Pesquisar este blog

sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

Neurite óptica


É uma inflamação do nervo óptico que leva à diminuição – geralmente temporária – da visão.

Muitos casos dessa doença estão associados ao aparecimento de outra, a Esclerose Múltipla.

Porém, ela também pode ocorrer isoladamente.

Nos casos onde há associação com Esclerose Múltipla, comumente a NO é a primeira manifestação dessa doença.

Ocasionalmente, a NO pode ocorrer também após infecções envolvendo a órbita, os seios paranasais, ou infecções virais sistêmicas.

Sua incidência é maior em brancos do que em negros, além de afetar duas vezes mais mulheres do que homens.

Geralmente aparece a primeira vez em adultos jovens, dos 20 aos 45 anos de idade.

Há ainda casos em que afetam crianças – esses casos raramente progridem para Esclerose Múltipla.

Estima-se que 75% das mulheres e 35% dos homens que apresentam o primeiro episódio de NO vão apresentar Esclerose Múltipla no futuro.

Pacientes com NO têm uma rápida perda da acuidade visual em um olho, e raramente nos dois olhos ao mesmo tempo.

A queda visual pode ser discreta, em apenas uma parte do campo visual, ou até ocorrer a perda total da visão.

Geralmente, a diminuição da visão está associada a uma dor retro orbitária durante a movimentação ocular e alteração da visão de cores.

Também pode ocorrer queda de visão devido ao calor ou atividade física.

O diagnóstico da Neurite Óptica é realizado através do exame físico feito por um oftalmologista, exames laboratoriais, Campimetria Visual, Potencial Evocado Visual e Ressonância Nuclear Magnética, que é também um instrumento importante para avaliar a existência ou a chance de se desenvolver Esclerose Múltipla.

Apesar de todos os estudos sobre esta doença, seu tratamento é atualmente controverso.

Desse modo, desde a simples observação sem medicação, até a internação e o uso de medicação intravenosa podem ser o tratamento correto.

A gravidade e o tempo de aparecimento dos sintomas vão direcionar o tratamento mais adequado.

A melhora da visão é comumente gradual ao longo de algumas semanas.

Porém, pode haver déficit residual, principalmente na visão de cores e de contraste, independente do tratamento escolhido.

O acompanhamento precoce e conjunto entre um oftalmologista e um neurologista é o mais indicado para prevenir ou amenizar as sequelas e a conversão para Esclerose Múltipla, tendo em vista preservar a qualidade de vida do paciente.

Nenhum comentário: