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segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

Transtornos de aprendizagem: informações básicas


Os transtornos da aprendizagem são diagnosticados quando os resultados do indivíduo em testes padronizados e individualmente administrados de leitura, matemática ou expressão escrita estão substancialmente abaixo do esperado para sua idade, escolarização e nível de inteligência.

Os problemas de aprendizagem interferem significativamente no rendimento escolar ou nas atividades da vida diária que exigem habilidades de leitura, matemática ou escrita.

Variados enfoques estatísticos podem ser usados para estabelecer que uma discrepância é significativa.

Substancialmente abaixo da média em geral define uma discrepância de mais de 2 desvios-padrão entre rendimento e QI.

Uma discrepância menor entre rendimento e QI (isto é, entre 1 e 2 desvios-padrão) ocasionalmente é usada, especialmente em casos onde o desempenho de um indivíduo em um teste de QI foi comprometido por um transtorno associado no processamento cognitivo, por um transtorno mental comórbido ou condição médica geral, ou pela bagagem étnica ou cultural do indivíduo.

Em presença de um déficit sensorial, as dificuldades de aprendizagem podem exceder aquelas habitualmente associadas com o déficit.

Os Transtornos da Aprendizagem podem persistir até a idade adulta.

Lesões no Judô


Uma atual revisão literária avaliou as características das lesões no judô. Durante os Jogos Olímpicos de 2008 e 2012 foi observado um risco médio de lesão de cerca de 11-12%.

Entorses, distensões e contusões, geralmente de joelho, ombro e dedos, foram as lesões mais freqüentemente relatadas.

O mecanismo mais comum de lesão foi ser jogado.

Ferimentos graves foram bastante raros e geralmente afetaram o cérebro e coluna vertebral , enquanto que lesões crônicas geralmente afetaram as articulações dos dedos, costas e orelhas.

Os tipos mais comuns de lesões em jovens atletas de judô foram contusões / abrasões , fraturas e entorses / distensões. Alguns estudos sugerem uma relação entre nutrição, hidratação e/ou peso e lesões de judô.

Além disso, os fatores psicológicos podem aumentar o risco de lesões de judô.

O conhecimento sobre o risco de lesões durante a atividade desportiva e fatores de risco relacionados constitui uma base essencial para o desenvolvimento de estratégias eficazes para a prevenção de lesões.

Assim, a introdução de um sistema de vigilância de lesões em curso no judô é de extrema importância.

Mas, veja bem: se em judô a situação lesional já é assim, imagine em esportes mais "violentos" como o MMA...

domingo, 29 de dezembro de 2013

Transtorno da Personalidade Dependente


A característica essencial do Transtorno da Personalidade Dependente é uma necessidade invasiva e excessiva de ser cuidado, que leva a um comportamento submisso e aderente e ao medo da separação.

Este padrão começa no início da idade adulta e está presente em uma variedade de contextos.

Os comportamentos dependentes e submissos visam a obter atenção e cuidados e surgem de uma percepção de si mesmo como incapaz de funcionar adequadamente sem o auxílio de outras pessoas.

Os indivíduos com Transtorno da Personalidade Dependente têm grande dificuldade em tomar decisões corriqueiras (por ex., que cor de camisa usar para ir ao trabalho ou se devem levar o guarda-chuva) sem uma quantidade excessiva de conselhos e reasseguramento da parte dos outros.

Esses indivíduos tendem a ser passivos e a permitir que outras pessoas (freqüentemente uma única pessoa) tomem iniciativas e assumam a responsabilidade pela maioria das áreas importantes de suas vidas.

Os adultos com este transtorno tipicamente dependem de um dos pais ou do cônjuge para decidir onde devem viver, que tipo de trabalho devem ter e com que vizinhos devem fazer amizade.

Os adolescentes com o transtorno podem permitir que seus pais decidam o que devem vestir, com quem devem sair, como devem passar seu tempo livre e que faculdade devem cursar.

Esta necessidade de que os outros assumam a responsabilidade extrapola os pedidos de auxílio adequados à idade e à situação (por ex., as necessidades específicas de crianças, pessoas idosas e pessoas deficientes).

O Transtorno da Personalidade Dependente pode ocorrer em um indivíduo que possui uma séria condição médica geral ou deficiência, mas nestes casos a dificuldade em assumir responsabilidades deve ir além daquela que normalmente estaria associada a esta condição ou deficiência.

Como temem perder o apoio ou aprovação, os indivíduos com Transtorno da Personalidade Dependente muitas vezes têm dificuldade em expressar discordância de outras pessoas, especialmente aquelas das quais dependem.

Esses indivíduos sentem-se tão incapazes de funcionar sozinhos que preferem concordar com coisas que consideram erradas, a se arriscarem à perda da ajuda daqueles em quem buscam orientação.

Eles não ficam zangados quando seria adequado com as pessoas cujo apoio e atenção necessitam, por medo de afastá-las.

Se as preocupações do indivíduo relativas às conseqüências de expressar discordância são realistas (por ex., temores realistas de retribuição de um cônjuge abusivo), o comportamento não deve ser considerado uma evidência de Transtorno da Personalidade Dependente.

Os indivíduos com este transtorno têm dificuldade em iniciar projetos ou fazer coisas de maneira independente.

Eles carecem de autoconfiança e acreditam que precisam de auxílio para iniciar e realizar suas tarefas.

Eles esperam que os outros "dêem a partida", por acreditarem que, via de regra, os outros sabem fazer melhor.

Estes indivíduos têm a convicção de serem incapazes de funcionar de modo independente e se apresentam como ineptos e carentes de constante auxílio.

Entretanto, tendem a funcionar adequadamente quando recebem a garantia de que receberão supervisão e aprovação de outra pessoa.

Eles podem ter medo de parecer ou de tornar-se mais competentes, por acreditar que isto levará ao abandono.

Uma vez que confiam nos outros para a solução de seus problemas, freqüentemente não aprendem as habilidades de uma vida independente, desta forma perpetuando a dependência.

Os indivíduos com Transtorno da Personalidade Dependente podem ir a extremos para obterem carinho e apoio, chegando ao ponto de se oferecerem para realizar tarefas desagradáveis, se este comportamento for capaz de trazer-lhes os cuidados de que necessitam.

Eles dispõem-se a fazer as vontades dos outros, mesmo que as exigências sejam irracionais.

Sua necessidade de manter um vínculo emocional importante freqüentemente resulta em relacionamentos desequilibrados ou distorcidos.

Eles podem fazer sacrifícios extraordinários ou tolerar abuso verbal, físico ou sexual (cabe notar que este comportamento deve ser considerado evidência de Transtorno da Personalidade Dependente apenas quando for claramente estabelecido que o indivíduo não dispõem de outras opções).

Os indivíduos com este transtorno sentem desconforto ou desamparo quando estão sozinhos, pelo medo exagerado de serem incapazes de cuidar de si próprios.

Eles podem "ficar colados" em outras pessoas importantes em suas vidas apenas para não ficar sozinhos, mesmo que não tenham interesse ou envolvimento no que está acontecendo.

Quando um relacionamento significativo termina (por ex., rompimento de um namoro; morte de um dos pais), os indivíduos com Transtorno da Personalidade Dependente podem sair urgentemente em busca de outro relacionamento que ofereça os cuidados e o apoio de que necessitam.

A crença em sua incapacidade de funcionar na ausência de um relacionamento íntimo motiva estes indivíduos a se envolverem rápida e indiscriminadamente com outra pessoa.

Os indivíduos com este transtorno em geral se preocupam com temores de que serão abandonados à própria sorte.

Eles se vêem como tão dependentes dos conselhos e ajuda de outra pessoa, que se preocupam com um abandono da parte desta, mesmo quando não há justificativa para esses temores.

Para serem considerados evidências deste critério, os temores devem ser excessivos e irrealistas.

Por exemplo, um homem idoso com câncer que se muda para a casa de um filho para obter auxílio apresenta um comportamento dependente adequado, dadas as suas circunstâncias de vida.

sábado, 28 de dezembro de 2013

Transtorno Explosivo


A característica essencial do Transtorno Explosivo Intermitente é a ocorrência de episódios definidos de fracasso em resistir a impulsos agressivos, acarretando sérios atos agressivos ou a destruição de propriedades.

O grau de agressividade expressada durante um episódio é amplamente desproporcional a qualquer provocação ou estressor psicossocial desencadeante.

