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terça-feira, 22 de maio de 2018

Mutações cromossômicas


Fala-se de uma mutação no cromossomo quando há uma porção ausente, extra ou irregular do DNA cromossômico. Essas mutações podem gerar um número atípico de cromossomos ou uma anormalidade estrutural deles. A mutação cromossômica era antigamente usada em um sentido estrito para significar uma mudança em um segmento cromossômico, envolvendo mais de um gene.

Anomalias cromossômicas geralmente ocorrem quando há um erro na divisão celular, após a meiose ou mitose. Existem muitos tipos de anomalias cromossômicas. Elas podem ser organizadas em dois grupos básicos, (1) anomalias numéricas e (2) anomalias estruturais.

A maioria das anormalidades cromossômicas ocorre como um acidente no óvulo ou no espermatozoide e, portanto, nesses casos, a anomalia está presente em todas as células do corpo. Algumas anomalias, no entanto, podem acontecer após a concepção e serem adquiridas, resultando em mosaicismo (algumas células têm a anomalia e outras não).

A maioria dos cânceres pode causar anomalias cromossômicas. Além disso, certas anormalidades cromossômicas consistentes podem transformar células normais em células leucêmicas, como a translocação de um gene, resultando em sua expressão inadequada.

Mutações cromossômicas numéricas e estruturais

As mutações que implicam em alterações no número de cromossomos são chamadas aneuploidia (um número anormal de cromossomos) e ocorrem quando um indivíduo não tem um cromossomo de um par (monossomia) ou tem mais de dois cromossomos de um mesmo par (trissomia, tetrassomia, etc.).

A exposição de homens a certos perigos de estilo de vida, ambientais e/ou ocupacionais, pode aumentar o risco de espermatozoides aneuploides. Em particular, o risco de aneuploidia é aumentado pelo tabagismo e pela exposição ocupacional ao benzeno, a inseticidas e a compostos fluorados. O aumento da aneuploidia está frequentemente associado ao aumento do dano ao DNA nos espermatozoides.

As alterações estruturais do cromossomo podem assumir várias formas:

1.Deleções: uma parte do cromossomo está ausente ou é excluída.
2.Duplicações: uma parte do cromossomo é duplicada, resultando em material genético extra.
3.Translocações: uma parte de um cromossomo é transferida para outro cromossomo.
Existem dois tipos principais de translocações: ◦Translocação recíproca: segmentos de dois cromossomos diferentes são trocados.
◦Translocação robertsoniana: um cromossomo inteiro se conecta a outro.
4.Inversões: uma parte do cromossomo foi rompida, virada de cabeça para baixo e recolocada, portanto, o material genético é invertido.
5.Inserções: uma parte de um cromossomo foi excluída do seu lugar normal e inserida em outro cromossomo.
6.Aneis: uma parte de um cromossomo é rompida e forma um círculo ou um anel.
7.Isocromossomo: formado pela cópia da imagem espelhada de um segmento cromossômico.

As mutações cromossômicas levam a várias doenças, entre elas:

Síndrome de Down:

A síndrome de Down é uma trissomia do cromossoma 21. Essa condição não é uma doença, mas uma variação cromossomial. Ela é caracterizada por uma série de sinais típicos, afetando o desenvolvimento físico, a estrutura corporal e as habilidades cognitivas.

Síndrome de Edwards:

A síndrome de Edwards é uma síndrome genética resultante da trissomia do cromossomo 18. Ela é a segunda trissomia autossômica mais frequentemente observada ao nascimento, ficando atrás apenas da síndrome de Down. As características principais da síndrome são atraso mental, atraso do crescimento e, por vezes, malformação grave do coração.

Síndrome de Patau:

A síndrome de Patau é devido a uma trissomia do cromossoma 13. Ela apresenta malformações graves do sistema nervoso central, retardamento mental acentuado, defeitos cardíacos congênitos e defeitos urogenitais (criptorquidia nos meninos, útero bicorno e ovários hipoplásticos nas meninas e rins policísticos). Com frequência encontram-se fenda labial e palato fendido.

Síndrome de Klinefelter:

A síndrome de Klinefelter é uma síndrome genética em que há o acréscimo de um cromossomo sexual ao conjunto normalmente diploide de um indivíduo, ficando XXY. É possível, embora, mais raramente, encontrar pessoas com outras combinações cromossômicas de tipo XXXY, XXYY ou XXXXY.

Síndrome XYY:

A síndrome XYY é uma aneuploidia dos cromossomos sexuais, na qual um homem recebe um cromossomo Y extra em cada uma de suas células, ficando assim com um cariótipo 47,XYY, ao invés de 46,XY, normal. A maioria dos homens com XYY é fenotipicamente normal, tem crescimento ligeiramente acelerado na infância e estatura muito elevada. Os seus portadores são na maioria das vezes férteis, não havendo grande risco de ter filhos com esta anomalia.

Síndrome do triplo X:

A síndrome do Triplo-X é uma alteração cromossômica numérica que pode atingir mulheres. As mulheres portadoras dessa síndrome apresentam um cromossomo X a mais, ficando com um cariótipo 47,XXX. Quase todos os erros relacionados à essa síndrome ocorrem durante a ovulogênese, pela não disjunção dos cromossomos. Algumas mulheres podem apresentar até 4 ou 5 cromossomos X extras.

Síndrome de Turner:

Existe ainda uma doença ligada às desordens no número de cromossomos sexuais que não é uma trissomia, a Síndrome de Turner. Ela é uma anomalia cromossômica ocasionada pela ausência de um cromossomo X na configuração genética da pessoa.

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