Deficiência auditiva é a perda parcial ou total da audição e faz com que a pessoa tenha dificuldade de ouvir diálogos e outros sons.
Quanto à intensidade, a deficiência auditiva pode ser moderada, severa ou profunda e quanto à sua natureza pode ser sensorioneural, condutiva e mista.
A perda auditiva parcial ou total (surdez) pode ser também unilateral ou bilateral, súbita ou progressiva.
A deficiência auditiva pode ser causada por malformação genética ou lesão na orelha ou nas estruturas que compõem o aparelho auditivo.
Contudo, as causas mais comuns da deficiência auditiva são os ruídos excessivos duradouros e o envelhecimento.
Sofrer perda de audição com a idade é uma ocorrência natural.
A capacidade auditiva diminui a partir dos 30 a 40 anos de idade e aos 80 anos de idade mais da metade das pessoas sofre significativamente de deficiência auditiva.
Outros fatores causadores podem ser algumas doenças e infecções, certos tipos de síndromes congênitas (de nascimento), alguns medicamentos e fármacos, danos no ouvido, lesões na cabeça, malformações congênitas do ouvido, fatores genéticos, tumores na cabeça, alcoolismo, tabagismo, dentre outros.
A perda auditiva em crianças pequenas normalmente é causada por fatores genéticos, anomalias físicas no ouvido ou enfermidades.
Nas crianças mais velhas e adolescentes, os problemas auditivos podem, com frequência, estar relacionados com a exposição a ruídos.
A audição normal depende de que os sons captados pelos pavilhões auriculares sejam corretamente conduzidos até o ouvido interno, de onde passam para o nervo auditivo sob a forma de ondas sonoras, que as leva ao córtex cerebral do lobo temporal, onde se encontra a área da audição.
Aí esses estímulos elétricos são decodificados e se transmutam em percepção dos sons.
Basicamente, então, a audição normal depende de dois fatores:
(1) condução do estímulo sonoro até o cérebro e
(2) elaboração do estímulo sonoro em nível cerebral.
A deficiência auditiva pode ocorrer por problemas em qualquer um desses dois sistemas ou em ambos ao mesmo tempo e é chamada, respectivamente, de deficiência auditiva de condução, deficiência auditiva sensorial e deficiência auditiva mista.
Geralmente, a perda auditiva desenvolve-se gradualmente e seus sintomas são difíceis de serem reconhecidos.
Quase sempre os primeiros sinais só são detectados na escola ou em um teste auditivo.
Na deficiência auditiva moderada, a pessoa é incapaz de ouvir sons com intensidades menores que 50 decibeis.
A pessoa com deficiência auditiva severa não consegue ouvir sons abaixo dos 80 decibeis.
Fala-se de deficiência auditiva profunda quando a pessoa não consegue ouvir sons com intensidade menor que 91 decibeis.
Nessa condição, os aparelhos e órteses podem ajudar parcialmente, mas o aprendizado de Libras e da leitura labial são recomendados.
Acima desses níveis as perdas são consideradas casos de surdez total.
Quanto maior o grau da perda auditiva, maior a dificuldade de aquisição da língua oral.
Na perda auditiva condutiva existe alguma dificuldade ou impossibilidade de conduzir o estímulo sonoro até o ouvido interno.
A perda auditiva sensorial é devida a danos ocorridos nas células receptoras no ouvido interno.
A presbiacusia (perda auditiva relacionada à idade) é um exemplo de perda auditiva sensorioneural.
As escolas regulares que tenham alunos com deficiência auditiva têm o direito de receber um intérprete de Libras e material de “Atendimento Educacional Especializado”.
Afora isso, algumas providências simples por parte do professor podem facilitar o aprendizado do aluno surdo: trazê-lo para sentar-se nas primeiras carteiras, falar com clareza e nunca cobrir a boca ou virar de costas para a turma, permitindo, assim, a leitura orofacial.
As aulas devem fazer usos predominantemente de recursos visuais.
Para alunos com perda severa ou total (surdez), o aprendizado da Língua Brasileira de Sinais é muito importante para a comunicação com as demais pessoas e para o processo de alfabetização.
A deficiência auditiva pode ser tratada com o uso de aparelho auditivo, mas não se consegue restaurar a audição a não ser em raros casos, específicos.
A perda auditiva sensorioneural pode ser minimizada por meio do uso de aparelho auditivo.
A perda auditiva condutiva pode ser tratada pela remoção do entupimento auditivo ou por meio de procedimento cirúrgico para implantação de dispositivo para transmissão óssea ou implante coclear.
A perda auditiva súbita, ligada a uma enfermidade de base, pode ser tratada com medicação.
As pessoas devem evitar a exposição a ruídos altos continuados.
Se for necessário estar exposto a ruídos altos, recomenda-se usar tampões de ouvido.
As consequências da deficiência auditiva variam de pessoa para pessoa.
Na maioria delas há alguns tipos de problemas sociais, psicológicos e físicos.
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