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sábado, 21 de maio de 2016

Atrofia muscular


“Atrofia muscular” é uma expressão médica usada para se referir a uma diminuição no volume de um músculo (massa muscular) e, consequentemente, da sua força.

A atrofia muscular é a resultante de várias doenças comuns, de estados de desnutrição ou simplesmente de falta de atividade ou exercício dos músculos. Existem várias doenças e distúrbios que podem levar à perda de massa muscular: câncer, insuficiência cardíaca, doença pulmonar obstrutiva crônica, queimaduras extensas, insuficiência hepática, distúrbios eletrolíticos, anemia, etc.

Outras condições, como sedentarismo, caquexia, denervação dos músculos, miopatias ou distrofias inflamatórias, etc, também podem causar atrofia muscular. Pessoas que passam grandes períodos de tempo sentadas, acamadas ou com condições médicas que limitam seus movimentos podem perder massa muscular e desenvolver atrofia.

Algumas condições médicas e enfermidades, entre outras, que podem causar atrofias musculares são miopatias associadas ao álcool, esclerose lateral amiotrófica, síndrome de Guillain-Barré, subnutrição, neuropatias motoras, imobilidade, poliomielite, artrite reumatoide, lesões da medula espinal e acidente vascular cerebral.

A atrofia muscular ocorre em virtude de uma alteração no equilíbrio entre a síntese e a degradação das proteínas. Na atrofia muscular, a síntese é diminuída e a degradação é ativada. O contrário da atrofia muscular é a hipertrofia do músculo, um aumento no tamanho do músculo, em virtude de respostas que possuem o efeito oposto aos da atrofia. Normalmente, ao longo do processo de envelhecimento, ocorre, como um evento fisiológico normal, uma diminuição gradual da massa e da função muscular. A causa exata disso é ainda desconhecida, mas pode ser devido a uma falha progressiva de células satélites, que são células que normalmente regeneram fibras musculares ou a uma diminuição da disponibilidade dos fatores necessários ao crescimento e manutenção da massa muscular.

A atrofia muscular afeta, sobretudo, as pessoas que já passaram da idade média de vida, mas pode ser controlada pela estimulação dos meios que induzem uma hipertrofia muscular. Sabe-se que em seres humanos, os períodos de imobilização prolongada, como o caso de pacientes acamados ou dos astronautas, por exemplo, causam atrofia e fraqueza muscular.

A forma mais grave de atrofia muscular é a atrofia neurogênica, que ocorre quando existe uma lesão ou doença de um nervo que se conecta ao músculo. Este tipo de atrofia muscular tende a ocorrer mais repentinamente do que a atrofia por desuso. Embora as pessoas possam se adaptar à atrofia muscular, mesmo as atrofias menores provocam alguma perda de movimento ou de força.

O diagnóstico da atrofia muscular começa com a história clínica e o exame físico. O médico deverá medir o tamanho do músculo ou músculos comprometidos e tentar determinar qual nervo ou nervos estão afetados. Os exames a serem feitos incluem, conforme o caso, exames de sangue, radiografias, tomografia computadorizada ou ressonância magnética, eletromiografia, biópsia do músculo ou nervo, exames de condução nervosa.

O tratamento pode incluir a terapia física, ultrassonografias e, em alguns casos, cirurgia para corrigir uma contratura. A atrofia por desuso pode ser revertida com exercício físico e melhor nutrição. O tratamento das atrofias patológicas exige o tratamento da enfermidade de base. Uma fisioterapia, contudo, pode ajudar sintomaticamente.

Uma ferramenta importante na reabilitação da atrofia muscular é a estimulação elétrica funcional dos músculos. Uma vez que a ausência de aminoácidos que formam os músculos pode contribuir para a degradação deles, a terapia de aminoácido pode ser útil para regenerar o tecido do músculo danificado ou atrofiado. A cirurgia, se for o caso, deve ficar reservada apenas para casos de contraturas incômodas.

Se nada for feito a respeito, a atrofia muscular se torna crônica e progressiva, levando a um estado de grande fraqueza do segmento afetado.

Uma das maneiras clássicas para aumentar a força muscular e prevenir a atrofia é com o exercício anaeróbico, o que tende a inibir as vias de degradação musculares.

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