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segunda-feira, 25 de agosto de 2014
Estado Vegetativo
O estado vegetativo é uma desordem quantitativa da consciência em que os pacientes permanecem num estado rebaixado de consciência, em vez de consciência plena, podendo conservar, no entanto, algumas funções autônomas e cerebrais como a respiração, a deglutição e a excreção.
O paciente fica em um estado de vigília, mas não está propriamente consciente e não tem a capacidade de percepção, apreensão, crítica e interação, não sendo capaz de usar a linguagem ou a memória.
Ele é fruto de um dano grave ao córtex cerebral que controla o pensamento e a personalidade.
Os danos ao córtex cerebral que levam ao estado vegetativo podem ser causados por traumas, privação de oxigênio ou por doenças que afetam gravemente o cérebro.
Pode também estar presente em casos de anencefalia ou de agravamento de processos neurológicos degenerativos.
Muitas vezes o estado vegetativo é uma evolução do estado de coma.
Geralmente a pessoa em estado vegetativo parece acordada e tem reflexos, mas não tem consciência do ambiente que a cerca e é incapaz de sentir dor.
Se esses pacientes emergem do estado de coma, parecem ter acordado, mas, no entanto, não dão qualquer sinal de haver recuperado a consciência e nem há nenhum comportamento intencional em resposta a estímulos externos.
Uma pessoa em estado vegetativo conserva algumas funções autônomas e cerebrais como a respiração e a deglutição espontânea e até mesmo apresenta reações a ruídos muito altos, rigidez e espasmos dos membros superiores e inferiores.
O paciente pode manter os olhos abertos, mas não dirige o olhar a nenhum estímulo específico e geralmente conserva intactos os ciclos sono-vigília (ainda que muito irregulares).
Ocasionalmente, pode até fazer caretas, chorar ou rir, mas não falam e são incapazes de responder a comandos.
O diagnóstico correto do estado vegetativo depende de uma observação clínica atenta e prolongada.
O esclarecimento das causas do estado vegetativo deve ser feito por meio de exames laboratoriais e técnicas de imagens, os quais podem variar em cada caso, mas em geral incluem exames de sangue e urina, radiografias, tomografia computadorizada, ressonância magnética, eletroencefalograma e punção lombar.
O estado vegetativo requer um controle dos sinais vitais da pessoa.
É importante determinar tão cedo quanto possível a causa desta condição para que ela seja tratada, sempre que possível.
Quando o estado vegetativo se estabiliza, o tratamento passa a consistir em assegurar nutrição adequada, prevenir infecções e escaras.
Durante o estado vegetativo deve-se cuidar da prevenção de escaras, pneumonias e outras infecções e manter uma nutrição bem balanceada.
Uma assistência fisioterápica deve ser instituída desde o início para prevenir contraturas e deformidades osteoarticulares.
O estado vegetativo pode durar vários anos e não há como prever em cada caso específico se o paciente se restabelecerá ou não.
Em parte, se o paciente vai se recuperar ou não, depende da causa do problema e do local e extensão dos danos causados ao cérebro.
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