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quinta-feira, 10 de maio de 2018

Dermatite de contato


A dermatite de contato, ou eczema de contato, é uma erupção cutânea avermelhada (uma reação inflamatória) causada por contato direto com uma substância ou reação alérgica a ela.

A dermatite de contato é causada por uma substância que irrita a pele quando em contato com ela ou que desencadeia uma reação alérgica mais localizada, mas que também pode ser generalizada. A substância pode ser um dos milhares de alergenos e irritantes conhecidos. Algumas dessas substâncias incluem solventes, álcool, detergentes, shampoos, sabonetes, cosméticos, perfumes, joias, adereços, plantas, fertilizantes, pesticidas e substâncias transportadas pelo ar, como serragem ou pó de lã.

A erupção cutânea causada pela dermatite de contato não é uma condição grave nem contagiosa, mas pode ser muito desconfortável. Ocorre em áreas do corpo que tenham sido diretamente expostas à substância causadora de reação como, por exemplo, uma pulseira de relógio ou o elástico de uma roupa. Quase sempre se desenvolve dentro de minutos ou horas após a exposição e dura cerca de duas semanas ou mais.

Os sinais e sintomas mais comuns da dermatite de contato incluem uma erupção cutânea avermelhada, prurido intenso, ardência, pele seca, escamosa e com rachaduras, bolhas e, às vezes, crostas, inchaço e queimação. A dermatite de contato pode ser irritativa ou alérgica.

A dermatite de contato irritativa é a forma mais comum. Ela ocorre quando uma substância danifica a camada protetora externa da pele. Em algumas pessoas, ela se desenvolve após uma única exposição, mas em outras os sinais e sintomas só ocorrem após exposições repetidas. Algumas pessoas desenvolvem uma tolerância à substância irritante, ao longo do tempo.

A forma alérgica ocorre quando a substância em causa é um alergeno ao qual a pessoa é sensível e desencadeia uma reação imunológica na pele, geralmente apenas na área que entrou em contato com o alergeno. Alergenos fortes podem desencadear a reação após uma única exposição e os mais fracos podem requerer várias exposições (às vezes ao longo de vários anos) para desencadear uma alergia, depois do que mesmo uma pequena quantidade da substância pode causar uma reação.

O diagnóstico da dermatite de contato é baseado na história clínica do paciente e na observação direta das lesões. O diagnóstico pode também ser esclarecido pelo teste alérgico de contato, que consiste na aplicação nas costas de 30-40 adesivos, cada um contendo uma substância provável de causar dermatite de contato. Esses adesivos ficam aderidos à pele por 48 horas, depois do que se observa se causaram ou não alergia no local, permitindo conhecer, assim, a substância causadora.

A base do tratamento da dermatite de contato consiste em identificar e evitar o que esteja causando a reação. Evitando-se o contato com a substância ofensiva, a erupção desaparece num prazo médio de duas semanas. Para evitar a continuidade do efeito da substância irritante a pele deve ser bem lavada com sabão neutro para eliminar possíveis resíduos. O efeito também pode ser atenuado pela aplicação de compressas úmidas e cremes anti-coceira.

Se necessário, pode ser usado um medicamento anti-histamínico sistêmico, para reduzir a coceira e a resposta alérgica. Nos casos mais graves, o médico poderá prescrever um creme esteroide mais potente.

A prevenção das dermatites de contato consiste em evitar o contato com as substâncias que a produzem ou, quando isso for inevitável, utilizar luvas ou veste apropriadas e lavar bem a pele para evitar a permanência de resíduos da substância irritante.

As dermatites de contato podem levar a uma infecção, se a pessoa friccionar repetidamente coçando a área afetada, fazendo com que ela fique molhada e escorrendo. Isso cria um bom ambiente para o desenvolvimento de bactérias e/ou fungos.

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