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segunda-feira, 2 de abril de 2018

Como evitar a conjuntivite infecciosa



A conjuntivite é uma inflamação da membrana transparente e fina que reveste o branco dos olhos e o interior das pálpebras (conjuntiva). Pode atacar um só ou ambos os olhos ao mesmo tempo e durar de três a quinze dias. Normalmente, cura sem deixar sequelas.

Ela pode ser causada por fatores alérgicos, irritativos ou infecciosos e cada um deles necessita de um tratamento e tem meios de prevenção específicos. A conjuntivite alérgica ocorre nas pessoas que sofrem de outras alergias como rinite ou bronquite. A conjuntivite irritativa pode dar-se pelo contato direto dos olhos com alguma substância irritante (fumaça, poeira, produtos químicos, poluentes industriais, etc.). A conjuntivite infecciosa é transmitida por vírus, fungos ou bactérias.

O estado de Minas Gerais experimenta atualmente um surto de conjuntivite. O surto atual é de natureza viral, altamente contagiante, sendo comuns casos simultâneos em uma mesma residência, colégio ou local de trabalho. Em 2011, um grande surto de conjuntivite na cidade de São Paulo registrou quase 120 mil casos só no primeiro trimestre do ano. Como a conjuntivite atual é de natureza viral (causada por vírus), altamente contagiosa, as medidas preventivas assumem uma grande importância.

Evidentemente, só as conjuntivites infecciosas por vírus, fungos ou bactérias são contagiosas, especialmente as virais, que são altamente contagiosas. Estar em companhia de pessoas infectadas, em ambientes fechados, o uso comum de objetos, o contato direto com pessoas contaminadas ou mesmo a água da piscina são fatores que favorecem a contração da conjuntivite infecciosa.

A conjuntivite se manifesta por olhos avermelhados e irritados, sensação incômoda de ter areia no olho, edema e coceira nas pálpebras e lacrimejamento excessivo. A pessoa tem a sensação de que há um corpo estranho no olho.

Na conjuntivite viral, há mais lacrimejamento do que secreção. Ela começa por um dos olhos podendo, subsequentemente, afetar também o outro. É quase impossível que a pessoa não passe a mão pelo olho contaminado e, em seguida, pelo outro. Uma toalha de rosto também pode fazer o mesmo.

Quanto a esse aspecto, a questão pode ser subdividida em duas:

•Como evitar contrair a conjuntivite
•Como evitar passá-la adiante

Para evitar contrair a conjuntivite a pessoa deve:

1.Evitar o contato com indivíduos que estejam com conjuntivite. Se isso não for possível, lavar bem as mãos e desinfetá-las com álcool gel.
2.Na vigência de um surto, lavar e higienizar frequentemente as mãos antes de tocar nos olhos.
3.Não compartilhar toalhas ou qualquer outro objeto de uso ocular com pessoas que possam estar contaminadas.
4.Ter cuidado com piscinas públicas que possam estar sendo usadas por pessoas com conjuntivite. O vírus também se transmite pela água.
5.Em ocasiões de surto, evitar aglomerações, onde certamente há pessoas doentes.
6.Evitar coçar os olhos, porque a mão pode estar contaminada pelo vírus.

Para evitar propagar a conjuntivite:

1.Evitar frequentar situações em que haja interação com muitas pessoas, como escolas, igrejas, shows, etc.
2.Trocar diariamente as fronhas dos travesseiros, para não se reinfectar.
3.Trocar com frequência as toalhas e os sabonetes ou usar toalhas de papel, para não contaminar outras pessoas na casa.
4.Não compartilhar o uso de instrumentos ou maquiagem.
5.Evitar o contato direto com outras pessoas contaminadas.
6.Não ficar em ambientes onde haja bebês e, se uma mulher com conjuntivite tiver de amamentá-los, não colocá-los muito próximos aos olhos dela.
7.Não usar lentes de contato, para não se reinfectar ao usá-las novamente.
8.Não frequentar piscinas de uso público.

Se, ainda assim, a pessoa contrair conjuntivite, deve pensar no tratamento. Não há um tratamento específico para as conjuntivites virais. As medicações que se usam visam apenas aliviar os sintomas.

Para as conjuntivites virais, o tratamento consiste na utilização de compressas frias, vasoconstritores tópicos e colírios de lágrimas artificiais. Em alguns casos podem ser aplicados também colírios antivirais ou corticoides tópicos, mas apenas após exame oftalmológico e orientação médica. Na maioria das vezes, os sintomas desaparecem em 48 a 72 horas, mas os cuidados de prevenção devem ser mantidos por, pelo menos, uma semana.

Todas as pessoas com sintomas de conjuntivite devem ser examinadas por um médico oftalmologista para o correto tratamento e também para evitar as complicações da conjuntivite.

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