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quarta-feira, 8 de novembro de 2017

Uso de anorexígenos


Anorexígenos, anoréticos ou moderadores de apetite são medicamentos à base de anfetamina ou metanfetamina, drogas da mesma classe da cocaína e do crack, usadas com a finalidade de induzir a falta de apetite e, consequentemente, levar a pessoa a comer menos. 

Ou seja, são os famosos “remédios para emagrecer”.

Quase sempre esses moderadores de apetite trazem, além da anfetamina e metanfetamina, que são estimulantes do sistema nervoso central, um outro composto químico para reduzir a ansiedade, como um tranquilizante ou a fluoxetina, por exemplo, o que torna ainda mais complexo o seu uso.

Quase sempre o anorexígeno é uma anfetamina ou um derivado da anfetamina, cuja função é inibir a fome. 

Essa substância química envia uma mensagem para o cérebro de que o organismo está saciado e o cérebro, dessa maneira, “engana” o corpo, enviando-lhe uma mensagem de saciedade.

Assim, na falta de uma alimentação adequada, o organismo passa a utilizar as calorias armazenadas no corpo e pode, de fato, gerar a perda de alguns quilos, embora a um alto custo para a saúde geral do indivíduo.

As anfetaminas e seus derivdos são estimulantes do sistema nervoso central que, além de cortarem o apetite, aumentam a vigília e a atividade autônoma dos indivíduos.

Algumas delas atuam no sistema serotoninérgico, aumentando a liberação de noradrenalina e dopamina, dois importantes neurotransmissores cuja biodisponibilidade aumentada, além da fome, reduz o sono e provoca um estado de agitação psicomotora.

Apesar dos possíveis efeitos colaterais e da dependência, os anorexígenos podem produzir uma perda de peso temporária, pois logo que o organismo se acostuma com a medicação começa a não responder mais aos impulsos da mesma. 

A fome retorna ainda maior, a pessoa volta a ganhar peso e acontece o conhecido “efeito sanfona”. 

Muitas pessoas voltam a um peso maior do que o que tinham antes. 

Por isso, muitos médicos, nutricionistas e psicólogos desaconselham o uso de anorexígenos.

Dependendo do tempo de uso e das doses empregadas, os anorexígenos invariavelmente causam efeitos colaterais graves, como humor instável, dor de cabeça, depressão nervosa, taquicardia, arritmias, insônia, agitação psicomotora, aumento da ansiedade, sudorese, irritabilidade, dentre outros.

Cerca de 87% dos usuários de anfetaminas experimentam síndrome de abstinência quando da retirada da droga, caracterizada por fissura interna pela droga, ansiedade, agitação, pesadelos, redução da energia, lentificação psicomotora e humor depressivo.

Devido ao potencial que têm para causar dependência e de seus efeitos colaterais graves, os anorexígenos são banidos em diversos países.

De um modo geral, os anorexígenos só devem ser tomados em casos muito especiais e sob estrita vigilância médica.

De maneira mais absoluta, os anorexígenos não devem ser tomados por pacientes com antecedentes psicóticos, porque podem reativar a psicose; por pessoas com transtornos de ansiedade; por epilépticos não tratados; por pessoas com hipertensão arterial descompensada; por crianças ou idosos; por pacientes com história anterior de abuso de drogas; na gravidez ou suspeita de gravidez; na lactação, porque a substância é eliminada pelo leite materno; no hipertireoidismo, cujos sintomas têm as mesmas características do uso dos anorexígenos; nas cardiopatias severas; porfirias e glaucomas.

Além disso, existem importantes interações medicamentosas que precisam ser observadas, tais como:

•A interação de anorexígenos com antidiabéticos orais pode alterar significativamente a taxa de glicose sanguínea.

•Eles podem diminuir o efeito hipotensor de alguns anti-hipertensivos.

•Quando usados juntamente com hormônios tireoidianos, aumentam a estimulação do sistema nervoso central.

•Com a fenotiazina ou clorpromazina (amplictil) produz efeito antagônico, anulando o efeito anorexígeno.

•O álcool pode interagir com todas as classes de anorexígenos provocando tonturas, vertigens, confusão mental e sonolência.

•Os anorexígenos podem reforçar o efeito central dos estimulantes do sistema nervoso central.

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