Pesquisar este blog

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Doença ou Mal de Parkinson





A doença ou mal de Parkinson é uma condição neurológica descrita por James Parkinson, em 1817, que se caracteriza por uma desordem lentamente progressiva dos movimentos. Ela se deve a uma disfunção dos neurônios secretores de dopamina nos gânglios nervosos da base, os quais atuam na transmissão dos comandos conscientes do córtex para os músculos. Na produção da doença estão envolvidas, além dessas, outras estruturas dependentes da serotonina, noradrenalina e acetilcolina.

É uma doença que acomete cerca de 1% dos indivíduos acima de 65 anos de idade e que se inicia geralmente após os 50 anos. Embora muito mais raramente, ela também pode acometer pessoas mais jovens.

A doença de Parkinson geralmente é uma doença degenerativa primária do sistema nervoso central, de causa idiopática, em que ocorre a morte dos neurônios da substância negra (substancia nigra) da base de cérebro, produtores de dopamina.

Ela parece estar ligada a defeitos de enzimas envolvidas na degradação de certas proteínas nervosas. Mas essa mesma condição pode ser produzida secundariamente por alguns medicamentos, intoxicações cerebrais, traumatismos cranianos repetitivos ou encefalites. Nesses casos, em geral, ela tem menos intensidade.

Quais os sintomas principais da doença ou mal de Parkinson?

Classicamente, detectam-se três sinais:

• Tremor de repouso.
• Bradicinesia.
• Rigidez muscular.

Alguns outros sintomas podem ocorrer, como acatisia, micrografia, expressão em máscara, instabilidade postural, alterações na marcha e postura encurvada para frente. Esses sintomas em geral começam nas extremidades superiores e são normalmente unilaterais, devido à assimetria da degeneração inicial no cérebro.

Lentamente, vai se instalando nas mãos um tremor involuntário, a mímica facial se torna inexpressiva, os movimentos se lentificam, o olhar se torna fixo, há uma diminuição do piscar os olhos, a voz se torna monótona e os movimentos de deglutição da saliva ficam mais escassos. A marcha fica cada vez mais difícil e de passos menores, com o tronco inclinado para frente, braços encolhidos e pés arrastados.

Como o médico faz o diagnóstico da doença ou mal de Parkinson?

Em princípio, o diagnóstico é feito pelos sintomas clínicos e por testes musculares e de reflexos. A tomografia computadorizada, o eletroencefalograma e a análise do líquido cefalorraquidiano geralmente são normais. Alguns exames complementares como os SPECTs e PETs podem ajudar a avaliar o metabolismo dos neurônios.

Os sintomas cognitivos como os distúrbios emocionais, cognitivos e psicossociais, com destaque para as depressões, ansiedade, déficits cognitivos e olfativos e, em particular, para a demência, devem também ser levados em conta. O reconhecimento e o tratamento precoce desses sintomas são fatores cruciais para uma melhor abordagem clínica dos pacientes.

Como se trata a doença ou mal de Parkinson?

A doença de Parkinson não tem uma cura radical, mas tem controle que pode ser muito eficiente.

Em primeiro lugar, é muito importante não se entregar à doença e manter-se o mais ativo possível, pois os problemas físicos são em grande parte resultado da imobilidade física. Um tratamento bem conduzido e eficaz pode garantir ao paciente uma sobrevida igual a que ele teria sem a doença e com qualidade de vida razoável.

Os tratamentos de controle são extremamente variados, na dependência da fase da doença em que o paciente esteja e da grande variabilidade clínica da própria doença. Geralmente eles demandam o trabalho de uma equipe constituída por, no mínimo, um médico neurologista, um fisioterapeuta e um psicólogo. Os tratamentos medicamentosos visam barrar as perdas ou fazer a reposição da dopamina cerebral, bem como diminuir as ações colinérgicas. O fisioterapeuta atuará nos problemas de movimentos e em outros específicos, como a respiração, a deglutição, etc. O psicólogo cuidará dos problemas emocionais decorrentes da condição de cada paciente (depressões, ansiedades, déficits cognitivos, etc.).

As intervenções de um psiquiatra e um fonoaudiólogo podem também ser necessárias.

Em casos especiais, a juízo médico, a cirurgia pode ser indicada, mas seus resultados são ainda imprecisos.

Nenhum comentário: