Pesquisar este blog

sábado, 7 de dezembro de 2013

Problemas emocionais na infância


Os pais podem não perceber, não reconhecer ou não aceitar problemas emocionais em seus filhos, o que retardaria a atenção ao problema.

Quanto aos educadores, muitas vezes são eles os primeiros a observar os sintomas iniciais de um problema psiquiátrico na infância e adolescência.

Essa facilidade deve-se, entre outras razões, ao fato de poderem ter uma crítica mais desapaixonada do problema, sem o envolvimento afetivo que os pais têm para com seus filhos.

Além disso, estando preparados, os educadores são as pessoas mais adeqüadas para orientar os pais sobre um possível transtorno dessa natureza.

Sinais e Sintomas

Entre os sinais que a criança pode manifestar em eventual transtorno psíquico, figuram o isolamento ou o prejuízo no relacionamento com outras crianças de sua idade, tanto no âmbito escolar como social, tal como o retraimento e a falta de comunicação.

Outro sintoma a ser levado em conta seria uma ruptura brusca na evolução e desenvolvimento normais da criança ou adolescente.

Se a criança ou adolescente que até há pouco tempo vinha mantendo um comportamento melhor ajustado, com rendimento escolar aceitável e que, de repente, modifica seu comportamento e rendimento escolar, algo pode estar acontecendo na esfera psíquica.

Em crianças e adolescentes os transtornos mais comuns são aqueles relativos a depressão, transtornos de aprendizagem, déficit de atenção e hiperatividade, transtornos de comportamento, de ansiedade, doenças psicossomáticas, problemas de personalidade e, menos freqüentemente, o autismo e a esquizofrenia*(leia abaixo).

A incidência desses transtornos psiquiátricos nas crianças e adolescentes varia com a idade, com o sexo e o nivel socio-econômico. A depressão, por exemplo, embora seja comum em qualquer didade e nos dois sexos, tem sintomas diferentes; nos meninos pode manifestar-se como rebeldia, agressividade e irritabilidade, nas meninas com isolamento, fobias e ansiedade.

* Hebefrenia (do grego antigo ἥβη transl. hébe, juventude + φρήν, translit. phrén, inteligência, alma) é uma enfermidade mental própria de adolescentes e que conduzia rapidamente à loucura.

Foi inicialmente descrita em 1863 pelo médico alemão Karl Kahlbaum.

Em 1871, Ewald Hecker, discípulo de Kahlbaum, apresentou uma análise mais detalhada da hebefrenia, caracterizando-a por um "'afeto tolo, pueril', por alterações comportamentais graves e desagregação progressiva do pensamento".

Em 1884, Kahlbaum fez menção a um outro grupo de pacientes, que o autor descreveu com detalhes em 1890: o grupo dos adolescentes hebóides ("jovens viciados, instáveis, caprichosos, sujeitos à cólera").

Enquanto os hebefrênicos demonstravam sintomas evidentes de loucura, os jovens hebóides apresentavam alterações principalmente, nos hábitos das relações sociais e da personalidade, através de flutuações abruptas do humor e do comportamento:

"Oscilam rapidamente de um estado melancólico para um expansivo, ficando facilmente irados. São jovens que, embora pensem e raciocinem corretamente, discutindo os mais variados assuntos com facilidade, têm de fato uma certa dificuldade em apreender de forma precisa a realidade. Entretanto, apesar desta forma de pensar dispersa e pouco útil, os hebóides, ao contrário dos hebefrênicos, não apresentam idéias delirantes verdadeiras".

Nenhum comentário: