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quinta-feira, 25 de outubro de 2018

Elevação da homocisteína no sangue



A homocisteína é um homólogo do aminoácido natural cisteína, diferindo dela por conter uma pequena variação estrutural, um gupo metileno adicional na sua cadeia lateral. A cisteína, por sua vez, é um dos aminoácidos naturais codificados pelo código genético, sendo um dos componentes próprios das proteínas dos seres humanos.

Fala-se em hiper-homocisteinemia quando as taxas sanguíneas de homocisteína estão acima do normal. O valor de referência para a homocisteína plasmática varia de 5 a 15 micromol/L. O aumento é considerado leve se os valores estiverem entre 16 e 30 micromol/L, intermediário entre 31 e 100 micromol/L e grave se maior do que 100 micromol/L. A determinação do nível de homocisteína é útil para a avaliação de pacientes em risco para doenças cardiovasculares.

A concentração plasmática de homocisteína é influenciada tanto por fatores nutricionais quanto hereditários. A hiper-homocisteinemia ocorre quando o corpo digere muita proteína, em especial a partir da carne vermelha. Além disso, a homocisteína também pode estar associada a:

1.Baixa ingestão de alimentos com ácido fólico, vitamina B6 ou B12.
2.Doenças como hipotireoidismo, doença renal ou psoríase.
3.Uso de alguns remédios.
4.Outros estados patológicos como artrite reumatoide e doenças inflamatórias intestinais.
5.Certos hábitos de vida, como tabagismo, consumo excessivo de café, chá e vegetarianismo.

A homocisteína degrada e inibe a formação dos três principais componentes estruturais das artérias: colágeno, elastina e proteoglicanos e assim danifica as células endoteliais, aumentando o risco de formação de trombos. Um aumento nas taxas sanguíneas dessa substância faz crescer esses efeitos.

Homocisteína em excesso prejudica o revestimento interno das artérias e pode promover a formação de trombos, aumentando o risco de doenças arteriais cardiovasculares, neurológicas, trombose e outras. Também está associada com microalbuminúria que é um forte indicador de disfunção renal futura.

Existem evidências que relacionam níveis elevados de homocisteína e doença de Alzheimer, bem como de que níveis elevados de homocisteína e baixos níveis de vitamina B6 e B12 são fatores de risco para comprometimento cognitivo leve e demência. A homocisteína também pode desempenhar um papel ainda não esclarecido na esquizofrenia. Além disso, níveis elevados de homocisteína também têm sido associados a fraturas ósseas em idosos.

Normalmente, o médico pedirá um exame de sangue para medir a quantidade deste aminoácido no sangue.

O tratamento para a hiper-homocisteinemia deve ser feito com a diminuição da ingesta de proteínas, especialmente carne vermelha. Além disso, é aconselhada a suplementação alimentar com ácido fólico, vitaminas B6 ou B12, taurina ou betaína para ajudar a diminuir a quantidade de homocisteína no sangue.

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