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quinta-feira, 22 de março de 2012

Cirrose hepática




Observações importantes:


Cirrose: Substituição do tecido normal de um órgão (freqüentemente do fígado) por um tecido cicatricial fibroso. Deve-se a uma agressão persistente, infecciosa, tóxica ou metabólica, que produz perda progressiva das células funcionalmente ativas. Leva progressivamente à perda funcional do órgão.

Crônico: Descreve algo que existe por longo período de tempo. O oposto de agudo.

Necrose: Conjunto de processos irreversíveis através dos quais se produz a degeneração celular seguida de morte da célula.

Câncer: Crescimento anormal de um tecido celular capaz de invadir outros órgãos localmente ou à distância (metástases).

Vamos à Cirrose Hepática (de fígado):

É o resultado de um processo crônico de destruição das células hepáticas, que ocorre de maneira difusa, com formação de cicatrizes e nódulos levando à necrose do órgão.

É considerada uma doença terminal do fígado. Apesar de não ser um câncer, esta condição pode predispor ao aparecimento de tumores hepáticos, como o hepatocarcinoma, e de tumores das vias biliares, como o colangiocarcinoma.

Todo portador de cirrose deve fazer exames periódicos para detectar precocemente as complicações dessa doença.

A cirrose hepática costuma ser considerada uma doença de alcoólatras, no entanto todas as condições que levam a uma inflamação crônica do fígado (alcoólicas ou não) podem resultar nessa patologia.

Infelizmente em cerca de 30% dos cirróticos, a causa da doença não é estabelecida.

A possibilidade de o álcool causar cirrose depende do tempo de uso, da quantidade ingerida e da predisposição genética.

Outros fatores que podem levar à cirrose são:

Hepatites B e C
Doenças metabólicas (hemossiderose, por exemplo)
Distúrbios biliares ou vasculares
Insuficiência congênita dos ductos intrahepáticos
Intoxicações por drogas ou produtos químicos
Esteatohepatite não alcoólica
Hepatites autoimunes (quando o organismo agride a si mesmo, por razão desconhecida), etc

Há ainda uma cirrose dita criptogênica, de causa desconhecida...

Todas as diferentes causas conduzem ao mesmo processo final.


Quais são os sinais e sintomas da cirrose hepática?

Na fase inicial, a ausência de sinais ou sintomas dificultam o diagnóstico precoce. Com a evolução da doença, há uma falência hepática progressiva que pode levar a consequências em outros órgãos.

Quando os sinais e sintomas aparecem, o prognóstico já costuma ser severo e as implicações gerais para a saúde do paciente são comprometedoras.

Em fases mais avançadas da doença, o fígado apresenta-se endurecido e aumentado ao exame físico e outros sinais e sintomas vão aparecendo, tais como: desnutrição, hematomas, aranhas vasculares na pele, sangramentos gengivais, icterícia, ascite, hemorragias digestivas, encefalopatia e, por fim, coma.


Como o médico diagnostica a cirrose hepática?

Dados indiretos, resultados de exames laboratoriais que avaliam a função hepática e exames de imagem como a ultrassonografia, a tomografia computadorizada, a ressonância magnética e a colangiografia endoscópica ajudam a definir o diagnóstico.

O diagnóstico de certeza é dado pela biópsia hepática, que pode ser feita utilizando-se técnicas diferentes, conforme o caso.


Não há uma cura específica para a cirrose hepática. As lesões já estabelecidas são irreversíveis, mas pode-se tentar deter ou tornar mais lenta a progressão da doença.

Quando é possível afastar o agente causal (álcool, vírus, etc.), pode ocorrer algum grau de melhoria.

O tratamento definitivo da cirrose hepática é o transplante de fígado.

Como o transplante só está indicado em casos muito graves, durante todo o tempo o paciente deve ser acompanhado pelo médico para detectar precocemente as complicações possíveis como desnutrição, ascite, varizes esofagianas, tumores, etc. e para que sejam tomadas as medidas cabíveis em cada caso.

É possível que mais de dois terços do fígado normal sejam destruídos e ainda assim a porção restante assuma todas as funções, o que permite que a doença evolua durante anos.

No entanto, ela pode também atingir graus incompatíveis com a vida e resultar na morte, sobretudo se o agente causal não puder ser afastado.

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