Um diagnóstico de Transtorno Explosivo Intermitente somente é feito depois de descartados outros transtornos mentais que poderiam explicar os episódios de comportamento agressivo (por ex., Transtorno da Personalidade Anti-Social, Transtorno da Personalidade Borderline, Transtorno Psicótico, Episódio Maníaco, Transtorno da Conduta ou Transtorno de Déficit de Atenção/Hiperatividade).

Os episódios agressivos não são decorrentes de efeitos fisiológicos diretos de uma substância (por ex., droga de abuso, medicamento) ou de uma condição médica geral (por ex., traumatismo craniano, doença de Alzheimer).

O indivíduo pode descrever os episódios agressivos como "surtos" ou "ataques" nos quais o comportamento explosivo é precedido por um sentimento de tensão ou excitação, sendo imediatamente seguido por uma sensação de alívio.

Posteriormente, o indivíduo pode sentir remorso, arrependimento ou embaraço pelo comportamento agressivo.

sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

Inflamações e dores devem receber atenção


Aumentam evidências de que a meditação tem a capacidade de melhorar a saúde.

Um novo estudo realizado em conjunto por pesquisadores da Espanha, França e Estados Unidos descobriu alterações moleculares especificas geradas no corpo após um período curto de meditação.

A técnica utilizada foi a “meditação da mente alerta”.

Os pesquisadores investigaram os efeitos de um dia de prática intensa de meditação em um grupo que já tinha experiência com a técnica e em um grupo de pessoas não treinadas que realizaram atividades de relaxamento que não envolviam meditação.

Depois de oito horas de meditação, os indivíduos do primeiro grupo apresentaram diferenças genéticas e moleculares, como menor ativação dos genes pró-inflamatórios e alterações nos níveis de regulação genética.

Para os pesquisadores, estes resultados mostram que a meditação tem a capacidade de melhorar a saúde física, e não só na saúde mental.

quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

Por que as meninas amadurecem mais cedo?



Dizem que as meninas amadurecem mais cedo do que os meninos, mas, por que isso acontece?


Pesquisadores britânicos dizem ter encontrado a resposta.

De acordo com uma equipe da Universidade de Newcastle, na Inglaterra, à medida que as pessoas crescem e amadurecem, o cérebro passa por uma grande reorganização, reduzindo e simplificando suas conexões, mas as ligações de longa distância, que são cruciais para a integração da informação, são preservadas.

Analisando o cérebro de 121 participantes com idade entre quatro e 40 anos, os pesquisadores descobriram que a perda de fibras de substancia branca entre as regiões do cérebro é um processo altamente seletivo, e que as ligações entre regiões distantes do cérebro são mais eficazes nas meninas em idade de maturação do que nos meninos.

Os resultados foram publicados na revista especializada Cerebral Cortex.

terça-feira, 24 de dezembro de 2013

Higiene Mental


Os hábitos saudáveis são importantes tanto para o corpo como para a mente.

No entanto, os hábitos de higiene mental não costumam estar incorporados dentro das caraterísticas de um estilo de vida saudável.

Se tivermos hábitos de higiene mental adequados, podemos prevenir várias doenças e transtornos que têm raiz nos nos nossos medos, ansiedades, representações.

É por isso, que se considera de extrema importância, tratar de incorporar certos hábitos para ter uma adequada higiene mental.

Auto-estima. É fundamental cuidar da sua auto-estima, não se deixe levar pelos modelos sociais.

Tem que começar a valorizar as suas aptidões e capacidades. Para ter uma higiene mental adequada deve começar por si.

Pensamentos melhores.

A realidade não vai mudar, mas nós podemos mudar a nossa atitude perante ela. Trate de evitar as preocupações excessivas e seja otimista.

Pense se estas situações merecem que lhe dedique tanta energia.

Enfrente situações.

Muitas vezes a resolução de um conflito depende da nossa atitude, outras vezes, não depende de nós.

Tenha foco apenas naquelas questões que estão ao seu alcance.

Exercício físico.

O exercício físico permite a libertação de endorfinas, também conhecidas como as hormonas da felicidade.

Desta forma, não cuidamos apenas do nosso corpo, mas também da nossa mente.

Exercício mental.

Os exercícios de relaxamento e respiração são fundamentais para ter uma higiene mental adequada.

Também se recomenda a realização de atividades que mantenham a mente ativa, como por exemplo, fazer crucigramas, ler, etc.

Necessidades básicas.

Um descanso adequado e uma alimentação adequada, são fundamentais para poder enfrentar o dia.

A nossa mente também necessita de energia para funcionar corretamente.

Relações sociais.

Os nossos afetos são uma parte importante da nossa vida.

Partilhar momentos, sentir-se amado e contar com ente queridos, faz parte da nossa saúde mental.

Balanço do dia.

Um exercício que nos permite melhorar este hábitos, é anotar os aspetos positivos e negativos do dia.

Desta forma, podemos avaliar como podemos melhorar aquilo que consideramos como negativo e valorizar o que foi positivo.

Aproveitar.

Para ter uma boa higiene mental, temos que nos permitir desfrutar das pequenas coisas que nos acontecem durante o dia, valorizar o que temos e sentirmo-nos agradecidos pelas oportunidades que temos.

Se deseja ler mais artigos parecidos a como ter uma higiene mental adequada, recomendamos que entre na nossa categoria de Distúrbios Mentais.





Fonte: saúde um

segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

Tratamentos com medicamentos com ação sobre o sistema nervoso durante a gestação


Diante de um profissional (ou o que é pior, um curioso ou parente ‘bem intencionado’) o qual recomenda enfática e empafiamente que “não se deve consumir nenhum medicamento durante a gravidez e lactação”, experimente perguntar em qual categoria de classificação de riscos se enquadra o medicamento em questão.

Pergunte em qual época da gestação “não se deve consumir nenhum medicamento”, pergunte ainda, qual a porcentagem da substância que atravessa a placenta ou aparece no leite materno, pergunte, enfim, de onde essa pessoa tirou tais informações.

Você vai ver que ninguém, ou poucas dessas pessoas, entende sobre o assunto ou têm alguma autoridade científica sobre ele.

Essa negligência por omissão ou por ignorância científica, infelizmente, é bastante observada entre ginecologistas, obstetras e pediatras.

É muito mais fácil proibir tudo quando não se conhece nada.

A gravidez é um momento de importante mudança emocional para a mulher, havendo um grande aumento do estresse e da ansiedade.

Com freqüência a medicação psicotrópica adequada pode ser indispensável para o tratamento desses transtornos, a despeito de a paciente estar grávida.

O tratamento dos distúrbios psiquiátricos manifestados neste período pode apresentar dilemas difíceis, devendo sempre envolver uma análise cuidadosa dos riscos e dos benefícios do tratamento.

Por isso o intercâmbio continuado entre obstetras e psiquiatras deve ser incentivado fortemente, a fim assegurar o melhor resultado possível para a mãe e para o bebê.

domingo, 22 de dezembro de 2013

SII ou Síndrome do Intestino Irritável


Aproximadamente 50% dos pacientes procuram o médico com queixas digestivas sofrem de problemas funcionais, ou seja, não apresentam lesão orgânica no aparelho digestivo demonstrável pelos métodos propedêuticos atuais.

Entre as doenças funcionais a síndrome do intestino irritável (SII) é a mais freqüente.

Até recentemente conhecida como síndrome do cólon irritável, a SII mereceu sua nova denominação em razão da frequente concomitância de alterações sensoriais e motoras observadas no intestino delgado.

Trata-se de é uma desordem relacionada ao aparelho digestivo, caracterizada por dor abdominal associada a alterações do hábito intestinal, frequentemente acompanhadas de distensão abdominal e muco nas fezes.

Embora a terminologia SII sugira alterações limitadas aos intestinos, todo o trato digestivo e inclusive órgãos extra-intestinais podem ser afetados.

Foi constatado que quatro sintomas foram significativamente mais frequentes: alívio da dor pela defecação, fezes soltas associadas ao início da dor e distensão abdominal.

Outros dois sintomas são: muco nas fezes e sensação de evacuação incompleta (tenesmo).

sábado, 21 de dezembro de 2013

Tique


Um tique é um movimento motor ou uma vocalização súbita, rápida, recorrente, sem ritmo e estereotipada. Ele é experimentado como algo incoercível, mas pode ser suprimido por períodos variáveis de tempo.

Todas as formas de tique podem ser exacerbadas pelo estresse e atenuadas durante algumas atividades absorventes (por ex., ler ou coser), sendo em geral acentuadamente diminuídos durante o sono. Ambos os tiques, motor e vocal, podem ser classificados como simples ou complexos, embora os limites entre os dois não estejam bem definidos.

