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quinta-feira, 29 de setembro de 2016

Câncer de tireoide


A tireoide é uma glândula que produz hormônios que regulam a frequência cardíaca, a pressão arterial, a temperatura corporal e o peso.

Ela possui formato de borboleta e fica localizada na base do pescoço, logo abaixo do pomo de Adão. O câncer de tireoide é a proliferação maligna de células desta glândula e que pode alterar suas funções. Embora o câncer de tireoide não seja muito comum, as taxas parecem estar em aumento.

Não se sabe com clareza o que causa o câncer de tireoide.

Ele ocorre quando as células da tireoide sofrem mutações, permitindo que as células cresçam e se multipliquem rapidamente e percam a capacidade de morrer, como as células normais. Estas células cancerosas se acumulam e formam um tumor que pode invadir ou comprimir tecidos ou órgãos próximos e se espalhar por todo o corpo.

O câncer de tireoide ocorre mais frequentemente em mulheres do que em homens e nas pessoas que se expõem a níveis elevados de radiação. Síndromes genéticas que incluem neoplasia endócrina múltipla e polipose adenomatosa familiar também aumentam o risco de câncer de tireoide.

As formas mais conhecidas de câncer de tireoide são:

(1) carcinoma papilífero.

(2) carcinoma folicular surge a partir de células foliculares, que produzem o hormônio tireoidiano.

(3) câncer de células Hurthle é um tipo raro e potencialmente mais agressivo de câncer da tireoide folicular.

(4) câncer medular da tireoide começa nas células da tireoide, chamadas células C, as quais produzem o hormônio calcitonina.

(5) câncer anaplásico da tireoide normalmente ocorre em adultos acima de 60 anos.

(6) linfoma da tireoide é uma forma rara de câncer que começa nas células do sistema imunológico da glândula e cresce muito rapidamente.

Inicialmente, o câncer da tireoide não causa quaisquer sinais ou sintomas, mas como ele cresce, pode vir a causar um nódulo que pode ser sentido através da pele, assim como pode causar também mudanças de voz, rouquidão, dificuldade de deglutição, dor no pescoço e na garganta e inchaço dos gânglios linfáticos no pescoço.

O câncer papilar de tireoide pode ocorrer em qualquer idade, mas na maioria das vezes isso afeta pessoas com idades entre 30 e 50 anos. O carcinoma folicular surge em pessoas com idade maior do que 50 anos. O linfoma da tireoide normalmente ocorre em adultos mais velhos. Algumas pessoas com câncer medular da tireoide podem ter alterações genéticas que podem ser associadas a outros tumores endócrinos.

O diagnóstico do câncer de tireoide deve partir do exame físico, em que o médico examinará a glândula, e seguir-se com exames de sangue para ajudar a determinar se a tireoide está funcionando normalmente.

A ultrassonografia é normalmente usada para detectar a precisa localização e extensão do nódulo canceroso. Outros exames de imagens, com o mesmo objetivo, incluem tomografia computadorizada e a tomografia por emissão de pósitrons (PET). A história familiar do paciente pode tornar necessários que sejam feitos testes genéticos para procurar genes que aumentam o risco de câncer. O diagnóstico deve ser complementado por uma biópsia.

O tratamento do câncer de tireoide depende do tipo e estágio da doença, da saúde geral do paciente e das preferências dele e do médico. A maioria das pessoas com câncer de tireoide se submetem à cirurgia para remover a maior parte ou a totalidade da glândula, bem como os gânglios linfáticos no pescoço, a fim de examiná-los com vistas à presença ou não de células malignas. Em certas situações em que o câncer de tireoide é muito pequeno, pode ser feita a remoção de apenas um lobo da tireoide. Depois da retirada da tireoide, o paciente deve tomar a levotiroxina pelo resto da vida.

O tratamento com iodo radioativo usa grandes doses desse produto para combater o câncer e é frequentemente utilizado após a tireoidectomia para destruir qualquer tecido remanescente. Esse tratamento pode também ser utilizado para tratar o câncer da tireoide que se repete.

A radioterapia também pode ser feita externamente. Além disso, deve ser feito quimioterapia, em que produtos químicos viajam por todo o corpo, matando as células que tenham escapado do tumor. A quimioterapia não é comumente usada no tratamento de câncer de tireoide, mas pode beneficiar algumas pessoas que não respondem a outras terapias.

Ainda pode ser usada a injeção de álcool em pequenos nódulos, guiada por ultrassonografia e terapia com medicamentos que atacam vulnerabilidades específicas das células cancerosas.

A maioria dos casos de câncer de tireoide pode ser curada, quando adequadamente tratado.

Não há nenhuma maneira de prevenir o câncer de tireoide. Adultos e crianças com mutação genética hereditária têm o risco de câncer muito aumentado e por isso são muitas vezes aconselhados a retirar a tireoide para prevenir o câncer. Sempre que possível, deve-se evitar a exposição a radiações.

O câncer de tireoide pode recidivar, mesmo que a tireoide tenha sido removida. Isso pode acontecer por causa das células cancerosas que já tinham se espalhado antes da tireoide ser removida. Essas recorrências, na maioria das vezes, ocorrem nos primeiros cinco anos após a cirurgia, mas pode ocorrer décadas depois.

O câncer de tireoide pode ainda reaparecer em gânglios linfáticos do pescoço, restos de tecido tireoidiano deixados durante a cirurgia ou em outras áreas do corpo. Exames de sangue e exames de tireoide periódicos devem ser feitos para verificar sinais de uma possível recorrência do câncer de tireoide. O câncer de tireoide que se repete pode ser novamente tratado.

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