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quinta-feira, 26 de março de 2015

Acromegalia


A acromegalia (do grego: akros = extremo ou extremidades; megalos = grande) é uma desordem hormonal em que a glândula pituitária (ou hipófise) produz em excesso o hormônio do crescimento na infância e continua a produzi-lo na vida adulta, fazendo os ossos e outros tecidos crescerem além dos limites normais. Nas crianças que ainda estão em crescimento, esse excesso causa uma condição chamada gigantismo, em que a pessoa adquire uma estatura anormalmente alta.

A acromegalia é causada pela produção excessiva de hormônio do crescimento pela parte anterior da pituitária, uma pequena glândula situada na base do cérebro. A maioria dos casos é causada por um tumor benigno dessa glândula, chamado de adenoma da hipófise.

A glândula pituitária produz vários hormônios, entre eles o hormônio responsável pelo crescimento. Quando lançado na corrente sanguínea ele induz o fígado a produzir outro hormônio que estimula o crescimento do esqueleto e outros órgãos e tecidos, gerando os sinais e sintomas característicos da acromegalia ou gigantismo. Nos adultos, um tumor benigno é a causa mais comum da produção de hormônio do crescimento. Alguns dos sintomas da acromegalia, como dores de cabeça e prejuízos da visão são devidos a compressões das massas tumorais sobre as estruturas vizinhas. Tumores de outras partes do corpo, como os do pulmão, pâncreas e glândulas adrenais ou secretam, eles mesmos, o hormônio do crescimento ou um hormônio que estimula a pituitária a liberar mais hormônio do crescimento.

A acromegalia usualmente se desenvolve lentamente e pode ser que nenhum sinal dela seja notado inicialmente. Um dos sinais mais comuns da acromegalia é o crescimento exagerado das mãos e dos pés. Ocorrem também mudanças graduais na conformação da face, como protrusão da mandíbula e das sobrancelhas, nariz alargado, lábios grossos e espaçamento exagerado entre os dentes. Além desses, a acromegalia exibe os seguintes sinais e sintomas: feições faciais grosseiras e alargadas, pele espessa e oleosa, suor e odor corporais excessivos, fadiga, fraqueza muscular, voz alta e rouca, roncos, visão prejudicada, dores de cabeça, língua grande, limitação da mobilidade das juntas, irregularidades menstruais nas mulheres, disfunção erétil nos homens, aumento do tamanho das vísceras, como fígado, coração, rins, baço etc. Há, também, aumento do tamanho do tórax, causando o que se chama “tórax em barril”.

Como a acromegalia é uma condição rara e as alterações físicas ocorrem muito gradativamente, ela pode não ser reconhecida de imediato e, às vezes, durante anos. Contudo, o diagnóstico precoce é importante, porque a acromegalia não tratada pode levar a complicações sérias. O diagnóstico pode ser feito por meio de uma minuciosa história médica e um cuidadoso exame físico e por meio de exames de laboratório que incluem medida do hormônio do crescimento e teste de supressão desse hormônio, que é o método definitivo de verificar a existência da acromegalia. Os exames de imagens, tais como a ressonância magnética, podem ajudar a demonstrar a existência e dimensões de um tumor da pituitária ou de outra localização, se houver.

O tratamento da acromegalia visa diminuir a produção do hormônio do crescimento e reduzir os efeitos negativos dos tumores, se for o caso. Algumas vezes uma cirurgia através do nariz, pode ser necessária para extrair o tumor na glândula pituitária. Após a cirurgia, pode ser necessário fazer radioterapia ou continuar com medicação, se o tumor não foi totalmente retirado. As drogas são usadas para bloquear ou diminuir a produção do hormônio do crescimento. A irradiação visa eliminar as células que possam ter restado depois da cirurgia.

Se não for tratada prontamente a acromegalia pode levar a complicações sérias e se tornar mesmo uma ameaça à vida, mas tratamentos corretos podem reduzir o risco de complicações e melhorar os sintomas.

As complicações podem incluir hipertensão arterial, doença cardiovascular, artrite, diabetes mellitus, pólipos no cólon, apneia do sono, síndrome do túnel do carpo, fibrose uterina, tumores benignos do útero, compressão da medula e perda da visão.

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