Os tiques motores simples comuns incluem piscar os olhos, contrair o pescoço, encolher os ombros, fazer caretas e tossir. Os tiques vocais simples comuns incluem pigarrear, grunhir, fungar, bufar e emitir sons guturais.

Os tiques motores complexos comuns incluem gestos faciais, comportamentos afetados, saltar, tocar, bater o pé e cheirar objetos.

Os tiques vocais complexos comuns incluem repetições de palavras ou frases fora de contexto, coprolalia (uso de palavras socialmente inaceitáveis, freqüentemente obscenas), palilalia (repetição dos próprios sons ou palavras) e ecolalia (repetição da última palavra, som ou frase ouvida).

Outros tiques complexos incluem ecocinesia (imitação dos movimentos de outra pessoa).

sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

Multivitamínicos podem não ter impacto sobre doenças cardíacas oudeclínio cognitivo


Artigo publicado na revista Annals of Internal Medicine sugere que as multivitaminas podem não oferecer benefícios alguns citados em seus rótulos. Essas incluem melhorar a memória, humor, disposição e saúde cardiovascular.

Um estudo acompanhou pacientes do sexo masculino, acima de 65 anos de idade, por uma média de 11 anos, e descobriu que as multivitaminas não tiveram efeitos sobre o declínio cognitivo.

Outro estudo, por sua vez, indicou que as multivitaminas em altas doses não apresentaram efeito sobre a progressão da doença cardíaca em pacientes sobreviventes de ataques cardíacos.

Segundo o editorial, para pessoas saudáveis, tomar pílulas multivitamínicas não traz benefícios claros. Apesar destes resultados, os suplementos de vitamina D merecem, segundo os especialistas, maiores estudos.

O artigo foi divulgado em vários periódicos, especializados e direcionados ao público em geral, o The New York Times, o Wall Street Journal e o Medscape.

quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

Lombalgia


A lombalgia (dor lombar ou lumbago) não é uma doença, mas um sintoma que pode aparecer por diferentes causas, algumas simples, outras complexas.

É a manifestação dolorosa que acontece na região lombar (parte baixa das costas, na região mais baixa da coluna, perto da bacia), em virtude de alguma anormalidade nessa região do corpo.

A região lombar é uma área muito importante da coluna vertebral, constituída por cinco vértebras que suportam grande parte do peso do indivíduo e dão flexibilidade ao corpo.

Entre elas localizam-se discos de fibrocartilagem, que impedem que elas encostem umas nas outras.

Nos espaços entre as vértebras emergem as raízes nervosas.

Daí que essa complexa estrutura seja muito sujeita a patologias, quase sempre dolorosas.

A lombalgia só perde em frequência para a cefaleia, entre os distúrbios dolorosos que mais acometem o homem.

Quase sempre a lombalgia é de origem mecânico-degenerativa.

Ela pode decorrer do uso excessivo das estruturas dorsais ou de deformidade dessas estruturas.

Pode ainda ser causada por:

•Esforços repetitivos.

•Excesso do peso a que a coluna fica submetida.

•Obesidade.

•Sedentarismo.

•Condicionamento físico inadequado.

•Má posição de sentar, deitar, abaixar-se no chão ou carregar algum objeto pesado.

•Má postura no trabalho.

•Traumatismos.

•Causas relacionadas ao envelhecimento, como artrose (bico de papagaio) e osteoporose.

•Outras vezes, a lombalgia pode ser causada por inflamação, infecção, hérnia de disco, escorregamento de vértebra e até problemas emocionais.

Em cerca de10% dos adultos a dorsalgia, como também costuma ser chamada a lombalgia, se deve a uma doença sistêmica.

Nem sempre é possível determinar suas causas, que muitas vezes permanecem obscuras.

A lombalgia pode ser influenciada por deficiências do sono, fadiga, sedentarismo e fatores psicossociais.

Uma das maiores causas de dores lombares é a degeneração dos elementos que compõem a coluna, principalmente os discos intervertebrais, em virtude da idade. Com o passar dos anos eles se desgastam, perdem hidratação e se tornam mais rígidos e quebradiços, podendo ficar inflamados e gerar dor.

Além disso, podem dar motivos a herniações que comprimam os nervos, o que causa dores e dormências que se irradiam para os membros inferiores.

As fraturas vertebrais; sejam elas espontâneas, em razão de pequenos traumas e quedas ou devido à osteoporose, que ocorre principalmente nas mulheres; também geram dores lombares.

A lombalgia pode ser aguda ou crônica. Na forma aguda a dor é forte e inicia-se repentinamente, em geral depois de um esforço físico.

É mais comum na população mais jovem e a sintomatologia tende a desaparecer, com ou sem tratamento.

A forma crônica acontece com mais frequência entre os mais velhos.

Nesse caso, a dor não é tão intensa quanto na lombalgia aguda, porém, é mais persistente.

Em alguns casos, a dor pode ficar restrita à região lombar, mas quando estão associadas a dores ciáticas, as dores se irradiam para os glúteos, a coxa, a perna e/ou o pé.

Uma história clínica cuidadosa, que faça um minucioso levantamento do histórico da doença do paciente, é a ferramenta diagnóstica mais importante.

O modo de início da dor, bem como a natureza e a duração dela, dão importantes indícios sobre sua provável causa.

O diagnóstico por imagens (radiografias, ressonância magnética, etc.) ajuda a esclarecer o caso, mas quase sempre é desnecessário.

Em mais de 90% das vezes, o diagnóstico e a causa são estabelecidos com uma boa história clínica e exame físico.

Uma lombalgia persistente num adolescente ou jovem requer uma investigação detalhada.

Quando existe um causa identificada, deve ser feita a remoção dela, se possível.

Os tratamentos sintomáticos devem envolver medicamentos anestésicos e anti-inflamatórios.

Os sedativos podem ser empregados para manter os pacientes em repouso porque nas crises agudas o exercício é totalmente contraindicado.

Massagens e acupuntura também são frequentemente usadas.

O tratamento cirúrgico só está indicado numa pequena porcentagem de pacientes, quando a dor persiste apesar dos tratamentos clínicos.

Mesmo os casos de hérnia de disco não têm de ser necessariamente operados, porque quase todos regridem com repouso no leito.

Grande parte das lombalgias, talvez a maioria delas, aparece e desaparece de forma relativamente rápida, mas há as que são tão intensas a ponto de levarem temporariamente à incapacidade de ficar de pé e andar, em virtude do “travamento” da coluna.

Como prevenir a lombalgia?

•Procure manter o peso corporal dentro dos limites normais.

•Faça atividades físicas moderadas, corretamente orientadas. Ao fazer exercícios com pesos, proteja a sua coluna deitando ou sentando com apoio nas costas.

•Evite levantar e carregar peso excessivo ou permanecer curvado por muito tempo. Quando se abaixar no chão para pegar algo, dobre os joelhos e agache; não dobre a coluna.

•Ao dormir, evite usar colchão mole demais ou excessivamente duro. Se tiver de ficar um dia inteiro em pé, procure deitar com as pernas para cima no final do dia, para relaxar a coluna.

•A correção postural pode evitar que uma lombalgia aguda se torne crônica.

quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

Miomas uterinos


Miomas uterinos são tumores benignos que acontecem no tecido muscular da parede do útero.

Eles podem ser únicos ou múltiplos, se instalar em localizações variáveis e serem de diversos tamanhos, podendo atingir grandes dimensões quando não extirpados a tempo, provocando um grande crescimento abdominal.

Quase a metade das mulheres na quarta ou quinta década da vida tem algum tipo desses tumores.

Existem quatro tipos desses tumores, classificados conforme sua localização:

•Submucosos: localizados na parte interior da parede do útero.

•Intramurais: localizados no meio da parede uterina.

•Subserosos: localizados na parte exterior da parede do útero.

•Pediculados: ligados ao útero por um pedículo.

Cada um deles difere dos demais por certos detalhes da sintomatologia e demandam diferentes medidas corretivas.

Não se conhece uma causa determinante para o aparecimento dos miomas uterinos. Esses tumores são mais comuns em pacientes que têm história da doença na família ou que são obesas.

O que se sabe é que estão associados principalmente à ação dos estrógenos e da progesterona e que a incidência deles diminui depois da menopausa, quando esses hormônios diminuem, e são mais frequentes no período fértil da vida da mulher.

Um fator racial parece operar no caso, já que as mulheres negras são mais vulneráveis ao seu desenvolvimento.

Os miomas uterinos podem ser assintomáticos, pelo menos até atingirem grandes volumes. Quando começa a haver sintomas, os mais importantes são:

•Fluxo menstrual abundante.

•Crescimento do abdômen.

