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domingo, 31 de julho de 2011
Felicidade: algo relativo...
As neurociências têm efetivamente avançado muito nas últimas décadas. Isso é um fato indiscutível, pois compreende-se muito, mas muito melhor a fisiologia neurológica do que jamais se pensou anteriormente.
Em função disso, temos recursos mais adequados para reduzir as torturas desencadeadas por doenças complexas como a depressão, por exemplo.
Assim como possibilidades de modular o comportamento, aprimorar o rendimento, iluminar os estudos, estimular os relacionamentos, enfim, uma época de mergulhos fantásticos em experiências mentais inimagináveis há duas décadas passadas.
Fantástico, realmente!
Mas eu, particularmente, vejo um "reducionismo do raciocínio".
É, talvez seja presunção minha, afinal, não tenho qualquer título de neurocientista, como eminentes figuras projetadas em veículos de divulgação nacionais e, principalmente, internacionais. Não tenho a mínima possibilidade de "enfrentar" - como se isso fosse verossímel - um expert da área, de modo algum. Nem mesmo me sinto com qualquer possibilidade para imaginar isso. Sequer imaginar.
Nem é o caso!
Mas eu posso fazer uma pergunta: o pensamento, realmente, nasce no cérebro?
Leia isso, que colhi de uma revista que aborda todos os meses assuntos relativos à neurociência:
"Assim como o prazer não é ausência de dor e o bem-estar não é ausência de mal-estar, felicidade não é simplesmente ausência de infelicidade. Possuímos no cérebro uma série de estruturas responsáveis por provocar ativamente o bem-estar, o prazer e a felicidade, como as do sistema de recompensa. Como resultado, a felicidade tem até sua "assinatura cerebral": durante emoções positivas, o córtex cingulado anterior, um centro de alarme cerebral, fica inibido e o lado esquerdo do córtex frontal, envolvido em sensações positivas, fica mais ativo."
O texto é bem maior e evidentemente não é meu intuito declara-lo na íntegra, mas sem querer destituir seu sentido, posso resumir sua intenção de propagar o cérebro como fonte das emoções humanas.
Volto a perguntar: as emoções nascem do cérebro? Nada além dele? Não há minimalismo neste raciocínio?
Não há "algo" além dele, cérebro?
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