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quarta-feira, 14 de março de 2018

Epilepsia abdominal


A enxaqueca abdominal é caracterizada por dor abdominal paroxística, abrupta e intensa, comumente acompanhada de náuseas e vômitos. A enxaqueca abdominal foi reconhecida como uma variante da enxaqueca tradicional durante a década de 1990.

Tal como nas enxaquecas tradicionais, é muito difícil estabelecer as causas precisas da enxaqueca abdominal. Uma teoria não comprovada alega que as mudanças nos níveis fisiológicos de histamina e serotonina seriam responsáveis por ela.

Ela afeta cerca de 2 em cada 100 crianças com enxaqueca e são muito raras em adultos. Mais meninas que meninos são acometidas por ela.

No entanto, alguns disparadores das crises podem ser reconhecidos: estar aborrecido ou preocupado; certos alimentos como chocolate, comida (chinesa) com glutamato monossódico e carnes processadas com nitritos. A ingestão de muito ar também pode desencadeá-las.

Como o nome sugere, a enxaqueca abdominal é um tipo de enxaqueca sem os sintomas característicos da dor de cabeça tradicional. O sintoma mais comum da doença é dor abdominal, o que explica a denominação da doença.

A enxaqueca abdominal afeta mais as crianças de 5 a 9 anos, mas adultos também podem ser acometidos. Ela é caracterizada por dor abdominal, náuseas e vômitos.

Como dores abdominais podem ser devidas a uma ampla gama de condições, é muito difícil caracterizar a enxaqueca abdominal. No entanto, a Sociedade Internacional de Cefaleia estabeleceu alguns critérios para diagnosticá-la:

1.Há uma história familiar de enxaquecas entre parentes do paciente (frequentemente uma criança).
2.A maioria das crianças que sofrem de enxaqueca abdominal desenvolve dores de cabeça enxaquecosas ao atingir a puberdade.
3.As meninas são mais afetadas que os meninos.
4.A criança deve ter passado por um mínimo de cinco ataques no período de alguns dias.
5.A dor abdominal pode ser de moderada ou grave e estar localizada ao longo da linha média do abdômen. Geralmente tem uma qualidade maçante ou de ferida e forte intensidade.
6.A dor geralmente vem acompanhada com pelo menos dois dos seguintes sintomas: anorexia, náuseas, vômitos e palidez.
7.Os sintomas não devem ser atribuíveis a qualquer outro distúrbio.

Outros sintomas da enxaqueca abdominal incluem hipersensibilidade à luz e ao som (como na enxaqueca clássica) e tonturas.

Algumas crianças experimentam irritabilidade, diarreia, perda de apetite e dores de cabeça.

Sombras arroxeadas também podem aparecer ao redor dos olhos da criança afetada.

Como a dor abdominal pode ser atribuída a uma ampla gama de doenças, é muito difícil diagnosticar a enxaqueca abdominal.

Não existem exames específicos para o diagnóstico desta patologia. Um estudo detalhado dos sintomas, bem como do histórico familiar médico do paciente ajuda na avaliação dessa condição.

A observação mais comum em pacientes com enxaqueca abdominal é uma dor abdominal recorrente, acompanhada por outros problemas gastrointestinais (anorexia, náuseas, vômitos, etc). A presença de tais sintomas alerta os médicos para o diagnóstico da enxaqueca abdominal.

Além destes sintomas, a eletroencefalografia também pode ajudar a fazer um diagnóstico correto.

Não há um padrão definido de tratamento para a enxaqueca abdominal. Atualmente, os medicamentos usados para enxaqueca abdominal são os mesmos administrados para crianças afetadas pela enxaqueca tradicional e incluem analgésicos, drogas anti-náuseas e sedativos.

O fator mais importante, que ajuda a aliviar os sintomas, é o repouso. A criança deve descansar e dormir em um quarto calmo e escuro.

Tal como no caso das enxaquecas tradicionais, a enxaqueca abdominal em crianças também pode ser prevenida pela evitação dos alimentos que podem desencadear os sintomas.

O estresse também é considerado como um agente causal de enxaquecas abdominais. No caso de estresse, o aconselhamento psicológico e os cuidados para a promoção de um ambiente tranquilo para que a criança viva em paz e harmonia podem ser benéficos.

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