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quinta-feira, 30 de junho de 2016
Radiculopatias e a Eletroneuromiografia
A radiculopatia é o acometimento da raiz nervosa (L. radicula = pequena raiz; pathos = doença).
As raízes nervosas são nervos que saem da medula espinhal e carreiam a informação desta até os membros, controlando assim áreas específicas de sensibilidade e movimentos específicos de grupos musculares a depender de qual nível da medula espinhal a raiz nervosa sai.
Sendo assim, a compressão desses nervos pode causar dores tanto na região da coluna quanto em membros, além de fraquezas, parestesias (dormência, formigamento), sensação de choque, queimor e dificuldade de coordenação de movimentos.
Diversos são os fatores que podem irritar ou inflamar a raiz nervosa, como, por exemplo, hérnias e abaulamentos discais, estenoses foraminais, osteofitose, entre outros.
As radiculopatias mais comuns são as lombares e as cervicais.
O diagnóstico de radiculopatias é clínico e pode ser confirmado com estudo neurofisiológico (eletroneuromiografia - ENMG).
Radiculopatias cervicais e lombossacras são condições clínicas que afetam raízes espinais de causas variadas sendo, a mais freqüente, a hérnia do núcleo pulposo e conseqüente compressão radicular em sua saída do canal medular, junto ao forame de conjugação.
Outras causas de radiculopatias incluem a estenose de canal medular (em geral, degenerativa), e processos inflamatórios ou infecciosos acometendo raízes espinhais ou neoplasias.
Apesar das diferentes causas, a apresentação clínica das radiculopatias podem ser idênticas.
A patologia que afeta os nervos periféricos, a junção neuromuscular e os músculos pode ser avaliada de forma reprodutível e clara pela eletroneuromiografia (ENMG).
Este exame é composto por 2 fases essenciais: o estudo da neurocondução e a eletromiografia com agulha. A neurocondução avalia a velocidade de condução do potencial de ação nervoso ao longo do nervo periférico e pode ser útil na determinação etiológica das alterações dessa propriedade nervosa, ou pode ser útil também na delimitação topográfica da lesão, especialmente nas síndromes compressivas. Por outro lado, a eletromiografia é realizada com agulha que é introduzida em regiões específicas dos músculos e permite a avaliação da contração muscular, junção neuromuscular e miopatias.
A ENMG é empregada no diagnóstico de radiculopatia desde 1950 como método de diagnóstico complementar por gerar importantes informações para o esclarecimento diagnóstico, planejamento de tratamento e acompanhamento terapêutico.
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