•Dores abdominais ou na pelve.

•Anemia.

•Infertilidade.

•Abortamentos repetitivos.

•Se o tumor for grande, pode levar à compressão sobre órgãos vizinhos, causando os sintomas respectivos.

A suspeita diagnóstica é feita pela historia clínica e pelo toque vaginal.

Exames de imagens, como a ultrassonografia, a ressonância magnética e a histeroscopia, também são importantes para o diagnóstico.

A certeza diagnóstica pode ser obtida por meio de uma biópsia.

Se o tumor não apresentar sintomas, não requer tratamento imediato e pode apenas ser monitorado regularmente.

Se a mulher estiver próxima da menopausa, o tratamento recomendado é o bloqueio da produção de estrógeno. A supressão da função ovariana ajuda a diminuir o tamanho dos miomas uterinos.

A remoção do tumor pode ser feita pela miomectomia (retirada do mioma) ou histerectomia (retirada total do útero). A remoção cirúrgica do útero, no entanto, depende se a mulher ainda pode e deseja ter filhos.

Quando se pratica a miomectomia de pequenos tumores a cirurgia pode ser feita por via vaginal.

Atualmente tem sido usada com bons resultados uma técnica de embolização mediante a qual se procura interromper o fluxo de sangue que nutre o mioma, “matando” assim o tumor.

O mioma não representa um impedimento absoluto para engravidar e se uma mulher grávida tiver um mioma, ela ou seu bebê dificilmente terão complicações.

Os tumores uterinos podem trazer algum desconforto nas relações sexuais e motivar irregularidades intestinais, incontinência urinária e, às vezes, infertilidade.

Mesmo os grandes miomas habitualmente não se transformam em câncer.

terça-feira, 17 de dezembro de 2013

Ferritina: todo mundo quer saber!


A ferritina é a mais importante proteína que atua na reserva orgânica de ferro.

Ela existe em quase todos os seres vivos, incluindo bactérias, plantas e animais.

Trata-se de uma macromolécula encontrada em todas as células do organismo humano, especialmente no fígado, baço e medula óssea e está envolvida na síntese, metabolismo e reserva do ferro.

Assim, pois, a ferritina circulante reflete diretamente o nível de ferro estocado no organismo, porque os níveis séricos de ferritina são diretamente relacionados à quantidade de ferro disponível no corpo.

Normalmente, a ferritina armazena o ferro e o libera de forma controlada, conforme as necessidades.

A dosagem da ferritina circulante reflete diretamente o nível de ferro presente no organismo.

É muito importante para a saúde do indivíduo que o ferro esteja na dosagem adequada; nem em falta, nem em excesso.

A variação normal da ferritina está entre 20 e 80 ng/ml. Menos de 20 significa deficiência em ferro e mais de 80 significa sobrecarga.

Em geral, o médico pede esse exame para detectar e avaliar a gravidade da deficiência ou excesso de ferro.

Sua dosagem é solicitada quando o hemograma revela baixo nível de hemoglobina ou quando se constata a presença de hemácias descoradas e diminuídas de tamanho, condições que sugerem a presença de anemia por deficiência de ferro.

Ele pode também ser solicitado quando o médico suspeita de excesso de ferro.

A carência de ferro pode ser devido a perdas excessivas, como acontece nas grandes hemorragias ou em virtude de condições de má absorção.

O nível saguíneo de ferritina sérica pode estar em valores abaixo ou acima do normal, indicando deficiência ou excesso de ferro no organismo. Uma das consequências da carência de ferro é uma forma de anemia (existem outras) denominada anemia ferropriva.

Outras manifestações da carência de ferro, algumas delas devido à anemia, são: fadiga crônica, fraqueza, tontura e cefaleia, sensação de queimação, lesões nas comissuras labiais, unhas arqueadas em formato de colher, falta de ar, sonolência, irritabilidade, zumbidos auditivos, dor torácica, dores nos membros inferiores, choque e insuficiência cardíaca.

Baixos níveis de ferritina têm sido relacionados à síndrome das pernas inquietas e indicam a presença de hipotireoidismo e deficiência de vitamina C.

Pode ocorrer também o desejo de ingerir substâncias estranhas não comestíveis que contenham ferro como giz, alcaçuz, poeira ou terra.

Quando há níveis elevados de ferro os sintomas tendem a piorar com o tempo, como resultado do acúmulo do metal nos tecidos do organismo.

São eles: dores nas articulações, fadiga, fraqueza, dor abdominal, redução da libido, problemas cardíacos.

Níveis elevados de ferritina podem indicar doenças como patologias hepáticas, sobrecarga de ferro, leucemia, inflamação ou infecção, doença de Hodgkin, anemias hemolíticas crônicas, doença renal crônica.

Quando a ferritina é muito alta, isso pode ser indicativo de processo inflamatório agudo. Uma ferritina cronicamente alta pode levar à doença pancreática e ao diabetes.

O tratamento para uma ferritina elevada consiste em doar sangue.

Para a deficiência em ferro o melhor tratamento é o ferro orgânico da carne ou do sangue de animais.

segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

Petéquias


Uma petéquia é um pequeno ponto vermelho no corpo (na pele ou mucosas), causado por uma pequena hemorragia de vasos sanguíneos.

Em contraste com outras manchas na pele, as petéquias não somem(ou clareiam) quando são pressionadas.

A causa mais comum de petéquias é o trauma físico, por exemplo, acessos de tosse severos, vômito e choro, que pode resultar em petéquias faciais, especialmente ao redor dos olhos.

Nesses casos, as petéquias são completamente inofensivas e geralmente desaparecem dentro de alguns dias. A petéquia pode ser um sinal de trombocitopenia (baixa contagem de plaquetas).

Também pode ocorrer quando a função das plaquetas estiver inibida (como um efeito colateral de medicações ou em certas infecções).

A petéquia em adultos deve ser sempre rapidamente investigada.

Ela pode ser interpretada como uma vasculite, uma inflamação de vasos sanguíneos, que requer tratamento imediato para prevenir danos permanentes.

Algumas condições desagradáveis também podem desencadear o aparecimento de petéquias.

As petéquias devem ser investigadas por um profissional de saúde competente para que se possa excluir causas graves.

Os dermatologistas podem ser os especialistas mais adequados nestas condições, porque eles podem identificar com mais facilidade se a condição é uma petéquia ou outras alterações semelhantes.

A significância da petéquia em crianças depende do contexto clínico em que elas se encontram.

Podem estar relacionadas à infecções virais e, nesse caso, não são necessariamente sinal de doença grave.

Entretanto, associadas à outros sintomas podem indicar doenças potencialmente sérias, como meningococemia, leucemia ou algumas causas de trombocitopenia.

Assim, sua presença não deve ser ignorada.

sábado, 14 de dezembro de 2013

Ciática


A ciática (dor ciática ou ciatalgia) não é uma doença, mas um sintoma de alguma doença. Ela é uma dor causada por lesão ou pressão no nervo ciático (ou isquiático).

O ciático é o mais longo e principal nervo do corpo humano, indo desde a região lombar até o hálux (dedo grande do pé), bilateralmente, descendo pela parte posterior de cada perna e joelho e controlando as articulações dos quadris, joelhos e tornozelos, bem como os músculos posteriores da coxa, da perna e do pé.

Ele é formado pela reunião de raízes nervosas que partem da porção lombossacra da coluna vertebral. A dor ciática geralmente é de grande intensidade e pode ocorrer em qualquer ponto da inervação.

A dor ciática ocorre quando há compressão, inflação ou irritação do nervo ciático ou de uma ou alguma de suas raízes nervosas, o que pode ocorrer por deslocamento de vértebra, hérnia de disco intervertebral, estreitamento do canal vertebral, síndrome piriforme (espasmo do músculo piriforme que comprime o nervo ciático), lesões ou fraturas pélvicas, tumores, obesidade, má postura, levantamento de cargas pesadas, etc.

O dano ao nervo ciático pode acontecer dentro do canal espinhal, no espaço entre as vértebras ou em algum outro ponto de seu percurso, uma vez que atravessa vários músculos, fáscias (membranas de tecido fibroso que protegem os órgãos), forames e tendões.

A gravidez, pelas deformidades que impõe à coluna, pode desencadear dores ciáticas.

A frequência da dor no ciático aumenta com o envelhecimento, porque com o passar dos anos a coluna vertebral sofre um desgaste que compromete as raízes que dão origem aos nervos.

Mais frequentemente a dor ciática ocorre apenas de um lado do corpo, mas pode ser tão forte que a pessoa não consegue se mexer.

