Pesquisar este blog

quarta-feira, 23 de abril de 2014

Dependência do crack


O crack é uma mistura da pasta-base de cocaína refinada com bicarbonato de sódio e água.

Muitas vezes a mistura é falsificada com o acréscimo de cimento, cal, querosene e acetona, para aumentar o seu volume.

Quando aquecida, a mistura separa as substâncias líquidas das sólidas.

As substâncias líquidas são então descartadas e as sólidas são convertidas na “pedra de crack” que, com a utilização de um cachimbo, é então fumada e absorvida pelo corpo em quase 100% do total ingerido.

A via inalatória confere à droga um tempo de ação e um poder viciante extremamente rápidos, o que tem tornado o crack um verdadeiro flagelo.

Vários fatores psicológicos e sociais podem levar a pessoa a experimentar a droga pela primeira vez.

Entre eles: depressão, ansiedade, baixo nível intelectual, fenômeno social das gangues, desagregação familiar, forte atuação dos traficantes, etc.

A dependência ao crack é a compulsão invencível de fumar a droga, que se estabelece já a partir da primeira experiência.

A duração da intoxicação, de apenas dez minutos, leva à busca imediata por mais crack, fazendo com que o viciado tenha quase sempre que viver na rua.

As chamadas ”cracolândias”, hoje em dia existentes nas ruas de praticamente toda cidade grande, são aglomerações de consumidores de crack.

Os efeitos do crack sobre o organismo são muito parecidos que os da cocaína, porém mais intensos que eles.

A diferença é que enquanto a cocaína demora cerca de quinze minutos para chegar ao sistema nervoso central, o crack faz isso em apenas oito a quinze segundos e seu efeito dura apenas dez minutos, tempo suficiente para iniciar o vício.

O crack causa intensa e rápida euforia, seguida por uma igualmente intensa depressão, um estado de grande tensão e incontrolável avidez por mais crack.

Quando a droga acaba no organismo, o que acontece muito rapidamente, o prazer cessa e o indivíduo é tentado a repetir o uso da droga.

Daí a forte tendência a consumi-la reiteradamente, quase que continuadamente.

O crack atinge e repercute em praticamente todo o organismo: sistema nervoso, pulmões, coração, rins, tubo digestivo, coração, etc.

O dependente de crack quase não come, nem dorme, o que ocasiona um rápido processo de desnutrição e emagrecimento, ainda mais intenso que o produzido pela cocaína.

Uma pessoa adulta dependente de crack pode perder até dez quilos em um único mês.

Os dependentes de crack também passam a não ligar mais para hábitos básicos de higiene e cuidados com a aparência. Neurologicamente, o uso do crack pode levar a dores de cabeça, tonteiras, inflamações dos vasos cerebrais, etc.

Na árvore respiratória a alta temperatura da fumaça do crack pode causar lesões na laringe, traqueia e brônquios que favorecem o aparecimento da pneumonia e da tuberculose.

Na circulação, o crack provoca a liberação de adrenalina e, com isso, o aumento da frequência cardíaca e subida da pressão arterial, arritmias, isquemias e infarto agudo do miocárdio.

No aparelho digestivo, o crack provoca sintomas como náusea, perda do apetite, flatulência, dor abdominal e diarreia.

Mas a árvore respiratória é a que mais sofre com o vício do crack.

Normalmente há tosse, dor no peito, falta de ar, escarro sanguinolento.

Podem ocorrer quadros psiquiátricos graves, como delírios, alucinações, paranoias, etc.



Não há nenhum exame específico que estabeleça o diagnóstico de dependência ao crack.

Ele precisa ser feito pela história clínica do paciente, que inclua o relato de uso do crack e pela detecção de alguns sintomas inespecíficos.

O tratamento do crack é um complicado problema de saúde e segurança públicas.

O usuário quase nunca aceita voluntariamente ser tratado e ao mesmo tempo o tratamento compulsório quase nunca é eficiente.

Em geral, o usurário de crack envolve-se em atos delituosos como furtos, roubos ou mesmo mortes.

Evite “experimentar” a droga.

A primeira dose já pode ser fatal para estabelecer o vício.

O uso do crack pode resultar em acidente vascular cerebral, atrofia cerebral e convulsões.

Nenhum comentário: