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segunda-feira, 29 de junho de 2015

Retinopatia hipertensiva


A retinopatia hipertensiva é um dano à vascularização da retina causado pela hipertensão arterial.

A hipertensão arterial é responsável por alterações na vascularização de vários órgãos, inclusive na retina e, nessa última, pode afetar a visão.

A retinopatia hipertensiva é consequência da pressão arterial elevada, aguda ou cronicamente.

A hipertensão arterial aguda causa uma vasoconstrição geralmente reversível dos vasos sanguíneos retinianos e pode levar ao edema da mácula.

A hipertensão arterial branda ou moderada pode estar presente por vários anos sem manifestar qualquer alteração da visão e apenas apresentar alterações discretas das arteríolas retinianas.

As hipertensões mais prolongadas e severas levam a alterações vasculares exsudativas, com consequentes danos endoteliais e necrose.

Outras alterações dos vasos sanguíneos da retina como, por exemplo, espessamento da parede das arteríolas e rompimentos ou obstruções delas ou das vênulas (pequenas veias) só se manifestam depois de anos de pressão arterial elevada.

Associada à diabetes mellitus, a hipertensão aumenta muito o risco de perda da visão. O fumo é outro fator adverso e favorecedor da retinopatia hipertensiva.

Os pacientes com retinopatia hipertensiva geralmente têm também outros órgãos afetados, como coração e rins, por exemplo.

Os sintomas da retinopatia hipertensiva só se desenvolvem tardiamente e os principais são visão borrada e/ou alterações do campo visual.

Nas fases iniciais da retinopatia hipertensiva, o exame de fundo de olho identifica constrição arteriolar e uma menor extensão da área de suprimento das arteríolas retinianas.

A hipertensão arterial crônica, mal controlada, pode causar um estreitamento permanente das artérias retinianas, anormalidades arteriovenosas, arteriosclerose, modificações moderadas ou severas das paredes vasculares com hiperplasia e espessamento delas.

Às vezes pode ocorrer oclusão vascular total, precedida por um estreitamento das arteríolas.

Se a hipertensão aguda for severa, podem surgir hemorragias, isquemias, exsudatos retinianos e edemas da mácula.

O diagnóstico de retinopatia hipertensiva é feito a partir da história médica do paciente que leve em conta a duração e a severidade da hipertensão arterial, complementada pelo exame de fundo de olho, que exibe sinais mais ou menos típicos.

Não há cura para a retinopatia hipertensiva.

O tratamento consiste primariamente em controlar a hipertensão arterial sistêmica.

Se ocorrer déficit da visão, pode ser feito um tratamento do edema retiniano com laser ou com injeção de corticoides no interior do vítreo, visando paralisar o processo.

Os pacientes com hipertensão arterial devem fazer exames de fundo de olho regularmente, pelo menos uma vez por ano, com o objetivo de detectar e combater precocemente as alterações vasculares retinianas.

Os níveis pressóricos devem se manter bem controlados, em associação com a prática de exercícios físicos e alimentação balanceada.

Na medida em que o processo hipertensivo progride, podem surgir oclusões arteriais ou venosas, hemorragias e regiões de infartos da retina. Embora não haja cura para a retinopatia hipertensiva, existem formas de frear sua evolução e mesmo recuperar parte dos danos.

A complicação mais temível da retinopatia hipertensiva é a cegueira total, mas pode haver também prejuízos parciais da visão, visão borrada e estreitamento do campo visual.

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