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quarta-feira, 28 de setembro de 2016

Nódulos tireoidianos: recordação


Nódulos da tireoide resultam em crescimentos anormais de células da tireoide, que formam protuberâncias dentro da glândula, normalmente visíveis sob a pele do pescoço.

Não se sabe exatamente o que provoca nódulos na tireoide, embora eles sejam extremamente comuns. Metade das pessoas de mais de 60 anos têm um nódulo de tireoide, mais de 90% dos quais são benignos.

A tireoidite de Hashimoto (inflamação crônica da tireoide), a causa mais comum de hipotiroidismo, pode estar associada a um risco aumentado de nódulos da tireoide. A deficiência de iodo, atualmente muito rara, também pode causar nódulos nesta glândula.

O câncer da tireoide é uma causa mais rara de nódulos tireoidianos. Em geral, ele acontece abaixo dos 30 ou acima dos 60 anos, em uma pessoa que tenha história prévia de exposição à radiação na cabeça ou pescoço.

Quase nunca os nódulos da tireoide causam sintomas, nem produzem hormônios. Muitas vezes, eles são descobertos acidentalmente em exames de imagem, como tomografia computadorizada ou ultrassonografia do pescoço feito por outras razões ou, ocasionalmente, os próprios pacientes percebem um caroço em seu pescoço. Os resultados anormais da função da tireoide podem ocasionalmente levar à suspeita e descoberta de nódulos na tireoide.

Os nódulos da tireoide podem produzir quantidades excessivas de hormônio da tireoide (tiroxina) e causar um hipertireoidismo. No entanto, a maioria dos nódulos da tireoide são não funcionantes e os exames dos hormônios tireoidianos são normais ou até baixos. Normalmente, os sintomas só aparecem se um nódulo for grande o bastante para comprimir órgãos vizinhos. É muito raro que os pacientes com nódulos da tireoide se queixem de dor no pescoço, mandíbula ou ouvido.

Se forem muito grandes, os nódulos podem comprimir a traqueia e/ou esôfago, causando falta de ar ou dificuldade em engolir. Em alguns casos, os nódulos da tireoide que produzem tiroxina podem causar sintomas de hipertiroidismo: perda de peso, intolerância ao calor, tremor, nervosismo, batimentos cardíacos rápidos ou irregulares, etc.

Muitas vezes a pessoa nem percebe que tem um nódulo na sua tireoide até que ele seja detectado num exame de rotina ou que se torne grande o suficiente para ser visível ou causar dificuldades de engolir ou respirar. Uma vez descoberto o nódulo, o médico deverá determinar se a tireoide continua saudável ou se foi afetada por hiper ou hipotireoidismo.

Os exames laboratoriais iniciais incluem a medição no sangue da tiroxina ou T4 (hormônio da tireoide) e do TSH (hormônio estimulante da tireoide). Mesmo que esses hormônios estejam em níveis normais, ainda não é possível determinar se o nódulo é benigno ou maligno. Essa avaliação demanda outros exames especializados, como ultrassonografia da tireoide e biópsia por agulha.

A ultrassonografia permite obter imagens da tireoide e determinar o tamanho de um nódulo e se ele é sólido ou preenchido por líquido (cisto). Ela pode, também, ajudar a detectar nódulos ainda demasiado pequenos e para identificar nódulos suspeitos de malignidade, uma vez que algumas características deles são mais frequentes nos nódulos cancerosos que em nódulos não cancerosos. A ultrassonografia é usada, ainda, para orientar a agulha de punção em direção a um nódulo e para monitorar os nódulos que não requerem cirurgia, para determinar se eles estão crescendo ou diminuindo ao longo do tempo.

Os nódulos malignos ou suspeitos devem ser removidos cirurgicamente para que seja feita uma biópsia. Os nódulos benignos e os muito pequenos devem ser vigiados de perto com exames de ultrassonografia e exame clínico a cada 6 a 12 meses. Mesmo os cânceres da tireoide (nódulos malignos) são curáveis e raramente apresentam uma ameaça à vida. A cirurgia pode ainda ser usada mesmo para um nódulo benigno, se ele continuar a crescer.

Alguns nódulos tireoidianos podem permanecer sem crescimento e mesmo involuir. A grande maioria dos nódulos da tireoide não são graves e não causam sintomas. O câncer de tireoide é responsável por apenas uma pequena porcentagem dos nódulos da tireoide.

As complicações dos nódulos tireoidianos incluem problemas para engolir ou respirar e hipertireoidismo. Adicionalmente, as complicações potenciais de hipertireoidismo incluem fibrilação atrial, osteoporose e crise tireotóxica.

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