Trata-se de uma dor que parte da coluna lombar, que vai e vem e que se irradia para a parte posterior da coxa e da perna.

Em casos mais suaves pode haver apenas formigamento, dor surda ou sensação de queimação.

Algumas pessoas podem sentir dor forte em uma parte da perna e apenas dormência em outras partes. Em geral, a dor piora se o indivíduo fica de pé, assenta-se, ao espirrar, tossir, rir ou se dobrar para trás.

Os sinais mais comuns que acompanham a dor ciática são: fraqueza ao dobrar o joelho, dificuldade de dobrar o pé para dentro ou para baixo, reflexos tendinosos anormais ou ausentes, dor ao levantar a perna esticada, fraqueza muscular, dormência, formigamento da perna e perda de sensibilidade ou diminuição dos reflexos.

Como a ciática é apenas um sintoma, a doença subjacente deve ser identificada e tratada com os meios próprios.

Em alguns casos a recuperação acontece espontaneamente. O tratamento conservador compreende medicações analgésicas, aplicação de gelo na área dolorida nas primeiras 48 a 72 horas, depois deste tempo o recomendado é colocar compressas aquecidas.

Anti-inflamatórios e relaxantes musculares também podem ser usados, mas são de pouca eficácia.

Os exercícios fisioterápicos, a perda de peso, a reeducação postural, a prática de atividades físicas, respeitando as limitações de cada paciente, acupuntura, hidroginástica ou Pilates clínico podem ajudar, na dependência da doença que esteja provocando a dor.

Alguns casos exigirão cirurgia.

sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

Neurite óptica


É uma inflamação do nervo óptico que leva à diminuição – geralmente temporária – da visão.

Muitos casos dessa doença estão associados ao aparecimento de outra, a Esclerose Múltipla.

Porém, ela também pode ocorrer isoladamente.

Nos casos onde há associação com Esclerose Múltipla, comumente a NO é a primeira manifestação dessa doença.

Ocasionalmente, a NO pode ocorrer também após infecções envolvendo a órbita, os seios paranasais, ou infecções virais sistêmicas.

Sua incidência é maior em brancos do que em negros, além de afetar duas vezes mais mulheres do que homens.

Geralmente aparece a primeira vez em adultos jovens, dos 20 aos 45 anos de idade.

Há ainda casos em que afetam crianças – esses casos raramente progridem para Esclerose Múltipla.

Estima-se que 75% das mulheres e 35% dos homens que apresentam o primeiro episódio de NO vão apresentar Esclerose Múltipla no futuro.

Pacientes com NO têm uma rápida perda da acuidade visual em um olho, e raramente nos dois olhos ao mesmo tempo.

A queda visual pode ser discreta, em apenas uma parte do campo visual, ou até ocorrer a perda total da visão.

Geralmente, a diminuição da visão está associada a uma dor retro orbitária durante a movimentação ocular e alteração da visão de cores.

Também pode ocorrer queda de visão devido ao calor ou atividade física.

O diagnóstico da Neurite Óptica é realizado através do exame físico feito por um oftalmologista, exames laboratoriais, Campimetria Visual, Potencial Evocado Visual e Ressonância Nuclear Magnética, que é também um instrumento importante para avaliar a existência ou a chance de se desenvolver Esclerose Múltipla.

Apesar de todos os estudos sobre esta doença, seu tratamento é atualmente controverso.

Desse modo, desde a simples observação sem medicação, até a internação e o uso de medicação intravenosa podem ser o tratamento correto.

A gravidade e o tempo de aparecimento dos sintomas vão direcionar o tratamento mais adequado.

A melhora da visão é comumente gradual ao longo de algumas semanas.

Porém, pode haver déficit residual, principalmente na visão de cores e de contraste, independente do tratamento escolhido.

O acompanhamento precoce e conjunto entre um oftalmologista e um neurologista é o mais indicado para prevenir ou amenizar as sequelas e a conversão para Esclerose Múltipla, tendo em vista preservar a qualidade de vida do paciente.

quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

Hipercolesterolemia Familiar


A hipercolesterolemia familiar é uma alteração que pode afetar igualmente os dois sexos e na qual os níveis de colesterol das pessoas apresentam-se elevados desde o nascimento.

Os indivíduos com hipercolesterolemia familiar têm um risco muito aumentado para doenças cardíacas e arteriais.

A parcela maior do colesterol dosado no sangue não vem da dieta, mas da produção dele pelo fígado, a qual é regulada pelos genes.

A hipercolesterolemia familiar é uma doença genética que tanto pode ser homozigótica como heterozigótica.

Ela se deve a um defeito nos genes que conduz a não remoção do colesterol do sangue, com o consequente aumento dos seus níveis.

A forma homozigótica, em que ambos os pais transmitiram a doença, é a mais grave, mas de incidência quase desprezível; a heterozigótica é bem mais frequente, embora de menor gravidade.

Os indivíduos com forma homozigótica costumam apresentar colesterol acima de 600 mg/dl e sofrem doenças cardíacas ou coronarianas já na primeira década da vida.

Vamos falar daqui em diante apenas da hipercolesterolemia familiar heterozigótica.

Uma pessoa com hipercolesterolemia familiar tem 50% de probabilidade de transmitir o defeito aos seus descendentes e metade dos filhos de um indivíduo com a doença tem a probabilidade de ter hipercolesterolemia familiar.

Por isso, é muito importante que os familiares de um indivíduo diagnosticado como tendo hipercolesterolemia familiar verifiquem e controlem os valores do seu colesterol.

A hipercolesterolemia familiar por si só não provoca sintomas, mas ao longo do tempo o colesterol alto no sangue contribui para a aterosclerose, base para a ocorrência do infarto do miocárdio e do acidente vascular cerebral.

Os indivíduos afetados pela hipercolesterolemia familiar heterozigótica habitualmente têm valores de colesterol total acima dos 300 mg/dl e valores normais de triglicerídeos.

As pessoas sob suspeita de poderem ter hipercolesterolemia familiar devem dosar seus níveis de colesterol no sangue a partir dos 10 anos de idade.

Se houver familiares próximos com diagnóstico conhecido de hipercolesterolemia familiar ou infarto do miocárdio precoce, a dosagem deve ser feita a partir dos 2 anos de idade.

A presença de níveis elevados de colesterol numa criança e/ou a existência de doença coronária prematura em qualquer membro de uma família são indicativos de hipercolesterolemia familiar e devem ser investigados nesse sentido.

Pessoas com LDL-colesterol (o "colesterol ruim”) acima de 190 mg/dl, provavelmente são portadoras de hipercolesterolemia familiar.

Quanto mais cedo for feito o diagnóstico e tomadas as medidas terapêuticas e preventivas, menor será a chance e mais lenta será a evolução da arteriosclerose e de suas consequências.

O tratamento da hipercolesterolemia familiar é feita com medicação que deve ser tomada por toda a vida, mas é igualmente importante manter uma alimentação saudável, praticar exercícios físicos regulares e abster-se de tabaco.

Se adequadamente tratadas e aconselhadas desde cedo, as crianças com hipercolesterolemia familiar poderão ter a mesma esperança de vida que o resto da população.

Sem tratamento, contudo, o risco de doença coronariana fatal entre os 20 e os 39 anos de idade é cem vezes superior ao da população normal.

quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

Terror Noturno


A característica essencial do Transtorno de Terror Noturno é a ocorrência repetida de terror durante o sono, representada por um despertar abrupto, geralmente começando com um grito de pânico.

O terror noturno habitualmente inicia durante a primeira terça parte do principal episódio de sono e dura cerca de 1 a 10 minutos.

Os episódios são acompanhados por excitação autonômica e manifestações comportamentais de intenso medo.

Durante um episódio, é difícil despertar ou confortar o indivíduo.

Se o indivíduo desperta após o terror noturno, nenhum sonho é recordado, ou então existem apenas imagens fragmentadas e isoladas. Ao despertar na manhã seguinte, o indivíduo tem amnésia para o evento.

Os episódios de terror noturno devem causar sofrimento clinicamente significativo ou prejuízo no funcionamento social ou ocupacional ou em outras áreas importantes da vida do indivíduo.

O Transtorno de Terror Noturno nãodeve ser diagnosticado se os eventos recorrentes forem decorrência dos efeitos fisiológicos diretos de uma substância (por ex., droga de abuso, medicamento) ou de uma condição médica geral.

O terror noturno também é chamado de "pavor noturno".

Durante um episódio típico, o indivíduo senta-se abruptamente na cama gritando, com uma expressão aterrorizada e sinais autonômicos de intensa ansiedade (por ex., taquicardia, respiração rápida, rubor cutâneo, sudorese, dilatação das pupilas, tônus muscular aumentado).

