam problemas com a exposição aos ultravioletas nocivos (logo pela manhã e no final da tarde), evitar consumo de cigarros e de álcool (sim, eles causam osteoporose!) e ter uma alimentação saudável ao longo de toda a vida.

quarta-feira, 9 de abril de 2014

Anafilaxia 2a edição


A anafilaxia é uma reação alérgica generalizada, abrupta e severa a uma determinada substância, nesse caso chamada de “alergeno”, para a qual o organismo esteja previamente sensibilizado.

O tipo mais grave de anafilaxia, o choque anafiláctico, termina geralmente em morte, caso não seja imediatamente tratado.

Nesses casos, diferentes tecidos do corpo liberam histamina e outras substâncias que causam uma verdadeira “tempestade” fisiológica que desorganiza todo o funcionamento orgânico, gerando vários sintomas.

Certas substâncias, quando introduzidas no organismo, podem provocar uma reação semelhante que, quando a sua base imunológica não pode ser comprovada, é dita anafilactoide. Nesses casos não se comprova a participação de anticorpos e, sendo assim, não se trata de uma reação alérgica.

A reação anafilática pode ser provocada por quantidades minúsculas de substâncias alergênicas.

As mais comuns são certos alimentos, alguns medicamentos, picadas de insetos, exercícios físicos, transfusões de sangue ou derivados.

A reação anafilática se desencadeia rapidamente quando o alergeno alcança a corrente sanguínea, reagindo com seu respectivo anticorpo.

Os sintomas da anafilaxia costumam ocorrer em poucos minutos após a exposição a um alergeno.

Eles podem incluir graves dificuldades respiratórias e asfixia, hipotensão, devido à dilatação dos vasos sanguíneos, síncope, coma, urticária e angioedema devidos à saída de líquido através das paredes dos vasos, coceiras, edema de faringe e/ou laringe, espasmos uterinos, náuseas, vômitos, diarreia, entre outros.

As crises mais fortes são caracterizadas pela diminuição da pressão arterial, taquicardia, distúrbios da circulação sanguínea, acompanhada ou não de edema de glote.

Pode haver uma desregulação do funcionamento do coração e o indivíduo pode entrar em estado de choque.

Alguns medicamentos, como a morfina, contrastes de radiografias e aspirina, entre outras substâncias químicas, podem causar uma reação semelhante, mas não igual, à anafilaxia, chamada reação anafilactoide, entretanto, os sintomas, o risco de complicações e o tratamento são iguais em ambos os tipos de reações.

O diagnóstico tem de ser feito prontamente, de maneira clínica, baseando-se na história clínica do paciente, para que o tratamento possa iniciar-se com rapidez.

Deve-se procurar pela história de exposição às substâncias capazes de produzir anafilaxia, que, contudo, pode não ser clara, e associá-la com as manifestações clínicas pertinentes.

Posteriormente, os exames de laboratório mostrarão: aumento dos leucócitos e do hematócrito, hemoconcentração, eosinofilia, alterações do eletrocardiograma com arritmias cardíacas, aumento sérico das enzimas cardíacas, hiperinsuflação dos pulmões, com áreas de microatelectasias.

É um diagnóstico delicado, devido à necessidade de decisões rápidas, e o quadro poder ser confundido com crise de ansiedade, asma brônquica, broncoespasmos ou edema de glote de outras etiologias, choque cardiogênico, corpo estranho nas vias aéreas superiores, hipovolemia, embolia pulmonar e reflexo vasovagal.

Os primeiros socorros no choque anafilático consistem em manter permeáveis as vias aéreas, o que pode demandar cuidados médicos avançados e ventilação assistida, se a vítima parar de respirar.

O tratamento médico deve ser feito com injeção intramuscular, subcutânea ou intravenosa de epinefrina (adrenalina), anti-histamínicos, corticosteroides e, se necessário, administração de oxigênio ou intubação traqueal (procedimento pelo qual o médico introduz um tubo rígido na traqueia, mantendo-a permeável para a inalação), sempre sob estrita vigilância médica.

Se o angioedema for tão profuso que impeça a intubação, uma traqueotomia de emergência pode ser requerida.

Como em casos de hipotensão severa pode ser difícil acessar uma veia, a epinefrina pode ser administrada por instilação endotraqueal.

O tratamento deve visar também a reação de hipersensibilidade, além dos sintomas.

Pacientes propensos à anafilaxia ou que já tenham sofrido um episódio anterior devem portar um recipiente com adrenalina, para ser administrada de emergência por um leigo ou por eles mesmos, enquanto aguardam socorro médico.

A anafilaxia pode evoluir rapidamente, dentro de um a dois minutos, e resultar em colapso, convulsões, incontinência urinária, perda de consciência ou um súbito ataque cerebral.

A anafilaxia pode ser fatal se não for realizado rapidamente o tratamento adequado. Quando ele é feito, geralmente a resposta é boa e a recuperação é completa.

A anafilaxia pode gerar complicações potencialmente mortais: bloqueio do fluxo de ar, parada cardíaca e/ou respiratória e choque.

terça-feira, 8 de abril de 2014

Anemias


Anemia Ferropriva

A anemia é definida pela baixa em quantidade ou em tamanho dos glóbulos vermelhos saudáveis.

A produção de glóbulos vermelhos depende em parte do ferro sanguíneo, responsável também pela produção da hemoglobina e pelo transporte de oxigênio para os tecidos.

Em certas condições, o organismo não dispõe de ferro em quantidade suficiente e isso produz uma anemia por deficiência de ferro, por isso dita ferropriva, ferropênica ou sideropênica.

Os glóbulos vermelhos, também conhecidos como hemácias ou eritrócitos, são produzidos pela medula óssea e duram na circulação por três a quatro meses e então são eliminados e substituídos por novos.

Como o ferro é um componente importante na formação das hemácias, ele tem que ser permanentemente suprido pela dieta, embora a maior parte das necessidades de ferro seja suprida pela reutilização do ferro dos antigos glóbulos vermelhos.

A anemia ferropriva é o tipo mais comum entre as anemias, sendo responsável por 90% delas.

Quando ocorre uma deficiência de ferro no organismo, há falta de matéria-prima para a formação da hemoglobina dos eritrócitos.

A incapacidade de produzir hemácias provoca a anemia.

A deficiência de ferro no organismo pode ocorrer por perdas decorrentes de sangramentos, em virtude de o organismo, em certas condições, necessitar de mais ferro do que o normal (crescimento, gravidez, amamentação, etc.), de má absorção (geralmente no duodeno ou jejuno), de ingestão deficiente, da infestação por parasitas que expoliam o ferro ou da hematúria (perda de sangue pela urina).

Na maioria das vezes, os sintomas são leves no início e acentuam-se aos poucos. Se a anemia for muito branda, é possível que nem cause sintomas.

Quando eles existem podem começar sendo: mau humor, fraqueza ou cansaço, dores de cabeça, dificuldades de concentração ou raciocínio.

À medida que a anemia progride, pode aparecer: coloração azulada no branco dos olhos, unhas frágeis, tontura ao levantar-se, palidez, falta de ar, língua dolorida, infecções mais frequentes, mãos e pés frios, batimentos cardíacos mais acelerados, falta de apetite e desejos incomuns de ingerir certas substâncias não-nutritivas.

As anemias ferroprivas podem afetar também o desenvolvimento físico e mental das crianças, acarretando diminuição da capacidade cognitiva e do rendimento escolar.

As condições que causam deficiência de ferro podem manifestar-se por fezes escuras, cor de canela, sangramento menstrual intenso, dores no abdome, perda de peso, por exemplo.

Para diagnosticar a existência de anemia, basta o médico valer-se do hemograma completo, observando especialmente o hematócrito e a hemoglobina.

Um valor baixo de hemoglobina e do hematócrito dizem que a pessoa tem anemia, mas não indicam o tipo nem a causa dela.

