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terça-feira, 10 de julho de 2012
Corticóides
Corticoides são um grupo de hormônios esteroides produzidos pelas glândulas suprarrenais.
A descoberta dos corticoides, também chamados de corticosteroides, constitui um dos maiores progressos da farmacologia moderna. Eles são sintetizados a partir do cortisol (que por sua vez deriva do colesterol), um hormônio normalmente fabricado pela glândula suprarrenal.
O cortisol e seus derivados naturais cumprem importantes funções no organismo, como assimilação das proteínas, hidratos de carbono, açúcar, gorduras e minerais, além de terem ações anti-inflamatórias e imunossupressoras e exercerem estimulação cerebral. Quando, por qualquer razão, não são naturalmente providos pelo organismo nas quantidades necessárias, devem ser supridos artificialmente. Por outro lado, o excesso deles acarreta importantes (e às vezes graves) reações.
Quais são os tipos de corticoides existentes?
Há, basicamente, três famílias de corticoides: os glicocorticoides, os mineralocorticoides e os andrógenos.
• Glicocorticoides: controlam o metabolismo dos carboidratos, das gorduras e das proteínas e são anti-inflamatórios.
• Mineralocorticoides: controlam os níveis de eletrólitos e de água.
• Andrógenos: controlam as funções sexuais masculinas.
O que acontece quando os corticoides são usados por longos períodos de tempo?
Quando tomados por períodos prolongados, os corticoides podem causar efeitos colaterais importantes, mas a sua descontinuação deve ser feita gradativamente, uma vez que o organismo reagirá à sua retirada ou poderá ocasionar o retorno das enfermidades que tratavam. Além disso, a suprarrenal inibida pelos corticoides pode demorar a voltar a produzir os hormônios necessários ao organismo.
Como são usados os corticoides?
Hoje em dia, há um grande número de corticoides sintéticos (cortisona, hidrocortisona, betametasona, dexametasona, prednisona, prednisolona, metilpredinisolona, triancinolona, por exemplo) sob a forma dos mais variados preparados farmacológicos (cremes, pomadas, drágeas, comprimidos, colírios, preparados injetáveis e para inalação, etc) para serem usados pelas mais diferentes vias (tópica, oral, inalatória, intramuscular, endovenosa).
Seu emprego terapêutico abarca um grande número de condições, sendo as anti-inflamatórias, as antialérgicas e as imunossupressoras as mais visadas usualmente.
Cada um deles tem melhores efeitos quando aplicados a um quadro clínico específico e o seu uso deve sempre ser orientado por um médico.
Quais os efeitos colaterais mais comuns dos corticoides?
Os corticoides apresentam efeitos colaterais potencialmente diferentes e às vezes sérios, tais como:
• Insuficiência da glândula suprarrenal.
• Síndrome de Cushing. (falo amanhã sobre ela)
• Osteoporose.
• Catarata.
• Trombose.
• Úlceras.
• Hipertensão arterial (pressão alta) e ocular (glaucoma).
• Hiperglicemia (aumento dos níveis de glicose no sangue).
• Psicopatias.
• Distúrbios do humor.
Por isso, só devem ser administrados por um médico experiente. Além disso, nem todas as pessoas podem tomar corticoides. Estes medicamentos devem ser evitados ou usados com muita cautela nos indivíduos com descompensações cardíacas, doenças psíquicas, hipertensão arterial, embolia, úlcera gastroduodenal, tuberculose e deficiências nutritivas.
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