O indivíduo geralmente não responde aos esforços dos outros para despertá-lo ou confortá-lo.

Se despertado, mostra-se confuso e desorientado por vários minutos e relata um vago sentimento de terror, habitualmente sem conteúdo onírico.

Embora imagens oníricas vívidas e fragmentadas possam ocorrer, uma seqüência onírica, tipo estória (como nos pesadelos) não é relatada.

Com maior freqüência, o indivíduo não desperta totalmente, mas volta a dormir, tendo amnésia para o episódio ao despertar na manhã seguinte.

Alguns indivíduos podem recordar vagamente terem tido um "episódio" na noite anterior, mas não possuem uma recordação detalhada.

Em geral, ocorre um episódio por noite, embora ocasionalmente diversos episódios possam ocorrer em intervalos ao longo da noite.

Para que o diagnóstico seja feito, o indivíduo deve experimentar sofrimento ou prejuízo clinicamente significativos.

O embaraço envolvendo os episódios pode prejudicar os relacionamentos sociais.

Os indivíduos podem evitar situações nas quais os outros poderiam tomar conhecimento de seu distúrbio, tais como participar de acampamentos, pernoitar em casa de amigos ou dormir com outra pessoa na mesma cama.

terça-feira, 10 de dezembro de 2013

Movimentos Estereotipados


A característica essencial do Transtorno de Movimento Estereotipado é um comportamento motor repetitivo, não funcional e muitas vezes aparentemente intencional.

Este é chamado de Transtorno dos Movimentos Estereotipados!

Este comportamento motor interfere acentuadamente nas atividades normais ou resulta em lesões corporais auto-infligidas, suficientemente significativas para exigirem tratamento médico (ou resultariam em ferimentos, caso não fossem adotadas medidas de proteção).

Em presença de Retardo Mental, o comportamento estereotipado ou autodestrutivo é suficientemente severo para se tornar um foco do tratamento.

O comportamento não é melhor explicado por uma compulsão (como no Transtorno Obsessivo-Compulsivo), um tique (como nos Transtornos de Tique), uma estereotipia que faz parte de um Transtorno Invasivo do Desenvolvimento, ou arrancar os cabelos (como na Tricotilomania).

O comportamento também não é devido aos efeitos fisiológicos de uma substância ou a uma condição médica geral (Critério E).

Os comportamentos motores devem persistir por pelo menos 4 semanas.

Os movimentos estereotipados podem incluir acenar com as mãos, balançar o corpo, brincar com as mãos, remexer os dedos, manusear objetos, bater a cabeça, morder a si mesmo, beliscar a pele ou enfiar os dedos em orifícios corporais, ou golpear várias partes do próprio corpo.

Às vezes o indivíduo usa um objeto para executar esses comportamentos, podendo causar danos permanentes e debilitantes aos tecidos e, por vezes, acarretar risco de vida.

Por exemplo, o ato de bater ou golpear severamente a cabeça pode provocar cortes, sangramentos, infecções, descolamento da retina e cegueira.

Especificadores do Transtorno de Movimento Estereotipado

O clínico deve especificar com comportamento autodestrutivo se o comportamento acarreta lesões corporais que exigem tratamento específico (ou que resultariam em lesão corporal, caso não fossem tomadas medidas de proteção).

segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

Gagueira ou Tartamudez



A característica essencial da Tartamudez é uma perturbação na fluência e padrão temporal normais da fala, inapropriado à idade do indivíduo.

Esta perturbação caracteriza-se por repetições ou prolongamentos freqüentes de sons ou sílabas.

Vários outros tipos de disfluências da fala também podem estar envolvidos, incluindo interjeições, palavras partidas (por ex., pausas dentro de uma palavra, bloqueio audível ou silencioso (pausas preenchidas ou não preenchidas na fala), circunlocuções (isto é, substituições de palavras para evitar as problemáticas), palavras produzidas com um excesso de tensão física e repetições de palavras monossilábicas completas (por ex., "Eu-eu-eu vou").

A perturbação na fluência interfere no rendimento escolar ou profissional ou na comunicação social.

Em presença de um déficit motor da fala ou déficit sensorial, as dificuldades na fala excedem aquelas habitualmente associadas com esses problemas.

Caso um déficit motor da fala, déficit sensorial ou transtorno neurológico esteja presente.

O grau de perturbação varia de situação para situação e freqüentemente é mais severo quando existe uma pressão especial para se comunicar (por ex., relatar algo na escola, ser entrevistado para um emprego).

A Tartamudez em geral está ausente durante a leitura oral, canto ou fala com objetos inanimados ou animais.

No início da Tartamudez, o indivíduo pode não estar consciente do problema, embora a sua conscientização e até mesmo a sua antecipação temerosa possam desenvolver-se mais tarde. O indivíduo pode tentar evitar o problema por mecanismos lingüísticos (por ex., alterando a velocidade da fala, evitando certas situações tais como telefonar ou falar em público, ou evitando certas palavras ou sons).

A Tartamudez pode ser acompanhada por movimentos motores, piscar de olhos, tiques, tremor labial ou facial, abalos da cabeça, movimentos respiratórios ou cerrar os punhos).

O estresse ou a ansiedade exacerbam a Tartamudez. O prejuízo no funcionamento social pode resultar da ansiedade, frustração ou baixa auto-estima associadas.

Em adultos, a Tartamudez pode limitar a escolha ou progresso profissional.

O Transtorno Fonológico e o Transtorno da Linguagem Expressiva ocorrem em uma freqüência maior em indivíduos com Tartamudez do que na população em geral.

sábado, 7 de dezembro de 2013

Problemas emocionais na infância


Os pais podem não perceber, não reconhecer ou não aceitar problemas emocionais em seus filhos, o que retardaria a atenção ao problema.

Quanto aos educadores, muitas vezes são eles os primeiros a observar os sintomas iniciais de um problema psiquiátrico na infância e adolescência.

Essa facilidade deve-se, entre outras razões, ao fato de poderem ter uma crítica mais desapaixonada do problema, sem o envolvimento afetivo que os pais têm para com seus filhos.

Além disso, estando preparados, os educadores são as pessoas mais adeqüadas para orientar os pais sobre um possível transtorno dessa natureza.

Sinais e Sintomas

Entre os sinais que a criança pode manifestar em eventual transtorno psíquico, figuram o isolamento ou o prejuízo no relacionamento com outras crianças de sua idade, tanto no âmbito escolar como social, tal como o retraimento e a falta de comunicação.

Outro sintoma a ser levado em conta seria uma ruptura brusca na evolução e desenvolvimento normais da criança ou adolescente.

Se a criança ou adolescente que até há pouco tempo vinha mantendo um comportamento melhor ajustado, com rendimento escolar aceitável e que, de repente, modifica seu comportamento e rendimento escolar, algo pode estar acontecendo na esfera psíquica.

Em crianças e adolescentes os transtornos mais comuns são aqueles relativos a depressão, transtornos de aprendizagem, déficit de atenção e hiperatividade, transtornos de comportamento, de ansiedade, doenças psicossomáticas, problemas de personalidade e, menos freqüentemente, o autismo e a esquizofrenia*(leia abaixo).

A incidência desses transtornos psiquiátricos nas crianças e adolescentes varia com a idade, com o sexo e o nivel socio-econômico. A depressão, por exemplo, embora seja comum em qualquer didade e nos dois sexos, tem sintomas diferentes; nos meninos pode manifestar-se como rebeldia, agressividade e irritabilidade, nas meninas com isolamento, fobias e ansiedade.

* Hebefrenia (do grego antigo ἥβη transl. hébe, juventude + φρήν, translit. phrén, inteligência, alma) é uma enfermidade mental própria de adolescentes e que conduzia rapidamente à loucura.

Foi inicialmente descrita em 1863 pelo médico alemão Karl Kahlbaum.

Em 1871, Ewald Hecker, discípulo de Kahlbaum, apresentou uma análise mais detalhada da hebefrenia, caracterizando-a por um "'afeto tolo, pueril', por alterações comportamentais graves e desagregação progressiva do pensamento".

Em 1884, Kahlbaum fez menção a um outro grupo de pacientes, que o autor descreveu com detalhes em 1890: o grupo dos adolescentes hebóides ("jovens viciados, instáveis, caprichosos, sujeitos à cólera").

