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segunda-feira, 14 de dezembro de 2015

Prematuridade


A prematuridade é um processo que afeta o desenvolvimento do bebé nascido antes de se terem completado 37 semanas de gestação.

A prematuridade, especialmente no caso de ser extrema, é a causa principal dos problemas e inclusive da morte após o parto. Alguns dos órgãos internos do bebé podem não se ter desenvolvido completamente, o que o expõe a um risco maior de sofrer determinadas doenças.

Em geral, desconhece-se a razão pela qual um bebé nasce prematuramente. No entanto, o risco de um parto prematuro é maior nas mulheres solteiras com baixos rendimentos e escassa educação.

O cuidado pré-natal inadequado, uma nutrição deficiente ou uma doença ou infecção não tratadas durante a gravidez também expõem a mulher a um elevado risco de parto prematuro. Por razões desconhecidas, as mulheres de etnia negra são mais propensas a ter um parto prematuro do que as pertencentes a outros grupos étnicos.

Se o cuidado médico se iniciar no começo da gravidez, o risco de parto prematuro diminui e, no caso de este se apresentar, melhora o prognóstico.

Se as contrações prematuras e o parto precoce parecem evidentes, o médico pode administrar medicamentos obstétricos para deter o parto temporariamente e corticosteroides para acelerar a maturação dos pulmões do feto.

O desenvolvimento adequado dos pulmões é fundamental para o recém-nascido. Para que o bebé possa respirar por si mesmo, os sacos de ar (alvéolos) dos pulmões devem, no momento de nascer, encher-se de ar e permanecer abertos. Conseguem fazê-lo devido, em grande medida, a uma substância chamada surfactante, que se produz nos pulmões e reduz a tensão superficial. Os bebés prematuros não costumam produzir suficiente surfactante e, em consequência, os sacos de ar dos pulmões não permanecem abertos. Entre uma inspiração e outra, os pulmões sofrem um colapso completo.

A doença resultante, a síndrome do estresse respiratório, pode provocar outros problemas significativos, que em alguns casos chegam inclusive a ser mortais. Os bebés com esta síndroma requerem tratamento com oxigênio; se a doença é grave, põem-se num respirador artificial e tratam-se com surfactante, que pode administrar-se diretamente mediante um tubo introduzido na garganta do bebê (traqueia).

Além de uns pulmões imaturos, um bebê prematuro tem um desenvolvimento cerebral incompleto, o qual contribui para pausas na respiração (apneia), devido a que o centro respiratório do cérebro pode ser imaturo.

É possível utilizar medicamentos para reduzir a frequência da apneia e a criança recuperar-se-á à medida que o cérebro amadureça. Um cérebro muito imaturo é vulnerável a hemorragias ou a lesões se se interromper o fornecimento de oxigênio ou de sangue. Mesmo quando existe hemorragia cerebral, a maioria dos bebés desenvolvem-se normalmente, a menos que apresentem uma lesão cerebral grave.

O desenvolvimento prematuro do cérebro pode impedir que a criança sugue e engula normalmente. Muitos bebés prematuros alimentam-se por via endovenosa ao princípio e depois passam à alimentação com leite fornecido através de um tubo que chega ao estômago.

Com 34 semanas de idade, devem ser capazes de tomar o leite do peito materno ou mamadeira. Inicialmente, o reduzido volume do estômago pode limitar a quantidade que se lhes pode administrar em cada aleitamento; quando é demasiada, a criança pode vomitar.

Os bebés prematuros são particularmente propensos a sofrer flutuações nos valores de açúcar (glicose) no sangue (quer sejam altos, quer baixos).

O sistema imunológico das crianças prematuras não se encontra totalmente desenvolvido. Não receberam o complemento necessário de anticorpos contra as infecções, que a sua mãe lhes proporciona através da placenta. O risco de contrair infecções graves, sobretudo as que afetam o fluxo sanguíneo (sepse), é consideravelmente mais alto em crianças prematuras do que nos nascidos no termo. Também são mais propensos a contrair enterocolite necrosante (uma inflamação muito grave do intestino).

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