Devem ainda ser feitos exames para verificar os níveis de ferro no sangue, como ferritina sérica, nível de ferro sérico e, raramente, exame de aspirado da medula óssea.

Outros exames podem ser realizados para investigar as possíveis causas de perda de sangue ou má absorção de ferro, tais como colonoscopia, exame de sangue oculto nas fezes, endoscopia digestiva alta, etc.

O principal tratamento é restabelecer uma alimentação rica em ferro e tomar suplementos de ferro, habitualmente, sais ferrosos, como sulfato, gluconato, fumarato ou succinato. No entanto, deve-se primeiro investigar as causas da anemia.

Mulheres grávidas ou amamentando precisam ingerir doses extras de ferro, porque geralmente sua dieta normal não cobre as suas necessidades.

Alguns alimentos ricos em ferro são: carne de frango e peru, lentilhas, ervilhas e feijões, peixes, carnes vermelhas, fígado (a fonte mais rica em ferro), amendoim, soja, pão integral, aveia, passas, ameixas, damasco, espinafre, couve e outras verduras, especialmente as verde escuras.

Casos graves, que estejam a requerer uma recuperação rápida, podem ser tratados com injeções intramusculares ou intravenosas de ferro.

Com o tratamento adequado, o hematócrito pode voltar ao normal em dois meses, entretanto isso depende de que sejam também tratadas as causas da anemia.

segunda-feira, 7 de abril de 2014

Frutas e vegetais na dieta fazem bem para a saúde!


Pesquisadores da University College London usaram um levantamento de dados de saúde realizado entre 2001 e 2008, na Inglaterra, sobre os hábitos alimentares de uma amostra aleatória de 65.226 participantes, com idade de 35 anos ou mais.

Estes dados foram relacionados às informações sobre mortalidade do Reino Unido até o primeiro trimestre de 2013.

O objetivo foi avaliar se o consumo diário de frutas e legumes beneficia a saúde da população geral da Inglaterra.

Métodos de regressão de Cox foram utilizados em tal análise.

Foi realizada uma associação entre o consumo de frutas e vegetais e todas as causas de mortalidade cardiovascular e câncer, com ajustes para idade, sexo, classe social, educação, índice de massa corporal (IMC), consumo de álcool e atividade física.

O consumo de frutas e vegetais foi associado à diminuição da mortalidade por todas as causas.

Esta associação foi mais pronunciada quando se excluíram as mortes dentro de um ano do início do estudo.

A ingestão de frutas e vegetais foi associado à redução do câncer e da mortalidade cardiovascular.

Os vegetais podem ter uma associação mais forte com a mortalidade do que o consumo de frutas.

A alimentação à base de legumes ou salada foi fator de proteção, enquanto a ingestão de frutas congeladas ou em conserva foi associado ao aumento da mortalidade.

Concluiu-se que existe uma forte associação inversa entre consumo de frutas e vegetais e a mortalidade, com os maiores benefícios observados para aqueles que consomem sete ou mais porções desses alimentos diariamente.

Fonte: Journal of Epidemiology and Community Health, de 31 de março de 2014

sábado, 5 de abril de 2014

Duloxetina: um pouco de farmáco para você!


Ação do medicamento: Duloxetina é um medicamento antidepressivo que age no sistema nervoso central (SNC), proporcionando melhora dos sintomas depressivos em pacientes com depressão e dos sintomas dolorosos em pacientes com dor neuropática associada à neuropatia diabética periférica.

Indicações do medicamento: Duloxetina é indicado para o tratamento do transtorno depressivo maior e da dor neuropática associada à neuropatia diabética periférica.

Riscos do medicamento: Duloxetina não deve ser tomado por pacientes que sejam alérgicos ao cloridrato de duloxetina ou a qualquer ingrediente do medicamento.

Duloxetina não deve ser administrado a pacientes com insuficiência renal ou hepática graves.

Duloxetina não deve ser tomado por pacientes que estão utilizando uma droga inibidora da monoamino oxidase (IMAO) como Parnate® (sulfato de tranilcipromina) e Aurorix® (moclobemida) ou tiverem parado de tomar um IMAO nos últimos 14 dias.

O uso de Duloxetina com um IMAO pode causar efeitos colaterais graves ou provocar risco à vida. Não tomar um IMAO por, pelo menos, 5 dias após a interrupção do tratamento com Duloxetina.

Pergunte ao seu médico se algum medicamento que você usa é desta classe.

A possibilidade de uma tentativa de suicídio é própria do transtorno depressivo maior e pode persistir até que ocorra uma diminuição significativa dos sintomas depressivos do paciente. Desta forma, pacientes em tratamento com um antidepressivo devem ser cuidadosamente monitorados.

Duloxetina deve ser administrado com cautela nas seguintes situações: pacientes com mais de 65 anos, pacientes com história de mania, pacientes com história de convulsão e pacientes que apresentam pressão alta no olho, um problema conhecido como glaucoma de ângulo estreito. Pacientes com doenças concomitantes, tais como insuficiência renal ou hepática e doenças cardíacas devem informar ao médico para que este possa avaliar a possibilidade de uso do produto e fazer os ajustes de dose adequados.

O uso de Duloxetina não foi avaliado em crianças.

Aconselha-se cautela na administração de Duloxetina para pacientes utilizando outros medicamentos, tais como: fluvoxamina (LUVOX®), antibióticos à base de quinolona (ex: cloridrato de ciprofloxacino, norfloxacino, levofloxacino), antidepressivos tricíclicos (desipramina, entre outros), tolterodina (DETRUSITOL®), inibidores seletivos de recaptação de serotonina (ex: fluoxetina, paroxetina), medicamentos que afetam a acidez do estômago (antiácidos, por exemplo) e lorazepam.

Não é recomendado o uso de Duloxetina associado a bebidas alcoólicas.

A ocorrência de eventos indesejáveis pode ser mais comum durante o uso concomitante de Duloxetina com produtos fitoterápicos que contenham a erva de São João. A administração de Duloxetina a pacientes tomando algum medicamento que seja altamente ligado às proteínas presentes no sangue pode aumentar a concentração de Duloxetina no organismo (consulte seu médico para obter informações sobre esta
classe de medicamento e se você está tomando algum medicamento que interaja com Duloxetina).

O tratamento com Duloxetina foi associado com pequenos aumentos de algumas substâncias presentes nas células do fígado.

Os pacientes usando Duloxetina devem ter cautela para operar maquinário e conduzir veículos até que tenham certeza que sua habilidade não foi afetada pelo medicamento, pois a duloxetina pode estar associada com efeitos indesejáveis, tais como sonolência e tontura.

Transtorno Dismórfico Corporal (2a edição)


O transtorno dismórfico corporal (TDC), síndrome da distorção da imagem ou simplesmente dismorfofobia é uma preocupação obsessiva com algum defeito corporal suposto ou de mínima realidade, que afeta a aparência física.

O termo dismorfia é uma palavra grega que significa “feiúra”, especialmente na face.

Com maior frequência esta condição mórbida ocorre nos adolescentes de ambos os sexos, mas pode ocorrer também em adultos, principalmente nas mulheres.

O transtorno dismórfico corporal é constituído por pensamentos praticamente delirantes, com características obsessivas, resistentes a todas as demonstrações objetivas em contrário (opinião das demais pessoas, espelhos, balanças, fotos etc.), além de serem intrusivos à consciência e em geral acompanhados por rituais, características que são, também, muito semelhantes a pensamentos obsessivos.

As causas do transtorno dismórfico corporal são bastante discutíveis. Há duas teorias diferentes: uma biológica e outra psicológica.

A teoria biológica sugere que haja um aspecto genético e que o distúrbio se acompanha de um desequilíbrio da serotonina ou de outros neurotransmissores no cérebro.

Há também relato de casos que tiveram início pós-encefalite ou pós-meningite.

A explicação psicológica aponta para uma baixa auto-estima; deficiência de carinho e aprovação na infância, levando a uma autocrítica destrutiva e a sentimentos de abandono.

Os adolescentes podem ter medo de ficar sozinhos e isolados por toda sua vida ou acreditar que serão inúteis se não conseguirem corrigir aspectos da sua aparência.

Eles desejam uma perfeição ideal em sua aparência, o que é impossível.

Uma vez que a doença tenha se desenvolvido, ela é mantida pela excessiva atenção que a pessoa dedica a um comportamento auto-centrado, como verificar o “defeito” percebido e fazer comparações com outras pessoas.

Atualmente, a forma mais frequente de transtorno dismórfico corporal é referente ao peso corporal.

As pessoas com peso adequado para sua altura e faixa etária tendem a considerar-se acima do peso e se submetem a regimes inadequados, uso de medicamentos, vômitos forçados e exercícios físicos em excesso, gerando uma espécie de anorexia mental.

Muitas vezes a dismorfofobia alegada consiste em emprestar exagerada importância a marcas mínimas e praticamente imperceptíveis, sentidas como deformantes e como observadas e criticadas por todos (o que não é verdadeiro).

Tudo isso leva as pessoas que sofrem do mal a evitar lugares públicos e mesmo sair de casa (isolamento social) e a procurar por tratamentos estéticos de maneira doentia (cirurgias plásticas, tratamentos de rejuvenescimento, uso exagerado de cosméticos, cuidados exagerados com os cabelos, uso de roupas às vezes desconfortáveis, mas que escondam o corpo etc.).

A maioria das pessoas preocupa-se com algum aspecto do seu rosto.

Por ordem decrescente, as queixas mais comuns referem-se ao nariz, cabelo, pele, olhos, queixo e lábios.

Em geral, elas alegam falta de simetria entre os lados do corpo ou que algo está muito grande ou muito pequeno, ou que está fora de proporção ao resto do corpo.

Algumas pessoas exibem preocupação com o cheiro corporal (mau hálito, odor das axilas ou dos pés) que exalam ou com uma alegada “feiúra” geral.

As pessoas com transtorno dismórfico corporal normalmente demoram muito em atividades como verificar sua aparência num espelho, apalpar sua pele com os dedos, pentear e ajeitar os cabelos, cuidar de sua pele, comparar-se com os modelos em revistas etc.

Outra forma de transtorno dismórfico corporal é a anorexia nervosa em que a pessoa se vê muito mais gorda do que é de fato e não acredita nas pessoas que dizem-lhe o contrário.

sexta-feira, 4 de abril de 2014

Síndrome de Tourette



A síndrome de Tourette ou síndrome de la Tourette, também referida como SGT ou ST, é uma desordem neurológica ou neuroquímica, caracterizada por tiques, reações rápidas, movimentos repentinos (espasmos) ou vocalizações que ocorrem repetidamente, da mesma maneira, com considerável frequência.

Esses tiques motores e vocais mudam constantemente de intensidade e não existem duas pessoas no mundo que apresentem os mesmos sintomas.

A maioria das pessoas afectadas é do sexo masculino.

A doença foi descrita pela primeira vez em 1825, pelo médico francês, Jean Itard. Mais tarde, em 1885, Gilles de la Tourette publicou um relato de nove casos da doença, que denominou maladie des tics convulsifs avec coprolalie ("doença dos tiques convulsivos com coprolalia").

Posteriormente, a doença foi renomeada "doença de Gilles de la Tourette", por Charcot, o influente diretor da Salpêtrière.

Assista ao vídeo no Tou Tube:

quinta-feira, 3 de abril de 2014

Mais um medicamento: Doxazosina.




Bloqueia os receptores alfa 1-adrenérgicos causando vasodilatação, que reduz a resistência vascular periférica e diminui a pressão arterial. O bloqueio alfa 1-adrenérgico também relaxa músculos da bexiga e próstata, diminuindo a resistência e a pressão uretral, a resistência na saída da bexiga e os sintomas urinários.

A DOXAZOSINA tem ainda o poder de baixar um pouco os níveis de colesterol e triglicérides.

Absorção: gastrintestinal (boa). Biotransformação: no fígado; metabólitos ativos pouco significativos.

Ação - início: 1 a 2 horas na hipertensão e 1 a 2 semanas na hiperplasia prostática benigna; duração: 24 horas na hipertensão (após dose única).

Eliminação: fezes (5%, como DOXAZOSINA; 65%, como metabólitos); urina (9%).

quarta-feira, 2 de abril de 2014

Risperidon



O risperidon é a risperidona um neuroléptico do grupo benzisoxazol.

Sua principal indicação é para o tratamento de sintomas psicóticos, especialmente os pacientes esquizofrênicos que não melhoraram com outras medicações antipsicóticas.

Pode ser aplicado, também, e com segurança, em crianças com dificuldades de aprendizado e de concentração, além de distúrbio de comportamento, na prática clínica.

As apresentações orais de 1, 2 e 3mg facilitam o uso, na maioria dos casos um a dois comprimido por dia são suficientes (2 a 6mg/dia). A dose será definida pelos benefícios alcançados pelo paciente.

Insônia ou sedação menos frequentemente que insônia, dores de cabeça, inquietação e ansiedade.

Muitas vezes é difícil saber se isto é devido a doença em tratamento ou se é um efeito colateral da medicação.

Alterações do batimento cardíaco e queda da pressão arterial pode acontecer.

Apesar de pouco frequente e fracos algums efeitos motores podem se manifestar como tremores, e contrações involuntárias.

Alterações no ciclo menstrual ou no desejo sexual podem acontecer.

Embora não tenha sido relatado até o momento nenhuma má formação fetal não é recomendável sua utilização durante o primeiro trimestre da gestação.

As únicas contra-indicações para o seu uso são os pacientes alérgicos ao princípio ativo da medicação.

terça-feira, 1 de abril de 2014

Teleangectasias


Que nome, einh?!

Vamos ver o que é?

Chama-se telangiectasias à presença de pequenos vasos sanguíneos dilatados na pele.

Elas podem se desenvolver em qualquer parte do corpo, mais frequentemente são vistas na face ao redor do nariz, nas bochechas, queixo e no branco dos olhos.

Elas podem estar associadas a várias doenças, nem sempre reconhecidas.

Também podem ocorrer no cérebro (!) e causar problemas sérios de sangramentos, motivando um acidente vascular cerebral.

As principais causas das teleangiectasias são de natureza genética, mas podem incluir o uso de álcool, o envelhecimento, a gravidez e a excessiva exposição ao sol.

No envelhecimento elas ocorrem porque há uma diminuição da quantidade de fibras elásticas e do colágeno, responsáveis pelo vigor da pele.

Várias doenças podem estar associadas às telangiectasias e os eventuais sintomas decorrem mais dessas enfermidades que das telangiectasias em si.

Entre essas doenças estão a ataxia telangiectasia, telangiectasia congênita, telangiectasia hemorrágica hereditária, angioma estelar e xerodermia pigmentosa.

Em geral, as telangiectasias aparecem como manchas azuis avermelhadas assintomáticas.

Podem sangrar abundantemente quando feridas ou traumatizadas.

O diagnóstico da telangiectasia é feito por meio do exame físico através da observação da lesão.

Mas podem ser necessários exames para diagnosticar ou eliminar um problema clínico.

Tais testes podem incluir exames de sangue, tomografia computadorizada, análise das funções hepáticas, ressonância magnética e radiografias.

São estruturas diferentes dos hemangiomas - falo amanhã deles.

Geralmente, a razão principal que leva ao tratamento das telangiectasias é de natureza estética.

O tratamento sintomático pode ser feito por meio do laser ou pela escleroterapia.

O tratamento a laser é normalmente usado para cuidar de telangiectasias na face e a escleroterapia é o tratamento preferível para as telangiectasias nas pernas.

A escleroterapia consiste na injeção local de um produto agressivo para a parede dos capilares, que conduz à oclusão e reabsorção dos mesmos.

O laser trouxe grandes esperanças no início, mas rapidamente verificou-se que ele não é tão eficaz para a maioria dos casos.