Enquanto os hebefrênicos demonstravam sintomas evidentes de loucura, os jovens hebóides apresentavam alterações principalmente, nos hábitos das relações sociais e da personalidade, através de flutuações abruptas do humor e do comportamento:

"Oscilam rapidamente de um estado melancólico para um expansivo, ficando facilmente irados. São jovens que, embora pensem e raciocinem corretamente, discutindo os mais variados assuntos com facilidade, têm de fato uma certa dificuldade em apreender de forma precisa a realidade. Entretanto, apesar desta forma de pensar dispersa e pouco útil, os hebóides, ao contrário dos hebefrênicos, não apresentam idéias delirantes verdadeiras".

sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

Cosmético promete mudar a cor da pele


Pesquisadores da Universidade da Cidade de Nova York, nos Estados Unidos, afirmam ter descoberto uma forma de fazer com que os cosméticos possam mudar a cor da pele.

A técnica consiste na aplicação de princípios quânticos e ópticos nas formulações cosméticas, o que, segundo eles, é suficiente para alterar a percepção que se tem da cor da pele de uma pessoa apenas aplicando uma camada de cosmético.

Os pesquisadores explicam que a forma como percebemos as cores é determinada pelo modo como o objeto espalha e reflete a luz incidente sobre ele. Dessa forma, uma pele amarelada pode parecer branca de dor coberta com uma substância que lhe permita dispersar a luz azul tanto bem quanto a luz amarela.

De acordo com os cientistas, a aplicação principal do método será para alterar a aparência da cor facial de vermelho, azul ou verde para o branco, o que limitará a aplicação da técnica, uma vez que há muito mais pessoas tentando ficar morenas do que ficar brancas.









Fonte: Blog de Boa Saúde

Transtorno de Ansiedade Generalizada


A característica essencial do Transtorno de Ansiedade Generalizada é uma ansiedade ou preocupação excessiva (expectativa apreensiva), ocorrendo na maioria dos dias por um período de pelo menos 6 meses, acerca de diversos eventos ou atividades.

O indivíduo considera difícil controlar a preocupação.

A ansiedade e a preocupação são acompanhadas de pelo menos três sintomas adicionais, de uma lista que inclui inquietação, fatigabilidade, dificuldade em concentrar-se, irritabilidade, tensão muscular e perturbação do sono (apenas um sintoma adicional é exigido em crianças).

O foco da ansiedade e preocupação não está confinado a aspectos de um outro transtorno, como ter um Ataque de Pânico (no Transtorno de Pânico), sentir embaraço em público (na Fobia Social), ser contaminado (no Transtorno Obsessivo-Compulsivo), estar afastado de casa ou de parentes próximos (no Transtorno de Ansiedade de Separação), ganhar peso (na Anorexia Nervosa), ter múltiplas queixas físicas (no Transtorno de Somatização) ou ter uma doença séria (na Hipocondria), e a ansiedade e preocupação não ocorrem exclusivamente durante o Transtorno de Estresse Pós-Traumático.

Embora os indivíduos com Transtorno de Ansiedade Generalizada nem sempre sejam capazes de identificar suas preocupações como "excessivas", eles relatam sofrimento subjetivo devido à constante preocupação, têm dificuldade em controlar a preocupação, ou experimentam prejuízo no funcionamento social ou ocupacional ou em outras áreas importantes.

A perturbação não se deve aos efeitos fisiológicos diretos de uma substância (droga de abuso, medicamento, exposição a uma toxina) ou de uma condição médica geral, nem ocorre exclusivamente durante um Transtorno do Humor, Transtorno Psicótico ou Transtorno Invasivo do Desenvolvimento.

A intensidade, duração ou freqüência da ansiedade ou preocupação são claramente desproporcionais à real probabilidade ou impacto do evento temido.

A pessoa considera difícil evitar que as preocupações interfiram na atenção a tarefas que precisam ser realizadas e têm dificuldade em parar de se preocupar.

Os adultos com Transtorno de Ansiedade Generalizada freqüentemente se preocupam com circunstâncias cotidianas e rotineiras, tais como possíveis responsabilidades no emprego, finanças, saúde de membros da família, infortúnio acometendo os filhos ou questões menores (tais como tarefas domésticas, consertos no automóvel ou atrasos a compromissos).

As crianças com Transtorno de Ansiedade Generalizada tendem a exibir preocupação excessiva com sua competência ou a qualidade de seu desempenho.

Durante o curso do transtorno, o foco da preocupação pode mudar de uma preocupação para outra.

quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

Disfunções Sexuais


Uma Disfunção Sexual caracteriza-se por uma perturbação nos processos que caracterizam o ciclo de resposta sexual ou por dor associada com o intercurso sexual.

O ciclo de resposta sexual pode ser dividido nas seguintes fases:

1. Desejo: Esta fase consiste de fantasias acerca da atividade sexual e desejo de ter atividade sexual.

2. Excitação: Esta fase consiste de um sentimento subjetivo de prazer sexual e alterações fisiológicas concomitantes. As principais alterações no homem consistem de tumescência e ereção peniana.

As principais alterações na mulher consistem de vasocongestão pélvica, lubrificação e expansão vaginal e turgescência da genitália externa.

3. Orgasmo: Esta fase consiste de um clímax do prazer sexual, com liberação da tensão sexual e contração rítmica dos músculos do períneo e órgãos reprodutores.

No homem, existe uma sensação de inevitabilidade ejaculatória, seguida de ejaculação de sêmen.

Na mulher, ocorrem contrações (nem sempre experimentados subjetivamente como tais) da parede do terço inferior da vagina.

Em ambos os gêneros, o esfíncter anal contrai-se ritmicamente.

4. Resolução: Esta fase consiste de uma sensação de relaxamento muscular e bem-estar geral. Durante esta fase, os homens são fisiologicamente refratários a outra ereção e orgasmo por um período variável de tempo.

Em contrapartida, as mulheres podem ser capazes de responder a uma estimulação adicional quase que imediatamente.

Os transtornos da resposta sexual podem ocorrer em uma ou mais dessas fases. Sempre que mais de uma Disfunção Sexual estiver presente, todas são registradas.

Os conjuntos de critérios não fazem qualquer tentativa de especificar uma freqüência mínima ou faixa de contextos, atividades ou tipos de encontros sexuais nos quais a disfunção deve ocorrer.

Este julgamento deve ser feito pelo clínico, levando em consideração fatores tais como a idade e experiência do indivíduo, freqüência e cronicidade do sintoma, sofrimento subjetivo e efeito sobre outras áreas do funcionamento.

As palavras "persistente ou recorrente" nos critérios de diagnóstico indicam a necessidade deste julgamento clínico.

Se a estimulação sexual é inadequada em foco, intensidade ou duração, não é feito o diagnóstico de Disfunção Sexual envolvendo excitação ou orgasmo.

Subtipos

Os subtipos são oferecidos para indicar o início, contexto e fatores etiológicos associados com as Disfunções Sexuais.

Se múltiplas Disfunções Sexuais estão presentes, os subtipos apropriados para cada uma podem ser anotados.

Estes subtipos não se aplicam a um diagnóstico de Disfunção Sexual Devido a uma Condição Médica Geral ou Disfunção Sexual Induzida por Substância.

Um dos seguintes subtipos pode ser usado para indicar a natureza do início da Disfunção Sexual:

Tipo Ao Longo da Vida: Este subtipo se aplica se a Disfunção Sexual está presente desde o início do funcionamento sexual.

Tipo Adquirido: Este subtipo se aplica se a Disfunção Sexual se desenvolve apenas após um período de funcionamento normal.

Um dos seguintes subtipos pode ser usado para indicar o contexto no qual a Disfunção Sexual ocorre:

Tipo Generalizado: Este subtipo se aplica se a Disfunção Sexual não está limitada a certos tipos de estimulação, situações ou parceiros.

Tipo Situacional: Este subtipo se aplica se a Disfunção Sexual está limitada a certos tipos de estimulação, situações ou parceiros. Embora na maior parte dos casos as disfunções ocorram durante a atividade sexual com um parceiro, em alguns casos pode ser apropriado identificar disfunções que ocorrem durante a masturbação.

Um dos seguintes subtipos pode ser usado para indicar os fatores etiológicos associados com a Disfunção Sexual:

Devido a Fatores Psicológicos: Este subtipo aplica-se quando fatores psicológicos supostamente desempenham um papel importante no início, gravidade, exacerbação ou manutenção da Disfunção Sexual, e condições médicas gerais e substâncias não exercem qualquer papel na etiologia da Disfunção Sexual.

Devido a Fatores Combinados: Este subtipo aplica-se quando 1) fatores psicológicos supostamente desempenham um papel no início, gravidade, exacerbação ou manutenção da Disfunção Sexual e 2) uma condição médica geral ou uso de substância também contribui, supostamente, mas não basta para explicar a Disfunção Sexual.

