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segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Fimose





Fala-se em fimose quando o prepúcio (uma dobra de pele e membrana mucosa retrátil que cobre a extremidade do pênis) não pode ser completamente retraído para expor totalmente a glande (”cabeça” do pênis). O prepúcio normal geralmente recobre a glande quando o pênis está flácido e se retrai quando ele está ereto, deixando a glande à mostra. A dificuldade em expor a glande ocorre quando o prepúcio possui uma abertura muito pequena para a passagem da glande.

No bebê, existe naturalmente uma aderência do prepúcio à glande (fimose fisiológica), a qual desaparece na grande maioria dos meninos até os 3 anos de idade.

Incidentalmente, chama-se parafimose à situação em que a glande é exposta apesar da dificuldade, mas não consegue novamente ser recolhida, causando um estrangulamento da glande (impedindo o fluxo venoso e linfático) ou impedindo a higiene adequada.

Deve lembrar-se que a circuncisão (remoção cirúrgica da prega de pele que envolve a glande), prática usada para corrigir a fimose, tem implicações culturais e religiosas importantes e existe há mais de cinco mil anos, tendo um aspecto ritual entre egípcios, gregos e hebreus.

O problema pode ser de origem congênita ou adquirida, acontecendo na criança e no adulto. As causas principais da fimose adquirida são cicatrizes devido a inflamações ou infecções (ou simplesmente assaduras intensas e persistentes) que retraem a pele, deixando o anel do prepúcio mais estreito.

A fimose pode causar dor ao urinar, ardência, acúmulo de secreções, inchaço, dor e desconforto durante as relações sexuais. Quando ocorre a parafimose (condição na qual o prepúcio se retrai com dificuldade, mas não consegue voltar à sua posição normal) pode-se ter inchaço e aumento da glande, podendo ocorrer necrose da glande (devido a uma grande diminuição do suprimento sanguíneo para esta região do corpo).

O diagnóstico da fimose é feito basicamente pela inspeção local. A fimose deve ser diferençada de outras enfermidades do pênis que possam se confundir com ela. Um médico pediatra, cirugião pediátrico ou urologista pediátrico, no caso de crianças, deve ser consultado. Em adultos, esta condição pode ser avaliada pelo urologista.

Geralmente a fimose deve ser removida por meio de cirurgia de circuncisão ou pela prepucioplastia (tratamento da fimose sem a retirada do prepúcio), conduzida por um urologista. Estas intervenções podem ser feitas no próprio consultório ou em day clinic, usando anestesia local.

A prepucioplastia é mais conservadora do que a circuncisão e permite o tratamento da fimose sem a retirada do prepúcio. Se a fimose existe desde pequeno, a cirurgia deve ocorrer entre os sete e dez anos e terá por objetivo melhorar a higienização, prevenir infecções e tornar as relações sexuais mais cômodas na vida adulta. A idade ideal para a cirurgia ainda é motivo de discussão entre os especialistas.

A parafimose, uma complicação da fimose, constitui um quadro que deve ser atendido prontamente, pelo risco de necrose da glande. Pode ser tentada a redução manual, após a aplicação de anestesia local e, se isso não produzir resultado, o paciente deve ser encaminhado para a cirurgia.

Deve-se fazer uma adequada higiene local, para evitar assim as infecções ou inflamações do prepúcio.

Não devem ser praticados (principalmente em crianças) exercícios que visem foçar a retração do prepúcio, porque isso pode causar pequenos traumatismos ou ferimentos, cujas cicatrizes pioram o problema, ao invés de solucioná-lo.

Uma complicação possível da fimose é a parafimose.

A parafimose acontece quando um prepúcio apertado é retraído (atrás da cabeça do pênis) e então fica aderido, não permitindo que ele volte à condição anterior. Isto pode causar inchaço, dor e perda do fluxo de sangue à extremidade do pênis. Se o prepúcio não pode ser empurrado para trás em sua posição natural, uma lesão séria pode acontecer.

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