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sábado, 15 de setembro de 2012

Difteria





A difteria (ou crupe) é uma doença infectocontagiosa causada pela toxina do bacilo Corynebacterium diphiteriae, que provoca inflamação da mucosa da garganta, do nariz e, às vezes, da traqueia e dos brônquios. Ela cria uma pseudomembrana brancoacinzentada no fundo da boca, que recobre as amígdalas e dificulta ou até mesmo impede a respiração.

O bacilo Corynebacterium diphteriae geralmente limita sua infecção à faringe, mas pode estender-se às fossas nasais, laringe, traqueia e brônquios. Tem efeitos sistêmicos danosos ou mortais, graças à disseminação de sua poderosa toxina. Entre outros, ela provoca um edema das mucosas orofaríngeas que pode causar obstrução respiratória e levar à asfixia. A enfermidade é mais comum na infância.

O Corynebacterium diphiteriae é transmitida de pessoa a pessoa através de gotículas de secreção eliminadas por tosse, espirro ou pela fala. A transmissão também pode se dar através do consumo de leite cru. A transmissão através de objetos contaminados é rara. O período de incubação da doença é de cerca de um a seis dias, podendo ser mais longo.

O sintoma mais típico da difteria é o aparecimento de placas pseudomembranosas branco acinzentadas, aderidas às amígdalas e órgãos adjacentes. A faringite produzida pelo Corynebacterium diphiteriae causa sintomas gerais, como mal-estar, febre, dor de garganta, coriza nasal, tosse, fadiga, dificuldades de deglutir, manchas avermelhadas na pele, cianose e náuseas. Os gânglios linfáticos do pescoço tornam-se muito inchados e aumentam as dificuldades de deglutir e respirar. A elevação da frequência dos batimentos do coração pode causar parada cardíaca. Pode haver paralisia dos olhos, pescoço, garganta ou músculos do aparelho respiratório e agravamento da infecção, com toxemia, prostração e asfixia mecânica.

Antes das vacinas, a difteria era considerada uma epidemia mortífera. A toxina liberada causa danos à distância no fígado, rins, coração e nervos.

Quase sempre o diagnóstico da difteria é clínico e pode ser confirmado pela cultura e observação microscópica do agente patogênico e pela identificação bioquímica da toxina ou do teste imunológico específico.

Uma vez que seja suspeitado o diagnóstico, o tratamento deve começar imediatamente, mesmo antes que os exames laboratoriais o confirmem. O paciente deve ser afastado do convívio com outras pessoas e receber logo o soro antidiftérico. No controle da doença ou de suas eventuais complicações, podem ser utilizados antibióticos. Se houver obstrução do canal respiratório, pode ser necessária uma traqueostomia de emergência.

Hoje em dia, a principal prevenção é feita através da vacina. Em geral, ela é dada como vacina tríplice, associada às vacinas contra a coqueluche e o tétano.

O contato com indivíduos contaminados deve ser evitado.

A difteria é uma doença de notificação obrigatória.

A incidência da difteria é mais comum nos meses frios.

A difteria é uma doença grave, que requer atendimento médico imediato.

O prognóstico piora com:

• O passar do tempo da doença.

• A ocorrência de edema periganglionar (inchaço perto dos gânglios).

• Manifestações hemorrágicas.

• Placas extensas na orofaringe.

• Miocardite precoce e presença de insuficiência renal.

Atualmente, a doença é rara no Brasil, devido à vacinação maciça das crianças.

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