Se uma condição médica geral ou uso de substância (inclusive efeitos colaterais de medicamentos) é suficiente para explicar a Disfunção Sexual, pode-se diagnosticar Disfunção Sexual Devido a uma Condição Médica Geral e/ou Disfunção Sexual Induzida por Substância.

Características Específicas à Cultura, à Idade e ao Gênero

O discernimento clínico acerca da presença de uma Disfunção Sexual deve levar em consideração a bagagem étnica, cultural, religiosa e social do indivíduo, que pode influenciar o desejo sexual, as expectativas e atitudes quanto ao desempenho.

quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

Transtorno da Linguagem Expressiva


Características Diagnósticas

A característica essencial do Transtorno da Linguagem Expressiva é um prejuízo no desenvolvimento da linguagem expressiva, demonstrado por escores em medições padronizadas, individualmente administradas, do desenvolvimento da linguagem expressiva, acentuadamente abaixo dos escores obtidos de medições padronizadas da capacidade intelectual não-verbal e do desenvolvimento da linguagem receptiva.

As dificuldades podem ocorrer na comunicação que envolve a linguagem tanto verbal quanto de sinais. As dificuldades de linguagem interferem significativamente no desempenho escolar ou profissional ou na comunicação social. Os sintomas não satisfazem os critérios para Transtorno Misto da Linguagem Receptivo-Expressiva ou Transtorno Invasivo do Desenvolvimento.

Em presença de Retardo Mental, déficit motor da fala, déficit sensorial ou privação ambiental, as dificuldades de linguagem excedem aquelas geralmente associadas a esses problemas. Caso esteja presente um déficit motor da fala, déficit sensorial ou condição neurológica.

As características lingüísticas do transtorno variam de acordo com sua gravidade e a idade da criança.

Essas características incluem uma fala de quantidade limitada, vocabulário restrito, dificuldade em adquirir novas palavras, erros na busca da palavra correta ou de vocabulário, frases abreviadas, estruturas gramaticais simplificadas, variedades limitadas de estruturas gramaticais (por ex., formas verbais), variedades limitadas de tipos de frases (por ex., imperativas, interrogativas), omissões de partes críticas das frases, uso de uma ordem inusitada das palavras e desenvolvimento lento da linguagem.

O funcionamento não-lingüístico (medido por testes de inteligência de execução) e as habilidades de compreensão da linguagem em geral estão dentro dos limites normais.

O Transtorno da Linguagem Expressiva pode ser adquirido ou evolutivo.

No tipo adquirido, um prejuízo na linguagem expressiva ocorre após um período de desenvolvimento normal, em conseqüência de uma condição neurológica ou outra condição médica geral (por ex., encefalite, traumatismo craniano, irradiação).

No tipo evolutivo, existe um prejuízo na linguagem expressiva que não está associado com um agravo neurológico de origem conhecida.

As crianças com esta espécie de prejuízo freqüentemente começam a falar tarde e atravessam mais lentamente do que o habitual os vários estágios do desenvolvimento da linguagem expressiva.

terça-feira, 3 de dezembro de 2013

Encefalites


As encefalites são infecções agudas do cérebro, muitas vezes como complicação de doenças infecciosas como a raiva ou sífilis, por exemplo.

Acontecem também por infecção viral, bacteriana ou por infestações de parasitas e protozoárias, como toxoplasmose ou malária.

Os vírus causam inflamação do cérebro e o tecido cerebral fica inchado, o que pode destruir as células nervosas e causar sangramentos e outros danos cerebrais.

As inflamações do cérebro podem ser gerais e comprometer todo o sistema nervoso ou podem ser focais, localizadas apenas numa região limitada do cérebro.

Reserva-se preferencialmente o termo encefalite para as primeiras.

Essas inflamações do cérebro podem atingir as meninges, gerando uma meningo-encefalite ou estenderem-se à medula espinhal, formando uma encefalomielite.

Felizmente, as encefalites são enfermidades raras.

Elas tornam-se graves quando o cérebro inchado é comprimido contra o arcabouço ósseo do crânio, podendo conduzir à morte.

As encefalites comumente são causadas por vírus e podem ser complicações de uma grande variedade de doenças como sarampo, caxumba, poliomielite, hidrofobia, rubéola, catapora, raiva, AIDS e outras.

Mas elas também podem ser causadas por infecções diretas do cérebro por bactérias e fungos, que geralmente dão origem a abscessos, e por outras causas, como reação a vacinas, doenças autoimunes, parasitas, etc. ou serem um efeito secundário do câncer.

Os vírus podem ser contraídos por meio de aspiração de gotículas respiratórias de uma pessoa infectada, alimentos ou bebidas contaminadas ou contato direto com a pele.

Algumas encefalites virais são transmitidas por picadas de insetos que habitam zonas geográficas específicas e são, pois, zoonoses regionais, mais comuns em certas estações do ano. Elas são mais frequentes no primeiro ano de vida e em pessoas com imunodepressão.

As pessoas muito jovens ou muito idosas são mais suscetíveis a sofrerem casos graves de encefalites.

Os principais sinais e sintomas das encefalites dependerão de quais são as partes mais afetadas do cérebro. De um modo geral, são: febre, dores de cabeça, fotofobia, fraqueza e convulsões.

Mais raramente podem acontecer outros sintomas como rigidez no pescoço e nos membros e lentidão nos movimentos, na dependência da parte afetada do cérebro.

Pode ocorrer aumento da pressão intracraniana; rigidez da nuca; úlceras na boca; erupções cutâneas; cefaleia; alterações de consciência (letargia, estupor ou coma); alterações sensoriais gerais e de linguagem; diabetes insípidus, se o hipotálamo for afetado e alterações psiquiátricas. Abscesso cerebral ou hemorragias não são comuns em pacientes com encefalite. Alguns vírus afetam principalmente crianças.
O diagnóstico das encefalites parte da história clínica e do exame físico do paciente. O exame neurológico mostrará um paciente sonolento ou confuso. Um pescoço rígido indica que também há irritação das meninges e uma possível meningite.

O diagnóstico pode ser complementado por exame do fluido cerebrospinal (líquor) obtido por meio de uma punção lombar e revelará quantidades elevadas de proteína e células brancas.

Esse exame, no entanto, só deve ser feito depois de descartada uma possível elevação da pressão liquórica. Em uma porcentagem significativa de casos esse exame pode ser normal.

Uma ressonância magnética ajuda a avaliar mais detalhadamente o quadro.

Outros exames que podem ser utilizados incluem tomografia computadorizada, culturas do fluido cerebrospinal, do sangue ou da urina, eletroencefalograma e testes sorológicos.

Normalmente, encefalites são doenças virais, sem tratamentos específicos e o objetivo maior é o alívio dos sintomas.

Os pacientes com encefalites devem ser mantidos bem hidratados e terem o seu cérebro permanentemente monitorado.

A encefalite do herpes vírus é a única que responde aos antivirais e deve ser prontamente tratada com eles.

Se houver ataques epilépticos os anticonvulsivantes podem ser dados para controle deles ou mesmo serem administrados preventivamente em pacientes sob risco de tê-los. Nos raros casos de encefalites bacterianas podem ser usados antibióticos.

A encefalite é sempre uma doença grave, mas geralmente se cura, com ou sem sequelas, conforme o caso.

O risco de morte é maior nas pessoas de idade avançada e naquelas com depressão imunológica.

A encefalite por herpes pode causar morte rápida se não diagnosticada e tratada prontamente.

segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

Periodontite (de novo!)



Periodontite é uma doença inflamatória dos tecidos periodontais que pode resultar em uma perda gradual do dente e estruturas de suporte.

As bactérias e respectivas toxinas podem proliferar e causar o surgimento de placas bacterianas.

Se a placa não for removida através de uma boa higiene bucal, temos o aparecimento de tártaros causado por depósitos minerais.

O uso de uma escova de dentes normal não é mais suficiente; para remover os depósitos é necessária uma limpeza feita por um dentista ou profissional do ramo.

Se for deixado tártaro, o processo inflamatório pode continuar a desenvolver-se.


Casos leves: A placa acumula-se no dente, à margem da gengiva. A gengiva fica inflamada e começa a sangrar.


Casos moderados: A margem da gengiva se solta do dente, as bactérias se multiplicam, a placa adere ao tártaro e o osso adjacente atrofia.


Casos severos: A gengiva retrai. O osso da mandíbula e as fibras do dente continuam atrofiando, o dente amolece e pode cair.