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quinta-feira, 21 de setembro de 2017
Esofagite erosiva
A esofagite erosiva é uma inflamação aguda ou crônica da mucosa do esôfago, órgão do aparelho digestivo responsável pelo transporte dos alimentos entre a faringe e o estômago. Existem diferentes tipos de esofagite erosiva: (1) esofagite infecciosa, (2) esofagite de refluxo, (3) esofagite medicamentosa, (4) esofagite eosinofílica e (5) esofagite estenótica.
Há várias causas de esofagite erosiva: infecção por bactérias, vírus ou fungos; refluxo ácido do estômago para o esôfago, quando a válvula localizada entre os dois órgãos não funciona adequadamente; certos remédios que são consumidos por via oral, os quais podem acabar ocasionando problemas na parede do esôfago se tiverem um contato mais demorado com ela; acúmulo de agentes eosinófilos no esôfago e ingestão de substâncias cáusticas ou ácidas, que podem provocar redução do diâmetro interno do esôfago.
Os principais fatores de risco associados ao surgimento da esofagite erosiva são obesidade, gravidez, ingestão acidental ou voluntária de produtos cáusticos, vômitos excessivos, consumo de álcool e cigarro, cirurgia ou radiação na área do peito e pescoço e uso prolongado de medicamentos, como os corticoides e anti-inflamatórios.
A inflamação da (1) esofagite infecciosa, causada por bactérias, vírus, fungos ou parasitas, é mais frequente se o sistema imunológico estiver enfraquecido devido a doenças ou medicamentos.
Na (2) esofagite de refluxo, o tipo mais comum das esofagites, a inflamação acontece porque o conteúdo ácido do estômago invade o esôfago, cuja mucosa não está preparada para receber esse conteúdo.
A (3) esofagite por medicamentos ocorre quando determinados remédios irritantes são tomados com uma quantidade muito pequena de água e ficam parados no esôfago por muito tempo.
Na (4) esofagite eosinofílica há um acúmulo de glóbulos brancos no esôfago devido a uma reação exagerada do organismo a um alérgeno.
A (5) esofagite estenosante deve-se a um estreitamento do esôfago causada por tecido cicatricial secundário, por exemplo, pelo uso prolongado de sondas nasogástricas, ingestão de substâncias corrosivas ou ácidas, lesões causadas por endoscópios, tratamento de varizes esofágicas, radioterapia do tórax ou pescoço, etc.
Os sintomas da esofagite erosiva variam conforme o tipo e a intensidade da condição. Os mais comuns são azia ou queimação ao longo do esôfago, dor de garganta, regurgitação, problemas para engolir, gosto amargo na boca, mau hálito, tosse seca, rouquidão e dor de garganta.
O diagnóstico de esofagite erosiva é feito através da história médica e exame físico do paciente, da endoscopia digestiva e da pHmetria esofágica (medida do nível de acidez do esôfago). Além disso, podem ser realizados outros testes de laboratório, testes alérgicos e radiografia contrastada com bário.
O tratamento e as perspectivas de evolução dependem da causa exata da doença. De um modo geral, o tratamento da esofagite erosiva consta da administração de medicamentos (antivirais, antifúngicos, analgésicos, esteroides, inibidores da bomba de prótons) e da mudança de hábitos, que ajudam a aliviar os sintomas. Em algumas raras situações pode ser necessário uma cirurgia.
A maioria das pessoas saudáveis apresenta melhora em poucos dias. Em pessoas com comprometimento do sistema imunológico ou infecção, a recuperação pode levar mais tempo. Se não for tratada adequadamente, a esofagite pode provocar o desenvolvimento de úlceras ou até mesmo um estreitamento grave do esôfago.
A esofagite erosiva pode ser prevenida com uma simples mudança de hábitos, como reduzir o consumo de refrigerantes, bebidas alcóolicas e bebidas gaseificadas, não deitar logo após uma refeição, não comer demais, entre outros cuidados.
Se não for tratada, a esofagite erosiva pode causar complicações graves como estenose, orifícios ou úlceras no esôfago e até mesmo câncer.
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