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sábado, 8 de novembro de 2014
Epicondilite
O epicôndilo medial do úmero (osso principal do braço) é uma protuberância localizada na extremidade distal desse osso, onde se originam os músculos palmares e onde se insere o ligamento ulnar da articulação do cotovelo.
A epicondilite é uma inflamação na região do epicôndilo do cotovelo.
É uma afecção dos tendões que partem do cotovelo e que afeta sobretudo os músculos extensores do punho e dos dedos, também conhecida como cotovelo de tenista em virtude da frequência com que ela atinge esses desportistas, sendo desencadeada pelos esforços musculares que esse esporte exige. É também chamada de epicondilite lateral porque afeta a parte lateral do braço.
Esse tipo de lesão costuma ocorrer em pessoas que jogam muito tênis ou praticam outros esportes que utilizam raquete, mas pode também ser causada por qualquer torção repetitiva do pulso como, por exemplo, utilizar reiteradamente uma chave de fenda.
Também pintores, encanadores, trabalhadores da construção civil, cozinheiros, açougueiros e aqueles que fazem uso constante do computador têm a possibilidade de desenvolver epicondilite.
É comum também que a epicondilite apareça em dentistas, em virtude do esforço repetitivo do seu dia-a-dia.
O uso excessivo, repetitivo ou incomum dos músculos extensores do punho e/ou pronadores do antebraço ocasiona fendas nos tendões desses músculos e, com o tempo, isso gera irritação e dor no local onde o tendão se une ao osso.
Geralmente a epicondilite começa por uma sensação dolorosa localizada do lado externo do cotovelo e que se estende pelo terço proximal externo do antebraço.
Se o esforço repetitivo for continuado, a área torna-se dolorosa ao toque e a dor pode irradiar até o punho.
Levantar mesmo um pequeno peso com o antebraço estendido torna-se muito doloroso e gestos de rotação do braço, como os usados para abrir a maçaneta de uma porta, por exemplo, tornam-se impossíveis.
O tratamento da epicondilite varia de um caso para outro, mas geralmente é conservador. A medida mais importante é evitar o esforço repetitivo ou a sobrecarga local que causou o problema.
Deve-se usar em conjunto fisioterapia local e medicamentos anti-inflamatórios.
A colocação de gelo no local, na fase aguda, pode diminuir a inflamação e a dor; na fase crônica o calor seco local é o mais indicado.
O uso de uma cotoveleira que envolva a parte superior do antebraço tira um pouco da pressão dos músculos comprometidos e alivia a dor.
Com esse mesmo objetivo o médico pode injetar cortisona e um medicamento anestésico na área de ligação dos tendões ao osso.
A cirurgia só deve ser usada como último recurso, se não houver remissão com o tratamento clínico.
Para prevenir a incidência ou recorrência da epicondilite faça alguma modificação na rotina de suas atividades, use equipamentos mais adequados e diminua a frequência de suas atividades se elas forem excessivas.
O uso de uma cotoveleira que envolva a parte superior do antebraço tira um pouco da pressão dos músculos comprometidos e diminui as chances da epicondilite.
Embora a recuperação da epicondilite possa levar meses ou mesmo anos, ela pode acontecer sem cirurgia, mas a maioria das pessoas que se submete à cirurgia volta a ter pleno uso de seu cotovelo.
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