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quinta-feira, 25 de setembro de 2014

Edema Cerebral


O edema cerebral é o inchaço de uma região delimitada do cérebro ou de todo ele, resultante do aumento de líquidos dentro e entre as células que o compõem, aumentando o seu volume e, assim, a pressão intracraniana. Na hidrocefalia, em que o líquido se acumula nos ventrículos cerebrais, tem-se uma situação parecida de hipertensão endocraniana.

Entre outras, são causas de edema cerebral os tumores, os acidentes vasculares cerebrais, os traumatismos cranianos, a ruptura de vasos, a diminuição da concentração sanguínea de sódio, a isquemia, os abscessos, as meningites e encefalites, a hipóxia, etc. Entre as doenças sistêmicas que podem causar edema cerebral estão a cetoacidose diabética, a exposição a determinadas toxinas, as neoplasias malignas, o abuso de opioides, etc.

O edema cerebral leva ao aumento da pressão intracraniana e causa uma cefaleia que acomete todo o crânio, tonteiras, dormências, distúrbio da visão e da fala, vômitos em jato, não precedidos de náuseas, devidos à compressão do centro bulbar do vômito, edema pupilar, provocado pelo aumento da pressão em volta dos nervos ópticos, confusão mental, coma, crises convulsivas, diminuição ou perda da força muscular. Os sinais e sintomas do edema cerebral podem acompanhar-se ainda daqueles da doença subjacente. No crânio de um bebê ou de uma criança pequena, nos quais as suturas ósseas ainda não estão completamente solidificadas, a cabeça pode aumentar de tamanho, devido a um alargamento das partes moles, conhecidas como fontanelas.

O diagnóstico e o tratamento precoce tanto da existência quanto das causas do edema cerebral são fundamentais para diminuir o risco de sequelas e melhorar o prognóstico.

O tratamento do edema cerebral é complexo e resultados positivos só podem ser alcançados se o diagnóstico e a assistência ao paciente se derem precocemente. O edema persistente causa danos irreversíveis ao tecido cerebral e por isso essa condição precisa ser corrigida prontamente. Os diuréticos e os corticoides podem ajudar a diminuir a quantidade de líquidos no organismo, reduzindo o edema. A hiperventilação e a hipotermia controlada podem ser utilizadas com a finalidade de fornecer mais oxigênio ao cérebro e diminuir suas demandas metabólicas. O tratamento deve incluir também anti-hipertensivos, anti-inflamatórios e barbitúricos, quando for o caso, além de esteroides e medicações para a microcirculação e metabolismo cerebrais. Eventuais sintomas como dores ou convulsões, por exemplo, podem requerer remédios específicos. Se o edema provier de uma doença sistêmica esses remédios de nada adiantarão se não for tratado o problema de base.

O aumento global ou parcial do volume do cérebro tende a causar deslocamentos intracranianos das áreas afetadas, as quais tendem a se insinuarem pelos forames cranianos, criando as chamadas hérnias intracranianas, que podem ser mortais.

As potenciais complicações do edema cerebral incluem sequelas permanentes ou incapacitantes, como prejuízo cognitivo, atraso do desenvolvimento, dificuldades de aprendizagem, perda ou alteração da sensibilidade em partes do corpo, fraqueza ou paralisia muscular, mudanças de personalidade, deficiências físicas de várias ordens, inconsciência e coma.

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